Relato sobre a importância dos serviços ecossistêmicos e da recuperação ecológica em áreas de preservação permanente

Relato sobre a importância dos serviços ecossistêmicos e da recuperação ecológica em áreas de preservação permanente

Autor(a):

Marco Aurélio de Carvalho Vieira e Silva

Resumo:

O Cerrado é um ambiente muito diverso, em termos ecológicos, porém pouco reconhecido em políticas públicas visando a sua adequada valorização, tanto dos recursos naturais quanto dos serviços ecossistêmicos, inclusive aqueles prestados pelas áreas de preservação permanente (APPs). Neste trabalho de Conclusão de Curso, derivado do Estágio Obrigatório realizado na Embrapa Cerrados, apresentam-se os benefícios gerados pelos serviços ecossistêmicos provenientes das áreas de preservação permanente, mostrando sua importância ambiental, para o desenvolvimento econômico e o bem-estar da sociedade. Como parte do entendimento sobre os serviços ecossistêmicos das APPs ripárias, foi realizado o Estágio Obrigatório, durante três meses, incluindo atividades de restauração ecológica em APPs ripárias que proporcionaram uma visão complementar acerca do tema. Dentre as atividades realizadas, destacam-se o monitoramento e o plantio das espécies vegetais nativas do bioma Cerrado plantadas em áreas degradadas de preservação permanente, localizadas em Brasília, no Distrito Federal.

Referência:

SILVA, Marco Aurélio de Carvalho Vieira e. Relato sobre a importância dos serviços ecossistêmicos e da recuperação ecológica em áreas de preservação permanente. 2014. 68 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão do Agronegócio)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

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Emissões de N2O em área de cana-de-açúcar submetida a diferentes lâminas hídricas no cerrado do Planalto Central

Emissões de N2O em área de cana-de-açúcar submetida a diferentes lâminas hídricas no cerrado do Planalto Central

Autor(a):

Thais Rodrigues de Sousa

Resumo:

A cana-de-açúcar uma cultura grande importância socioeconômica e ambiental para o Brasil, pelo seu efeito mitigador nas mudanças climáticas e pelo fato de ser matéria prima básica para diversos produtos industrializados. O País é o principal produtor de etanol de cana-de-açúcar do mundo. O cultivo irrigado apresenta-se como uma iniciativa de incremento da produtividade e promove a sustentabilidade econômica da atividade sucroalcooleira. A intensificação de gases de efeito estufa é uma das causas do aquecimento global, sendo que o N2O é um dos principais gases de origem na agricultura e sua concentração na atmosfera estima em mais de 130 anos. O uso de fertilizantes agrícolas com a presença de água tem intensificado as emissões de N2O em áreas de cana-de-açúcar no solo. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar as emissões de N2O em área de cana-de-açúcar no Cerrado do Planalto Central submetida a diferentes lâminas hídricas. O experimento foi instalado na Embrapa Cerrados (Planaltina-DF), com delineamento experimental em blocos casualisados (3 blocos) e parcelas subdivididas com as lâminas hídricas, sendo sequeiro (S), lâmina hídrica (LH17%), lâmina hídrica (LH46%) e lâmina hídrica (LH75%) da evapotranspiração da cultura (Etc), e uma área de Cerrado nativo adjacente ao experimento como testemunha absoluta. A cultivar de cana foi a RB855536 e a irrigação foi aplicada conforme o sistema Line Source Sprinkler System, modificado em barras lineares acopladas a um carretel e o método de coletas de N2O foi das câmaras estáticas, no tempo 0, 15, 30 min respectivamente. As amostras de solo foram coletadas na profundidade 0-10 cm, com 3 subamostras em cada parcela. As análises de N2O foram realizadas por cromatografia gasosa, coluna Porak Q e um elétron detector e o N-mineral, por colorimetria Lachat Quik Chen (FIA). Os fluxos diários de N2O, variaram em média, de -41,20 a 109,95 μg m2 h-1. A intensidade diária das emissões de N2O foi influenciada pela dinâmica de N no solo e os fatores que contribuíram para os processos de imobilização, equilíbrio e mineralização foram a fonte de N aplicada na adubação (sulfato de amônio), as covariavéis edafoclimáticas (espaço poroso preenchido por água (EPSA), temperaturas do solo (TS), teores de amônio (NH4+) e nitrato (NO3-) no solo). Houve efeito da lâmina hídrica aplicada, sendo que a de 75% (LH75%) resultou nos maiores fluxos de N2O. A forma de nitrogênio mineral predominante no solo foi NH4+ devido ao sulfato de amônio utilizada como fonte de N na adubação, associado à eventos de fertilização, precipitação pluviométrica e/ou irrigação. Os maiores picos de N2O foram observados depois da segunda adubação, possivelmente, devido ao efeito combinado das temperaturas mais elevadas com C/N e lignina/N mais favoráveis à mineralização de N dos resíduos vegetais da cana-de-açúcar. A presença de água, fertilização e decomposição da palhada promovem impactos sobre os fluxos de N2O e sua magnitude depende das condições específicas.

Referência:

SOUSA, Thais Rodrigues de. Emissões de N2O em área de cana-de-açúcar submetida a diferentes lâminas hídricas no cerrado do Planalto Central. 2016. 58 f., il. Monografia (Bacharelado em Gestão Ambiental)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

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Análise do cenário da produção de mogno africano (Khaya ivorensi) no cerrado

Análise do cenário da produção de mogno africano (Khaya ivorensi) no cerrado

Autor(a):

Gustavo Souza Natividade

Resumo:

Este trabalho teve como objetivo geral analisar o cenário da produção de Khaya ivorensi (Mogno Africano) no cerrado brasileiro. Neste estudo foram levantadas informações da espécie Khaya ivorensi sobre mercado consumidor e produtos desdobrados da madeira, dados envolvidos na implantação de uma floresta de produção e da adaptabilidade no cerrado. Estima-se que, em virtude da baixa velocidade que vem ocorrendo o reflorestamento de madeiras nobres para atender a demanda futura, a médio prazo haverá problemas de abastecimento. Neste sentido tem crescido a utilização de espécies exóticas, em especial, o mogno-africano por apresentar madeira com características consideradas de excelente qualidade pelo mercado madeireiro. É uma espécie de moderado a rápido crescimento, possibilitando rotações mais curtas, característica que a torna um investimento atrativo para produtores do Agronegócio. O cultivo desta espécie contribuirá, sem dúvida, com o aumento da oferta de madeira para as indústrias moveleiras e na construção civil, que se beneficiarão com a utilização de uma madeira classificada como nobre. Desta forma concluí- se que a atividade de reflorestamento do Khaya ivorensis (mogno-africano), contribuirá efetivamente com a economia brasileira, gerando riquezas e oportunidades de negócios, além de atender as demandas nacional e internacional por madeira de boa qualidade.

Referência:

NATIVIDADE, Gustavo Souza. Análise do cenário da produção de mogno africano (Khaya ivorensi) no cerrado. 2016. 45 f., il. Monografia (Bacharelado em Gestão de Agronegócios)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016

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Comportamento espectral das fitofisionomias do cerrado na estação ecológica do Jardim Botânico de Brasília-DF

Comportamento espectral das fitofisionomias do cerrado na estação ecológica do Jardim Botânico de Brasília-DF

Autor(a):

Rodrigo Cardoso de Arruda

Resumo:

Em termos nacionais, o monitoramento da ocupação dos solos do Cerrado é um dos mais difíceis de serem obtidos, principalmente pela sua extensão de cerca de 203 milhões de hectares, pela acentuada sazonalidade, pelo rápido avanço das atividades agrícolas, pela elevada diversidade de fitofisionomias e especialmente pela confusão espectral entre algumas classes de uso antrópico e de vegetação natural. Alguns índices de vegetação, em particular, têm sido utilizados para melhorar e quantificar sinal fotossintético “verde” e permitir significativas comparações espaciais e temporais da atividade da vegetação. Estes índices são efetivamente usados no monitoramento da dinâmica sazonal da vegetação, detecção de mudanças e classificação da cobertura terrestre. No presente estudo, foi comparado o comportamento espectral das principais fitofisionomias do Cerrado localizadas na Estação Ecológica do Jardim Botânico em Brasília-DF utilizando imagem de satélite Landsat 8 OLI/TIRS, verificando diferenças estatísticas da variação do EVI – Enhanced Vegetation Index em áreas de fitofisionomias distintas. A área de 4.518 hectares foi separada em 5 blocos, a partir da feição morfológica da paisagem. Foram coletadas amostras da reflectância de todas as diferentes fitofisionomias do Cerrado local, utilizando Sistemas de Informação Geográfica – SIG. O índice foi submetido ao teste de normalidade Shapiro-Wilk, análise de variância Kurskal-Wallis e teste comparações múltiplas de Nemenyi–Damico–Wolfe–Dunn. Os resultados indicam diferenças significativas para o EVI nas fitofisionomias: Campo Limpo, Campo Sujo, Campo Úmido, Cerrado Ralo, Cerrado Denso e Cerrado Sentido Estrito. A única fitofisionomia que apresentou comportamento semelhante em relação ao EVI foi a Mata de Galeria, que pode estar relacionado a variação espectral que tem efeito atenuado neste caso, pois em um pixel só se observa a copa das árvores,
recebendo pouca interferência de outros elementos da paisagem, especialmente do solo, que é mais exposto em fitofisionomias com dossel mais aberto.

Referência:

ARRUDA, Rodrigo Cardoso de. Comportamento espectral das fitofisionomias do cerrado na estação ecológica do Jardim Botânico de Brasília-DF. 2018. 44 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.

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Variação intra-anual da vegetação natural na Área de Proteção Ambiental do Planalto Central DF/GO

Variação intra-anual da vegetação natural na Área de Proteção Ambiental do Planalto Central DF/GO

Autor(a):

João Victor Carvalho de Almeida

Resumo:

Cerrado é o segundo maior Bioma do Brasil, porém possui apenas 8% de áreas legalmente protegidas, com um avanço intenso de sua ocupação a partir de 1970, principalmente para atividades agropecuárias. Nesse cenário de conservação da biodiversidade e uso racional dos recursos naturais, o Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC) categorizou as Unidades de Conservação de Uso Sustentável. Dentro desta categoria, destaca-se a Área de Proteção Ambiental (APA), com objetivos básicos de proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Foi nesse contexto que foi criada a Área de Proteção Ambiental do Planalto Central (APAPC), visando proteger os mananciais, regular o uso dos recursos hídricos e o parcelamento do solo, garantindo o uso racional dos recursos naturais e protegendo o patrimônio ambiental e cultural da região. Considerando a diversidade de usos e ocupações e a necessidade de conservação do funcionamento da vegetação natural da APAPC, o objetivo foi caracterizar os padrões intra-anuais da cobertura vegetal natural presente no território da APAPC, por meio de dados orbitais temporais. Foram consideradas as divisões hidrográficas existentes no território da APAPC: Tocantins/Araguaia (TO), São Francisco (SF) e Paraná (PR). Dentro de cada região hidrográfica, foram consideradas as formações florestais (3), savânicas (4) e campestres (12), conforme o Mapbiomas (http://mapbiomas.org). Em cada uma dessas classes de cobertura vegetal natural foram gerados 50 pontos aleatórios, totalizando 450 pontos em toda área da APAPC em plataforma de sistema de informação geográfica. Para avaliação das variações intra-anuais, foram utilizados dados orbitais do Operational Land Imaging (OLI), a bordo do satélite Landsat-8, compreendendo o intervalo entre abril e setembro de 2016, referente à três índices de vegetação: Normalized Difference Vegetation Index (NDVI), Enhanced Vegetation Index (EVI) e Normalized Difference Moisture Index (NDMI). Foram gerados perfis dos padrões temporais dos índices por classe e por bacia hidrográfica. A avaliação das variações da cobertura vegetal foi realizada a Análise de Variância Multivariada Permutacional (PERMANOVA), por meio do programa R, pacote Vegan. Foi constato que todos os valores dos índices reduziram ao longo do período avaliado, tendo sido mais intenso nas formações florestais da bacia do Tocantins/Araguaia. As análises estatísticas analisaram as diferenças entre as médias dos índices das vegetações naturais e indicaram diferença significativa entre todas as bacias hidrográfica (p=0.001). Dentre as interações entre coberturas vegetais naturais das bacias hidrográficas, não foram significativas apenas as interações SF4xTO4 (0.107), PR3xSF3 (0.073) e SF3xTO3 (0.053). Conclui-se que os padrões intra-anuais da vegetação natural da APAPC apresentaram diferenças em função das características fisiográficas das bacias hidrográficas (TO, SF, PR). Tendo em vista que o trabalho foi realizado com apenas um ano (2016), sendo assim, para aprimorar essa abordagem sugere-se o emprego de dados multi-temporais e o emprego de variáveis climáticas.

Referência:

ALMEIDA, João Victor Carvalho de. Variação intra-anual da vegetação natural na Área de Proteção Ambiental do Planalto Central DF/GO. 2018. 26 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.

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“Na boca da noite, na beira do mato, os sapos são astros!: educação ambiental através de literatura infantil”

"Na boca da noite, na beira do mato, os sapos são astros!: educação ambiental através de literatura infantil"

Autor(a):

Anna Clara Nery Junquilho

Resumo:

O Bioma Cerrado é a savana mais rica em anfíbios do mundo, essa riqueza de anfíbios está ameaçada, pois mais de 50% dos anuros do Cerrado são endêmicos e estão sumindo junto com o Bioma que já teve mais de 50% de sua área desmatada. O modelo de produção atual está aquém de um desenvolvimento sustentável, as futuras gerações irão enfrentar uma escassez de recursos naturais, o avanço da produção agrícola no Cerrado, junto com a aplicação de agrotóxicos, tem impacto direto sobre os meios físico e biótico. É importante que os profissionais do futuro, das novas gerações, tenham comprometimento com a conservação ambiental, bem como, saibam lidar com a escassez de recursos naturais e fontes de energia. A educação ambiental tem papel fundamental na formação individual da criança, bem como na relação dela com a natureza. ”Na boca da noite, na beira do mato, os sapos são astros!” É uma estória narrada por uma menina de sete anos que mora no bioma Cerrado e é apaixonada pela natureza. Com o objetivo de divulgar o trabalho de pesquisadores em anuros, e alertar sobre a importância da conservação ambiental no bioma Cerrado, de forma lúdica para crianças, este livro é também, um guia de anuros que descreve onze (11) espécies de sapos encontrados no Cerrado.

Referência:

JUNQUILHO, Anna Clara Nery. “Na boca da noite, na beira do mato, os sapos são astros!: educação ambiental através de literatura infantil”. 2018. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.

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Revisão sobre as espécies arbóreas nativas utilizadas na recuperação de áreas degradadas do Bioma Cerrado

Revisão sobre as espécies arbóreas nativas utilizadas na recuperação de áreas degradadas do Bioma Cerrado

Autor(a):

Jane Ane Villela Sigaud

Resumo:

A região do Bioma Cerrado tem sido cenário de grandes mudanças e devastações ambientais ao longo dos últimos anos. A expansão das fronteiras agrícolas assim como o uso da terra para mineração tem trazido graves consequências para a vegetação nativa. Desta maneira torna-se importante estudos a respeito de espécies nativas capazes de recuperarem estas áreas degradadas. Este estudo tem como objetivo agrupar as espécies mais utilizadas em plantios de recuperação de áreas degradadas no Cerrado, desta maneira foram listadas cinquenta espécies que foram introduzidas com maior frequência em plantios de recuperação. Destacaram-se entre estas as espécies Copaifera langsdorffii, Dipteryx alata, Genipa americana e Myracrodruon urundeuva por estarem presentes nos três tipos de degradação analisados. As características que mais influenciaram na escolha destas espécies foram a sobrevivência em campo, o baixo custo, espécies com possibilidades de usos múltiplos, atratividade para a fauna assim como incremento médio em altura e diâmetro ao longo do acompanhamento do projeto de recuperação.

Referência:

SIGAUD, Jane Ane Villela. Revisão sobre as espécies arbóreas nativas utilizadas na recuperação de áreas degradadas do Bioma Cerrado. 2015. ii, 31 f., il. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

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Mudanças no uso e cobertura da terra no sul do Maranhão entre os anos de 1995 e 2015

Mudanças no uso e cobertura da terra no sul do Maranhão entre os anos de 1995 e 2015

Autor(a):

Isabela Silveira Baptista

Resumo:

O Brasil tem sido considerado uma grande potência agrícola mundial nas últimas décadas, a maior parte devido à expansão da produção de commodities agrícolas (especialmente a soja e o milho) nos biomas Amazônia e Cerrado brasileiros. O aumento da área cultivada resulta na maioria das vezes no desmatamento ou conversão de áreas de vegetação nativa para a agricultura. No Cerrado, a expansão agrícola levou a perda de aproximadamente 40% da cobertura original até 2010. E, de modo mais específico, a região sul do Estado do Maranhão, fronteira com os Estados do Piauí e Tocantins, inserida no bioma Cerrado, com a maior parte de suas áreas consideradas ambientalmente frágeis, tem sido reportada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com aumentos subsequentes na produção de soja nos últimos anos. Entretanto, os dados do monitoramento dos biomas registram apenas a situação do desmatamento entre 2002 e 2010, incluindo o Sul do Estado do Maranhão. Isso indica a necessidade de informações espaciais e temporais mais detalhadas para entender a dinâmica da expansão agrícola nesta região. A presente pesquisa buscou estimar as mudanças do uso e cobertura da terra, quinquenalmente, entre 1995 e 2015 na região sul do Estado do Maranhão, localizada na fronteira com os Estados do Piauí e Tocantins. Para isso foram utilizados dados dos satélites da série Landsat e Rapideye e técnicas de geoprocessamento. Com base nos resultados deste estudo, estima-se uma perda de 335.317 hectares (~15%) de vegetação de cerrado entre 1995 e 2015 na área de estudo. A maior parte deste desmatamento está localizada em áreas de prioridade extremamente alta para a conservação da biodiversidade por critérios do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O presente estudo é, portanto, uma contribuição para o melhor entendimento dos impactos da expansão agrícola na vegetação nativa e
para a definição de estratégias de redução e monitoramento do desmatamento no bioma Cerrado brasileiro.

Referência:

BAPTISTA, Isabela Silveira. Mudanças no uso e cobertura da terra no sul do Maranhão entre os anos de 1995 e 2015. 2015. 56 f., il. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

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Custo de implantação de um plantio de espécies nativas do cerrado no âmbito da compensação florestal

Custo de implantação de um plantio de espécies nativas do cerrado no âmbito da compensação florestal

Autor(a):

Marina Salgado Fontenele

Resumo:

Diante dos problemas ambientais atuais e desmatamentos, a ferramenta da compensação florestal cria uma nova vertente de trabalho, voltada para a realização de plantios florestais de mudas nativas do bioma Cerrado. Essa atividade tem o intuito de compensar a supressão de indivíduos arbóreos retirados no ato da implantação de atividades potencialmente poluidoras. Esse trabalho avaliou os custos de implantação de um plantio de compensação florestal realizado por uma empresa localizada em Brasília/DF utilizando o método do Custo Médio de Produção1 (CMPr). Por meio da análise do fluxo de desembolsos dessa empresa para todas as etapas de implantação, determinou-se o custo médio de produção de R$ 6,30 para cada muda considerando a implantação e o monitoramento do plantio por um período de dois anos. Sendo assim a empresa obteve um lucro de 26,03% sobre o valor total do projeto, no qual a muda foi vendida à R$ 8,52. Determinou-se ainda que as etapas mais onerosas foram as de aquisição de insumos, em especial as mudas, e a de plantio, que inclui atividades de preparo do solo e o plantio propriamente dito. A aquisição de mudas corresponde a 59,17% do valor dos insumos e 24,5% do custo total do projeto. Concluiu-se, portanto que o projeto foi economicamente viável, mas que a empresa poderia aumentar a lucratividade caso se especializasse nas atividades mais onerosas e não as terceirizasse, como foi feito em algumas etapas de plantio e limpeza da área.

Referência:

FONTENELE, Marina Salgado. Custo de implantação de um plantio de espécies nativas do cerrado no âmbito da compensação florestal. 2015. vii, 37 f., il. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

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Descrição anatômica do lenho da espécie Miconia ferruginata DC (Melastomataceae)

Descrição anatômica do lenho da espécie Miconia ferruginata DC (Melastomataceae)

Autor(a):

Fernanda Guirelli Balzani

Resumo:

A família Melastomataceae ocorre no Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica no Brasil, a espécie Miconia ferruginata ocorre no Cerrado sensu stricto, campos e Cerradão no Brasil e Bolívia; é comum em vegetação secundária, constituindo uma fonte de alimento para a fauna e tem utilização medicinal. Neste trabalho faz-se a descrição anatômica da madeira de cinco espécimes Miconia ferruginata DC., que foram coletados no cerrado sensu stricto na Fazenda Água Limpa (FAL), DF-Brasília. As amostras de madeira foram retiradas a 30 cm do solo. São fornecidas fotomicrografias e dados qualitativos e quantitativos dos detalhes anatômicos da madeira. As características relatadas são as mesmas descritas na literatura como típicas para o gênero Miconia e para a família Melastomataceae. Esta espécie apresenta camadas de crescimento distintas; vasos com placas de perfuração simples, solitários e múltiplos, diâmetro médio de 54μm e comprimento médio de 308μm, pontoações intervasculares pequenas, guarnecidas e alternas, pontoações radio-vasculares semelhantes às intervasculares em tamanho e forma; parênquima axial paratraqueal escasso; fibras semelhantes a parênquima axial, septadas e não-septadas com variadas terminações; raios compostos por células procumbentes, eretas e quadradas misturadas através dos raios. Os resultados podem auxiliar em taxonomia e em estudos de anatomia ecológica.

Referência:

BALZANI, Fernanda Guirelli. Descrição anatômica do lenho da espécie Miconia ferruginata DC (Melastomataceae). 2015. 55 f., il. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

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