Urubu de Cabeça Vermelha

Cathartes aura (Linnaeus, 1758)

Nome(s) popular(es)

Urubu de Cabeça Vermelha.

História Natural

Ave carniceira comum que habita uma diversidade de ambientes, desde florestas e bosques a campos e desertos, podendo ser encontrado inclusive em áreas urbanas. Possui, porém, uma preferência por áreas de maior altitude. No Cerrado pode ser encontrado em praticamente todos os ambientes, como campos limpos, campos sujos, campos úmidos, savanas, veredas, matas de galeria e matas ciliares. Costuma planar a grandes e pequenas alturas, se mantendo com as asas abertas e raramente as batendo, aproveitando as colunas de ar quente para se sustentar, e se empoleira em grupos sobre árvores para descansar à noite. Se alimenta principalmente de carcaças, utilizando seu olfato altamente apurado para encontrá-las a grandes distâncias. Assim, pode consumir uma grande variedade de animais, porém a maior parte de sua dieta inclui carcaças de mamíferos, inclusive aqueles de criação pecuária e vítimas de atropelamento. Também pode, ocasionalmente, se alimentar de pequenos frutos de palmeiras. Geralmente busca seu alimento sozinho, e embora seja maior que o Urubu de Cabeça Preta, pode ser expulso por ele das carcaças devido ao hábito deste de se alimentar em grupos. Raramente caça presas vivas, e quando faz geralmente captura pequenos vertebrados em voos rasantes, como por exemplo ovos e filhotes de outras aves, tartarugas e jacarés. Faz seus ninhos principalmente no solo, entre a vegetação, embora também possa usar ocos de árvores. Põe cerca de 2 ovos e ambos os pais ajudam no cuidado com os filhotes. Os urubus (família Cathartidae), e aves carniceiras em geral, possuem um papel ecológico de extrema importância, pois ao se alimentar de carcaças eliminam do ecossistema toxinas e bactérias do processo de putrefação perigosas a outros organismos, além de reintroduzir os nutrientes da carcaça no ciclo natural. Também ajudam a controlar epidemias dentre as populações naturais, eliminando os cadáveres contaminados ou os animais doentes agonizantes.

Descrição

Mede entre 62 e 81 cm de comprimento. Possui a coloração predominantemente negra, de um preto acastanhado, exceto pelas penas de voo das asas, que são brancas por baixo, só ficando visíveis, porém, ao planar. Sua cabeça não possui penas, e é de cor vermelha, com uma pequena mancha preta na frente dos olhos. Possui a nuca manchada de branco e a ponta do bico clara, curva e pontiaguda. Suas patas são avermelhadas. Ao ser avistado planando, as penas brancas da asa e o tamanho ligeiramente maior ajudam a diferenciá-lo do Urubu de Cabeça Preta.

Distribuição

Possui uma ampla distribuição pelas Américas, ocorrendo desde o Canadá até o extremo sul da Argentina, incluindo praticamente todas as regiões da América Central e do Sul. No Brasil ocorre em todos os estados.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN) e suas populações se mostram estáveis.

Referências

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Curicaca

Theristicus caudatus (Boddaert, 1783)

Nome(s) popular(es)

Curicaca, Carucaca, Curicaca Comum, Curicaca Branca, Curicaca de Pescoço Branco, Caricaca (MG), Despertador (Pantanal).

História Natural

Ave comum, típica de ambiente abertos e campestres, é encontrada em campinas secas e úmidas, brejos, savanas e áreas florestadas não muito densas, inclusive em pastagens e áreas urbanas, onde cada vez mais pode ser vista caminhando pelos gramados. É nativa do Cerrado, Pantanal, Pampas, Chacos Bolivianos e Llanos Venezuelanos. No Cerrado está presente em campos limpos, campos sujos, campos alagados, savanas e veredas. Vive em pequenos grupos e vocaliza bastante, possuindo um canto potente e nasal. Se alimenta de uma diversidade de itens animais, incluindo insetos, aranhas, centopeias, vermes, caramujos, anfíbios, pequenos lagartos e serpentes, pequenos roedores e aves menores. Busca seu alimento de dia e ao pôr-do-sol, vasculhando a terra e o estrato rasteiro com seu longo bico. Pode ser predada pelo Gavião de Penacho, e seus ovos e filhotes podem ser predados pelo Carcará, Jacurutu, Falcão Peregrino, Águia Chilena e o Tucano. Faz seus ninhos com gravetos e em grandes colônias, sobre árvores, sobre rochas em campos ou em paredões rochosos, pondo de 2 a 4 ovos.

Descrição

Mede entre 71 e 76 cm de comprimento. Seu bico é cinza escuro, longo, fino e curvo, e a pele da região da face é negra e sem penas, com os olhos vermelhos. Possui o topo da cabeça, base do pescoço (tanto no dorso quanto no ventre) e peito de cor castanho avermelhado vibrante, com o resto da cabeça e pescoço de cor clara, amarelada e pálida. Seu dorso é cinzento, e possui uma grande mancha branca sobre as asas. Sua barriga é negra, e suas patas são avermelhadas.

Distribuição

Está presente em regiões amplas e dispersas pela América do Sul, principalmente no norte dela, na Colômbia, Venezuela, Suriname e Guianas, na foz do rio Amazonas e no Brasil central, incluindo o Paraguai, leste da Bolívia, nordeste da Argentina e Norte do Uruguai. No Brasil ocorre principalmente no Centro-Oeste e no Sul, além dos estados de SP, MG, BA, PI, CE, MA, e em RR, AP, PA, AM e RO.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerada ameaçada (ICMBio e IUCN), e suas populações se mostram estáveis.

Referências

BirdLife International 2016. Theristicus caudatus . The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22697441A93614046. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697441A93614046.en. Downloaded on 21 December 2019.

 

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Tapicuru

Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823)

Nome(s) popular(es)

Tapicuru, Tapicuru de Cara Pelada, Maçarico Preto, Maçarico do Banhado (Sul), Chapéu Velho, Frango D’Água.

História Natural

Ave associada a ambientes abertos úmidos e alagados, podendo ser encontrado em brejos, banhados, campinas, margens de rios e lagos e campos recentemente arados. É típica dos Llanos Venezuelanos, Cerrado, Pantanal, Pampas, e os Chacos Bolivianos. No Cerrado está presente nos campos alagados, veredas e savanas. Vive em grupos, que podem ser vistos voando, indo ou voltando dos locais de descanso. Repousa empoleirado em áreas abertas ou pousado no chão. Se alimenta vasculhando o solo lamacento ou a água rasa com o bico curvo e comprido enquanto caminha vagarosamente, atrás de crustáceos, moluscos, insetos e vermes, e também pode ingerir folhas e sementes. Se reproduz no começo da estação chuvosa. Os casais costumam se separar do grupo para construir os ninhos, feitos com gravetos e folhas secas entre os juncos e capins, ou sobre galhos baixos. São postos até 4 ovos, de cor pardo azulado.

Descrição

Mede entre 46 e 54 cm de comprimento. Possui a coloração geral preta, com a face nua vermelha, bico longo, fino e curvo de cor creme claro, e patas avermelhadas. Apesar de possuir um leve tom brilhoso esverdeado nas asas, esse geralmente fica escondido quando está pousado, portanto sua face e patas avermelhadas e coloração preta, uniforme e fosca, são boas maneiras para diferenciá-lo do Coró Coró, que possui tons verdes vivos.

Distribuição

Ocorre em duas principais áreas distintas da América do Sul: uma mais ao norte, abrangendo Colômbia, Venezuela, Equador, Suriname e Guianas, e uma mais no centro leste do continente, incluindo boa parte do Brasil, Paraguai, Uruguai, leste da Bolívia e nordeste da Argentina.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN) e suas populações parecem estar estáveis (IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Phimosus infuscatus . The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22697418A93613032. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697418A93613032.en. Downloaded on 20 December 2019.

 

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Colhereiro

Platalea ajaja Linnaeus, 1766

Nome(s) popular(es)

Colhereiro, Colhereiro Americano, Ajajá.

História Natural

Ave comum associada a ambientes aquáticos, pode ser vista em manguezais, brejos, charcos, lagoas salobras e de água doce, e margens de rios. É típico do Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, Pampas, os Chacos Bolivianos e os Llanos Venezuelanos. No Cerrado pode ser visto em veredas, campos alagados, matas de galeria e matas ciliares. Realiza migrações sazonais e vive em grupos. Se alimenta filtrando a água com o bico especializado, o mergulhando e sacudindo na água para capturar peixes, pequenos anfíbios, insetos aquáticos, crustáceos (especialmente camarões) e moluscos. Sua cor rosada provém de substâncias (carotenóides) presentes no seu alimento. Pode ser predado pela Sucuri, e seus filhotes e ovos possivelmente pelo Carcará e o Gavião Carijó. Se reproduz em colônias juntamente com outras espécies de aves aquáticas, fazendo ninhos com gravetos e capim seco em árvores próximas da água. A fêmea põe de 2 a 4 ovos.

Descrição

Mede entre 68 e 86 cm de comprimento. Sua coloração geral é rosada, com tons variados. Nas asas, dorso e barriga o rosa é mais intenso, podendo apresentar penas avermelhadas em algumas regiões, enquanto no pescoço a cor é esbranquiçada, por vezes totalmente branco. As patas e os olhos são avermelhados. A cabeça é nua, e possui tons amarelos, com uma mancha negra circundando-a pelas laterais na estação reprodutiva. Seu bico cinzento é longo e achatado, com a ponta larga e arredondada, bem característico, lembrando uma colher.

Distribuição

Possui ampla distribuição pelas Américas, ocorrendo do extremo sul dos Estados Unidos ao leste da Argentina, incluindo as regiões costeiras da América Central, as ilhas caribenhas e todos os países da América do Sul. No Brasil está presente em praticamente todos os estados, porém sua principal ocorrência é no Centro Oeste, Sudeste e Sul.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN) e suas populações se mostram estáveis.

Referências

BirdLife International 2016. Platalea ajaja . The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22697574A93621961. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697574A93621961.en. Downloaded on 30 December 2019.

 

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Coró Coró

Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789)

Nome(s) popular(es)

Coró Coró, Caraúna, Curubá, Curicaca Parda, Tapicuru, Íbis Verde, Coroca.

História Natural

Ave comum de matas úmidas, lamacentas ou alagadas, é considerado o único íbis (família Threskiornithidae) tipicamente florestal. Ocorre em vários tipos de florestas tropicais da América do Sul, como a Amazônia, a Mata Atlântica, e as matas do Cerrado, além de estar presente em áreas urbanas arborizadas. No Cerrado é encontrado principalmente em matas de galeria, matas ciliares e veredas, e ocasionalmente em campos alagados. Normalmente se mantém sozinho ou aos pares, e vocaliza bastante no começo do dia, ou ao voar assustado pela aproximação de alguém. Seu canto é trêmulo e rouco, bem característico. Se alimenta vasculhando o solo lamacento ou a água rasa com seu bico longo, capturando insetos (gafanhotos, besouros), minhocas, caramujos, alguns crustáceos, frutos e plantas aquáticas. Pode ser predado pelo Gavião Relógio. Faz seu ninho com gravetos no alto das árvores de matas úmidas, e seus ovos são pardos esverdeados.

Descrição

Mede entre 48 e 58 cm de comprimento. Sua coloração geral é escura com reflexos metálicos esverdeados, e sob pouca luz pode parecer totalmente preto. Sua face é cinzenta, com cabeça, pescoço, peito e barriga negros. Possui penas verdes brilhosas espalhadas pela nuca e dorso do pescoço. Suas asas e dorso no geral apresentam tons verdes e cobre. Seu bico é fino e curvo, cinza esverdeado, assim como suas patas.

Distribuição

Possui ampla distribuição pela América do Sul, ocorrendo desde a Nicarágua até o sul do Brasil e extremo nordeste da Argentina, incluindo todos os países sul-americanos, exceto o Chile e o Uruguai. No Brasil está presente em quase todo o território, com exceção do Nordeste, onde só ocorre no MA, oeste do PI e sudoeste da BA, e no RS, onde só ocorre no norte do estado.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), porém suas populações tendem a diminuir (IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Mesembrinibis cayennensis . The IUCN Red List of 

Threatened Species 2016: e.T22697460A93614511. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697460A93614511.en. Downloaded on 20 December 2019.

 

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Garça Azul

Egretta caerulea (Linnaeus, 1758)

Nome(s) popular(es)

Garça Azul, Garça Morena (PA), Garça Cinzenta (PE).

História Natural

Ave associada a ambientes aquáticos, é encontrada em uma variedade de corpos d’água, como riachos, rios, lagos e brejos, porém é bastante típica de ambientes costeiros, sendo encontrada comumente em áreas de maré baixa e manguezais. No Cerrado pode ser encontrada em matas de galeria, matas ciliares e campos alagados. Se alimenta principalmente de crustáceos, peixes e insetos aquáticos (moscas, libélulas), além de eventualmente sapos e lagartos. Se reproduz principalmente em manguezais, em colônias com outras espécies de aves aquáticas, e os ninhos são feitos com gravetos em galhos acima da água, pondo de 2 a 5 ovos azulados. Seus filhotes podem ser predados pelo Socó Dorminhoco, e possivelmente por gaviões (família Acciptridae) e falcões (família Falconidae).

Descrição

Mede entre 51 e 66 cm de comprimento. Sua coloração é escura, com tons azulados. O peito, barriga, asas e dorso são cinza escuro azulado, e a cabeça e pescoço possuem tons violetas. Possui o bico com a base azul e ponta negra, com as pernas cinzentas. 

Distribuição

Possui ampla distribuição pelas Américas, apesar de dispersa. Está presente do Estados Unidos até o Uruguai, incluindo a América Central, Colômbia, Venezuela, Guianas, Suriname, Equador, Peru, Bolívia, Chile e Paraguai, ocorrendo a leste e oeste dos Andes. No Brasil está presente localmente em todos os estados, porém sua principal ocorrência é ao longo do litoral e nas regiões amazônica e pantaneira.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerada ameaçada (ICMBio e IUCN), apesar de suas populações mostrarem sinais de declínio (IUCN).

Referências

BirdLife International 2017. Egretta caerulea (amended version of 2016 assessment). The IUCN Red List of Threatened Species 2017: e.T22696944A118857172. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2017-3.RLTS.T22696944A118857172.en. Downloaded on 01 December 2019.


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Garça Branca Pequena

Egretta thula (Molina, 1782)

Nome(s) popular(es)

Garça Branca Pequena, Garcinha Branca, Garça Pequena, Garcinha.

História Natural

Ave associada a ambientes aquáticos de todos os tipos, é comum e bastante abundante, ocorrendo em rios, lagos, lagoas, brejos, mangues, estuários e no litoral. No Cerrado pode ser vista em campos alagados, veredas, matas de galeria e matas ciliares. Caça ativamente pelas margens ou na água rasa, capturando uma diversidade de animais, como peixes, moluscos, crustáceos, insetos, vermes, anfíbios e pequenos répteis. Vive em grupos e se reproduz em colônias, juntamente com outras aves aquáticas, fazendo seus ninhos com gravetos sobre árvores próximas à água. Põe de 3 a 7 ovos, de cor esverdeada ou azulada, e o casal os incuba e alimenta os filhotes juntos. Durante a época reprodutiva fazem demonstrações de acasalamento em que inflam os tufos de finas penas compridas na cabeça, peito e dorso.

Descrição

Mede entre 48 e 68 cm de comprimento. Sua coloração é toda branca. Possui o bico preto e a pele entre o bico e os olhos amarela. Suas pernas são pretas, com as patas amarelas. Pode ser confundida com a Garça Branca Grande, diferenciando-se dela pelo menor tamanho, bico preto e pata amarela, enquanto aquela possui o bico amarelo e a pata preta. Na época reprodutiva apresenta longas penas finas e brancas descendo pela nuca, peito e principalmente nas costas.

Distribuição

Possui uma ampla distribuição pelas Américas, ocorrendo desde os Estados Unidos ao sul da Argentina e do Chile, incluindo as ilhas caribenhas e a região a oeste dos Andes. No Brasil encontra-se em todos os estados.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerada ameaçada (ICMBio e IUCN), e suas populações parecem estar aumentando (IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Egretta thula. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22696974A93595536. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22696974A93595536.en. Downloaded on 10 December 2019.


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Garça Real

Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783)

Nome(s) popular(es)

Garça Real, Garça Morena, Garcinha, Garça de Cabeça Preta.

História Natural

Ave típica de ambientes aquáticos, é encontrada em corpos d’água  rodeados por mata preservada, como rios, lagos, pequenas lagoas, pântanos e mangues, estando associada à água lamacenta. Apesar de possuir uma ampla distribuição, costuma ocorrer de forma escassa, não sendo muito comum de se encontrar. No Cerrado pode ser vista em veredas, matas de galeria e matas ciliares. Normalmente vive solitária, porém pode ser vista em grupos de dois ou três indivíduos. Se alimenta de pequenos animais pelos lamaçais, na água rasa ou nas margens dos rios e lagoas, caminhando lentamente ou se mantendo parada à espera das presas, que incluem peixes, anfíbios e insetos aquáticos. Faz seus ninhos com gravetos sobre as árvores, porém a baixa altura, e põe cerca de dois ovos.

Descrição

Mede entre 51 e 61 cm de comprimento. Possui o bico e pele da face azul vivo, bem característico, com a ponta da mandíbula rosada. Pequena mancha amarelada na testa, topete preto bem destacado no topo da cabeça, penas amareladas finas e compridas na nuca. Garganta, laterais da cabeça, nuca, pescoço, peito e barriga amarelo claro pálido, com a barriga mais clara. Seu dorso e asas são branco acinzentado. Suas patas são cinzentas.

Distribuição

Possui ampla distribuição pela América do Sul, ocorrendo do Panamá ao nordeste da Argentina, incluindo Colômbia, Venezuela, Guianas e Suriname, leste do Equador e do Peru, Brasil, Bolívia e Paraguai. No Brasil está presente em quase todos os estados, sendo menos abundante no Nordeste e no Sul, estando ausente em PE, RN, SE e RS.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerada ameaçada (ICMBio e IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Pilherodius pileatus. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22696987A93596994. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22696987A93596994.en. Downloaded on 09 December 2019.


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Maria Faceira

Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824)

Nome(s) popular(es)

Maria Faceira.

História Natural

Ave comum a ambientes abertos, é uma das garças (família Ardeidae) menos associada a ambientes aquáticos. É típica do Cerrado, Pampas, Mata Atlântica e Chacos Bolivianos. Costuma ocorrer em áreas campestres, savânicas ou de vegetação florestal esparsa, e pode ser vista comumente em áreas recentemente queimadas ou abertas para plantio. Apesar de também poder percorrer áreas alagadas, nunca se aventura em águas mais fundas. No Cerrado ocorre em campos limpos, campos sujos, campos úmidos, savanas e cerradões. Possui um chamado característico, bem agudo e sibiloso. Se alimenta de uma variedade de animais, como insetos (besouros, libélulas, gafanhotos), aranhas, vermes, peixes, sapos, cobras, e outros pequenos répteis e roedores. Caça no chão, se mantendo imóvel por longos períodos ou caminhando lentamente. Pode ser predada por Jiboias e pelo Jacurutu. Costuma viver solitária ou em pares, em territórios estabelecidos, onde pernoitam e fazem seus ninhos sobre árvores, com gravetos, se reproduzindo entre setembro e janeiro. Tanto o macho quanto a fêmea incubam os ovos.

Descrição

Mede de 50 a 64 cm de comprimento. Possui o bico vermelho com a ponta negra, e pele azul entre o bico e o olho. As laterais de sua cabeça são castanho alaranjado, e o topo da cabeça cinza escuro com um crista de penas compridas na nuca que podem estar abaixadas sobre o pescoço. Sua garganta e barriga são de um amarelo claro pálido. O pescoço e o peito são de uma cor creme pálido cinzento, com tons esverdeados ou amarelados. Seu dorso e asas são cinza escuro, com uma área laranja nas laterais, sobre a asa, estriada de cinza.

Distribuição

Ocorre em duas regiões da América do Sul, uma mais ao norte, abrangendo a Colômbia e a Venezuela, outra mais no centro-oeste do continente, abrangendo Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e o nordeste da Argentina. No Brasil está presente principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ocorrendo em todos os estados destas, além da BA e extremo sul do PI.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerada ameaçada (ICMBio e IUCN).

Referências

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Garça Branca Grande

Ardea alba Linnaeus, 1758

Nome(s) popular(es)

Garça Branca Grande, Garça Branca.

História Natural

Ave associada a ambientes aquáticos de todos os tipos. É uma das garças (família Ardeidae) mais abundantes e amplamente distribuídas pelo mundo. Está presente nas margens de rios, lagos, brejos, pântanos, chacos e banhados, manguezais e estuários, e até em represas e lagos artificiais. Pode ser vista comumente em abientes urbanos, próxima a corpos d’água ou sobrevoando a cidade, se deslocando entre locais de alimentação e repouso. No Cerrado ocorre em veredas, campos alagados, matas de galeria e matas ciliares. Caça caminhando lentamente ou se mantendo imóvel nas margens dos corpos d’água, entre a vegetação aquática ou sobre a água rasa. Se alimenta de uma variedade de itens, como peixes, anfíbios, cobras e outros pequenos répteis (até tartarugas), insetos aquáticos e até pequenos roedores e filhotes de outras aves. Astuta, pode utilizar pedaços de pão como isca para atrair peixes. Entre seus potenciais predadores estão o Gavião Pato e a Garça Moura, que pode capturar seus filhotes. Faz seus grandes ninhos com gravetos, em colônias numerosas com outras aves aquáticas sobre árvores próximas à água. Já foi muito caçada no passado pelas penas longas e delicadas que descem de suas costas na época reprodutiva, pois eram apreciadas como adornos para chapéus e roupas na Europa, porém felizmente essa prática já não é comum e suas populações são bem numerosas atualmente.

Descrição

Mede entre 80 e 104 cm de comprimento. É a segunda maior garça (família Ardeidae) no Brasil. Sua coloração é totalmente branca. Possui pescoço e pernas longos e esguios. O bico e o olho são amarelos, e a pele entre ambos, apesar de amarela, pode ser esverdeada. Suas patas são negras. Na época reprodutiva apresenta longas penas finas e brancas no dorso.

Distribuição

Possui uma ampla distribuição pelas regiões tropicais e subtropicais do mundo todo, ocorrendo Nas Américas, Europa, África, Ásia e Oceania, incluindo Austrália e Nova Zelândia. Nas Américas, ocorre dos Estados Unidos ao sul da Argentina e Chile, incluindo as ilhas caribenhas. No Brasil está presente em todos os estados.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerada ameaçada (ICMBio e IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Ardea alba. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22697043A86468751. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697043A86468751.en. Downloaded on 08 December 2019.


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