Aphyocharax alburnus (Gunther, 1869). (Piaba)

Aphyocharax alburnus (Gunther, 1869).

3,1 cm

Nome(s) popular(es):

Piaba, piabinha. 

Tamanho

Até 3,5 cm de comprimento padão.

Alimentação

Principalmente algas, crustáceos, larvas 9inclusive de peixes) e insetos aquáticos.

Nome Xavante:

Pe’atõmõtsiwaptó.

Dimorfismo sexual secundário

Os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal, provavelmente um caráter transitório.

Usos e importância da espécie

Potencial para a aquariofilia, elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

Descrição da espécie

Corpo estreito e comprimido lateralmente; boca terminal; dentes tricúspides, a cúspide mediana maior, em série única na mandíbula (13-20 dentes) e na maxila (9-20 dentes); nadadeira adiposa presente; nadadeira caudal nua; origem da nadadeira anal atrás da vertical da origem da dorsal; dorsal próxima da metade do corpo, linha lateral incompleta. Corpo prateado, mancha umeral negra lembrando uma barra (o que a diferencial facilmente de Aphyocharax sp.1), conspícua caudal vermelha, demais nadadeiras incolores o que a distingue prontamente de Aphyocharax sp.1). Espécie frequente e numerosa nos riachos e córregos do PESA, principalmente nos cursos inferiores.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.68.

Brasil está entre os países que mais concentram desmatamento

Brasil está entre os países que mais concentram desmatamento

No Cerrado brasileiro, onde vivem 5% dos animais e plantas do planeta, foram perdidos 7.340km2 entre agosto de 2019 e julho de 2020, um valor 13% superior ao ano anterior. Segundo o estudo do WWF, apenas na “frente de desmatamento” do Cerrado (que corresponde à porção norte do bioma), um terço (32,8%) da área florestal remanescente foi perdida entre 2004 e 2017, principalmente para a produção de gado e soja.

O desmatamento e a degradação florestal estão entre os principais fatores para o surgimento de doenças zoonóticas como HIV/AIDS, Ebola, SARS, Febre do Vale Rift e, a partir de 2020, a Covid-19. Isso ocorre porque o aumento da densidade de animais em áreas desmatadas e degradadas também eleva as doenças nessas populações de animais selvagens que, por sua vez, têm mais interações com pessoas devido à maior presença humana nas áreas de floresta degradada. Resultado: mudanças no uso da terra contribuíram para quase metade das doenças zoonóticas que afetaram humanos entre 1940 e 2005.

 

Informação disponível em:
wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?77668/Brasil-esta-entre-os-paises-que-mais-concentram-desmatamento

Óleo de Pequi

Óleo de Pequi

Nome científico da planta

Caryocar brasiliense Camb.

Nomes populares da planta

Pequi, pequi-do-cerrado, piqui, pequiá, amêndoa de espinho, grão de cavalo e amêndoa do Brasil (LIMA, 2007).

Características do óleo

Pode ser extraído tanto da amêndoa quanto da polpa, o óleo extraído da polpa possui coloração amarelo-alaranjado (DE DEUS, 2008), e já o óleo extraído da amêndoa possui cor clara, com cheiro suave e peculiar (OLIVEIRA, 2010).

Usos

O óleo da amêndoa e da polpa são usados pela indústria farmacêutica e de cosméticos na produção de emulsões, sabonetes e cremes (PIANOVSKI, 2008; ROESLER et al, 2007). E, além disso, o óleo da polpa é usado contra bronquites, gripes, resfriados, no controle de tumores, e é usado na alimentação (ROESLER et al, 2007)

Benefícios

Possui vitamina A, o qual é um antioxidante que restaura e constrói novos tecidos, é um ótimo hidratante (PIANOVSKI et al, 2008), possui ácido oléico, no qual é essencial ao organismo humano, pois participa do metabolismo e é fundamental na síntese de hormônios (DE DEUS, 2008), é rico em vitaminas C e E, sais minerais e proteínas (DO MONTE, 2013).

Uso em comunidades tradicionais

O óleo de pequi é muito utilizado em comunidades tradicionais, como os quilombolas, geraizeiros, povos indígenas e vazanteiros, tanto na alimentação quanto na comercialização. No qual os principais locais de comercialização são feiras locais, feiras em outros municípios e no mercado municipal (VICTOR, 2017).

Referências bibliográficas

AVIDOS, Maria Fernanda Diniz; FERREIRA, Lucas Tadeu. Frutos dos Cerrados. Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento, v. 3, n. 15, p. 36-41, 2000. Disponível em: <http://www.almanaquedocampo.com.br/imagens/files/frutos%20do%20Cerrado.pdf>.


DE DEUS, T. N. Extração e caracterização de óleo do pequi (Caryocar brasiliensis Camb.) para o uso sustentável em formulações cosméticas óleo/água (O/A). 2008. 75 f. Master’s thesis, Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Brazil, 2008. Disponível em: <http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/bitstream/tede/2591/1/TATIANA%20NOGUEIRA%20DE%20DEUS.pdf>.


LIMA, Alessandro de et al . Composição química e compostos bioativos presentes na polpa e na amêndoa do pequi (Caryocar brasiliense, Camb.). Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal , v. 29, n. 3, p. 695-698, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452007000300052&lng=en&nrm=iso>.


MONTE, Graciane Costa do. Desenvolvimento e avaliação da estabilidade física de condicionador capilar contendo óleo de pequi (Caryocar brasiliense Camb.). 2013. 49 f., il Monografia (Bacharelado em Farmácia) – Universidade de Brasília, Ceilândia-DF, 2013. Disponível em: <https://bdm.unb.br/handle/10483/7100>.


OLIVEIRA, Washington Luis de. Boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável do pequi. Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2010. 84 p. Disponível em: 
<http://www.bibliotecadigital.abong.org.br/bitstream/handle/11465/303/ISPN_boas_praticas_manejo_aproveitamento_extrativismo_sustentavel_Pequi.pdf?sequence=1>.


PIANOVSKI, Aline Rocha et al . Uso do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) em emulsões cosméticas: desenvolvimento e avaliação da estabilidade física. Rev. Bras. Cienc. Farm., São Paulo , v. 44, n. 2, p. 249-259, 2008 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-93322008000200010&lng=en&nrm=iso>.


ROESLER, Roberta et al . Atividade antioxidante de frutas do cerrado. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas , v. 27, n. 1, p. 53-60, 2007 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612007000100010&lng=en&nrm=iso>.


VICTOR, Guilherme Batista et al. Economia invisível, sociobiodiversidade e conservação do cerrado: o panorama do pequi mineiro. XII Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, Universidade Federal 
de Uberlândia, 2017. Disponível em: <http://sustentar.org.br/site/lib/_textEditor/uploads/files/PROJETO%20PEQUI/ecoeco17_Pequi_Economia_Invisivel_Sarah%20Melo.pdf>.

Óleo de Macaúba

Óleo de Macaúba

Nome científico da planta

Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd.

Nomes populares da planta

Macaúba, bocaiúva, coco de catarro, macaíba, macabira, mocajuba (COIMBRA, 2010), xodó e coco-babosa (KUHLMANN, 2018).

Características do óleo

O óleo extraído da amêndoa é transparente, incolor, fino, e comestível (COIMBRA, 2010; ALMEIDA et al, 1998). Já o óleo extraído da polpa possui coloração laranja intensa (CICONINI, 2011).

Usos

O óleo extraído da polpa é usado em sorvetes, em licores, como óleo de cozinha, em analgésico, como hidratante capilar, e como componente de biodiesel (LORENZI e NEGRELLE, 2006). Já o óleo extraído da amêndoa além de ser usado como óleo de cozinha, como componente de biodiesel, e como hidratante capilar também é usado em lamparinas e como laxante. (CICONINI, 2011). E ambos são usados na produção de sabão.

Benefícios

Possui alto teor de carotenoides que possuem ação antioxidante, e no organismo viram vitamina A, e possui fontes de vitamina E (COIMBRA, 2010). E o óleo extraído da polpa tem indicado eficiência na redução do LDL-colesterol e aumento do HDL-colesterol (CICONINI, 2011).

Uso em comunidades tradicionais

O uso do óleo de macaúba em comunidades tradicionais como os de Poconé e Barão de Melgaço foram relatados por Lorenzi (2006) o uso como óleo de cozinha, hidratante capilar, em lamparinas, como ingrediente de sabão, como analgésico, e como laxante.

Referências bibliográficas

ALMEIDA, S. P. ; PROENÇA, C. E. B. ; SANO, S. M. ; RIBEIRO, J. F. .CERRADO: espécies vegetais úteis. 01. ed. Planaltina, DF: EMBRAPA-CPAC, 1998. 464 p. AVIDOS, Maria Fernanda Diniz; FERREIRA, Lucas Tadeu. Frutos dos Cerrados. Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento, v. 3, n. 15, p. 36-41, 2000. Disponível em: <http://www.almanaquedocampo.com.br/imagens/files/frutos%20do%20Cerrado.pdf>.


COIMBRA, Michelle Cardoso. Caracterização dos frutos e dos óleos extraídos da polpa e amêndoa de guariroba (Syagrus oleracea), Jerivá (Syagrus romanzoffiana) e macaúba (Acromia aculeata). 2010. 92 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/88418>.


DE GOIS AQUINO, Fabiana et al. Distribuição geográfica das espécies acrocomia aculeata (jacq.) Lodd. Ex mart. e caryocar brasiliense cambess. no bioma cerrado. IX Simpósio Nacional Cerrado e II Simpósio Internacional Savanas Tropicais, 2008. Disponível em:<
http://www.ppmac.org/sites/default/files/distribuicao_geografica_macauba_pequi_no_cerrado.pdf>.


KUHLMANN, Marcelo. Frutos e sementes do Cerrado: espécies atrativas para a fauna. Volumes I e II, Brasília, 2018. Disponível
em: <http://frutosatrativosdocerrado.bio.br/>.


LORENZI, G. M. A. C.; NEGRELLE, R. R. B. Acrocomia aculeata (JACQ.) LODD. EX MART.: ASPECTOS ECOLÓGICOS. Visão Acadêmica, v. 7, n. 1, 2006. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/9021/6314>.


LORENZI, G. M. A. C. Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. Arecaceae: bases para o extrativismo sustentável. Curitiba, PR, 2006. Disponivel em: <https://www.sapili.org/livros/pt/cp035426.pdf>.

Óleo de Gueroba

Óleo de Gueroba

Nome científico da planta

Syagrus oleracea Mart.

Nomes populares da planta

Guariroba, guarirova, gueroba, gueiroba, catolé, cocoamargoso, coco-babão, coco-catolé, jaguaroba, palmito-amargoso, patiamargoso, pati (DOS REIS et al, 2016; DIAS, 2012).

Características do óleo

Possui fragrância delicada e de fácil absorção (PACARI, 2012), e pode ser extraído tanto da polpa do fruto quanto da amêndoa.

Usos

Usado como óleo comestível, na produção de sabões devido a sua alta composição lipídica (COIMRA, 2010), e na produção de cosméticos como, óleo hidratante corporal, loções corporais, shampoo e condicionadores (DIAS, 2012).

Benefícios

O óleo de gueroba possui ácidos graxos essenciais que estão diretamente relacionados com a produção de energia, manutenção das membranas celulares, funções cerebrais e transmissão de impulsos nervosos, e possui também carotenóides que são associados a funções importantes como a proteção da visão e efeitos benéficos contra câncer e doenças cardíacas (SILVA-CARDOSO et al, 2017). E devido a sua propriedade emoliente ele promove hidratação na pele (CARACIOLO, 2016).

Uso em comunidades tradicionais

O óleo de gueroba é produzido de forma semiartesanal pela Associação dos Ipês, no qual possui como gestoras mulheres localizadas no município de Buriti de Goiás, em parceria com a Articulação Pacari, no qual possuem como objetivo a promoção da agrobiodiversidade, a geração de renda para agricultores familiares e o protagnonismo de mulheres na gestão de empreendimento. A partir da produção do óleo de gueroba são produzidos 11 diferentes cosméticos, através da terceirização de uma indústria que atende ás exigências da ANVISA, para a comercialização (DIAS, 2012).

Referências bibliográficas

COIMBRA, Michelle Cardoso. Caracterização dos frutos e dos óleos extraídos da polpa e amêndoa de guariroba (Syagrus oleracea), Jerivá (Syagrus romanzoffiana) e macaúba (Acromia aculeata). 2010. 92 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/88418>.


CARACIOLO, Anellyse Ferreira. Óleo de catolé: determinação do EHL, ação promotora de absorção de fármacos e efeito hidratante na pele humana. Universidade Federal de Pernambuco, 2016. Disponível em: <https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/21468>.


DIAS, Jaqueline Evangelista. Cadeia produtiva do óleo de gueroba (Syagrus oleracea becc.): geração de renda para agricultores familiares e promoção da agrobiodiversidade, Buriti de Goiás (GO). 2012. x, 136 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, 2012. Disponível em:
<http://hdl.handle.net/11449/93571>.


DOS REIS, Edésio Fialho; PINTO, Jefferson Fernando Naves; FALEIRO, Fábio Gelape. Syagrus oleracea: Gueroba. Embrapa Cerrados-Capítulo em livro científico (ALICE), 2016. Disponível em: <https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/1074710/1/gueroba.pdf>.


PACARI. Gueroba. Articulação Pacari – Plantas medicinais do cerrado, 2012. Disponível em: < http://www.pacari.org.br/gueroba-syagrus-oleracea-becc/>.


SILVA-CARDOSO, Inaê Mariê de A.; DE SOUZA, Anderson Marcos; SCHERWINSKI-PEREIRA, Jonny Everson. The palm tree Syagrus oleracea Mart.(Becc.): A review. Scientia Horticulturae, v. 225, p. 65-73, 2017. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S030442381730393X>.

Óleo de Copaiba

Óleo de Copaiba

Nome científico da planta

Copaifera langsdorffii Desf.

Nomes populares da planta

Copaíba, copaibeira, pau-de-óleo, copaúva, copai, copaibarana, copaibo, copal, marimari e bálsamo dos jesuítas (PIERI et al., 2009).

Características do óleo

Possui coloração vermelha, cheiro forte e sabor amargo (VEIGA JUNIOR e PINTO, 2002; HECK et al, 2012). É um óleo-resina extraído do tronco da árvore de Copaíba, no qual é o produto da desintoxicação do organismo vegetal, e funciona como defesa da planta contra animais e fungos (HECK et al, 2012).

Usos

As indústrias de produtos naturais comercializam o óleo para as indústrias farmacêuticas, no qual vendem para as farmácias em forma de cápsulas ou envasados em frascos (VEIGA JUNIOR e PINTO, 2002). É usado na indústria de perfumes como matéria-prima por ser um bom fixador, e na indústria de cosméticos em sabonetes, cremes, espumas de banho, xampus, cremes condicionadores e loções hidratantes (VEIGA JUNIOR e PINTO, 2002).

Benefícios

Possui propriedades emolientes, antinflamatórias, antibacterianas, antimicrobiana, cicatrizante e antivirais. Na medicina popular o óleo de copaíba possui algumas propriedades farmacológicas relatadas. Nas vias urinárias é relatado seu uso como antiblenorrágico, antiflamatório, antigonorreíco e antisséptico, e já nas vias respiratórias é relatado seu uso como antiasmático, espectorante e em inflamações de garganta (VEIGA JUNIOR e PINTO, 2002).

Contraindicações

Possui efeitos adversos por ingestão de altas doses do óleo causando diarreia, irritação gastrointestinal, vômitos, náuseas, e depressão do sistema nervoso central (VEIGA JUNIOR e PINTO, 2002).

Uso em comunidades tradicionais

Há relatos do uso do óleo de copaíba pelos indígenas latino-americanos desde a chegada dos primeiros exploradores europeus. No qual observaram que os índios usavam principalmente como cicatrizantes e anti-inflamatórios, e devido a essa descoberta do uso do óleo de copaíba pelos indígenas, os primeiros médicos que vieram trabalhar no Brasil puderam contornar a falta de remédios que estava tendo na Europa (VEIGA JUNIOR e PINTO, 2002).

Referências bibliográficas

HECK, Michele Cristina; VIANA, Lilian Ávila; PIMENTA VICENTINI, Veronica Elisa. IMPORTÂNCIA DO ÓLEO DE Copaifera sp. (COPAÍBA). SaBios-Revista de Saúde e Biologia, [S.l.], v. 7, n. 1, abr. 2012. ISSN 1980-0002. Disponível em: <http://revista2.grupointegrado.br/revista/index.php/sabios2/article/view/992>.


PIERI, F.A.; MUSSI, M.C.; MOREIRA, M.A.S.. Óleo de copaíba (Copaifera sp.): histórico, extração, aplicações industriais e propriedades medicinais. Rev. bras. plantas med., Botucatu , v. 11, n. 4, p. 465-472, 2009. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722009000400016>.


VEIGA JUNIOR, Valdir F.; PINTO, Angelo C.. O gênero copaifera L. Quím. Nova, São Paulo , v. 25, n. 2, p. 273-286, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
40422002000200016&lng=en&nrm=iso>

Óleo de Buriti

Óleo de Buriti

Nome científico da planta

Mauritia flexuosa L.

Nomes populares da planta

Buriti, coqueiro-buriti, buriti-do-brejo, miriti, muriti, muritim, palmeira-dos-brejos, carandá-guaçu e carnadaí-guaçu.

Características do óleo

Características organolépticas de sabor, aroma agradável parecido com o da fruta, e cor avermelhada (FERREIRA, 2005).

Usos

Na indústria de alimentos pode ser utilizado como corante natural de queijos, margarinas e em algumas massas comestíveis, também pode ser usado no preparo de molhos para saladas e na produção de emulsões, como maioneses, requeijões e cremes vegetais (PESSÔA, 2017; FERREIRA, 2005). Além de ser usado em alimentos pode também ser usado em cosméticos, e em polímeros (AQUINO et al., 2012).

Benefícios

Reduz o colesterol total, o LDL colesterol e os triglicerídeos e aumenta o HDL colesterol (BINKOSKI et al., 2005; AQUINO et al., 2012). Além disso, o óleo vegetal de buriti possui ação antioxidante e possui pró-vitamina A, vitamina E e A, esse último sendo um micronutriente importante para as funções visuais, e funcionamento do sistema imunológico (AQUINO et al., 2012).

Uso em comunidades tradicionais

Esse óleo é usado tradicionalmente pelos povos do Cerrado para curar picadas de cobras, para atenuar problemas respiratórios, na atenuação de dores de picadas de insetos, e para ajudar na cicatrização de feridas e queimaduras (SAMPAIO et al, 2011).


Vale citar a Cooperativa Regional de Produtores Agrossilviextrativistas Sertão Veredas – CoopSertão (MG) que é uma cooperativa que comercializa vários produtos do Cerrado, inclusive o óleo de buriti, produzidos por comunidades tradicionais, afim de gerar acréscimo de renda para essas famílias e valorizar o Cerrado e seus produtos (SAMPAIO et al, 2011).

Referências bibliográficas

AQUINO, Jailane de Souza et al . Refining of buriti oil (Mauritia flexuosa) originated from the Brazilian Cerrado: physicochemical, thermal-oxidative and nutritional implications. J. Braz. Chem. Soc., São Paulo , v. 23, n. 2, p. 212-219, Feb. 2012 . Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-50532012000200004&script=sci_arttext>


BINKOSKI, Amy E. et al. Balance of unsaturated fatty acids is important to a cholesterol-lowering diet: comparison of mid-oleic sunflower oil and olive oil on cardiovascular disease risk factors. Journal of the American Dietetic Association, v. 105, n. 7, p. 1080-1086, 2005. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0002822305004839>.


FERREIRA, M. G. R. Buriti (Mauritia flexuosa L.). Porto Velho, RO: 2005. 2 p.. Disponível em: <http://www.cpafro.embrapa.br/media/arquivos/publicacoes/folder_buriti.pdf>.


PESSÔA, Pedro Alberto Pavão. Avaliação das propriedades do óleo de buriti (Mauritia flexuosa L.) e sua aplicação em creme vegetal. São José do Rio Preto, 2017. Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/150837/pessoa_pap_dr_sjrp_int.pdf?sequence=4&isAllowed=y>


SAMPAIO, Maurício Bonesso et al. Boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável do buriti. 2011. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.abong.org.br/bitstream/handle/11465/292/ISPN_boas_praticas_manejo_do_Buriti.pdf?sequence=1>.

Óleo de Baru

Óleo de Baru

Nome científico da planta

Dipteryx alata Vog.

Nomes populares da planta

Baru, barujó, cumaru, cumbaru, castanha-de-ferro, cocofeijão, cumarurana, cumbary, emburena-brava, feijão-coco, pau-cumaru e
meriparajé.

Características do óleo

Óleo muito fino, extraído da amêndoa do baru, e de cor amarela (DE OLIVEIRA et al, 2011).

Usos

Na medicina popular é usado como antirreumático (SANO et al, 2004; FERREIRA, 1980), e na indústria farmacêutica e química é usado como matériaprima (NEPOMUCENO, 2006). Além desses usos pode ser usado para a síntese de polímeros (DRUMMOND, 2008) e pode ser usado como óleo comestível (MARANHÃO, 2019).

Benefícios

Possui propriedades tônicas, sudoríferas, reguladoras da menstruação, é antirreumático (SANO et al, 2004; FERREIRA, 1980), e possui vitamina E, o qual funciona como um antioxidante (TOGASHI, 1993).

Referências bibliográficas

AVIDOS, Maria Fernanda Diniz; FERREIRA, Lucas Tadeu. Frutos dos Cerrados. Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento, v. 3, n. 15, p. 36-41, 2000. Disponível em: <http://www.almanaquedocampo.com.br/imagens/files/frutos%20do%20Cerrado.pdf>.


DE OLIVEIRA, Lizandra Carla Pereira et al. Estudo da extração e avaliação do rendimento de óleo de baru. Outubro, v. 1, n. 1, 2011.Disponível em: <https://hestia.org.br/wpcontent/uploads/2012/07/CITINOAno1V01N1Port03.pdf>.


DRUMMOND, Adriana Linhares. Compósitos poliméricos obtidos a partir do óleo de Baru: síntese e caracterização. 2008. Disponível em: <https://repositorio.unb.br/handle/10482/935>.


FERREIRA, M.B. Plantas portadoras de substâncias medicamentosas, de uso popular, nos cerrados de Minas Gerais. Informe Agropecuário. Belo Horizonte, v.6, n.61, p.19-23, 1980.


SANO, Sueli M.; RIBEIRO, José F.; DE BRITO, M. A. Baru: biologia e uso. Embrapa Cerrados-Documentos (INFOTECA-E), 2004. Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/566595>.


TOGASHI, Marie et al. Composição e caracterização química e nutricional do fruto do baru (Dipteryx alata, Vog.). Universidade Estadual de Campinas, 1993. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/255665>

Óleo de Babaçu

Óleo de Babaçu

Nome científico da planta

Attalea speciosa Mart. ex. Spreng.

Nomes populares da planta

Babaçu, coco-palmeira, coco-de-macaco, coco-pindoba, baguaçu, uauaçu, catolé, andaiá, andajá, indaiá, pindoba e pindobassu.

Características do óleo

É um óleo extraído das amêndoas do coco babaçu, possui alto teor de ácido láurico, odor e sabor suave característico (MIQCB, 2020).

Usos

É utilizado pela indústria alimentícia para a fabricação de óleo comestível, gordura vegetal, margarinas (COSTA MACHADO et al., 2006) e gorduras especiais para confeitaria; é usado também pela indústria química e farmacêutica para a produção de cosméticos e produtos de limpeza, como sabonetes, xampus, sabões, glicerina, ácidos graxos, velas, pomadas, cremes faciais, corporais e emulsões de limpeza (COSTA MACHADO et al., 2006; GUMIERO, 2011)

Benefícios

Possui propriedade anti-inflamatória, cicatrizante, antisséptica, antiviral, antifúngica, bactericida e vários estudos comprovaram as atividades antitumorais (GUMIERO, 2011).

Uso em comunidades tradicionais

Nas comunidades tradicionais o babaçu é totalmente aproveitado, uma das partes aproveitadas é a amêndoa, no qual é usada para a produção de óleo para o consumo doméstico e para o comércio que contribui para a renda familiar. Essa produção é feita quase que exclusivamente por mulheres, denominadas de quebradeiras de coco babaçu, que passam essa prática de gerações em gerações (ALBIERO, 2007).


Souza et al. (2011) avaliou as principais formas de uso terapêutico de produtos e subprodutos de babaçu na comunidade quebradoras de coco babaçu no Maranhão e verificou que o óleo de babaçu é utilizado pela comunidade por via oral para cicatrização de feridas cutâneas, no tratamento de gastrite e em forma de banhos de assento para o tratamento de vulvovaginites. Segundo Silva e Parente (2001) o uso do óleo de babaçu para tratamentos inflamatórios no trato genital feminino é explicado devido a sua ação anti-inflamatória. Estes dados contribuem para a validação do conhecimento popular sobre a utilidade do babaçu para o tratamento de doenças inflamatórias (GUMIERO, 2011).


De acordo com González-pérez et al. (2012) para os Kayapó o principal uso do óleo de babaçu é para a estética e devido ao seu cheiro agradável. Também é usado em rituais, o qual é misturado com sementes de urucum para obter uma pasta vermelha que posteriormente é passada na pele para a prática de diversos rituais diferentes como em casamentos, funerais, festa do milho, entre outros.


Os Kayapó diferentemente de outras comunidades tradicionais não usam o óleo de babaçu na alimentação, pois para eles o sabor é muito forte podendo causar dor de barriga. Esse óleo também é usado por eles para o comércio a base de trocas de recursos entre parentes de outras aldeias (GONZALEZ-PEREZ et al., 2012).

Referências bibliográficas

ALBIERO, Daniel; MACIEL, Antonio José da Silva.; LOPES, Antonio Cândido; MELLO,  Claudia Assad; GAMERO, Carlos Antonio. Proposta de uma máquina para colheita mecanizada de babaçu (Orbignya phalerata Mart.) para a agricultura familiar. Acta amazônica. vol. 37, p.337 – 346, jul./set. 2007. Disponível em:< https://www.scielo.br/pdf/aa/v37n3/v37n3a04>.


CAVALLARI, Marcelo Mattos; TOLEDO, Marcos Miranda. What is the name of the babassu? A note on the confusing use of scientific names for this important palm tree. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 67, n. 2, p. 533-538, Jun. 2016. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-
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Cooperativa Interestadual das Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu
(CIMQCB). MIQCB, 2020. Disponível em:  https://www.miqcb.org/>. Acesso em: 23 out. 2020.


COSTA MACHADO, Getúlio; PAES CHAVES, José Benício; ANTONIASSI, Alecrim. COMPOSIÇAO EM ÁCIDOS GRAXOS E CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DE ÓLEOS HIDROGENADOS DE COCO BABAÇU. Revista Ceres, vol. 53, nº 308, 2006, pp.463-470. Universidade Federal de Viçosa, Brasil. Disponível em: <https://www.redalyc.org/articulo.oa?d=305226674005>.


GONZALEZ-PEREZ, Sol Elizabeth et al . Conhecimento e usos do babaçu (Attalea speciosa Mart. e Attalea eichleri (Drude) A. J. Hend.) entre os Mebêngôkre-Kayapó da Terra Indígena Las Casas, estado do Pará, Brasil. Acta Bot. Bras., Feira de Santana , v. 26, n. 2, p. 295-308, Junho 2012 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?cript=sci_arttext&pid=S0102-33062012000200007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 24 Out. 2020.


GUMIERO, Viviane Cristina. Desenvolvimento e avaliação de nanoemulsões à base de óleo de babaçu (Orbignya oleifera) e extratos vegetais (Areca catechu, Glycyrrhiza glabra e Portulaca oleracea) para uso pós-sol. 2011. Tese (Doutorado em Medicamentos e Cosméticos) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 2011. doi:10.11606/T.60.2011.tde-30112011-084007. Disponível em:<https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-30112011-084007/en.php>.

Folia de Reis – Santa Maria da Vitória – BA

Folia de Reis - Santa Maria da Vitória - BA

A nossa #RiquezadoCerrado de hoje é uma tradicional festividade religiosa popular. #Folia de Reis, Companhia de Reis, #Reisado ou Festa de Santos Reis, com suas especificidades a depender das regiões do Brasil, elas se caracterizam pela celebração dos três #ReisMagos ao nascimento de Jesus Cristo.

🎶🥁🎙🪕 Os instrumentos musicais e as cantorias são elementos fortes nesses festejos, como o acordeon, violão, viola, cavaquinho, reco-reco, caixa, pandeiro e outros. 🚩🏳 Com bandeiras e estandartes, o grupo de #foliões caminha por longas distâncias, principalmente no campo, e visita casas, de porta em porta.

🎊🙋🏽‍♀️🥁🧓🏼Os #festeiros e as #festeiras recebem em suas residências a folia com orações, cantos e muitos convidados e convidadas, e uma grande fartura de comida e doces para celebrar e agradecer por esse momento muito aguardado.

📌🎄🎆 No Brasil, essas festas ocorrem, principalmente, entre o #Natal e o dia 6 de janeiro, quando são lembrados os três #ReisMagos. Em 2017, @thojbauer registrou essa imagem da folia de Zé de Lausinha, no município baiano de Santa Maria da Vitória. 👀 E você, conhece essa festividade❓

#emdefesadocerrado #cultura #popular #culturapopular #cerrado #folia #reisado #brasil #eudefendocerrado