Biguá, Biguá Una, Imbuiá, Mergulhão, Cormorão, Miuá, Pata D’Água, Corvo Marinho.
Ave aquática bastante comum e abundante em diversos ambientes de água doce e salgada, podendo ser encontrada em rios, lagos, pântanos, brejos, manguezais, no mar, em açudes e parques urbanos. No Cerrado, pode ser visto em rios e lagos. É um excelente nadador, mergulhando totalmente e indo atrás de sua presa, se alimentando de uma grande diversidade de itens, mas principalmente peixes, além de sapos e girinos, insetos aquáticos, crustáceos e moluscos. Pode ser predado pela Sucuri. Costuma se manter próximo à água, repousando numa pedra, no solo, ou empoleirado em uma árvore seca, muitas vezes de asas abertas para secar as penas. Pode ser visto em grandes grupos durante a época reprodutiva, na água ou sobrevoando em formação de “V”. Seu chamado é um grunhido rouco e grave, semelhante ao de um porco. Faz seus ninhos em colônias sobre árvores próximas ou acima da água, às vezes juntos com outras aves aquáticas, como o Biguatinga, as cegonhas (família Ciconiidae) e as garças (família Ardeidae). Utiliza gravetos para fazer o ninho, e o forra com algas e gramíneas, pondo de 3 a 4 ovos azulados que são incubados por ambos os pais. É monogâmico, com macho e fêmea formando laços duradouros e com uma ampla variedade de rituais de corte e estreitamento de laços entre os dois.
Mede entre 58 e 73 cm de comprimento. De cor preta uniforme, olho azulado, bico cinzento, papo amarelado e patas pretas com pés palmados. Possui o pescoço e bico compridos e esguios, com esse último terminado em gancho.
Possui uma ampla distribuição pelas Américas do Sul e Central, estando presente em todos os países continentais nelas, além de Cuba, México e extremo sul dos Estados Unidos, ocorrendo até o extremo sul da Argentina. No Brasil, está presente em todos os estados.
Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), e suas populações se mostram estáveis (IUCN).
BirdLife International 2018. Nannopterum brasilianus. The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22696773A133550739. Downloaded on 13 November 2019.
Camera, B. F., Miranda, E. B., Ribeiro-Jr, R. P., Barros, M., Draque, J., Waller, T., … & Strüssmann, C. (2019). Historical Assumptions about the Predation Patterns of Yellow Anacondas (Eunectes notaeus): Are They Infrequent Feeders?. Journal of Herpetology, 53(1), 47-52.
Clements, J. F. (2012). The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press.
Gwynne, J. A., Ridgely, R. S., Argel, M., & Tudor, G. (2010). Guia Aves do Brasil: Pantanal e Cerrado. São Paulo: Horizonte.
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 2018. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Brasília: ICMBio. 4162 p.
Neotropic Cormorant (Phalacrocorax brasilianus), In Neotropical Birds Online (T. S. Schulenberg, Editor). Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, NY, USA. retrieved from Neotropical Birds Online: https://neotropical.birds.cornell.edu/Species-Account/nb/species/neocor
Oliveira, K. R. de, Corrêa, L. L. C., & Petry, M. V. (2019). Dieta de Nannopterum brasilianus (Aves: Phalacrocoracidae) no sul do Brasil. Oecologia Australis, 23(3), 432-439.
Orta, J., Christie, D.A., Jutglar, F. & Kirwan, G.M. (2019). Neotropical Cormorant (Nannopterum brasilianus). In: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. (retrieved from https://www.hbw.com/node/52627 on 13 November 2019).
Sick, H. (1997). Ornitologıa brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Silva, J. M. C. da (1995). Birds of the cerrado region, South America. Steenstrupia, 21(1), 69-92.
Wikiaves. (2018). Biguá. Recuperado em 13 de novembro, 2019, de https://www.wikiaves.com.br/wiki/bigua