Biguatinga

Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766)

Nome(s) popular(es)

Biguatinga, Carará (Amazônia), Calmaria (RS), Maria Preta (CE), Peru D’Água, Mergulhão Serpente, Biguá Bicolor, Anhinga, Arará, Meuá, Miuá, Muiá.

História Natural

Ave aquática comum, típica de corpos d’água com as margens florestadas. Pode ser encontrada em lagos, rios lentos, brejos e pântanos, e apesar de menos comum, na orla marítima. No Cerrado, pode ser visto em rios e lagos margeados por mata de galeria ou mata ciliar. Se alimenta principalmente de peixes, mas pode capturar sapos, cobras aquáticas, crustáceos e insetos aquáticos. Caça fazendo longos mergulhos, sendo um ágil nadador. Utiliza seu pescoço longo e arqueado e o bico fino e pontudo para espetar suas presas com um bote rápido, apunhalando-as sob a água e depois as levando para fora dela para engolí-las. Pode ser possivelmente predado por jacarés. Quando não está na água, onde o corpo fica submerso e só a cabeça e o pescoço ficam visíveis (podendo se assemelhar a uma cobra aquática devido à forma delgada), pode ser visto nas margens e proximidades dela, empoleirado em troncos secos, muitas vezes de asas abertas para secar as penas. Podem ser vistos em bandos mistos, ou em casais quando em reprodução. São monogâmicos, formando laços duradouros, e o casal pode usar o mesmo ninho ao longo dos anos, geralmente feito em galhos de árvores próximas ou diretamente acima da água. Podem fazer o ninho em colônias, às vezes junto a outras aves aquáticas, como o Biguá, as cegonhas (família Ciconiidae) e as garças (família Ardeidae). O macho traz o material e a fêmea constrói o ninho, feito com gravetos e forrado com galhos vivos e folhas verdes. Põe de 3 a 4 ovos branco azulados. Tanto o macho quanto a fêmea chocam os ovos e alimentam os filhotes.

Descrição

Mede de 85 a 91 cm de comprimento. Ave esguia, com pescoço fino, comprido e arqueado. Possui a cabeça estreita, o bico amarelo, fino, pontudo e comprido, e a cauda também comprida, com as pontas claras. Seus pés são palmados e amarelados. O macho possui a coloração preta, com estrias brancas no dorso e sobre as asas, que se juntam em uma faixa branca no meio dessa. A fêmea possui a coloração mais clara, com tons pardos e creme, principalmente no pescoço e no peito, onde o creme se destaca do preto da barriga. Sua aparência e hábitos se assemelham aos do Biguá, mas as manchas brancas no dorso do macho, o pescoço mais longo e esguio e o bico mais fino, comprido e pontudo (sem gancho na ponta) do Biguatinga permitem diferenciá-los.

Distribuição

Possui ampla distribuição pelas Américas, ocorrendo desde o extremo sul dos Estados Unidos até o Uruguai e nordeste da Argentina, incluindo todos os países continentais da América Central, Cuba, Trindade e Tobago, e todos os países da América do Sul com exceção do Chile. No Brasil, ocorre em todos os estados.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), mas suas populações mostram sinais de declínio (IUCN).

Referências

Anhinga (Anhinga anhinga), In Neotropical Birds Online (T. S. Schulenberg, Editor). Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, NY, USA. retrieved from Neotropical Birds Online: https://neotropical.birds.cornell.edu/Species-Account/nb/species/anhing


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Biguá

Nannopterum brasilianus(Gmelin, 1789)

Nome(s) popular(es)

Biguá, Biguá Una, Imbuiá, Mergulhão, Cormorão, Miuá, Pata D’Água, Corvo Marinho.

História Natural

Ave aquática bastante comum e abundante em diversos ambientes de água doce e salgada, podendo ser encontrada em rios, lagos, pântanos, brejos, manguezais, no mar, em açudes e parques urbanos. No Cerrado, pode ser visto em rios e lagos. É um excelente nadador, mergulhando totalmente e indo atrás de sua presa, se alimentando de uma grande diversidade de itens, mas principalmente peixes, além de sapos e girinos, insetos aquáticos, crustáceos e moluscos. Pode ser predado pela Sucuri. Costuma se manter próximo à água, repousando numa pedra, no solo, ou empoleirado em uma árvore seca, muitas vezes de asas abertas para secar as penas. Pode ser visto em grandes grupos durante a época reprodutiva, na água ou sobrevoando em formação de “V”. Seu chamado é um grunhido rouco e grave, semelhante ao de um porco. Faz seus ninhos em colônias sobre árvores próximas ou acima da água, às vezes juntos com outras aves aquáticas, como o Biguatinga, as cegonhas (família Ciconiidae) e as garças (família Ardeidae). Utiliza gravetos para fazer o ninho, e o forra com algas e gramíneas, pondo de 3 a 4 ovos azulados que são incubados por ambos os pais. É monogâmico, com macho e fêmea formando laços duradouros e com uma ampla variedade de rituais de corte e estreitamento de laços entre os dois.

Descrição

Mede entre 58 e 73 cm de comprimento. De cor preta uniforme, olho azulado, bico cinzento, papo amarelado e patas pretas com pés palmados. Possui o pescoço e bico compridos e esguios, com esse último terminado em gancho.

Distribuição

Possui uma ampla distribuição pelas Américas do Sul e Central, estando presente em todos os países continentais nelas, além de Cuba, México e extremo sul dos Estados Unidos, ocorrendo até o extremo sul da Argentina. No Brasil, está presente em todos os estados.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), e suas populações se mostram estáveis (IUCN).

Referências

BirdLife International 2018. Nannopterum brasilianus. The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22696773A133550739. Downloaded on 13 November 2019.


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Cabeça Seca

Mycteria americana Linnaeus, 1758

Nome(s) popular(es)

Cabeça Seca, Passarão, Cabeça de Pedra (MT), Trepa Moleque (MT), Jaburu Moleque, João Grande (RS), Padre.

História Natural

É uma ave grande e comum, associada a corpos d’água, como manguezais, pântanos, lagoas e rios, principalmente aqueles imersos em vegetação florestal. Podem ser vistos em grandes grupos, pousados no chão, na água rasa, em árvores, ou planando alto. No Cerrado pode ser visto em matas de galeria, matas ciliares, veredas e campos alagados. Se alimenta revirando o fundo lodoso dos corpos d’água com as patas para espantar suas presas, capturando peixes, anfíbios, pequenos répteis (como tartarugas) e moluscos. As condições ideais para sua alimentação são na estação seca, quando os corpos d’água ficam mais rasos e as presas mais concentradas neles. Faz grandes ninhos com gravetos em árvores próximas à água, de forma colonial, onde uma mesma árvore pode sustentar diversos ninhos. Seus filhotes podem ser predados por Guaxinins.

Descrição

Mede entre 86 e 102 cm. Possui pernas, pescoço e bico compridos, coloração branca uniforme, com penas das asas e cauda pretas, que podem estar escondidas quando está repousando mas ficam evidente quando em voo. O pescoço e a cabeça são nus, com pele cinzenta e de aspecto ressecado bem característico, com placas ósseas evidentes na cabeça.

Distribuição

Possui ampla distribuição pelas Américas, ocorrendo do sudeste e sudoeste dos Estados Unidos ao nordeste da Argentina, incluindo Cuba, estando presente de forma abundante em todo o Brasil.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), porém suas populações podem estar diminuindo (IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Mycteria americana. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22697648A93627312. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697648A93627312.en. Downloaded on 09 November 2019.


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Tuiuiú

Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819)

Nome(s) popular(es)

Tuiuiú, Jaburu, Jaburru, Tuim de Papo Vermelho (MT e MS), Cauauá (AM), Jabiru (região Sul).

História Natural

Ave grande associada a ambientes aquáticos, é encontrado de forma abundante em corpos de água doce, como brejos, pântanos, rios e lagos, principalmente com árvores esparsas pelas margens ou por áreas abertas. É típico do Pantanal, Cerrado, Chacos Bolivianos e Llanos Venezuelanos. No Cerrado, pode ser visto em áreas alagadas como veredas, campos úmidos e outros tipos de corpos d’água. Se alimenta agitando a água rasa com o bico para assustar suas presas e poder capturá-las, comendo uma grande variedade de animais aquáticos, como peixes, sapos, cobras, filhotes de jacarés e tartarugas, moluscos e insetos. Se aproveita dos baixos níveis da água na estação da seca, quando as presas estão mais concentradas, para caçar em grupos, podendo agir de forma colaborativa para cercar os peixes. Pode ser predado pela Onça, e seus filhotes possivelmente por gaviões como o Carcará, Gavião do Banhado e o Gavião Velho. Se reproduz em grandes ninhos feitos com gravetos e forrados com capim e plantas aquáticas, no alto de árvores grandes e por vezes próximo a outros ninhos. Utiliza o mesmo ninho todo ano, onde põe 4 ovos, e a cada estação reprodutiva vai reforçando-o e adicionando material, de forma que o ninho vai crescendo, podendo atingir até 2 m de diâmetro e servindo de apoio para outras aves menores que podem construir seus ninhos em sua base.

Descrição

Mede cerca de 1,4 m de comprimento e 1,6 m de altura. Com pernas, pescoço e bico compridos e pretos, e cabeça também preta, a plumagem do corpo é totalmente branca. A cabeça e o pescoço não possuem penas. Na base do pescoço há uma faixa vermelha e um papo inchado bem característicos.

Distribuição

Sua distribuição é ampla e dispersa pela América do Sul e partes da Central, ocorrendo em algumas regiões no extremo sul do México, Guatemala, Belize, Nicarágua e Costa Rica, na Colômbia, Venezuela, Guianas e Suriname, leste do Equador e Peru, Bolívia, Paraguai e nordeste da Argentina. No Brasil está presente em SP, MG e RJ, e em todos os estados do Centro-Oeste e do Norte, sendo porém mais escasso neste último e no Sul e Nordeste.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Jabiru mycteria. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22697710A93632239. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697710A93632239.en. Downloaded on 13 November 2019.


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Mergulhão Pequeno

Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766)

Nome(s) popular(es)

Mergulhão Pequeno, Mergulhão Pompom.

História Natural

Ave aquática pequena e comum, está associada a corpos de água doce de diversos biomas, especialmente aqueles com superfície livre de cobertura vegetal mas bordas densamente vegetadas, podendo ser encontrado em lagos, poças, pântanos e brejos, incluindo poças artificiais. Se alimenta principalmente de peixes, larvas e adultos de insetos (besouros, percevejos, libélulas), crustáceos e girinos, pegos sob a água em pequenos mergulhos. Também se alimenta de brotos e folhas de plantas aquáticas, e pode ser visto caçando junto com outras aves aquáticas. Entre seus predadores, pode-se citar o Cauré. Na época reprodutiva, costumam ser avistados aos pares, mas fora desta podem ser vistos em bandos de até 20 indivíduos. Seus ninhos são volumosos e flutuantes, feitos com material vegetal, como gravetos e folhas, e os ovos são esbranquiçados. Tanto o macho quanto a fêmea cuidam e alimentam os filhotes.

Descrição

Mede de 21 a 26 cm. De coloração escura bem uniforme, possui  testa e topo da cabeça pretos, dorso cinza escuro e demais regiões cinza pardacento mais claro. Bico e patas escuros, com olho amarelo vivo bem destacado.

Distribuição

Possui ampla distribuição pelas Américas, ocorrendo desde o extremo sul dos Estados Unidos até o Uruguai e norte da Argentina, incluindo todos os países da América Central, as ilhas caribenhas, Colômbia, Venezuela, Suriname e Guianas, o oeste do Equador, sudeste do Peru e leste da Bolívia. No Brasil está presente em todos os estados, com menos abundância na região Norte.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), e suas populações se mostram estáveis (IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Tachybaptus dominicus. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22696571A93571402. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22696571A93571402.en. Downloaded on 09 November 2019.


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Wikiaves. (2018). Mergulhão-pequeno. Recuperado em 9 de novembro, 2019, de https://www.wikiaves.com.br/wiki/mergulhao-pequeno

Mutum de Penacho

Crax fasciolata Spix, 1825

Nome(s) popular(es)

Mutum de Penacho, Mutum Pinima (PA e MA).

História Natural

Ave rasteira típica de ambientes florestados. No Cerrado, pode ser encontrado principalmente em matas de galeria. Percorre o chão da floresta a procura de alimento, e se empoleira a noite para descansar, geralmente no mesmo poleiro. Pode ser visto em pares ou pequenos grupos familiares. Se torna mais ativo durante o começo da manhã ou fim da tarde, quando pode ser ouvido vocalizando. Onívoro, se alimenta principalmente de frutas caídas no chão, além de sementes, folhas, brotos, flores, caramujos, gafanhotos, pequenos sapos e lagartixas. Pode ser predado pelo Lobo Guará. Se reproduz entre agosto e dezembro, fazendo grandes ninhos na copa das árvores com gravetos, onde a fêmea põe de 2 a 3 ovos brancos.

Descrição

Mede entre 77 e 85 cm. Possui uma crista que pode estar ou não eriçada, uma porção de pele nua preta ao redor do olho e coloração geral preta. Macho e fêmea possuem algumas diferenças. O macho possui o bico amarelo vivo com a ponta preta, coloração preta uniforme em todo o corpo exceto na porção traseira da barriga, que é branca, e patas cinzentas. Já a fêmea possui o bico preto, penacho branco com apenas as pontas das penas pretas, estrias castanhas no dorso, asas, ventre e coxas castanho amarelado e patas laranja.

Distribuição

Sua ocorrência é ampla pelo Brasil central, se estendendo do sul do rio Amazonas até o MA, TO, GO, o centro de MG e SP, e o extremo oeste do PR. Ocorre também na Bolívia, Paraguai e extremo nordeste da Argentina.

Conservação

Pouco preocupante: considerado não ameaçado no Brasil (ICMBio), porém vulnerável globalmente (IUCN), pois suas populações vêm diminuindo. As populações de uma subespécie amazônica da região de Belém, Crax fasciolata pinima, encontram-se criticamente ameaçadas (ICMBio), estando presente apenas no PA e MA. É ameaçado pela perda e degradação do habitat, desmatamento e caça.

Referências

Bare-faced Curassow (Crax fasciolata), In Neotropical Birds Online (T. S. Schulenberg, Editor). Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, NY, USA. retrieved from Neotropical Birds Online: https://neotropical.birds.cornell.edu/Species-Account/nb/species/bafcur1


BirdLife International 2016. Crax fasciolata. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T45092100A95141387. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T45092100A95141387.en. Downloaded on 16 October 2019.


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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 2018. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção: Volume III – Aves. In: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (Org.). Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Brasília: ICMBio. 709p. 


Jácomo, A. T. de A., Silveira, L., & Diniz‐Filho, J. A. F. (2004). Niche separation between the maned wolf (Chrysocyon brachyurus), the crab‐eating fox (Dusicyon thous) and the hoary fox (Dusicyon vetulus) in central Brazil. Journal of Zoology, 262(1), 99-106.


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Wikiaves. (2018). Mutum-de-penacho. Recuperado em 16 de outubro, 2019, de https://www.wikiaves.com.br/wiki/mutum-de-penacho

Jacupemba

Penelope superciliaris Temminck, 1815

Nome(s) popular(es)

Jacupemba, Jacupeba, Jacu Velho, Jacucaca (RJ), Pava Chica, Yacupoí.

História Natural

É uma ave relativamente comum, típica de florestas tropicais e subtropicais, podendo ser encontrada em uma diversidade de ambientes, como bordas de florestas densas, capoeiras, e matas ralas. No Cerrado, encontra-se nas matas de galeria, matas secas, cerradões e outras formações savânicas. Herbívoro, se alimenta principalmente de frutos, como o do Murici e do Palmito Juçara, ou os das famílias Myrtaceae, Rubiaceae e Solanaceae, além de sementes, flores, folhas e brotos. Atua como um importante dispersor de sementes para as plantas que consome. Se mantém principalmente nas copas das árvores, em altas e médias alturas, mas também se desloca pelo chão, principalmente para apanhar frutos caídos. Pode viver em grupos familiares de 3 a 6 indivíduos. Se reproduz entre setembro e fevereiro, fazendo o ninho entre emaranhados de cipós e ramos, no alto das árvores ou sobre a água. Os ovos são claros.

Descrição

Mede entre 55 e 70 cm. Possui uma porção de pele nua flácida na garganta, de cor vermelho vivo, olho vermelho, topo da cabeça escuro, sobrancelha clara, rosto e pescoço cinza escuro com discretas estrias claras pelas bordas das penas. Dorso castanho oliváceo ou escuro, com bordas das penas ferrugíneas. Barriga, porção traseira inferior e coxas castanho avermelhado.

Distribuição

Possui ampla distribuição no Brasil, estando presente em todo o Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. No Norte e Sul é menos abundante, se limitando ao sul do rio Amazonas no primeiro, e ao norte do RS no segundo. Também encontra-se no leste do Paraguai, extremo nordeste da Argentina e leste da Bolívia.

Conservação

Pouco preocupante: é considerado não ameaçado (ICMBio e IUCN), porém suas populações vêm diminuindo (IUCN).

Referências

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Marreca Toicinho

Anas bahamensis Linnaeus, 1758

Nome(s) popular(es)

Marreca Toicinho, Queixo Branco, Paturi do Mato.

História Natural

É uma ave aquática relativamente comum que, diferente da maioria dos outros patos e marrecos (família Anatidae), está bastante associada a ambientes salinos, como manguezais, pântanos, riachos entremarés e pequenos lagos salinos ou salobros, motivo pelo qual se encontra notoriamente presente nas áreas litorâneas da América do Sul. Apesar disso, ainda pode ser encontrada em ambientes de água doce, sendo vista ocasionalmente em corpos d’água do Cerrado. Se alimenta filtrando a superfície da água, ingerindo principalmente pequenas sementes, folhas, brotos e caules de plantas aquáticas, além de pequenos crustáceos, vermes e larvas de insetos. Faz ninho entre a vegetação rasteira próximo a corpos d’água, e os ovos são esbranquiçados.

Descrição

Mede entre 40 e 50 cm. Possui as laterais da cabeça (bochechas) e garganta brancas, bem destacadas com o dorso da cabeça e pescoço marrons. O peito e barriga são castanho claro barrados de preto, o dorso é castanho escuro com manchas pretas, a cauda é branca e o bico escuro possui uma mancha vermelha marcante na base superior.

Distribuição

Possui uma ocorrência dispersa pela América do Sul, estando presente em boa parte do litoral brasileiro, desde a foz amazônica até o Sul, incluindo os estados do Nordeste e Sudeste, se estendendo no interior até o GO, MS, oeste da BA e leste do PI. Ocorre também no Uruguai, nordeste da Argentina, Paraguai, sul da Bolívia, Chile, oeste do Peru e Equador, norte da Colômbia, Venezuela, Guianas e Suriname, além das ilhas caribenhas (Cuba, Haiti, República Dominicana, etc.) e ilhas Galápagos.

Conservação

Pouco preocupante: é considerado não ameaçado (ICMBio e IUCN), apesar de suas populações mostrarem sinais de declínio (IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Anas bahamensis. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22680287A92853819. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22680287A92853819.en. Downloaded on 08 October 2019.


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Pé Vermelho

Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789)

Nome(s) popular(es)

Pé Vermelho, Picassinha (RS), Marreca Ananai, Ananaí, Asa de Seda, Paturi (PE e BA).

História Natural

Ave aquática comum em lagoas e brejos de todos os biomas brasileiros. No Cerrado, pode ocorrer em campos alagados. É mais ativa durante o dia, passando a maior parte do seu tempo buscando alimento dentro d’água ou nas margens. Pode se manter junto de outros patos (família Anatidae), como o Irerê. Se alimenta através de filtração, consumindo principalmente plantas aquáticas, frutinhas, sementes e raízes, além de crustáceos, insetos e vermes. Seus filhotes podem ser predados por animais maiores, como o Carcará, e seus ovos podem ser comidos pelo Teiú. Faz seus ninhos entre touceiras de capim próximo a um corpo d’água, pondo de 6 a 10 ovos esbranquiçados.

Descrição

Mede entre 35 e 40 cm. Sua coloração geral é parda acinzentada, mais claro na barriga e na região posterior da cabeça (área das “bochechas”), mais castanho no peito, marrom na face e no topo da cabeça,e mais escuro no dorso. Possui as patas vermelhas, e as penas das asas refletem tons vibrantes de azul e verde, embora quando fechadas isso não seja visível. O macho possui o bico avermelhado, enquanto a fêmea o tem preto.

Distribuição

Ocorre em todo Brasil, embora pareça ser menos frequente ao norte do rio Amazonas. Sua distribuição se estende do sul do AP ao nordeste da Argentina, incluindo Uruguai, Paraguai e o leste da Bolívia, assim como porções isoladas de ocorrência no norte de RR e Guiana, e na Venezuela e Colômbia.

Conservação

Pouco preocupante: é considerado não ameaçado (ICMBio e IUCN), embora suas populações mostram sinais de declínio (IUCN).

Referências

BirdLife International 2018. Amazonetta brasiliensis. The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22680115A130025891. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T22680115A130025891.en. Downloaded on 01 October 2019.


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Pato do Mato

Cairina moschata (Linnaeus, 1758)

Nome(s) popular(es)

Pato do Mato.

História Natural

É um pato localmente comum, típico de rios, lagoas e charcos tropicais, estando presente em todos os biomas brasileiros. Costuma voar pela manhã ou fim de tarde, entre os locais de descanso e de alimentação. Se empoleira para descansar ou dormir, dando preferência para árvores e galhos que não estejam obstruídos por vegetação densa, para facilitar seu acesso. Se alimenta principalmente de raízes, sementes e folhas de plantas aquáticas, grãos e frutos, além de pequenos peixes, insetos e crustáceos, filtrando o fundo dos corpos d’água ou apanhando diretamente o alimento. Seus ovos podem ser predados pelo Teiú. Vive em pequenos grupos, e os machos podem disputar por territórios ou por fêmeas. Se reproduz de outubro a março, fazendo ninhos em cavidades de árvores mortas próximas a corpos d’água.

Descrição

Mede entre 66 e 85 cm. Os machos são maiores que a fêmea. De coloração toda preta, com exceção de uma área branca sobre a asa que aumenta conforme a idade e de tons esverdeados no dorso. Possui protuberâncias carnosas na face (base do bico e ao redor do olho) coloridas de vermelho.

Distribuição

Possui ampla distribuição pelas Américas, ocorrendo do México ao norte da Argentina. No Brasil está presente em todos os estados.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), porém algumas populações vêm diminuindo (IUCN), principalmente em regiões onde é mais caçado, como no Nordeste e Sul brasileiro.

Referências

Azara, F. de. (1805). Apuntamientos para la historia natural de los Pácharos del Paraguay y rio de la Plata (Vol. 3). Madrid: Ibarra.


BirdLife International 2018. Cairina moschata. The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22680061A131911211. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T22680061A131911211.en. Downloaded on 01 October 2019.


Carboneras, C. & Kirwan, G.M. (2019). Muscovy Duck (Cairina moschata). In: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. (retrieved from https://www.hbw.com/node/52846 on 1 October 2019).


Clements, J. F. (2012). The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press.


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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 2018. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Brasília: ICMBio. 4162 p.


Sazima, I., & D’Angelo, G. B. (2013). Range of animal food types recorded for the tegu lizard (Salvator merianae) at an urban park in South-eastern Brazil. Herpetology Notes, 6, 427-430.


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Wikiaves. (2018). Pato-do-mato. Recuperado em 1 de outubro, 2019, de https://www.wikiaves.com.br/wiki/pato-do-mato