Garça Moura

Ardea cocoi Linnaeus, 1766

Nome(s) popular(es)

Garça Moura, Maguari, Socó de Penacho, Baguari (Pantanal), Mauari (Amazônia), Garça Parda (RS), Socó Grande, Garça Morena, João Grande.

História Natural

Ave comum associada a todos os tipos de ambientes aquáticos, pode ser vista na beira de lagos, rios, riachos, brejos e pântanos, manguezais e estuários. No Cerrado pode ser vista em veredas, campos úmidos, em matas de galeria e matas ciliares. Para caçar se mantém imóvel ou caminhando lentamente pelas margens da água, entre a vegetação aquática, porém pode buscar alimento mais fundo do que outras garças e socós (família Ardeidae) devido a seu tamanho. Captura uma diversidade de animais, como peixes, sapos, pequenos répteis, crustáceos, moluscos, insetos aquáticos e até pequenos roedores e filhotes de outras aves. Possui uma vocalização rouca e profunda, e costuma se manter solitária, exceto na estação reprodutiva, quando faz ninhos em colônias junto com outras aves aquáticas sobre as árvores próximas à água. Faz seus ninhos com gravetos, põe de 3 a 4 ovos, e o casal cuida junto dos ovos e dos filhotes.

Descrição

Mede entre 95 e 127 cm de comprimento. É a maior garça (família Ardeidae) do Brasil. Possui o bico amarelado, com pele azulada na face, entre o bico e o olho. Penacho preto comprido junto com laterais pretas da cabeça, pescoço e peito brancos, com uma ou duas finas faixas pretas descendo da garganta ao peito, e um tufo branco de penas compridas na base do peito. Seu dorso e asas são cinza com tons azulados, e a barriga e laterais do corpo são pretas.

Distribuição

Possui ampla distribuição pela América do Sul, ocorrendo em todos seus países. Está presente do sul do Panamá ao centro sul do Chile e Argentina, incluindo Trinidade e Tobago e as Ilhas Malvinas. No Brasil ocorre em todos os estados.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerada ameaçada (ICMBio e IUCN), e suas populações parecem estar aumentando (IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Ardea cocoi. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22697001A93597705. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697001A93597705.en. Downloaded on 08 December 2019.


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Garça Vaqueira

Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758)

Nome(s) popular(es)

Garça Vaqueira, Garça Carrapateira, Garça Boiadeira, Garça Boieira, Cunacoi, Cupara.

História Natural

Uma das garças (família Ardeidae) mais abundantemente e amplamente distribuída do mundo, está associada a rebanhos de grandes pastadores, sendo tipicamente encontrada em pastos e plantações, além de ocasionalmente em margens de lagos e pântanos, estando menos associada com ambientes aquáticos do que a maioria das outras garças. É mais abundante no Pantanal, e no Cerrado pode ser encontrada em campos úmidos, porém é mais comum em áreas de uso agrícola, sendo uma das poucas espécies que se beneficia com a expansão da agropecuária. Se alimenta basicamente de insetos, como besouros, lagartas e borboletas, libélulas, moscas, cigarras e carrapatos, se aproveitando dos rebanhos bovinos que atraem muitos desses insetos ou os espantam da grama enquanto se locomovem. Também podem apanhar alguns sapos, lagartos, e até pequenos roedores ocasionalmente. É originária da África, chegando nas Américas recentemente, há cerca de 150 anos, onde se espalhou com sucesso devido à abundância de rebanhos de gado e falta de competição com outras aves insetívoras associadas a grandes pastadores. Apesar de não se alimentarem próximo à água, fazem seus ninhos em grandes colônias sobre árvores ou arbustos nas margens, ou próximos de lagos e rios. O macho recolhe material e a fêmea constrói o ninho, feito com gravetos, onde são postos de 4 a 5 ovos esverdeados, incubados por ambos os pais. Seus filhotes podem ser predados por gaviões (família Acciptridae) e falcões (família Falconidae).

Descrição

Mede entre 46 e 56 cm de comprimento. De cor branca, na época reprodutiva apresenta penas compridas na crista, peito e porção traseira do dorso, de coloração creme, laranja pálido, bico avermelhado e patas rosadas. Fora da estação reprodutiva permanece toda branca, se diferenciando da Garça Branca Pequena pelo bico amarelo e mais curto que o desta, que é preto.

Distribuição

Possui ampla distribuição pelo mundo todo, ocorrendo nas Américas (do Canadá ao extremo sul da Argentina), África, sul e sudeste Asiático e Oceania (incluindo Austrália e Nova Zelândia). No Brasil ocorre em todos os estados.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerada ameaçada (ICMBio e IUCN), e suas populações mostram sinais de aumento.

Referências

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Socozinho

Butorides striata (Linnaeus, 1758)

Nome(s) popular(es)

Socozinho, Socó Estudante, Socoí, Socó Mirim (PA), Socó Mijão, Socó Tripa.

História Natural

Espécie aquática abundante e comum, pode ser encontrado em praticamente qualquer corpo d’água, salobra ou doce, de preferência rodeado por vegetação densa, como manguezais, brejos, lagos e rios, inclusive em ambientes urbanos. No Cerrado pode ser visto principalmente em matas de galeria e matas ciliares, além de veredas e campos úmidos. Costuma percorrer as margens da água e se manter sobre a vegetação flutuante ou empoleirado logo acima dela, aguardando que suas presas apareçam. Se alimenta principalmente de peixes, além de insetos aquáticos, crustáceos, moluscos, anfíbios e répteis, sendo bem generalista e por vezes adotando algumas táticas de caça bastante engenhosas, como usar iscas para atrair peixes (geralmente pedaços de pão dados por visitantes em parques) ou se manter próximos a Lontras e Biguás a fim de capturar os peixes espantados por estes enquanto caçam. Vive solitário ao longo do ano, exceto quando está reproduzindo. Faz seu ninho com gravetos sobre árvores ou arbustos próximos à água, pondo de 3 a 4 ovos de cor clara azulada ou esverdeada.

Descrição

Mede de 35 a 45 cm de comprimento. Sua coloração é cinzenta, com tons azulados ou pardos. Possui o topo da cabeça e nuca enegrecidos, com penacho que costuma ficar abaixado mas que pode ser visto ocasionalmente eriçado. Partes laterais e superiores cinzentas, e asas com padrão escamado mais escuro. Garganta e barriga cinza esbranquiçado, com estrias ou faixas largas de cor castanho avermelhada descendo ao longo da garganta até a barriga. Sua íris é alaranjada, o bico escuro e as patas amareladas.

Distribuição

Possui uma ampla distribuição ao redor do mundo, ocorrendo nas regiões tropicais ao redor do mundo. incluindo as Américas, África, sul e sudeste da Ásia, Oceania e norte e leste da Austrália. Está presente em todos os estados brasileiros.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), porém suas populações podem estar diminuindo (IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Butorides striata. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22728182A94973442. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22728182A94973442.en. Downloaded on 25 November 2019.


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Socó Dorminhoco

Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758)

Nome(s) popular(es)

Socó Dorminhoco, Savacu, Garça Cinzenta, Sabacu, Savacu de Coroa, Sabacu de Coroa (NA), Taquari ou Taquiri (PA), Taiaçu (AM), Dorminhoco (RS), Socó, Garça Dorminhoca, Guacuru, Guaicuru, Arapapá de Bico Comprido, Garça da Noite.

História Natural

Ave aquática comum, é um dos socós (família Ardeidae) mais amplamente distribuídos do mundo. Habita corpos d’água doce, salobra ou regiões litorâneas, especialmente aqueles rodeados por vegetação florestal, como manguezais e pântanos. No Cerrado pode ser encontrado em brejos, campos alagados, veredas, matas de galeria e matas ciliares. É tolerante a ambientes urbanos. Possui hábitos noturnos e crepusculares, descansando empoleirado em grandes árvores ao longo do dia e se tornando mais ativo no fim deste. Bastante oportunista, se alimenta de uma variedade de itens, como peixes, anfíbios, crustáceos, insetos, pequenos répteis e filhotes de outras aves, como os do Trinta Réis Boreal. Caça pela vegetação flutuante, nas margens de lagos ou na água rasa, e às vezes sobre águas profundas, esperando pacientemente que suas presas se mostrem ou tateando o fundo com os longos dedos a fim de espantá-las, e então as captura com um bote certeiro do longo pescoço arqueado. Pode usar iscas para atrair peixes, desde pedaços de pão em ambiente urbanos até libélulas em ambientes naturais. Seus ovos e filhotes podem ser predados por urubus (família Cathartidae). Faz ninhos com gravetos e juncos sobre as árvores próximas da água, em colônias com outras aves aquáticas. Se reproduz entre setembro e janeiro, e ambos os sexos do casal participam da construção do ninho, incubação dos ovos e cuidado com os filhotes. Põe até cinco ovos de cor branca azulada ou esverdeada.

Descrição

Mede entre 56 e 65 cm de comprimento. Possui a testa, face, garganta e laterais da cabeça brancas, peito e barriga acinzentados, asas e cauda cinza claro, com o dorso, nuca e topo da cabeça negros, com um tom azulado. Possui duas ou três penas brancas compridas e finas na nuca. Seus olhos são vermelhos, as patas amareladas e o bico escuro. O bico fino e pontudo ajuda a diferenciá-lo do Arapapá, com quem se assemelha um pouco.

Distribuição

Possui ampla distribuição pelo mundo, principalmente nas regiões tropicais e temperadas, ocorrendo nas Américas (do Canadá ao sul da Argentina), Europa, África, Ásia e partes da Oceania. No Brasil pode ser encontrado em todos os estados, mas é menos frequente na região Norte.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), porém algumas populações ao redor do mundo mostram sinais de declínio, chegando a ser considerado ameaçado especificamente em alguns países, sendo a contaminação por agrotóxicos e a perda de habitat suas principais ameaças.

Referências

BirdLife International 2016. Nycticorax nycticorax. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22697211A86447085. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697211A86447085.en. Downloaded on 26 November 2019.


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Arapapá

Cochlearius cochlearius (Linnaeus, 1766)

Nome(s) popular(es)

Arapapá, Savacu, Colhereiro, Arataiá, Arataiçu, Socó de Bico Largo (PI), Tamatiá e Tamatião (PA).

História Natural

Ave associada a ambientes aquáticos, habita corpos de água doce e salobra rodeados por vegetação florestal, como manguezais, brejos e pântanos, rios e lagos. No Cerrado pode ser visto em matas de galeria e matas ciliares. Possui hábitos noturnos, repousando empoleirado ao longo do dia e se tornando ativo principalmente no fim do dia. Se alimenta na água rasa e lamacenta, caminhando e tateando o fundo com o bico ou esperando por suas presas, que incluem anfíbios, peixes, crustáceos (principalmente camarões), insetos e vermes, até pequenos mamíferos. Performa rituais de corte elaborados, onde entre erguer a crista e outros movimentos, macho e fêmea se tocam os bicos. Faz o ninho com gravetos em cima das árvores próximas à água, onde põe de 1 a 3 ovos branco azulados. Seus filhotes possivelmente podem ser predados por Jiboias. Possui um comportamento bastante defensivo com o ninho e filhotes, podendo se tornar agressivo quando outras aves ou mesmo humanos se aproximam, eriçando a crista, batendo o bico, vocalizando alto e abrindo as asas, chegando a investir contra o invasor caso este não recue, e os filhotes podem subir pela árvore quando incomodados, voltando ao ninho apenas quando seguro.

Descrição

Mede entre 45 e 53 cm de comprimento. Sua testa, lateral da cabeça, pescoço e peito são brancos, com um leve tom acastanhado no peito. Seu dorso e asas são cinza claro. A barriga é castanho pálido com as laterais cinza escuro. Possui o topo da cabeça negro azulado, com penas compridas que formam um longo penacho que pode estar abaixado sobre o pescoço ou eriçado numa exuberante crista em forma de coroa. Seus olhos são grandes e castanhos, suas patas são amarelo esverdeado. Possui um bico escuro que pode ter manchas amareladas, muito robusto e largo, com uma quilha em cima, bem característico, e que ajuda a diferenciá-lo do Socó Dorminhoco com o qual se assemelha um pouco.

Distribuição

Possui ampla distribuição pela América Central e do Sul, ocorrendo do México ao extremo nordeste da Argentina, incluindo Colômbia, Venezuela, Guianas, Suriname,o leste do Equador e do Peru, Bolívia e Paraguai. No Brasil está presente em praticamente todos os estados com exceção da região Sul, no qual praticamente só ocorre no PR, e sendo mais escasso no Nordeste.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), apesar de suas populações mostrarem sinais de declínio (IUCN).

Referências

Biderman, J. O., & Dickerman, R. W. (1978). Feeding behavior and food habits of the Boat-billed Heron (Cochlearius cochlearius). Biotropica 10(1), 33-37.


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Garça da Mata

Agamia agami (Gmelin, 1789)

Nome(s) popular(es)

Garça da Mata, Socó Azul, Socó Beija Flor, Garça da Guiana,  Garça de Peito Castanho, Garça Beija Flor.

História Natural

Ave incomum, escassa e arredia, associada a ambientes aquáticos. Seus hábitos não são muito conhecidos. Pode ser encontrada principalmente nas margens de riachos, córregos e pequenos rios em meio à floresta densa, onde costuma se manter escondida entre a vegetação, empoleirada. Pode ocorrer também em lagoas, pântanos, manguezais e outros pequenos corpos d’água, quase nunca sendo vista em águas abertas. No Cerrado ocorre em matas de galeria e matas ciliares. Se mantém longos períodos imóvel na beira da água, ou se movendo vagarosamente, aguardando que algum peixe entre em seu alcance, quando então usa seu pescoço longo e arqueado e o bico fino e comprido para desferir um bote firme, apunhalando a presa. Também pode se alimenter de insetos, ocasionalmente. Costumam viver solitários, porém na época reprodutiva, que vai de junho a setembro, se unem em casais monogâmicos e constroem ninhos com gravetos e ramos sobre árvores e arbustos na beira da água, geralmente em grandes colônias. Põe de 1 a 4 ovos azulados ou esverdeados. Buscam alimento para os filhotes de noite e distante do ninho.

Descrição

Mede entre 65 e 76 cm de comprimento. É a garça (família Ardeidae) mais colorida entre as encontradas no Brasil. Possui a face clara (rosada na época de reprodução), com as laterais da cabeça e testa negras esverdeadas, e penas longas na nuca que formam um penacho esbranquiçado, ou cinza azulado, que pode estar abaixado sobre o pescoço. Laterais do pescoço castanho avermelhado, com uma faixa castanha margeada por duas finas faixas brancas que descem da garganta até o peito, formando largas manchas branco azuladas, de aspecto estriado, nas laterais deste. Barriga e “ombros” castanho avermelhado, com o meio do dorso e asas de um negro esverdeado. Patas escuras, relativamente curtas. Bico extremamente longo (14 a 15 cm) e fino, escuro por cima e claro por baixo. Olho avermelhado.

Distribuição

Ocorre do México à Bolívia, incluindo a América Central, Colômbia, Venezuela, Guianas, Suriname, leste do Equador e Peru. No Brasil está presente principalmente na região Norte, além do TO, GO, DF, MT e MS.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerada ameaçada no Brasil (ICMBio), porém é considerada globalmente vulnerável (IUCN). 

Referências

Agami Heron (Agamia agami), In Neotropical Birds Online (T. S. Schulenberg, Editor). Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, NY, USA. retrieved from Neotropical Birds Online: https://neotropical.birds.cornell.edu/Species-Account/nb/species/agaher1

 

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Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas

Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas - 16 de Março

No dia 16 de março é celebrado o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, instituído com o objetivo de promover a conscientização da população sobre a importância de realizar ações que reduzam o impacto das mudanças climáticas. A data foi instituída em 2011, por meio da Lei nº 12.533.
É uma boa oportunidade para lembrar o porquê esse assunto interessa qualquer pessoa que habite o planeta Terra
Falar de mudanças climáticas vai além de discutir sobre um planeta alguns graus mais quente. É também falar sobre a nossa segurança alimentar, sobre o impacto dos desastres naturais na vida de mulheres e meninas, é sobre a preservação dos direitos indígenas e das florestas.
Neste 16 de março, Dia da Conscientização sobre Mudanças Climáticas, nós queremos lembrar que o assunto interessa a qualquer pessoas que habita o planeta Terra, ou seja, você, sua família e suas futuras gerações.

Essas mudanças são alterações que ocorrem no clima geral do planeta que podem ser provenientes de causas naturais ou de atividades humanas. A emissão de gases é considerada a principal causadora do aquecimento global e mudanças climáticas.
Desmatar o Cerrado significar liberar 250 milhões de toneladas de carbono por ano, correspondendo às emissões anuais de 53 milhões de carros. Devido a mudanças na temperatura do solo e na evaporação, a conversão maciça do Cerrado também afeta diretamente o regime local de chuvas, impactando a produção agrícola com crescente frequência. A desestabilização desse complexo ecossistema pode levar a um ciclo irreversível de degradação que afeta não apenas o Cerrado que é uma região vital para a produção de alimentos, mas também biomas vizinhos, incluindo a Amazônia e o Pantanal – tudo isso contribuindo para o aquecimento global acelerado e para condições climáticas extremas, com impactos econômicos e humanos graves.
Entender que a natureza é parte importante do cotidiano de uma cidade é o primeiro passo para compreendermos a necessidade das mudanças no comportamento humano frente aos recursos naturais cada vez mais escassos, não só pelas consequências, mas também pelos efeitos que essas podem originar.

Campanha: Cerrado Berço das Águas – 2020

Campanha: "Cerrado Berço das Águas" - 2020

O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro em extensão, ocupando aproximadamente 24% do território nacional; compreende regiões de elevadas altitudes na porção central do país como em encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. 

O Cerrado possui alta concentração de nascentes -19.864 nascentes – 23,6% de todas as nascentes brasileiras, por isso o Cerrado é conhecido como berço das águas.   

O espaço geográfico ocupado pelo Cerrado desempenha um papel fundamental no processo de distribuição dos recursos hídricos pelo país, constituindo-se o local de origem das grandes bacias/regiões hidrográficas brasileiras e do continente sul-americano, fenômeno apelidado de “Efeito Guarda-Chuva”.  

Das oito grandes bacias hidrográficas do Brasil, seis são abastecidas pelo Cerrado: Amazônica, Araguaia/Tocantins, Atlântico Norte/Nordeste, São Francisco, Atlântico Leste e Paraná/ Paraguai. O maior potencial hídrico do Cerrado não está nas águas da superfície, mas nos lençóis freáticos que estão nas camadas mais profundas do solo, funciona como uma gigantesca caixa d’água que irriga as grandes bacias hidrográficas.  

As raízes profundas das árvores do Cerrado são responsáveis por absorver a água da chuva e depositá-la em reservas subterrâneas, os aquíferos. A recarga de três aquíferos subterrâneos: Bambuí, Urucuia e Guarani, que se formaram há milhões de anos, são reabastecidos pela chuva que se infiltra no solo.  Pelas características de seu solo, o Cerrado tem uma capacidade boa de infiltração da água da chuva e armazenamento dessa água que é liberada para os rios. 

As águas do Cerrado são responsáveis pela geração de energia elétrica usada por nove de cada dez brasileiros. A navegação, a indústria, o turismo e o lazer, o abastecimento de cidades, a irrigação de terras agrícolas e a própria população que toma a água desses rios que têm suas nascentes no Cerrado, se beneficiam deste bioma.

Por exemplo, 97% das águas que alimentam a Bacia do São Francisco nascem do Cerrado e várias comunidades ribeirinhas como quilombolas; os Vazanteiros que estão às margens do São Francisco na região do norte de Minas ou as comunidades Fecho de Pasto, comunidades camponesas do Cerrado da Bahia são delimitadas por morros, árvores, riachos, córregos, grotas, grotões, rios, baixas, baixões, que dependem das águas do velho Chico. A regularização das comunidades tradicionais é também a garantia das condições de inúmeros rios, nascentes e lençóis freáticos permaneçam vivos e perenes contribuindo com fornecimento de água para toda população da bacia do Rio São Francisco.

A cobertura vegetal do Cerrado é fundamental para garantir os fluxos hídricos entre as diversas regiões do Brasil, garantindo o transporte de umidade e vapor d’água da bacia amazônica para as regiões Sul e Sudeste do país e permitindo a regularidade do regime de chuvas. Precisamos da mata nativa para captar a água da chuva para abastecer os lençóis freáticos e, consequentemente, os aquíferos. Se desmatamos o Cerrado, haverá menor volume de água que chegará aos rios. O Cerrado é o elo entre os cinco biomas brasileiros através de suas águas e todos os biomas são interdependentes. Por isso a Campanha tem como objetivo mostrar o Cerrado para a sociedade brasileira e a importância das suas águas; o Brasil precisa do Cerrado! 

Dia Nacional dos Animais – 14 de março

Dia Nacional dos Animais - 14 de março

Hoje comemoramos o dia nacional dos animais e gostaríamos de trazer à discussão em como estamos lidando com os nossos animais silvestres, muitos grupos são negligenciados, ignorados ou suprimidos de propósito. Nesse dia em especial podemos colocar as nossas reflexões aos nossos impactos no meio ambiente e não ficar apenas apontando, mas trazendo soluções! Caso presencie algum tipo de crime ambiental, maus tratos ou tráfico de animais silvestres/exóticos, vá à delegacia de polícia mais próxima para lavrar o Boletim de Ocorrência (BO), ou compareça à Promotoria de Justiça do Meio Ambiente. O IBAMA também possui um canal, ligue para: 0800 61 8080
Salve o Cerrado! Museu do Cerrado!

Socó Boi

Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783)

Nome(s) popular(es)

Socó Boi, Socó Pintado, Socó Boi Ferrugem, Iocó Pinim (PA), Taiaçu.

História Natural

Ave associada a ambientes aquáticos, pode ser encontrado em pântanos, brejos e rios vagarosos rodeados por floresta. No Cerrado pode ser visto em veredas, campos úmidos, matas de galeria e matas ciliares. É incomum de ser avistado, principalmente por seu comportamento arredio e calmo, de movimentos cuidadosos, mantendo-se escondido na vegetação ribeirinha quando não está caçando. Se alimenta de uma grande variedade de animais, como peixes, crustáceos, anfíbios, répteis (como cobras e até filhotes de jacaré), e insetos. Caça andando vagarosamente sobre a água rasa, esperando e espreitando suas presas com paciência, e usa o longo pescoço arqueado para capturá-las ou perfurá-las com o bico pontudo num bote firme. Se reproduz na época da seca, entre março e outubro, quando o alimento para as aves aquáticas se torna mais farto pela concentração de presas produzida pelo baixo nível das águas. Faz ninhos com gravetos no alto das árvores, onde põe de 2 a 3 ovos esbranquiçados.

Descrição

Mede entre 66 e 76 cm de comprimento. Possui a cabeça, pescoço e peito vermelho castanho, bem característico, com um ou duas faixas brancas verticais descendo pela garganta e pescoço até o peito. Seu bico é negro e bastante comprido, com face e olhos amarelos. O dorso, asas e cauda são pardo acinzentado, as patas são cinzentas.

Distribuição

Possui ampla distribuição pela América Central e do Sul, ocorrendo do extremo sul de Honduras até o nordeste da Argentina, estando ausente apenas do Chile. No Brasil ocorre em todos os estados.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN).

Referências

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Briso, A. L. F., da Graça, R. J., de Oliveira, M. R. F., & Oda, F. H. (2014). Predation on pointbelly frog Leptodactylus podicipinus (Anura: Leptodactylidade) by the rufescent tiger-heron Trigrisoma lineatum (Pelecaniformes: Ardeidae). Herpetology Notes, 7, 731-732.


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Rufescent Tiger-Heron (Tigrisoma lineatum), In Neotropical Birds Online (T. S. Schulenberg, Editor). Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, NY, USA. retrieved from Neotropical Birds Online: https://neotropical.birds.cornell.edu/Species-Account/nb/species/ruther1


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