Thoracocharax cf. stellatus (Kner, 1858). (papudinha)

Thoracocharax cf. stellatus (Kner, 1858).

CP 6,2 cm

Nome(s) popular(es):

Papudinha.

Tamanho

até 6,7 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Principalmente insetos terrestres.

Nome Xavante:

Pedzapótówatsédé.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

Usos e importância da espécie

Espécie bastante interessante para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

Descrição da espécie

Corpo alto e excessivamente comprimido; peito muito desenvolvido, em virtude da expansão do osso coracóide; boca ligeiramente superior, com duas séries de dentes no pré-maxilar; nadadeira peitoral muito longa, atingindo a ponta dos primeiros raios da anal; nadadeiras ventrais (pélvicas) diminutas; nadadeira adiposa presente; linha lateral inclinada, voltando-se em direção à origem da anal. Corpo prateado. Espécie freqüente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, em épocas de águas altas.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.62.

 

Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794).(voador)

Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794).

CP 14,2 cm

Nome(s) popular(es):

Voador, lapixó.

Tamanho

Até 21,5 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Ingere organismos bentônicos.

Nome Xavante:

Pe’adzarébé’watsa.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios.

Usos e importância da espécie

Apreciada como alimento, elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

Descrição da espécie

Corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides, pequenas nos flancos  superior e gandes no inferior (o que a diferencia facilmente de H. gracilis e H. microlepis) ; fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; maxila superior não protráctil e com dentes multicúspides e de coroa larga: mandíbula desprovida de dentes; linha lateral completa, 71-77 (o que também a distingue de H. gracilis e H. microlepis); nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Corpo prateado; lobos da caudal com faixa escura, larga no inferior (o que a separa prontamente de H. microlepis); mácula meio- lateral (o que prontamente a diferencia de H. gracilis ). Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas freqüente nos inferiores no período de águas altas.

 

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.61

 

Livro Saberes dos Povos do Cerrado e Biodiversidade

Livro Saberes dos Povos do Cerrado e Biodiversidade

A Campanha Nacional em Defesa do Cerrado lança neste mês de dezembro o livro “Saberes dos Povos do Cerrado e Biodiversidade”, fruto de um amplo processo colaborativo. O livro é uma ode aos povos do Cerrado, verdadeiros guardiões e multiplicadores das riquezas dessa imensa região.


Os povos do Cerrado são diversos. São indígenas de tronco Macro-Jê (como os Xerente, Xakriabá, Apinajé e Xavante), mas também Tupi-Guarani (como os Guarani e Kaiowá) e Arawak (como os Terena). São comunidades quilombolas, como os Kalunga, os jalapoeiros e centenas de outras pelos sertões do Cerrado. São comunidades tradicionais, tão diversas como o próprio Cerrado e que têm suas vidas entrelaçadas nas árvores e plantas, bichos, chapadas, vales e águas da região, como as quebradeiras de coco-babaçu, raizeiras, geraizeiras, fecho de pasto, apanhadoras de flores sempre-vivas, benzedeiras, retireiras, pescadoras artesanais, vazanteiras e pantaneiras. São, ainda, as assentadas e assentados de reforma agrária e outras populações de base camponesa.

Os artigos que compõem este livro ecoam a memória ancestral de que as paisagens onde a biodiversidade do Cerrado vibra não são representações de uma natureza intocada, mas sim patrimônios históricos e socioculturais, fruto da convivência e cuidado dos povos com o Cerrado. Ao mesmo tempo, os relatos e análises mostram que esses saberes tradicionais vão se transformando, sendo desenvolvidos e continuamente testados, adaptados e reinventados por meio do manejo consciente das paisagens, ao longo de inúmeras gerações, e por isso mesmo são resilientes, diversos e apropriados a cada lugar. Essa conexão entre tradição e inovação — em meio a uma profunda crise ecológica mundial e mesmo após décadas de devastação do Cerrado pelo agronegócio monocultural — está entre os maiores legados dos povos do Cerrado, partilhando horizontes de vida, agora, e para o futuro.


Diana Aguiar é assessora política da Campanha Nacional em Defesa do Cerrado e Pesquisadora de Pós-Doutorado no CPDA/UFRRJ. Helena Lopes é especialista em Agroecologia e Justiça Climática da ActionAid e Doutoranda em Ciências Sociais no CPDA/UFRRJ. Ambas coordenam esta publicação.

Para baixar o livro, clique abaixo:

Impactos dos agrotóxicos nos territórios e modos de vida dos povos do Cerrado

Impactos dos agrotóxicos nos territórios e modos de vida dos povos do Cerrado

Está disponível a segunda edição da “Revista Cerrados: Impactos dos agrotóxicos nos territórios e modos de vida dos povos do Cerrado”.

A publicação apresenta os diversos impactos na biodiversidade do #Cerrado e nos territórios onde vivem seus povos ocasionados pelo uso intenso de agrotóxicos pelo agronegócio nas lavouras de soja, milho, cana-de-açúcar, algodão entre outras monoculturas.

Ao mesmo tempo, a #RevistaCerrados também abre espaço para as boas novas a partir de saberes e práticas agroecológicas vindas de territórios dos povos e comunidades tradicionais.

A Revista é uma publicação organizada pela
Comissão Pastoral da Terra
, com apoio de
CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço e Misereor


O download pode ser feito gratuitamente > http://bit.ly/37hhNN4

A Importância do Cerrado como Patrimônio Nacional

Palestra "A importância do Cerrado como Patrimônio Nacional"

Ciclo de palestras virtuais

18/12/20 às 15:00 horas

A importância do Cerrado como Patrimônio Nacional

Prof Dra Rosângela Azevedo Corrêa

Faculdade de Educação – UnB

Em geral Brasília é vista apenas por sua arquitetura moderna, as pessoas não reconhecem que a cidade está dentro do Cerrado, berço das águas do Brasil, onde nascem rios que originam seis das principais regiões hidrográficas brasileiras: Parnaíba, Paraná, Paraguai, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Amazônica e estão localizados três grandes aquíferos – Guarani, Bambuí e Urucuia –, que são responsáveis pela formação e alimentação desses rios. Toda essa importância hídrica é fundamental para o Brasil que ainda não reconheceu o Cerrado como Patrimônio Nacional desde a Constituição de 1988. Este reconhecimento é fundamental para a proteção dos recursos naturais como das comunidades tradicionais e povos indígenas que vem resistindo às ameaças que o bioma vem sofrendo. Olhar a paisagem do Cerrado é ver floresta, savana e os campos; sentir seus cheiros, sons, sabores, saberes, fazeres, crenças, tradições, hábitos, modos de vida, visões e valores. Cuidar do Cerrado é cuidar do Brasil.

Para acompanhar a palestra no Youtube, clique abaixo:

Hemiodus microlepis Kner, 1858.(voador)

Hemiodus microlepis Kner, 1858.

CP 18,0 cm

Nome(s) popular(es):

Voador, voador-escama-fina, jutuarana.

Tamanho

Até 23,9 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Ingere organismos bentônicos.

Nome Xavante:

Pe’a’wa’õ.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios.

Usos e importância da espécie

Consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

Descrição da espécie

Corpo relativamente alto, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides pequenas; boca terminal; fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; maxila superior não protráctil e com dentes multicúspides e dee coroa larga; mandíbula desprovida de dentes; linha lateral completa, 120-148 escamas (o que facilmente a diferencia de H. gracilis e H. unimaculatus); nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Corpo prateado, mácula médio-lateral arredondada (o que também a diferencia prontamente de H. gracilis). Espécie pouco freqüente nos riachos e córregos do PESA.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.60.

Hemiodus gracilis Günther, 1864.(voador)

Hemiodus gracilis Günther, 1864.

CP 12,0 cm

Nome(s) popular(es):

Voador, cruzeiro-do-sul.

Tamanho

Até 16,3 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Espécie adaptada a se alimentar raspando algas no substrato, sendo por isso também classificada como iliófaga, uma vez que o alimento é ingerido juntamente com partículas de diferentes naturezas dispersas no substrato.

Nome Xavante:

Pe’adzarébétsitsa’ridi.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios.

Usos e importância da espécie

Consumida como alimento; representa importante grupo de peixes com grande potencial para  a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

Descrição da espécie

Corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal; fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; maxila superior não protráctil, com dentes multicúspides e de coroa larga; mandibula desprovida de dentes; linha lateral completa, 45-47 escamas (o que diferencia facilmente de H. microlepis e H. unimaculatus); nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Mácula medio-lateral, prolongando para trás como uma faixa até a margem do lobo caudal inferior (o que também a distingue prontamente de H. microlepis H. unimaculatus); uma faixa estreita inconspícua também no lobo caudal superior, lobos vermelhos, principalmente o inferior; máculas negras na adiposa e anal, cerca de três barras escuras inconspícuas no dorso do corpo. Espécie frequente no curso inferior dos riachos e córregos do PESA e comum nas lagoas marginais.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.59.

Bivibranchia velox (Eigenmann & Myers, 1927).(lapixó)

Bivibranchia velox (Eigenmann & Myers, 1927).

CP 10,4 cm

Nome(s) popular(es):

Lapixó.

Tamanho

Até 15,2 cm de comprimento padrão.

Alimentação

principalmente algas e  invertebrados em geral.

Nome Xavante:

Pe’adzarébeprere.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios.

Usos e importância da espécie

Consumida como alimento; potencial para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

Descrição da espécie

Corpo alongado, prateado, recoberto por escamas ciclóides, pequenas; fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; dentes tricúspides na maxila superior, mandíbula desprovida de dentes; linha lateral completa, 110-120 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, lobos pontudos, avermelhada. Corpo algo prateado, faixa prateada no flanco. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.58.

Anodus orinocensis (Steindachner, 1887).(lapixó-banana)

Anodus orinocensis (Steindachner, 1887).

CP 12,0 cm

Nome(s) popular(es):

Lapixó-banana.

Tamanho

Até 27,5 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Ingere principalmente cladóceros e copédpodos.

Nome Xavante:

Wató.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios.

Usos e importância da espécie

Apreciada na pesca de subsistência, elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

Descrição da espécie

Corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides, pequenas; boca terminal; fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; dentes ausentes tanto na maxila superior quanto na mandíbula; linha lateral completa, com 94-116 escamas perfuradas, nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Corpo prateado; mácula escura no meio do flanco, atrás da dorsal. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente nos cursos inferiores no período de águas altas.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.57.

Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909.(durinho)

Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909.

CP 4,5 cm

Nome(s) popular(es):

Durinho

Tamanho

Até 4,9 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Insetos aquáticos e terrestres, pedaços de folhas e flores.

Nome Xavante:

Pedzató’uihö’rã.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbivios.

Usos e importância da espécie

Interessante para a aquariofilia, elo importante da cadeia alimentar dos córregos onde vive.

Descrição da espécie

Corpo alongado, estreito e roliço; nadadeiras peitorais e ventrais largas, com as quais se apóia no substrato; boca pequena, sub-inferior; linha lateral completa, 36-38 escamas. Flanco do corpo com oito a dez faixas transversais; faixa estreita longitudinal do focinho, passando pelo olho, até o fim do pedúnculo caudal; mancha avermelhada na parte superior  do opérculo, dorsal alaranjada com raios proximais. Preferem águas correntes, com cerca de 0,20 a 0,50 m de profundidade. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.56.