Pato Corredor

Neochen jubata (Spix, 1825)

Nome(s) popular(es)

Pato Corredor, Ganso do Orinoco.

História Natural

Típico de regiões tropicais alagadas, como os Llanos Venezuelanos, a Amazônia, e algumas fitofisionomias do Cerrado, frequenta e se reproduz preferencialmente em margens arenosas de praias de rios, próximas a matas ciliares. No Cerrado, ocorre em savanas ou campos alagados. É uma ave predominantemente rasteira, ficando mais tempo no solo do que outros patos (família Anatidae), voando e nadando comparativamente menos que eles, e se locomovendo com mais agilidade no chão. Se alimenta pastando, comendo principalmente gramíneas, brotos e outras partes tenras de vegetais, além de insetos, vermes e moluscos. Durante a reprodução os machos disputam bastante por territórios e fêmeas, e possuem um complexo ritual de corte para acasalar, onde o casal parece realizar diversas danças. Fazem ninhos em ocos de árvores ou no chão, próximo aos rios. A fêmea forra o ninho com suas penas e põe de 6 a 10 ovos.

Descrição

Mede entre 62 e 75 cm. O macho é maior que a fêmea. Possui a cabeça, pescoço e peito branco acinzentado, com barriga, dorso e laterais castanhos, asas e porção posterior, tanto do dorso quanto do ventre, escuras com reflexos azulados ou esverdeados, e patas laranjas. O pescoço e as patas são robustos.

Distribuição

Ocorrência ampla pela América do Sul, se estendendo da Venezuela, Colômbia, Guianas e Suriname, pelo leste do Equador e do Peru, através da Bolívia e do Brasil central até o extremo oeste do Paraguai e extremo norte da Argentina. No Brasil, ocorre principalmente na região amazônica, como em RR, AM e RO, além do TO, MT, GO, e algumas regiões do MT, MS e PR.

Conservação

Dados insuficientes: não se possuem dados suficientes para a avaliação de seu estado de conservação no Brasil (ICMBio), porém é considerado quase ameaçado globalmente (IUCN), pois suas populações vêm se reduzindo drasticamente, principalmente devido à caça e perda de habitat para a agricultura e a construção de barragens. Sabe-se, porém, que está severamente ameaçado em diversas áreas de sua distribuição original, como no estado de SP, onde é considerado possivelmente extinto. Poucas populações se mantêm saudáveis, notoriamente as dos Llanos Venezuelanos e Colômbia, as das savanas no norte da Bolívia e as da região do Rio Araguaia, no Brasil central.

Referências

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Pato Mergulhão

Mergus octosetaceus Vieillot, 1817

Nome(s) popular(es)

Pato Mergulhão, Merganso do Sul, Mergulhador, Patão, Pato Mergulhador.

História Natural

Ave aquática extremamente rara e arredia, é praticamente endêmica (exclusiva) ao Cerrado. Está extremamente associado a rios límpidos, com água limpa e cristalina, especialmente rios corredios de regiões serranas e de planaltos, com fundo de areia ou rochoso, não muito profundos e rodeados por mata ciliar preservada. Sua dependência bastante específica por esses ambientes o torna uma ave altamente sensível a alterações e degradações ambientais, e essa dependência está associada a seus hábitos de vida e alimentação, pois caça peixes ativamente enquanto mergulha, o que exige a visibilidade impecável e a abundância de presas que só os rios intactos e cristalinos podem oferecer. Carnívoro, se alimenta basicamente de peixes, especialmente o Lambari, mas pode ingerir caramujos, larvas e insetos aquáticos. Entre seus possíveis predadores, podem ser citados o Puma, a Jaguatirica, o Gato Maracajá, o Jaguarundi, o Lobo Guará, o Cachorro do Mato, a Irara, a Lontra, a Águia Cinzenta, a Águia Serrana e o Gavião Pato. Apesar de se assemelhar no comportamento e aparência com os mergulhões, como o Biguá, é na verdade um parente próximo dos patos (família Anatidae). Se reproduz entre maio e setembro, fazendo ninhos dentro de cavidades em árvores, rochas ou solo, próximas ao curso d’água que habita. Cobre o ninho com plumas e os ovos possuem cor clara. É monogâmico, e durante a reprodução se torna bastante territorialista, utilizando e defendendo um trecho específico do rio.

Descrição

Mede entre 50 e 56 cm. Possui bico fino e comprido, penacho longo na nuca, pescoço e cabeça esguios. O bico é preto, e a cabeça e porção superior do pescoço são de um preto brilhoso com tons verdes, mais fortes no macho. O peito e a barriga são cinza claro, com o dorso sendo cinza mais escuro. Há uma grande mancha branca na asa, que pode estar escondida. As patas são vermelhas.

Distribuição

Sua ocorrência é extremamente restrita, atualmente estando presente apenas em algumas localidades isoladas, principalmente no GO, TO, MG, além um registro recente em SP. Talvez ainda exista na BA, PA, e no leste do Paraguai. É uma espécie parcialmente endêmica (exclusiva) ao Brasil.

Conservação

Perigo crítico: é considerado criticamente ameaçado (ICMBio e IUCN). Apesar de registros históricos mostrarem que essa espécie é naturalmente rara, atualmente se encontra com populações extremamente reduzidas e em declínio. Estima-se que restam apenas cerca de 250 indivíduos maduros, sendo uma das aves mais ameaçadas das Américas e dentre as aves aquáticas mais ameaçadas do mundo. Suas escassas populações se encontram isoladas em refúgios bem preservados de Cerrado, especificamente em três Unidades de Conservação: o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Parque Nacional da Serra da Canastra e o Parque Estadual do Jalapão. As principais pressões e ameaças para a espécie são a construção de hidroelétricas, a poluição e o assoreamento dos rios, a destruição e degradação do habitat, especialmente as matas ciliares, o turismo desordenado, o uso excessivo de agrotóxicos e a mineração.

Referências

BirdLife International 2018. Mergus octosetaceus (amended version of 2016 assessment). The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22680482A123509847. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T22680482A123509847.en. Downloaded on 15 October 2019.

 

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Gavião de Cabeça Cinza

Leptodon cayanensis (Latham, 1790)

Nome(s) popular(es)

Gavião de Cabeça Cinza, Gavião Gato.

História Natural

Ave nativa de regiões florestadas, sendo bastante típica da Amazônia. No Cerrado pode ser encontrado principalmente em matas de galeria, matas ciliares, matas secas e cerradões, porém pode ser visto em formações savânicas. Apesar de grande, voa com agilidade por entre a mata, e ao sobrevoar bate apenas as pontas das asas. É na maior parte um predador insetívoro, se alimentando principalmente de insetos, sejam larvas ou adultos, como cigarras, vespas, abelhas, cupins, besouros e gafanhotos, além de moluscos, ovos de outras aves, cobras, lagartos e até morcegos, geralmente caçando pela copa da mata. Pode se aproveitar da atividade de Saguis se alimentando, capturando no ar as cigarras que escaparam dos pequenos primatas. Constrói seus ninhos com ramos e gravetos entre os galhos de árvores, e ambos os pais ajudam a incubar e alimentar os filhotes. Põe cerca de 2 ovos, brancos e manchados de marrom. Quando juvenil, apresenta alguns tipos de coloração da plumagem diferentes da adulta, e que se assemelham muito a outras espécies de gaviões, o Gavião Pega Macaco, o Gavião Pato e o Gavião de Penacho, todos predadores poderosos e maiores, que caçam aves e mamíferos. Tal semelhança é conhecida como mimetismo, e ajuda a manter o Gavião de Cabeça Cinza juvenil seguro ao fazer com que seus predadores o confundam com outro predador poderoso, diminuindo sua chance de ser predado.

Descrição

Mede entre 46 e 54 cm de comprimento. Possui a cabeça cinza claro, com garganta mais clara, peito e barriga brancos, asas e dorso negros. A parte inferior da cauda possui três barras brancas largas, porém a primeira é menor e pode estar escondida sob as penas do ventre. As asas são barradas de cinza claro por baixo.

Distribuição

Ocorre desde o México até o nordeste da Argentina, incluindo todos os países da América do Sul com exceção do Chile e Uruguai. No Brasil pode ser encontrado em praticamente todo o território, com exceção do Nordeste, sendo mais comum na região amazônica.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), porém suas populações aparentam estar declinando (IUCN).

Referências

Bierregaard, R.O., Jr & Kirwan, G.M. (2020). Grey-headed Kite (Leptodon cayanensis). In: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. (retrieved from https://www.hbw.com/node/52953 on 22 April 2020). 

 

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Socoí Vermelho

Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789)

Nome(s) popular(es)

Socoí Vermelho, Garça Vermelha, Socoí e Socó Mirim.

História Natural

Ave aquática típica de ambientes de água doce ou salobra, não é encontrada com facilidade devido a seu tamanho pequeno e baixa abundância, mas pode ser localmente abundante. Habita corpos d’água com densa vegetação aquática, tanto na superfície quanto nas margens, como lagos, brejos e pântanos. No Cerrado, pode ser visto em veredas e campos alagados. Se alimenta principalmente de pequenos peixes, além de insetos (gafanhotos e libélulas), moluscos, e eventualmente ovos ou filhotes de outras aves pequenas. Se locomove com agilidade em meio à vegetação aquática, utilizando seus longos dedos para se fixar nos juncos e capins enquanto aguarda uma presa passar dentro de seu alcance. Pode ser predado peço Cauré.O macho constrói o ninho com gravetos a certa altura entre a vegetação aquática, e tanto ele quanto a fêmea incubam os ovos e cuidam dos filhotes.

Descrição

Mede entre 28 e 35 cm de comprimento. É um dos menores membros da sua família (Ardeidae). De cor predominantemente castanho avermelhado, principalmente nas laterais do pescoço, possui garganta branca e região ventral do pescoço e peito rajada de branco e canela, com barriga branca. O topo da cabeça, das costas e das asas é escuro, principalmente nos machos. Possui pescoço comprido e delgado, com patas e bico amarelos.

Distribuição

Possui distribuição ampla porém dispersa pelas Américas. Ocorre durante a reprodução em boa parte do leste dos Estados Unidos. Está presente nas costas leste e oeste do México, ilhas caribenhas e América Central. Na América do Sul se distribui em regiões de todos os países, exceto o Chile e Uruguai, se estendendo das Guianas, Suriname e Venezuela até o nordeste da Argentina. No Brasil, pode ser visto na maioria dos estados, exceto AC e RO, porém suas principais áreas de ocorrência parecem ser na foz do rio Amazonas (do AP, PA e MA até AM), na região do rio Araguaia (GO, MT e TO) e na região costeira (PE até SC).

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), e suas populações parecem estar estáveis (IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Ixobrychus exilis. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22697314A93607413. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697314A93607413.en. Downloaded on 18 November 2019.

 

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Gavião Ripina

Harpagus bidentatus (Latham, 1790)

Nome(s) popular(es)

Gavião Ripina, Milhafre Bidentado.

História Natural

 

Ave típica de florestas tropicais e subtropicais, principalmente matas fechadas em áreas de maior altitude. É habitante da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica, tendo sua distribuição no Brasil associada a esses dois biomas. No Cerrado, pode ser encontrado principalmente em regiões próximas desses biomas, como nos estados de MT, TO e MG, em áreas de transição e nas matas de galeria e matas ciliares. Se mantém na copa das árvores, onde caça suas presas. Se alimenta principalmente de insetos (cigarras, gafanhotos, besouros e lagartas) e pequenos lagartos, mas ocasionalmente também pode predar morcegos, aves, roedores e até cobras. Possui um comportamento peculiar de seguir grupos de primatas pela copa para se aproveitar das presas que se espantam com o movimento deles, assim como faz o Gavião de Cabeça Cinza, porém o Gavião Ripina parece usar essa técnica com mais frequência, ativamente seguindo os grupos de perto, entre 5 e 40 metros de distância, e às vezes até mesmo perturbando Saguis em descanso, pairando sobre eles e os tocando com as patas, presumidamente para fazê-los mover. Dessa forma, pode seguir grupos de Sagui, Macaco de Cheiro, Macaco Prego, e ocasionalmente Bugio e Macaco Aranha. Seus ninhos são rasos e feitos com gravetos na copa das árvores, onde põem até 2 ovos. A fêmea se encarrega da maior parte do trabalho de construção do ninho e o macho contribui trazendo presas para ela e os filhotes. 

Descrição

Mede entre 29 e 35 cm. Possui a cabeça cinzenta, com olho vermelho alaranjado. Sua garganta é branca com uma listra preta vertical ao meio. Seu peito é castanho ferrugem, e sua barriga é esbranquiçada com um padrão barrado da mesma cor do peito. Suas costas são cinzentas, sendo que no dorso das asas esse cinza é mais escuro. Por baixo a cauda é preta com três faixas brancas e pontas cinzentas. Suas patas são amarelas. Possui duas pequenas pontas sobressalentes na margem de cada lateral do bico.

Distribuição

Ocorre do sul do México ao Brasil e Bolívia. No Brasil está presente em duas regiões distintas: uma no Norte, incluindo todos seus estados mais o MT, TO e MA, e a outra na costa leste, indo de AL a ES.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), porém suas populações mostram sinais de declínio (IUCN), sendo que o desmatamento é uma de suas principais ameaças.

Referências

Bierregaard, R. O., J. S. Marks, and G. M. Kirwan (2020). Double-toothed Kite (Harpagus bidentatus), version 1.0. In Birds of the World (J. del Hoyo, A. Elliott, J. Sargatal, D. A. Christie, and E. de Juana, Editors). Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, NY, USA. https://doi.org/10.2173/bow.dotkit1.01

 

Bierregaard, R.O., Jr, Marks, J.S. & Kirwan, G.M. (2020). Double-toothed Kite (Harpagus bidentatus). In: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. (retrieved from https://www.hbw.com/node/52973 on 1 May 2020).

 

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Gavião Tesoura

Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758)

Nome(s) popular(es)

Gavião Tesoura.

História Natural

Ave rapinante relativamente comum, vive em regiões florestadas, geralmente habitando as bordas da mata, embora ocasionalmente possa ser visto planando por campos. Possui uma silhueta elegante, principalmente quando em voo, graças à sua cauda comprida e bifurcada em “v” e asas esguias, sendo facilmente reconhecível entre outros gaviões (família Accipitridae). No Cerrado pode ser encontrado principalmente nas matas de galeria, matas ciliares, matas secas, cerradões e veredas. É uma ave bastante sociável, vivendo em grupos de até 30 indivíduos. Ambas as populações, a da América do Norte e Central e a da América do Sul, migram para passar o inverno na Amazônia. Voa com bastante agilidade, se locomovendo pelas copas das árvores com destreza, onde costuma capturar suas presas. Sua alimentação é composta em boa parte por insetos, tanto larvas quanto adultos, muitas vezes pegos com as patas enquanto em voo. Também caça outras aves, lagartos, cobras, anfíbios, e em eventuais períodos de escassez pode até se alimentar de frutas, embora seja raro. Na época da reprodução, macho e fêmea realizam belos voos de cortejo para reforçar seus laços, visto que são monogâmicos e costumam se manter juntos ao longo da vida. O macho também oferece alimento à fêmea durante esse período. Fazem seus ninhos um tanto escondidos entre as folhagens na copa das árvores, usando gravetos e musgo, onde botam entre 2 e 3 ovos esbranquiçados. Ambos os pais ajudam a incubar e alimentar o filhotes, e são bem defensivos contra invasores próximos do ninho. Podem fazer ninhos em colônias, e outros machos do grupo, que não estão reproduzindo, podem eventualmente ajudar a coletar material para a construção do ninho de um casal, ou até mesmo a defender o ninho de ameaças. Seu principal predador é o Jacurutu, que pode caçar tanto os filhotes quanto os adultos. Outros potenciais predadores dos filhotes são o Gavião de Asa Larga, o Guaxinim e algumas cobras arborícolas.

Descrição

Mede entre 52 e 66 cm de comprimento. Possui a cauda longa e bifurcada, apresentando a forma de tesoura quando em voo, bem característica. As asas também são compridas e pontudas. Sua cabeça e região ventral são completamente brancas, inclusive embaixo das asas, onde a área interna contrasta com as penas externas, que são pretas. As costas, cauda e parte dorsal das asas são pretas, com um leve brilho metálico azul esverdeado, embora não seja visível quando voando. Seu bico possui a ponta negra e a base cinza azulado. Sua coloração e tamanho o tornam parecido com o Gavião Peneira, porém a cauda comprida ajuda a diferenciá-lo.

Distribuição

Possui ampla distribuição pelas Américas, ocorrendo desde o sudeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina, incluindo a América Central e boa parte da América do Sul, com exceção do Chile e do Uruguai. No Brasil está presente em praticamente todo o território, sendo menos comum no Nordeste.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), e suas populações podem estar aumentando (IUCN).

Referências

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Marreca Caneleira

Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816)

Nome(s) popular(es)

Marreca Caneleira, Marreca Peba, Tapuia, Xenxém.

História Natural

É uma ave aquática comum, típica de habitats abertos, como banhados e brejos, não adentrando muito em áreas florestadas. Pode ocorrer em grandes bandos, inclusive junto com outras marrecas, como a Marreca Cabocla. Se alimenta principalmente de plantas, especialmente gramíneas e grãos, que podem estar submersas ou não, além de sementes, frutas, insetos, pequenos peixes, girinos e crustáceos. Pode ser ouvida vocalizando, principalmente à noite, com seus piados rápidos e agudos. Fazem ninhos preferencialmente no chão, sobre a vegetação aquática, mas podem usar ocos de árvores. A fêmea põe de 8 a 14 ovos brancos, e tanto os ovos quanto os filhotes são cuidados pelo casal em conjunto.

Descrição

Mede entre 45 e 53 cm. Sua cabeça, base do pescoço, peito e barriga são marrom acanelado. A parte superior do pescoço é esbranquiçada com pequenas manchas pretas. O dorso é escuro barrado de marrom, as patas e o bico são negros.

Distribuição

Sua distribuição é dispersa, ocorrendo no sul dos Estados Unidos, no México, no Caribe, Venezuela, Colômbia, Equador, Guianas e Suriname, algumas regiões do Peru, na Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina. No Brasil é especialmente abundante no Sul, mas está presente também em todos os estados do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, sendo menos abundante na região amazônica. Também ocorre na Índia e na África subsaariana, incluindo Madagascar.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), porém suas populações mostram sinais de declínio (IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Dendrocygna bicolor. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22679746A92827620. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22679746A92827620.en. Downloaded on 01 October 2019.

 

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Gavião do Banhado

Circus buffoni (Gmelin, 1788)

Nome(s) popular(es)

Gavião do Banhado, Gavião do Alagado, Gavião do Mangue, Tartaranhão do Brejo.

História Natural

Ave rapinante incomum, típica de áreas abertas de baixa altitude, especialmente em locais úmidos, como banhados, pântanos e brejos, incluindo pastos e campos cultivados, como arrozais. Pode ser visto no Cerrado, nos Pampas, na região costeira, nos Chacos Bolivianos e nos Llanos Venezuelanos. No Cerrado pode ser encontrado principalmente nos campos úmidos, campos sujos, campos limpos e veredas, além de formações savânicas mais abertas, como o cerrado ralo. Sua silhueta em voo é bem típica, com cauda e asas bem compridas. Costuma voar baixo pelo campo, geralmente a menos de 5 metros de altura, em busca de suas presas. Ao avistar uma, mergulha rapidamente e a captura com as patas. Se alimenta de aves, tanto aquáticas quanto terrestres, podendo atacar ninhos com ovos ou filhotes, além de predar aves adultas, lagartos, anfíbios e pequenos mamíferos. Faz seus ninhos no chão com capim, entre a vegetação do campo alagado, e põe entre 3 e 5 ovos.

Descrição

Mede entre 46 e 60 cm. Possui cauda e asas bem compridas. Sua coloração é variável, mas no geral apresenta um padrão barrado bem marcado na cauda e nas asas. Possui a face branca, as costas negras, e um colar ao redor do pescoço também negro. Enquanto alguns indivíduos podem apresentar a cabeça, o peito e a barriga pretos, outros possuem o peito e barriga brancos, com a testa branca e uma grande mancha facial atrás do olho escura. Nas fêmeas o preto possui um tom castanho. Suas patas são amarelas.

Distribuição

Sua ocorrência se estende pela América do Sul, incluindo Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai, Bolívia, as Guianas, Suriname, Venezuela e Colômbia. No Brasil ocorre principalmente nas regiões Sul, Centro-Oeste, Sudeste.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), porém suas populações mostram sinais de declínio (IUCN), sendo que sua especialização em áreas alagadas o põe sujeito à degradação que muitas dessas áreas vêm sofrendo.

Referências

Bierregaard, R.O., Jr & Kirwan, G.M. (2020). Long-winged Harrier (Circus buffoni). In: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. (retrieved from https://www.hbw.com/node/53026 on 3 May 2020). 

 

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Maguari

Ciconia maguari (Gmelin, 1789)

Nome(s) popular(es)

Maguari, Cauanã, Cauauá, Cauauã (PR), Cegonha, Jaburu Moleque, João Grande, Maguarim, Mauari, Tabujajá, Tapucaiá, Baguari e Tabuiaiá (MT e MS).

História Natural

Ave grande associada a ambientes aquáticos, habita brejos, pântanos e lagoas rasas, principalmente em áreas abertas, evitando regiões muito florestadas, sendo típica do Cerrado, Pantanal, Pampas, Chacos Bolivianos e Llanos Venezuelanos, podendo ocorrer também em ambientes costeiros no Sudeste brasileiro. No Cerrado, pode ser encontrado em veredas e campos alagados e úmidos. Também pode ser visto sobrevoando alto. Carnívoro, se alimenta na água rasa, capturando sapos e girinos, peixes (especialmente enguias), crustáceos, insetos, pequenos roedores, cobras aquáticas e outros répteis (anfisbenas). Se reproduz entre agosto e outubro, em grupos coloniais de 5 a 20 ninhos próximos uns dos outros, grandes e feitos com juncos e gravetos sobre a vegetação flutuante, onde põe 4 ovos. Seus filhotes possivelmente podem servir de presa a cobras e gaviões, como o Carcará, Gavião do Banhado e o Gavião Velho.

Descrição

Mede entre 97 e 110 cm de comprimento, com até 1,4 m de altura. Possui pescoço, pernas e bico compridos. Coloração branca, com penas das asas, cauda e região traseira das costas pretas. Possui as pernas, a região ao redor do olho e próxima à base do bico vermelhas, e a ponta do bico pode ser escura ou avermelhada. Em voo pode lembrar o Cabeça Seca, porém suas pernas são vermelhas e mais compridas, com o preto da cauda mais escondido pelo branco da barriga e corpo levemente maior.

Distribuição

Sua distribuição é ampla e dispersa pela América do Sul, com duas grandes áreas de ocorrência: uma ao norte da região amazônica, se estendendo da Guiana Francesa à Colômbia, incluindo os estados de RR, AP, norte do PA e extremo norte do MA; a outra se estendendo da Argentina central ao extremo sudeste do Peru, incluindo Uruguai, Paraguai, Bolívia, e todos os estados brasileiros do Sul, Centro-Oeste e Sudeste, sendo escasso no Norte e Nordeste.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), e suas populações se mostram estáveis (IUCN).

Referências

BirdLife International 2016. Ciconia maguari. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22697688A93630558. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22697688A93630558.en. Downloaded on 13 November 2019.

 

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Gavião Caracoleiro

Chondrohierax uncinatus (Temminck, 1822)

Nome(s) popular(es)

Gavião Caracoleiro, Gavião Bico de Gancho.

História Natural

Ave incomum típica de formações florestais mais densas e úmidas, pode ser encontrado com mais frequência na Amazônia e Mata Atlântica. No Cerrado ocorre nas matas de galeria, matas ciliares, brejos, e possivelmente veredas. Tende a ficar empoleirado por longos períodos sem se locomover muito, a média altura na copa da mata, e não costuma planar muito alto. Está associado à presença de água pois sua principal presa são caracóis e caramujos, tanto os arborícolas quanto os terrestres e aquáticos, mas também pode predar insetos, aranhas, lagartos e anfíbios. Seu bico curvo e pontudo é adaptado para perfurar as conchas dos caramujos e alcançar o molusco dentro das espirais internas, porém ao contrário do Gavião Caramujeiro, também especializado neste tipo de presa, costuma quebrar e abrir a concha, ou até mesmo engoli-la inteira. Existe uma notável variação no tamanho de seu bico entre diferentes populações, provavelmente associada aos diferentes tamanhos de caracóis mais comuns em cada região. Pode caçar Caramujos Africanos, considerados uma praga em muitos lugares do Brasil, contribuindo para o controle populacional dessa espécie invasora. Faz um ninho fino com gravetos, em meio à copa das árvores, pondo entre 1 e 2 ovos.

Descrição

Mede entre 39 e 51 cm de comprimento. Possui um bico terminado em gancho bem característico, com a ponta mais proeminente do que na maioria dos gaviões (família Accipitridae), com a parte superior cinza escuro e a inferior amarelada e mais clara. Entre o olho, de íris clara, e o bico, há uma mancha de pele nua amarela ou laranja, quase como uma sobrancelha, e as patas são amarelas também. Macho e fêmea possuem diferentes plumagens, mas no geral a cabeça, as asas e o dorso são cinzas. O peito e o ventre são brancos com um padrão barrado. No macho o barrado também é cinza, enquanto na fêmea é castanho avermelhado, apresentando um colar que dá a volta pela nuca também castanho.

Distribuição

Ocorre do extremo sul dos Estados Unidos ao norte da Argentina, incluindo a América Central e boa parte da América do Sul, estando ausente na região andina, no Chile e no Uruguai. No Brasil pode ser encontrado em todos os estados, embora seja menos comum no Nordeste.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), porém suas populações aparentam estar diminuindo (IUCN).

Referências

Bierregaard, R.O., Jr, Kirwan, G.M. & Marks, J.S. (2020). Hook-billed Kite (Chondrohierax uncinatus). In: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. (retrieved from https://www.hbw.com/node/52955 on 22 April 2020). 

 

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BirdLife International. 2016. Chondrohierax uncinatus. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22694971A93482107. https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22694971A93482107.en. Downloaded on 22 April 2020.

 

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