Garça Branca Grande, Garça Branca.
Ave associada a ambientes aquáticos de todos os tipos. É uma das garças (família Ardeidae) mais abundantes e amplamente distribuídas pelo mundo. Está presente nas margens de rios, lagos, brejos, pântanos, chacos e banhados, manguezais e estuários, e até em represas e lagos artificiais. Pode ser vista comumente em abientes urbanos, próxima a corpos d’água ou sobrevoando a cidade, se deslocando entre locais de alimentação e repouso. No Cerrado ocorre em veredas, campos alagados, matas de galeria e matas ciliares. Caça caminhando lentamente ou se mantendo imóvel nas margens dos corpos d’água, entre a vegetação aquática ou sobre a água rasa. Se alimenta de uma variedade de itens, como peixes, anfíbios, cobras e outros pequenos répteis (até tartarugas), insetos aquáticos e até pequenos roedores e filhotes de outras aves. Astuta, pode utilizar pedaços de pão como isca para atrair peixes. Entre seus potenciais predadores estão o Gavião Pato e a Garça Moura, que pode capturar seus filhotes. Faz seus grandes ninhos com gravetos, em colônias numerosas com outras aves aquáticas sobre árvores próximas à água. Já foi muito caçada no passado pelas penas longas e delicadas que descem de suas costas na época reprodutiva, pois eram apreciadas como adornos para chapéus e roupas na Europa, porém felizmente essa prática já não é comum e suas populações são bem numerosas atualmente.
Mede entre 80 e 104 cm de comprimento. É a segunda maior garça (família Ardeidae) no Brasil. Sua coloração é totalmente branca. Possui pescoço e pernas longos e esguios. O bico e o olho são amarelos, e a pele entre ambos, apesar de amarela, pode ser esverdeada. Suas patas são negras. Na época reprodutiva apresenta longas penas finas e brancas no dorso.
Possui uma ampla distribuição pelas regiões tropicais e subtropicais do mundo todo, ocorrendo Nas Américas, Europa, África, Ásia e Oceania, incluindo Austrália e Nova Zelândia. Nas Américas, ocorre dos Estados Unidos ao sul da Argentina e Chile, incluindo as ilhas caribenhas. No Brasil está presente em todos os estados.
Pouco preocupante: não é considerada ameaçada (ICMBio e IUCN).
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