O Museu do Cerrado como instrumento de Educação Ambiental

O Museu do Cerrado como instrumento de Educação Ambiental

 “A Semana Universitária é o momento em que a Universidade de Brasília abre suas portas para interagir com a sociedade sob uma perspectiva dialógica como é caraterística da Extensão Universitária. O Museu do Cerrado está presente na Semana Universitária para divulgar o seu trabalho para a construção coletiva do sentimento de pertença ao Cerrado, um espaço à colaboração, à conexão e à discussão e, por conseguinte, à criação de conhecimento e à intervenção social em favor da savana mais biodiversa do planeta Terra”.

Seminário “Centenário da Pedra Fundamental do DF”

Seminário "Centenário da Pedra Fundamental do DF"

Tão logo a pedra basilar da nova capital fora inaugurada, em sete de setembro de 1922, aquele local passou a ser denominado de Serra da Independência e a colina em que ela foi assentada recebeu o nome de Morro do Centenário– em alusão aos cem anos de Independência do Brasil, que se comemorava naquela data. Essas denominações foram dadas por Balduíno Ernesto de Almeida, o construtor do então citado monumento.

 

Situada sobre uma colina no Vale do rio São Bartolomeu, a 1.033m de altitude, o Morro do Centenário em Planaltina, a Pedra Fundamental do Distrito Federal, permite ao visitante contemplar um visual de 360 graus, apreciando paisagens exuberantes e únicas do Cerrado no Planalto Central do Brasil.

 

Um rico patrimônio natural também está presente neste território, destacando-se o Parque dos Pequizeiros, as cachoeiras do Ribeirão Sobradinho, a Estação Ecológica de Águas Emendadas, a imensa área do Instituto Federal de Brasília e ainda o local onde se forma o rio São Bartolomeu, que nasce do encontro do ribeirão Pipiripau com o Mestre d’Armas, numa vereda bem próxima ao monumento.

 

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Graffiti na Arte Educação Ambiental

Graffiti na Arte Educação Ambiental

A exposição virtual “Graffiti na Arte Educação Ambiental” traz uma amostra de painéis de autoria de D. Ottoni, utilizando a linguagem do graffiti (spray, aerógrafo ou pistola gravitacional), desde 1996.

“Embora minha produção artística utilize variadas técnicas e suportes, utilizo também a linguagem do graffiti pela possibilidade de criação de painéis e de poder compartilhar o conhecimento que adquiri em alguns anos de prática.

 

Outros aspectos que julgo importantes sobre o graffiti, como um elemento da Arte Educação Ambiental, são as questões sociais e de segurança pública inseridas nessa linguagem: 

  • Social – Trazer diversas possibilidades artísticas, profissionais, educativas e culturais para jovens talentos de comunidades carentes, com potencial e vontade de se inserir e se dedicar à arte urbana;

  •  Segurança Pública – O graffiti é reconhecido como um dos meios mais eficazes para evitar preventivamente a prática e envolvimento dos jovens com o crime ambiental de pichação, tipificado na Lei de crimes ambientais 9.605/98 no artigo 65, pois, a pichação é uma das portas de entrada para o envolvimento com diversos outros crimes de maior potencialidade.

Além de tudo, o graffiti tem o poder de “quebrar” o cinza tão comum das grandes cidades, tornando a arte muito mais democrática e acessível à toda população. Enfim, “Graffiti na Arte Educação Ambiental” se refere a toda e qualquer arte urbana que vemos nas cidades. Desse modo, a Arte promove a educação, colore paredes e muros, potencializa talentos, se ocupa do meio ambiente e melhora visualmente o ambiente urbano, além de todos os aspectos sociais benéficos à vida em comunidade.

 

O Memorial TJDFT – Espaço Desembargadora Lila Pimenta Duarte agora possui sua versão virtual. A arte sempre esteve presente em nosso ambiente expositivo. A partir desta iniciativa, ela passará a estar também em sua casa. O projeto Memorial TJDFT virtual: arte e cultura em casa, visa dar continuidade ao calendário anual de exposições, que ocorre desde 2013, adequando a programação cultural do Memorial TJDFT para ambientes virtuais”. Visite a exposição em: https://www.exposicoesvirtuais-tjdft.online/graffiti-na-arte-educa%C3%A7%C3%A3o-ambiental

 

Informações de contato:

Guariroba

Guariroba

Nome Científico: Sygarus oleracea

 

Nome popular: guariroba, gueroba, coco-babão

 

Família: Arecaceae

 

Forma de vida: palmeira

 

Frutificação no Cerrado: setembro-novembro

 

Dispersão: mamíferos

 

Polinização: besouros, abelhas

 

Habitat e distribuição: Nativa do Centro-Oeste, Bahia, Minas Gerais, e São Paulo, nas florestas semidecíduas.

 

Características da espécie: Palmeira solitária de 5-10 cm de altura, com folhas pinadas e inflorescências ramificadas de menos de 1 m de comprimento, com flores amareladas.

 

Características dos frutos: Seus frutos são elipsoides, verde-amarelados, lisos, de 4-5,5c cm de comprimento, com polpa (mesocarpo) espessa e fibro-carnosa. Possui sabor adocicado. Sua frutificação ocorre entre setembro e novembro. 

Aproveitamento

A guariroba pode ser consumida in natura, pela polpa e pela amêndoa, assim como seu palmito, utilizado em pratos com carnes, frangos, refogado ou em picles. Com a amêndoa é possível fazer farinha, utilizada no preparo de pães, doces e bolos, assim como extração do óleo, e da polpa podem ser feitos sorvetes, geleias, vitaminas e refrescos. A amêndoa de guariroba é rica em fibras e rica em proteínas e tem grande potencial de ser empregada na formulação de produtos de confeitaria para enriquecer o potencial nutritivo dos doces.

Referências

COIMBRA, Michelle. Caracterização dos frutos e dos óleos extraídos da polpa e amêndoa de Guariroba (Syagrus oleracea), Jerivá (Syagrus romanzoffiana) e Macaúba (Acrocomia aculeata). 2010. Disponível em:

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/88418/coimbra_mc_me_sjrp.pdf?sequence=1&isAllowed=y

 

KINUPP, Valdely; LORENZI, Harri. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil, 2019. São Paulo. (p. 156-157)

 

KUHLMANN, Marcelo. Frutos do Cerrado: 100 Espécies Atrativas Para Homo Sapiens. 1. Ed. Brasília: 2020.

Pimenta rosa

Pimenta rosa

Nome científico: Schinus terebinthifolia Raddi

 

Nome popular: Pimenta rosa, Aroeira-pimenteira, Aroeira-mansa

 

Família: Anacardiaceae

 

Forma de vida: arbusto ou árvore

 

Frutificação no Cerrado: janeiro-julho

 

Dispersão: aves

 

Polinização: abelhas

 

Usos: alimentício, medicinal, ornamental, recuperação

 

Habitat no Cerrado: Cerrado sentido restrito, Cerradão, Mata de Galeria, bordas de Matas

 

Domínios: Cerrado, Mata Atlântica, Pampa

 

Características da espécie: Árvore de crescimento rápido, perenifólia de copa globosa de 5-10 m de altura e tronco de coloração clara. Folhas de 3-7cm de comprimento, com flores pequenas.

 

Características do fruto: Frutos pequenos e lisos e de cor vermelha. Sua frutificação ocorre de Janeiro à Setembro.

Aproveitamento

Seus frutos podem ser utilizados com carnes, bombons, doces, condimentos, geleias e caldas. De sabor levemente picante, destaca-se pela quantidade de proteína e minerais. Apresenta atividades antioxidantes, anti-inflamatórias e antifúngicas. O seu óleo essencial é usado em tratamentos medicinais.

Referências

KINUPP, Valdely; LORENZI, Harri. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil, 2019. São Paulo. (p. 74-75)

 

CLEMENTE, Alan Dumont. Composição química e atividade biológica do óleo essencial da pimenta-rosa (Schinus terebinthifolius Raddi). 2006. Disponível em:

https://www.locus.ufv.br/bitstream/123456789/2077/1/texto%20completo.pdf

 

KUHLMANN, Marcelo. Frutos do Cerrado: 100 Espécies Atrativas Para Homo Sapiens. 1. Ed. Brasília: 2020.

Genipapo

Genipapo

Nome científico: Genipa Americana

 

Nome Popular: Genipapo, Jenipapo, Jenipá

 

Família: Rubiaceae

 

Forma de vida: árvore

 

Frutificação no Cerrado: outubro-março

 

Dispersão: primatas, mamíferos terrestres, aves

 

Polinização: abelhas, mariposas

 

Habitat e distribuição: Nativa em quase todo o pais em várias formações situadas em várzeas úmidas.

 

Características da espécie: Árvore de crescimento rápido dotada de copa alongada, de 8-14 m de altura, com tronco revestido por casca clara. Folhas simples da cor verde-escura, de 15-35 cm de comprimento. Possui flores amareladas.

 

Características dos frutos: Frutos globosos, com 11-14 cm de diâmetro, com polpa suculenta, adocicada, azeda e aromática. Possui odor forte e característico.

Aproveitamento

Usada para o preparo de sucos, farinhas, doces, licores, sorvetes, vinhos, usados como picles ou cozidos com carnes, assim como usado como corante corporal e de tecidos. Sua farinha possui quantidade significativa de vitamina C e alto conteúdo nutricional. O fruto possui elevada capacidade antioxidante, assim como boas fontes de fibras totais, ferro e carotenoides.

Referências

KINUPP, Valdely; LORENZI, Harri. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil, 2019. São Paulo.

 

KUHLMANN, Marcelo. Frutos do Cerrado: 100 Espécies Atrativas Para Homo Sapiens. 1. Ed. Brasília: 2020.

 

CARDOSO, Daniel. et al. Potencial tecnológico e composição de Farinha de Jenipapo (Genipa americanaL.) obtida por secagem em convecção. Brazilian Journal of Development, 2020. Disponível em:

https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/11004/9279

 

DE OLIVEIRA, Antonella.  et al. Desafios da Ciência e Tecnologia de Alimentos 2. Editora: Atena, 2017. Disponível em:

https://www.finersistemas.com/atenaeditora/index.php/admin/api/artigoPDF/34943

Murici

Murici

Nome científico: Byrsonima basiloba A. Juss.

 

Nome popular: Murici, Muruci, Murici-do-campo

 

Família: Malpighiaceae

 

Forma de vida: Subarbusto ou Arbusto

 

Dispersão: mamíferos (mastocoria).

 

Frutificação: estação seca.

 

Habitat: Campo Sujo, Campo Limpo, Campo de Murundus e Cerrado sentido restrito.

 

Distribuição: DF, GO, MS, MG, SP – Endêmica do Cerrado.

 

Características da espécie: Byrsonima Crassifolia: Árvore perenifólia, de copa estreita, com cerca de 3-6 m de altura. Possui inflorescências de 10-13 cm de comprimento, com flores vermelhas e amarelas.

 

Características do fruto: Fruto globoso, com a polpa suculenta de 0,5cm de espessura e semente escura. 

 

Byrsonima Verbascifolia: Tem porte menor, de 1-5m de altura, tronco tortuoso de 15-25cm de diâmetro, revestido por casca grossa e áspera, inflorescências concentradas na extremidade dos ramos, com muitas flores vermelhas e amarelas. 

 

Características do fruto: Fruto globoso, com 1,3-1,5cm de diâmetro de polpa suculenta e adocicada, amarelo e fino.

Aproveitamento

O consumo de seus frutos pode ocorrer na forma de sucos, sorvetes, pratos doces no geral, assim como salgados como em sopas ou com carnes, assim como secos. Da sua semente pode ser extraído o óleo, usado tanto na culinária quanto na indústria de cosméticos. Também pode ser usado como corante, cachaças e licores. Os frutos de Murici-passa (murici seco Byrsonima Verbascifolia) possuem alto teor de fibras. O fruto é rico em carotenoides, e possuem uma alta atividade antioxidante. Já o Byrsonima Crassifolia possui grande quantidade de aminoácidos, fornecendo ainda fibras, ferro, e vitamina C. Os muricis também apresentam usos medicinais e fitoterápicos. A casca do tronco é utilizada como febrífuga, antidiarreica e adstringente, assim como podem ser usados para combater a tosse e a bronquite. Suas folhas são usadas em diversos preparados cicatrizantes, anti-inflamatórios e antioxidantes.

Referências

KINUPP, Valdely; LORENZI, Harri. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC)

 

GUIMARÃES, M.M.; SILVA, M.S. Valor nutricional e características químicas e físicas de frutos de murici-passa (Byrsonima verbascifolia). Ciência e Tecnologia de Alimentos, 28(4), 817-821, 2008. Disponível em:

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-20612008000400009&script=sci_arttext&tlng=pt

 

DE ARAÚJO, Rychardson. et al. Byrsonima crassifolia e B. verbascifolia Murici. Embrapa. Disponível em:

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1104683/1/Murici.pdf

Macaúba

Macaúba

Nome científico: Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart

 

Nome popular: Macaúba, Macaúva, Macajuba

 

Família: Arecaceae

 

Forma de vida: Palmeira

 

Frutificação no Cerrado: agosto-fevereiro

 

Dispersão: mamíferos, araras

 

Polinização: abelhas, besouros

 

Habitat e distribuição: Nativa em quase todo território brasileiro, no Cerrado pode ser encontrada nas áreas de Palmeiral, Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca, Cerradão.

 

Características da espécie: Palmeira solitária e espinhenta de crescimento lento, de 10-15 metros de altura, de 20-30 cm de diâmetro, possui inflorescências foliares e ramificadas de quase 1m de comprimento, com flores discretas.

 

Características do fruto: Frutos globosos (drupas) verde amarelados quando maduros, de 3,5-5,0 de diâmetro, com polpa escassa e adocicada. Sua frutificação ocorre de Agosto à Fevereiro

Aproveitamento

Os frutos podem ser consumidos in natura, assim como usados gastronomicamente, como na confecção de geleias, mousses, doces, sorvetes, farinhas e a extração do seu óleo. Pode-se também obter o palmito a partir do caule, e a amêndoa no interior do fruto. O farelo da sua polpa se destaca por sua composição em carboidratos e por possuir fibras alimentares, já o farelo da amêndoa de Macaúba possui alto teor proteico e uma fonte potencial de carboidratos. Sua semente possui valor proteico e é rica em fibras e seu óleo possui carotenoides.

Referências

SISTEMA BIOGEOGRÁFICO, Museu do Cerrado. Disponível em:

https://museucerrado.com.br/sistemas-biogeograficos/flora/palmeiras/macauba/

 

S.C. GRANDE; E. C. CREN, Demanda de Proteínas Vegetais: Potencialidades e o Diferencial dos Farelos de Macaúba, Revista de Engenharia Química e Química, Vol 2 N. 3. 2016. Disponível em:

file:///C:/Users/User/Downloads/2198-Manuscript%20paper_Texto%20do%20artigo%20(PDF)-10174-1-10-20161031.pdf

 

KINUPP, Valdely; LORENZI, Harri. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil, 2019. São Paulo. (p. 124-125)

KUHLMANN, Marcelo. Frutos do Cerrado: 100 Espécies Atrativas Para Homo Sapiens. 1. Ed. Brasília: 2020.

 

COIMBRA, Michelle. Caracterização dos frutos e dos óleos extraídos da polpa e amêndoa de Guariroba (Syagrus oleracea), Jerivá (Syagrus romanzoffiana) e Macaúba (Acrocomia aculeata). 2010. Trabalho de dissertação. Universidade Estadual Paulista. Disponível em:

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/88418/coimbra_mc_me_sjrp.pdf?sequence=1&isAllowed=y

II Encontro de Restauração Ecológica do Cerrado: Um olhar para Sistemas Agrocerratenses

II Encontro de Restauração Ecológica do Cerrado: Um olhar para Sistemas Agrocerratenses

2022-08-25_noticias_ii-encontro-de-restauracao-ecologica-do-cerrado-um-olhar-para-sistemas-agrocerratenses (2)

A Recomposição de Reservas Legais (RL) no bioma Cerrado carece de informações técnicas sobre possíveis retornos econômicos e sobre o significado ecológico da restauração de ambientes savânicos e campestres. Nesse sentido, uma das alternativas para a recomposição da RL são os sistemas agroflorestais  e adicionalmente, os sistemas agrocerratenses que engloba alternativas de restauração produtiva em formações savânicas e campestres tanto em RL para atender a legislação de proteção da vegetação nativa quanto em áreas produtivas. 


Devido a importância de estudos mais aprofundados sobre sistemas agrocerratenses, bem como sobre possíveis retornos econômicos, sobre sua contribuição para a recomposição de ambientes e ainda sobre as práticas e processos atuantes vislumbra-se a necessidade de diálogos formativos junto à comunidade, como estratégia de construção coletiva e integração de agendas institucionais. Propõem-se  assim, o 2º Encontro: Restauração Ecológica do Cerrado – Um olhar e um fazer para os Sistemas Agrocerratenses, de forma presencial e com transmissão ao vivo. O encontro é idealizado de forma colaborativa e em rede entre diversas instituições, tais como: WWF Brasil, Instituto Federal de Brasília (IFB/Campus Planaltina), Instituto Federal do Norte de Minas (IFNMG/Campus Arinos), Embrapa Cerrados, Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), ONg Pequi, TIKRÉ Ltda, EMATER-MG, Rede Araticum – Articulação pela restauração do Cerrado, Rede Pequisação, Ação RIDE SAN-DF+, NEA Candombá, NEA UNB, NEPEAS/FUP, CDS/UNB e MADER/FUP.


Os diálogos formativos serão realizados em formato de apresentações presenciais e transmitidos on-line em tempo real, pela plataforma da Articulação pela Restauração do Cerrado- Araticum no Youtube. A abertura do evento contará com a apresentação do tema e dinâmica do seminário, com abertura do evento e exposição dos pontos de discussão e encaminhamentos do webnário de 2021. Após, haverá sessão de circulação de saberes, que são mesas de debates com 1h30 a 2h de duração, com participação de palestrantes e um moderador. Os temas selecionados para as mesas de debate foram: Interfaces entre Agroecologia e Restauração Ecológica: Como a Ecologia dos Saberes contribui para sistemas mais resilientes e comunidades menos vulneráveis; Restauração Socioecológica –  Princípio Participativo em Sistemas Agrocerratenses; Restauração Ecológica Produtiva – Pluriatividade Econômica em Sistemas Agrocerratenses; Integração da restauração e produção em ambientes savânicos – Protagonismo de Espécies Nativas e Agrobiodiversidade. O público participa com contribuições apresentadas ao moderador. No último dia de evento irá ocorrer uma visita a campo em áreas de Sistemas Agrocerratenses para a integração dos princípios debatidos com a prática. 


 O evento faz parte da Semana Universitária da UnB, nas manhãs de 30 de agosto a 02 de setembro. Terá mesas redondas e um dia de campo e acontece no campus Darcy Ribeiro.


Inscrição pelo link https://bit.ly/EncontroRestauração

Réquiem para o Cerrado

Réquiem para o Cerrado

O livro é um autêntico guia para uma viagem fantástica por sobre o nosso planeta e ao mesmo tempo estimula quem o lê a tomar consciência de que, desde o seu surgimento até os dias de hoje, a Terra e suas estruturas geológico-geomorfológicas, biogeográficas, climato-botânicas e antropo-culturais passaram por transformações e evoluções intensas.

 

Nesse sentido, os movimentos de placas tectônicas que deram origem aos continentes, surgimento e desaparecimento de mega-faunas e mega-floras. Assim também, ao surgimento e evolução do Homo-sapiens (a espécie dita inteligente) que continua interferindo no ecossistema, a qual os especialistas chamam de “perda de integridade da biosfera”. Esta é a história do Cerrado, ocorrida nas últimas décadas. Nesta narrativa, este singular ambiente toma a configuração de um pacato povoado, onde o culto da felicidade era a expressoa maior do comportamento da gente do lugar.

 

Recorreu-se a este método, baseado na mitologia dos símbolos, porque, após quarenta anos de pesquisas e estudos na região, que resultaram em vários livros e mais de uma centena de artigos científicos, o Cerrado que, até a década de 1950, cobria sem grandes modificações dois milhoes de km² dos Chapadões Centrais do Brasil, na contemporaneidade, a cada dia, vai perdendo, de forma irreversível, as últimas parcelas dos pequenos ninchos que ainda restam da sua grande biodiversidade.

 

O Autor

O professor doutor Altair Sales Barbosa, conhecido nacionalmente e internacionalmente como um dos maiores conhecedores do Cerrado e outros sistemas Biogeográficos brasileiros, é graduado em Antropologia pela Universidade Católica do Chile, possui vários cursos de nível de Pós-Graduação em Geologia, Ecologia, Arqueologia, Antropologia, dentre outros, em diversas instituições nacionais. Com doutorado em Antropologia/Arqueologia pela Smithsonian Institution – Washington-DC (EUA).