Aquecer o forno a 180ºC. Em uma tigela colocar: farinha, fermento em pó, manteiga,açúcar e gemas. Amassar tudo até que a massa solte das mãos. Fazer bolinhas do tamanho de uma azeitona porque a massa cresce. Passar as bolinhas nas claras e em seguida no baru socado e misturado com o açúcar. Arrumar em um tabuleiro. Assar por 20 a 25 minutos.
Peneirar a araruta junto com a farinha, o açúcar e o sal. Acrescentar a manteiga e as gemas. Amassar. Fazer bolinhas amassando o meio de cada uma delas com o dedo. Levar para assar em forno a 180°C por mais ou menos 10 minutos. Deixar esfriar. Só depois colocar no meio de cada um dos biscoitinhos uma colherinha de doce de buriti.
Fonte: Rita Medeiros.
Disponível em: SAMPAIO, M. B. (2011). Boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável do buriti.
50g raspa de buriti triturada (polpa do fruto desidratada).
Modo de preparo:
Numa panela aqueça a manteiga e adicione o leite condensado e o coco de licuri. Mexa constantemente até o ponto em que a mistura desgrudar do fundo da panela ao mexer. Deixe esfriar. Enrole bolinhas de doce de buriti e separe.Envolva as bolinhas de buriti com o doce de coco. Passar o doce na raspa de buriti triturada.
Bagunçadinho de shiitake e raízes com mel de abelha borá
Ingredientes:
150g de inhame descascado e cortado em lâminas;
150g de batata-doce roxa com casca cortada em lâminas;
300g de shiitake fresco;
3 tomates fatiados;
1 pimentão amarelo cortado em lâminas;
3 cebolas cortadas em lâminas;
½ xícara (chá) de azeite de oliva;
Sal e pimenta-do-reino à gosto;
Mel de abelha nativa borá à gosto.
Modo de preparo:
Misture o azeite, o sal e a pimenta numa tigela e reserve. Em um refratário, distribua em camadas o inhame, o shiitake, a batata-doce, o pimentão, o tomate e a cebola, pincelando com o azeite reservado entre as camadas. Despeje o restante do azeite sobre a última camada. Leve o refratário ao forno médio, a 180ºC, por 40 minutos ou até que os legumes estejam macios e a cebola esteja dourada. Para servir distribua as porções do bagunçadinho e regue com o mel.
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema), através do projeto Rede de Saberes – Práticas sobre Restauração Ecológica, ação integrante do Programa Cerrado Bahia, está promovendo a criação do pólo de conhecimentos em práticas sobre restauração na bacia hidrográfica do Rio Grande, com atuação em comunidades ribeirinhas dos municípios de Barreiras, São Desidério, Catolândia e Baianópolis.
Com a implantação dos quatro viveiros, estima-se a produção de 60 mil mudas/ano que serão utilizadas
inicialmente na restauração florestal de 20 hectares de Áreas de Preservação Permanente APP da bacia hidrográfica do Rio Grande, principalmente em áreas de nascentes e matas ciliares degradadas, e o excedente das mudas servirá como fonte de geração de renda para as comunidades. A fase de instalação dos viveiros será finalizada no dia 31 de janeiro e contou com investimento de R$184.980,00.
O projeto é desenvolvido em conjunto com a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e conta com a parceria das Prefeituras Municipais e comunidades rurais.
A atuação da universidade no projeto é realizada pela equipe de professores, técnicos e estudantes do Centro de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD) Prof. Paulo Yoshio Kageyama, inaugurado no dia 20 de dezembro de 2018 no campus Reitor Edgard Santos em Barreiras, local que será implantado um dos viveiros do projeto.
O objetivo do projeto é fomentar a formação de uma rede regional de coleta de sementes e produção de mudas nativas, usando como horizonte o atendimento as necessidades de adequação ambiental dos pequenos produtores rurais (dados fornecidos pelo Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais – CEFIR), o uso de tecnologia local e a formação prática/participativa de jovens residentes destas comunidades.
Para o diretor de Políticas de Biodiversidade e Florestas da SEMA, Murilo Figueredo, a instalação dos quatro viveiros municipais é um marco na execução do projeto. “As comunidades são capacitadas pela equipe técnica da SEMA, INEMA e UFOB em temas relacionados a restauração florestal, e com a instalação dos viveiros poderão aplicar na prática o conhecimento.
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Com a implantação dos quatro viveiros, estima-se a produção de 60 mil mudas/ano que serão utilizadas
inicialmente na restauração florestal de 20 hectares de Áreas de Preservação Permanente APP da bacia hidrográfica do Rio Grande, principalmente em áreas de nascentes e matas ciliares degradadas, e o excedente das mudas servirá como fonte de geração de renda para as comunidades. A fase de instalação dos viveiros será finalizada no dia 31 de janeiro e contou com investimento de R$184.980,00.
O projeto é desenvolvido em conjunto com a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e conta com a parceria das Prefeituras Municipais e comunidades rurais.
A atuação da universidade no projeto é realizada pela equipe de professores, técnicos e estudantes do Centro de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD) Prof. Paulo Yoshio Kageyama, inaugurado no dia 20 de dezembro de 2018 no campus Reitor Edgard Santos em Barreiras, local que será implantado um dos viveiros do projeto.
O objetivo do projeto é fomentar a formação de uma rede regional de coleta de sementes e produção de mudas nativas, usando como horizonte o atendimento as necessidades de adequação ambiental dos pequenos produtores rurais (dados fornecidos pelo Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais – CEFIR), o uso de tecnologia local e a formação prática/participativa de jovens residentes destas comunidades.
Para o diretor de Políticas de Biodiversidade e Florestas da SEMA, Murilo Figueredo, a instalação dos quatro viveiros municipais é um marco na execução do projeto. “As comunidades são capacitadas pela equipe técnica da SEMA, INEMA e UFOB em temas relacionados a restauração florestal, e com a instalação dos viveiros poderão aplicar na prática o conhecimento.
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Começou hoje, no Pará, o VIII Encontrão “Mulheres quebradeiras de coco: Resistência nos babaçuais”. A atividade, que elegerá a coordenação geral do Miqcb Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu e traçará seu plano estratégico para os próximos 5 anos, segue até o dia 09. Nós apoiamos a iniciativa e estamos juntos das Quebradeiras em suas principais pautas: acesso livre ao território dos babaçuais, enfrentamento à queima das florestas do coco babaçu e das pindovas (palmeiras jovens de babaçu) e contenção das violências físicas e psicológicas sofridas pelas quebradeiras de coco babaçu.
Por meio do beneficiamento de frutos como baru, pequi e jatobá, camponesas de Anastácio conquistam independência financeira; apesar do potencial econômico, Cerrado continua sendo devastado no Mato Grosso do Sul
Por Sara Almeida Campos, em Anastácio (MS)
Dono da maior concentração fundiária entre as 27 unidades da federação e palco de um dos principais conflitos indígenas da América Latina, o Mato Grosso do Sul parece um foco improvável para iniciativas que buscam o resgate e a valorização de ingredientes tradicionais do Cerrado. Mas é em Anastácio, município dominado pela pecuária, que um grupo de assentadas da reforma agrária vem mostrando o potencial do agroextrativismo e dos frutos nativos na geração de renda local. A cidade abriga uma das principais unidades de processamento da JBS no estado. Com menor visibilidade, as camponesas mostram seu protagonismo.
Izabel, Maria da Penha, Lucila e Odilia garantem a renda com os frutos do Cerrado. (Foto: Sara Almeida Campos/De Olho nos Ruralistas)
A Associação de Mulheres do Assentamento Monjolinho (Amam) nasceu em 1990 a partir da necessidade de registrar a comunidade no Programa do Leite, durante o governo de José Sarney. “Para conseguirmos leite para as crianças e grávidas a gente tinha que fazer um cadastro”, relembra Maria da Penha Macedo da Cruz, uma das fundadoras da Amam. “Foi aí que nos juntamos para formar nosso clube de mães”.
Dois anos antes, o grupo ocupara uma região até então improdutiva, que deu origem ao Monjolinho, o primeiro assentamento de reforma agrária titulado no Mato Grosso do Sul. “Abrimos caminho com facão e enxada”, conta a camponesa Izabel de Souza. “Foi difícil, mas a gente conseguiu. Graças a Deus tudo deu certo. Todo dia é uma nova batalha”.
CARVOARIAS TORRAVAM ÁRVORES E IGNORAVAM O BARU
Nos anos 2000, o grupo decidiu aproveitar a organização formalizada para gerar renda além da agricultura de subsistência, na época com pouca expressividade na região. As agricultoras iniciaram o artesanato em crochê e a pintura em panos de prato, mas a rentabilidade era muito baixa. Foi então que as mulheres encontraram, na própria paisagem em que viviam, em meio ao Cerrado sul-mato-grossense, a solução para garantir uma maior autonomia financeira.
Beneficiamento do baru foi o ponto de partida para as camponesas do Assentamento Monjolinho. (Foto: Sara Almeida Campos/De Olho nos Ruralistas)
A região era ocupada por carvoarias que utilizavam o cumbaru – árvore comum em todo o bioma – como matéria-prima, ignorando completamente o potencial gastronômico e nutricional de seu fruto, o baru. Maria da Penha conta como foi:
– Começamos a fazer a torra e utilizamos a amêndoa para preparar farinha e pães. Também extraímos o óleo. Não tínhamos o costume de consumir o baru, mas disseram para nós que ele fazia bem à saúde das crianças, que começaram a ser curadas de infecções. Depois de ver isso na prática, arregaçamos as mangas.
A iniciativa deu origem a uma nova fase para as mulheres do Assentamento Monjolinho. Por meio da Amam, as agroextrativistas passaram a beneficiar outros ingredientes do Cerrado, como o jatobá, a bocaiúva e o pequi. A comercialização de pães e outros produtos é garantida por políticas públicas direcionadas ao abastecimento de mercados institucionais pela agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), sendo a principal fonte de renda e empoderamento das integrantes da Amam.
CERRADO COBRE 61% DO MATO GROSSO DO SUL
O Cerrado é o principal bioma do Mato Grosso do Sul, cobrindo 61% do território do estado, mais conhecido pelo Pantanal. É também o mais ameaçado: 76,1% da cobertura vegetal original do Cerrado sul-mato-grossense já foi completamente degradada em função da expansão da pecuária e das monoculturas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2010 o estado perdeu 164.448 km² de Cerrado, uma área maior que o estado do Acre.
Paralisação da JBS em 2017 gerou protestos em Anastácio. (Foto: O Pantaneiro)
Em Anastácio não é diferente. De acordo com dados da plataforma MapBiomas, o município possui 158 mil hectares de pastagens e um rebanho de 288.994 cabeças de gado bovino – uma média de 11 bois por habitante. Ao todo, a atividade agropecuária ocupa 62,3% da área de Anastácio.
A localização estratégica, no meio do caminho entre o Pantanal sul-mato-grossense e a capital Campo Grande, atraiu a instalação, em 2014, de uma unidade do frigorífico JBS, centralizando o processamento de carne na região pantaneira, onde estão 3 dos 20 maiores rebanhos bovinos do país: Corumbá, Aquidauana e Porto Murtinho.
Em outubro de 2017, a suspeita de prejuízos aos cofres do estado causados pelo frigorífico, levantada durante a CPI das Irregularidades Fiscais e Tributárias, levou ao bloqueio de R$ 730 milhões da JBS, que respondeu paralisando o abate em suas sete unidades. Temendo demissões em massa, centenas de funcionários protestaram em frente da Prefeitura Municipal de Anastácio. Manifestações semelhantes se replicaram em outros municípios, forçando o governo sul-mato-grossense a desistir da queda de braço e negociar um acordo com a empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista.
Os pecuaristas de Anastácio têm poder econômico e político. O prefeito Nildo Alves (PSDB-MS), em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, listou 11.442 cabeças de gado e sete fazendas. Mas o município tornou-se conhecido por outro produto: a farinha de mandioca, herança de migrantes nordestinos que chegaram na região na década de 1940. A Farinha do Pulador já cativou a mesa dos sul-mato-grossenses e é o tema do principal evento turístico de Anastácio, a Festa da Farinha, que atraiu cerca de 15 mil visitantes em sua última edição.
A resistência dos povos do campo será um dos temas da editoria De Olho no Cerrado.
Os frutos do Cerrado, foco de trabalho das 15 agricultoras da Amam, caminham para atingir a mesma popularidade: também em Anastácio, o Grupo Baru, do assentamento São Manoel, vem expandindo a comercialização e chegando a novos públicos.
As iniciativas de resistência e preservação do Cerrado – de seus frutos, seus costumes, sua gente – frente ao avanço do agronegócio serão tema de uma nova editoria do observatório De Olho nos Ruralistas. Construída a partir de uma rede de correspondentes nos 11 estados que formam o bioma, a editoria De Olho no Cerrado terá como foco as ameaças e as resistências protagonizadas por camponeses e povos tradicionais.
CAMPONESAS ENFRENTAM MACHISMO
Uma das líderes da Associação de Mulheres do Assentamento Monjolinho, Maria da Penha começou cedo sua luta pela terra. O pai, Dalvino Vieira Macedo, peregrinou com a família por diferentes estados, como Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso. “Percorremos vários lugares colhendo café, mamona, feijão, algodão”, relembra. “Era uma família grande, com oito irmãos. Um dia nunca clareou com a gente dentro de casa. Acordávamos de madrugada pra trabalhar na roça. A gente não estudou. Nossa escola era o cabo da enxada”.
Camponesas ampliam a produção a partir dos frutos do Cerrado. (Foto: Sara Almeida Campos/De Olho nos Ruralistas)
Mesmo com a autonomia financeira, possibilitada pelo beneficiamento do baru, havia outro problema a ser enfrentado. O machismo foi um dos grandes obstáculos para a materialização da sede da Amam. A camponesa perdeu a conta de quantas vezes ouviu de homens de Anastácio que o trabalho com frutos do Cerrado “não ia dar em nada” e que “mulher não ia conseguir erguer a associação”. Durante a obra, materiais de construção foram roubados. “Juntamos dinheiro dia e noite”, conta ela, emocionada com a lembrança da resistência. “Depois a gente conseguia repor cada material tirado da gente”.
Izabel de Souza, outra das lideranças, tenta superar a morte da filha, Rita de Souza. Em 2016, a estudante de engenharia foi mais uma vítima entre as estatísticas de feminicídio. “Tudo me lembra ela, até a sede da associação”, ressalta a agricultora, responsável por garantir as refeições durante os dias de produção. “Foi ela quem projetou todo esse espaço e não viveu a tempo de ver tudo isso pronto”.