27 de abril – Dia Mundial da Anta

27 de abril - Dia Mundial da Anta

A anta brasileira (Tapirus terrestris) é muito mais do que o maior mamífero terrestre da América do Sul: ela é uma verdadeira jardineira das florestas. Ao se alimentar de uma grande variedade de frutos e dispersar sementes por extensas áreas, a anta desempenha um papel crucial na formação, manutenção e regeneração de ecossistemas como florestas tropicais, cerrados e áreas alagadas. Sem ela, a dinâmica natural de muitas matas seria profundamente alterada.

Apesar de sua importância ecológica, a anta está atualmente classificada como Vulnerável à Extinção na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e também no Brasil. Suas populações sofrem impactos distintos em cada bioma onde ocorre: no Cerrado, é o desmatamento e a expansão agropecuária; na Amazônia, a perda de habitat e a caça; na Mata Atlântica, o isolamento de populações e atropelamentos em rodovias. Cada região impõe desafios específicos, o que torna essencial o desenvolvimento de estratégias de conservação adaptadas a diferentes realidades locais.

Em 2025, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está conduzindo uma reavaliação atualizada do status de conservação da anta brasileira para a nova Lista Vermelha Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção. Paralelamente, avança também o segundo ciclo do Plano de Ação Nacional (PAN) dos Ungulados Ameaçados, que engloba a anta entre suas prioridades.

Esses instrumentos — a reavaliação e o PAN — são fundamentais para orientar políticas públicas, projetos de manejo e ações de proteção eficazes, garantindo a sobrevivência dessa espécie que ajuda a manter nossas florestas vivas e biodiversas.

Conservar a anta é conservar todo um ecossistema!

Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico

Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico

 

Prepare-se para virar carranca e levantar sua voz pelo Velho Chico!
Em sua 12ª edição, a campanha Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico chega com um formato inédito: pela primeira vez, todas as atividades acontecerão juntas, em um grande encontro na capital do país!

No dia 3 de junho de 2025, Brasília/DF será palco de um verdadeiro grito coletivo em defesa do Rio São Francisco. Serão atividades culturais, rodas de conversa, apresentações artísticas, painéis sobre revitalização do rio, além de muita mobilização popular para fortalecer a luta pela preservação de um dos maiores patrimônios naturais e culturais do Brasil.

O Velho Chico é vida, história e integração. Proteger suas águas é garantir o futuro de milhões de pessoas que dependem dele para viver, plantar, criar e sonhar.

💧 Reserve essa data: 03 de junho de 2025
📍 Local: Brasília/DF
🌎 Saiba mais e acompanhe a programação no site oficial: www.virecarranca.com.br

Venha fazer parte dessa corrente! Vire carranca, levante sua voz e defenda o Velho Chico!

DIA DOS POVOS INDÍGENAS

DIA DOS POVOS INDÍGENAS

O Brasil é, e sempre foi, terra indígena!
Muito antes das fronteiras que hoje conhecemos, os povos indígenas já moldavam a paisagem brasileira com sabedoria e respeito à natureza. A arqueologia vem mostrando que os territórios indígenas são muito mais amplos do que os poucos que foram oficialmente demarcados — quando há demarcação. As evidências estão gravadas no solo e na vegetação: sítios arqueológicos, vestígios cerâmicos, solos de terra preta antropogênica e alterações na composição das florestas testemunham essa longa história de ocupação e manejo.

Com um conhecimento refinado transmitido por gerações, os povos indígenas desenvolveram técnicas de mobilidade e uso sustentável dos recursos, respeitando os ciclos naturais e promovendo a regeneração da fauna e da flora, seja por meio de processos naturais ou do manejo intencional. Eles transformaram a floresta em casa, em farmácia, em espaço de rituais e de celebração da vida.

Cada território indígena é muito mais do que terra: é um espaço integrado de biodiversidade, alimento, cura e espiritualidade — uma verdadeira rede viva que conecta natureza, cultura e sabedoria ancestral.

Reconhecer essa história é reafirmar: nosso marco é ancestral.

Fonte: Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)

Movimento Tapera Viva! 

Movimento Tapera Viva!

O Parque Natural Municipal da Tapera, um verdadeiro tesouro na Serra do Cipó (MG), precisa de você!
Estamos lançando um movimento de defesa, proteção, conservação e uso consciente do parque, unindo a força da comunidade e do poder público. Esta iniciativa nasceu das rodas de conversa promovidas pelo projeto de extensão da UFMG, em parceria com a Brigada Cipó, e agora queremos levar essa mobilização ainda mais longe!

Participe desse movimento coletivo em prol do Cerrado e ajude a garantir um futuro preservado para o Parque da Tapera. Sua contribuição é fundamental — qualquer valor faz a diferença!

💚 Faça sua doação via PIX:
CNPJ: 57.128.322/0001-38
Beneficiário: Associação Brigada Voluntária Cipó (conta exclusiva para a campanha)

Além de doar, você pode apoiar ainda mais compartilhando essa campanha com amigos, familiares e redes de contato. Vamos espalhar essa corrente de proteção!

Ah, e um detalhe especial: a tirinha que acompanha esta campanha faz parte do livro “Cerrado em Quadrinhos”, publicado pela incrível @peiropolis. Quer conhecer mais sobre essa obra que celebra a biodiversidade e a cultura do Cerrado? Dá uma olhada no site da editora!

JUNTOS PELO CERRADO, PELO PARQUE DA TAPERA E PELO FUTURO QUE QUEREMOS VER FLORESCER!

Recém-descoberta no Cerrado goiano, essa cigarra chama a atenção por seu rostro — uma estrutura extremamente longa que alcança até seu abdômen —, permitindo que ela se alimente de maneira eficiente mesmo em condições de extrema escassez hídrica. Esse detalhe anatômico, aliado ao seu comportamento resiliente, reforça seu papel ecológico: a Ariasa iporaensis se torna uma importante fonte de alimento para aves insetívoras durante a seca, ajudando a sustentar a cadeia alimentar em períodos críticos.

Outra curiosidade é sua incrível capacidade de adaptação: além de habitar áreas naturais, já foi registrada em ambientes urbanos, onde seu canto pode ser ouvido em praças, ruas e avenidas. Um verdadeiro símbolo de resistência e adaptação do Cerrado.

Quer saber mais sobre essa descoberta fascinante? Leia a reportagem completa no Terra da Gente:
Reportagem – Nova espécie de cigarra descoberta no Cerrado

Descubra a Ariasa iporaensis, a cigarra que desafia a seca! 

Descubra a Ariasa iporaensis, a cigarra que desafia a seca!

 

Com apenas 2,5 centímetros, essa pequena maravilha do Cerrado, a Ariasa iporaensis, impressiona não só pelo tamanho, mas também pelo seu canto vibrante: um assobio fino e contínuo que ecoa entre março e setembro, justamente nos meses mais secos do ano, quando a maioria dos insetos se silencia.

Recém-descoberta no Cerrado goiano, essa cigarra chama a atenção por seu rostro — uma estrutura extremamente longa que alcança até seu abdômen —, permitindo que ela se alimente de maneira eficiente mesmo em condições de extrema escassez hídrica. Esse detalhe anatômico, aliado ao seu comportamento resiliente, reforça seu papel ecológico: a Ariasa iporaensis se torna uma importante fonte de alimento para aves insetívoras durante a seca, ajudando a sustentar a cadeia alimentar em períodos críticos.

Outra curiosidade é sua incrível capacidade de adaptação: além de habitar áreas naturais, já foi registrada em ambientes urbanos, onde seu canto pode ser ouvido em praças, ruas e avenidas. Um verdadeiro símbolo de resistência e adaptação do Cerrado.

Quer saber mais sobre essa descoberta fascinante? Leia a reportagem completa no Terra da Gente:
Reportagem – Nova espécie de cigarra descoberta no Cerrado

A fronteira do Matopiba: as novas faces da expansão do capital e seus conflitos

A fronteira do Matopiba: as novas faces da expansão do capital e seus conflitos

O livro “A fronteira do Matopiba: as novas faces da expansão do capital e seus conflitos” já está disponível no Portal de Livros Abertos da USP.
Acesse gratuitamente: Portal de Livros Abertos da USP
DOI: https://doi.org/10.11606/9788575065129

Organizado por Marta Inez Medeiros Marques (USP/FFLCH) e Vicente Eudes Lemos Alves (Unicamp), o livro reúne 21 estudos que exploram os processos, contradições e conflitos socioambientais ligados à expansão do agronegócio sobre o Cerrado, especialmente na região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Com abordagens que dialogam entre geografia, sociologia e planejamento territorial, a obra busca ampliar a compreensão sobre as transformações espaciais em curso nessa nova fronteira agrícola brasileira. É uma leitura fundamental para quem se interessa pelas dinâmicas econômicas, ambientais e sociais do campo e da cidade.

Palavras-chave: Geografia do Matopiba, Regionalização, Cerrado, Povos e Comunidades Tradicionais, Conflitos Socioambientais, Fronteira Agrícola.

Publicado em abril de 2025 pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP).

Estudo aponta indicadores para guiar projetos de restauração ecológica de campos naturais e savanas

Estudo aponta indicadores para guiar projetos de restauração ecológica de campos naturais e savanas

Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) e da Unicamp acabam de trazer uma novidade que pode dar um impulso nos projetos de recuperação de ecossistemas abertos degradados. Um novo estudo, publicado na revista Restoration Ecology, aponta quais são os melhores indicadores e valores de referência para orientar ações de restauração ecológica em campos naturais e savanas – ambientes para os quais ainda faltam muitas informações consolidadas.

A restauração ecológica busca devolver a vida e o equilíbrio funcional a ecossistemas danificados. Mas quando se trata de campos e savanas, ainda existem muitas dúvidas sobre como medir o sucesso dessas iniciativas. É aí que o trabalho se destaca: ele oferece ferramentas práticas para avaliar, de forma segura, se os projetos estão no caminho certo.

O estudo analisou 14 áreas de Cerrado remanescente localizadas em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás, variando em clima, tipo de solo e frequência de fogo. Nessas áreas – que nunca foram degradadas – os cientistas investigaram fatores como composição de espécies vegetais, riqueza, cobertura do solo e biomassa aérea. Com essas informações, agora é possível ter parâmetros confiáveis para guiar novos projetos de restauração em ecossistemas abertos.

Quer saber mais? Confira a matéria completa: link

 

Fonte:
Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais – ABCD USP
Agência FAPESP

II Simpósio Regional do Manejo Integrado do Fogo da Chapada dos Veadeiros

II Simpósio Regional do Manejo Integrado do Fogo da Chapada dos Veadeiros

🔥 Vem aí o II Simpósio Regional do Manejo Integrado do Fogo da Chapada dos Veadeiros! 🔥
A turma da BRIVAC – Brigada Voluntária Ambiental de Cavalcante te convida para quatro dias de troca de ideias, histórias de campo e táticas que fazem a diferença no combate aos incêndios florestais, sem deixar de lado a sabedoria tradicional do uso do fogo.

📍 Local: Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) – Cavalcante, Chapada dos Veadeiros, GO
📅 Data: 12, 13, 14 e 15 de maio
💻 Inscrições: já estão rolando – garante tua vaga no link da bio!
💸 Quanto custa? Nadinha. É 100 % gratuito!

Chega mais, amplie seu repertório e ajude a pôr em prática a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. Nos vemos lá!

Nova espécie de Copaíba é descrita no Cerrado

Nova espécie de Copaíba é descrita no Cerrado

A recém-descoberta Copaifera araguaiensis é uma espécie arbustiva pertencente à família Leguminosae, subfamília Detarioideae, encontrada na região da bacia do Rio Araguaia, em Goiás, Brasil. Esta descoberta ocorreu durante uma expedição do Programa Araguaia Vivo 2030, que visava explorar áreas com lacunas botânicas de coleta. 

O gênero Copaifera é conhecido por sua relevância ecológica, farmacológica e econômica, principalmente devido à produção de óleo-resina utilizado na medicina tradicional e na indústria farmacêutica. A nova espécie foi encontrada associada a campos de murundus, formações geológicas características do Cerrado, sujeitas a alagamentos sazonais que influenciam a dinâmica da vegetação local. 

A Copaifera araguaiensis compartilha características morfológicas com outras espécies do gênero, como C. elliptica, C. malmei e C. luetzelburgii. No entanto, distingue-se por particularidades em sua morfologia, conforme detalhado no artigo original. A descrição taxonômica completa, incluindo fotografias de campo, ilustrações botânicas e mapa de distribuição, está disponível no estudo publicado na Phytotaxa.

A descoberta da Copaifera araguaiensis ressalta a importância de investigações científicas contínuas para a compreensão e preservação da biodiversidade do Cerrado, especialmente em áreas ainda pouco exploradas.

Acesse o artigo em: https://phytotaxa.mapress.com/pt/article/view/phytotaxa.687.1.7

Live “Flores atrativas do Cerrado”

Live "Flores atrativas do Cerrado"

Você sabia? Os beija-flores são verdadeiros aliados da natureza no Cerrado. Com seus voos rápidos e precisos, eles polinizam diversas espécies de plantas, garantindo que flores se transformem em frutos e sementes.

No Brasil, existem 89 espécies de beija-flores, e 41 delas ocorrem no Cerrado. Muitas flores que os atraem têm formatos tubulares e cores vibrantes, como vermelho, laranja e amarelo. Mas esses pequenos colibris são ainda mais versáteis do que se imaginava: até flores polinizadas por insetos e morcegos entram em seu radar, desde que produzam bastante néctar.

Quer trazer essa interação ecológica para mais perto? Incluir plantas nativas do Cerrado no paisagismo é uma excelente maneira de atrair beija-flores e contribuir com a preservação das relações naturais do bioma. Algumas espécies recomendadas são:
Caliandra (Calliandra dysantha)
Mulungu (Erythrina speciosa)
Ipê-amarelo-do-cerrado (Handroanthus ochraceus)
Caroba (Jacaranda brasiliana)
Cipó-de-São-João (Pyrostegia venusta)
Pequi (Caryocar brasiliense)
Entre muitas outras.

As informações vêm do biólogo e fotógrafo Marcelo Kuhlmann, nascido em Brasília e apaixonado pelo Cerrado. Com mais de 20 anos de pesquisas no bioma, ele é autor de livros ilustrados que revelam a beleza e a importância das interações entre plantas e animais. Marcelo acredita que o primeiro passo para conservar é conhecer — e é isso que ele faz ao unir ciência e arte para despertar o olhar das pessoas para a biodiversidade do Cerrado.

Vamos espalhar essa ideia? O Cerrado agradece.