Análise inseticida de extratos de plantas do bioma Cerrado sobre triatomíneos e larvas de Aedes aegypti

Análise inseticida de extratos de plantas do bioma Cerrado sobre triatomíneos e larvas de Aedes aegypti

Autor(a):

André Afonso Machado Coêlho 

Resumo:

Apresenta dissertação que tem como objetivo de verificar a ação inseticida de plantas nativas do Cerrado contra os vetores Rhodnius milesi, Dipetalogaster maxima e Aedes aegypti, foram testados diversos extratos brutos de folha, caule, raiz, fruto e flor em ninfas de quarto estádio de R. milesi (ver Schmeda Hirschmann & Rojas de Arias, 1992), primeiro estádio de D. maxima (ver Leite et al., 1987) e em larvas do 3° estágio de A. aegypti (ver Rodrigues, 2004). Como a principal forma de controle dessas duas doenças é o controle vetorial, busca-se, neste estudo, uma investigação da ação inseticida sobre imaturos desses vetores, visto que impedindo o desenvolvimento dos adultos, impede-se conseqüentemente a reprodução dos mesmos, diminuindo, assim, a densidade populacional e, portanto, reduzindo a prevalência da doença.

Referência:

COÊLHO, André Afonso Machado. Análise inseticida de extratos de plantas do bioma Cerrado sobre triatomíneos e larvas de Aedes aegypti. 98 f. 2006. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

Disponível em:

Substância antimicrobiana de amplo espectro de Tabebuia caraiba

Substância antimicrobiana de amplo espectro de Tabebuia caraiba

Autor(a):

Lorena Carneiro Albernaz

Resumo:

As infecções bacterianas matam milhões de pessoas por ano. Estudos têm demonstrado o aumento da resistência aos antibióticos disponíveis e o perigo do surgimento de novas doenças infecciosas, que possivelmente não poderão ser combatidas pelos fármacos atuais. O controle é dificultado pela falta de sincronia entre o desenvolvimento de novos antimicrobianos e a velocidade em que a resistência é espalhada pelo mundo. O interesse em investigar moléculas eficazes inclui o potencial biológico de compostos extraídos de espécies vegetais. Diante disso, foi realizada uma triagem do Banco de Extratos de Plantas do Bioma Cerrado do Laboratório de Farmacognosia da Universidade de Brasília sobre bactérias patogênicas a seres humanos, responsáveis por infecções hospitalares e comunitárias. Duzentos e quarenta e dois extratos brutos hexânicos e etanólicos obtidos a partir de 37 espécies pertencentes a 15 famílias de plantas foram testados in vitro sobre três espécies de bactérias Gram negativas: Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Salmonella choleraesuis e duas espécies Gram positivas: Enterococcus faecalis e Staphylococcus aureus e sobre um fungo: Candida albicans. Para avaliação da atividade dos extratos foi realizado os testes de difusão em ágar, a uma concentração de 1000 μg/mL, sendo os resultados expressos pelo diâmetro da zona de inibição do crescimento microbiano (halo de inibição). O extrato hexânico da madeira do caule de Tabebuia caraiba foi selecionado para estudo, devido a importante atividade sobre E. faecalis (halo de inibição de 20 mm; concentração inibitória mínina/CIM: 31,25 μg/mL) e S. aureus (halo de inibição de 22 mm; CIM: 500 μg/mL). A partição bifásica desse extrato permitiu selecionar a fração metanólica, que foi submetida ao fracionamento químico biomonitorado em coluna cromatográfica aberta de sílica, resultando na obtenção de 24 grupos (G). O monitoramento da atividade dos grupos foi realizado por meio da técnica de autobiografia. Os mais ativos foram G2 e G11. O G2 permitiu a obtenção do sub-grupo SG2-3-4, com amplo espectro de ação sobre outras bactérias Gramnegativas: Salmonella typhimurium, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter aerogenes, Serratia marcescens, Proteus mirabilis, Citrobacter koseri e Gram positivas: Staphylococcus epidermidis. O sub-grupo SG2-3-4 apresenta unidades arílicas, cujos espectros permitem cogitar a possibilidade estrutural da unidade capaz de ligá-las, sugerindo ser uma arilcumarina ou uma benzofuranona. SG2-3-4 encontra-se em processo de purificação para decisão da estrutura molecular.

Referência:

ALBERNAZ, Lorena Carneiro. Substância antimicrobiana de amplo espectro de Tabebuia caraiba. 2006. 91 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

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Atividade in vitro de plantas da medicina tradicional do Cerrado em dermatófitos e leveduras

Atividade in vitro de plantas da medicina tradicional do Cerrado em dermatófitos e leveduras

Autor(a):

Phellipe Norato Estrela Terra Theodoro

Resumo:

O panorama mundial das infecções fúngicas é preocupante, uma vez que tem sido observado um aumento do número de infecções, o surgimento de cepas resistentes aos medicamentos disponíveis e a toxicidade intrínseca desses medicamentos. Diante desse quadro faz-se necessário a busca de novos agentes terapêuticos. O estudo de plantas da medicina tradicional do Cerrado representa uma fonte importante de moléculas inovadoras para o tratamento de diversas doenças, incluindo as infecções fúngicas. Desse modo, o presente trabalho, à partir da etnomedicina avaliou o potencial antifúngico de extratos de plantas do Cerrado. Em uma triagem inicial foram testados 81 extratos de 14 espécies de plantas sobre os isolados clínicos de fungos dermatófitos Trichophyton rubrum, Trichophyton mentagrophytes, Microsporum gypseum, Microsporum canis e sobre as leveduras Candida albicans ATCC 10231 e Candida parapsilosis ATCC 22019, sendo encontrados 27 extratos ativos. Foram selecionados 8 extratos com halos de inibição ≥ 28 mm de diämetro para a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) sobre 10 fungos filamentosos e 8 leveduras. Sendo encontrada potente atividade antifúngica, com valores de CIM entre 125 e 0,24 μg/mL. Os extratos mais ativos foram etanólico e acetato de etila da casca do caule, e etanólico da madeira do caule e folha de Terminalia fagifolia; etanólico da madeira do caule e da madeira da raiz de Zanthoxylum rhoifolium; acetato de etila da madeira da raiz de Diospyrus hispida e acetato de etila da casca do caule de Vismia decipiens. O fracionamento cromatográfico biomonitorado desses extratos ativos poderá permitir o isolamento de potentes compostos antifúngicos. Esse estudo mostra à importância da pesquisa de extratos de plantas do Cerrado aliado à de sua preservação.

Referência:

THEODORO, Phellipe Norato Estrela Terra. 2009. 146 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Universidade de Brasília, Brasília, 2009.

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Atividade de inibição enzimática por espécies vegetais do bioma cerrado

Atividade de inibição enzimática por espécies vegetais do bioma cerrado

Autor(a):

Paula Monteiro Souza

Resumo:

A pesquisa por substâncias ativas presentes em plantas que possam inibir uma enzima chave em um determinado processo metabólico, de forma que sua ação seja a mais seletiva possível e com menores efeitos indesejáveis, tem sido o alvo das pesquisas na área de medicamentos. O Brasil está entre os países de maior biodiversidade mundial, abrigando cerca de 55 mil espécies de plantas superiores (aproximadamente 22% do total mundial). No entanto, o Cerrado que é o segundo maior bioma brasileiro com uma enorme variedade de espécies vegetais apresenta até então poucos estudos quanto a seus efeitos terapêuticos, principalmente como inibidores enzimáticos. Nessa direção, este projeto propôs avaliar espécies vegetais presentes no bioma Cerrado quanto à atividade de inibição das enzimas α-amilase, α-glicosidase, tirosinase e acetilcolinesterase. Os inibidores de α-amilase e de α- glicosidase, são utilizados no tratamento da diabetes por inibirem a hidrólise de carboidratos no trato digestivo diminuindo a absorção de glicose pelo organismo. A tirosinase está envolvida na formação da melanina, por isso seus inibidores são clinicamente importantes para o tratamento de doenças relacionadas a hiperpigmentação. O principal papel da acetilcolinesterase é hidrolisar rapidamente a acetilcolina na fenda sináptica das transmissões colinérgicas, sendo alvo para o tratamento de doenças como Alzheimer. Para atingir o objetivo proposto, foram investigados 39 extratos de 14 espécies oriundas de 9 famílias do bioma Cerrado sobre a atividade das enzimas. Os extratos com potencial atividade de inibição sobre a α-amilase foram os extratos aquosos das folhas de Pouteria torta, Pouteria caimito, Pouteria ramiflora e Eugenia dysenterica, além do extrato etanólico da casca do caule de Stryphnodendron adstringens. Sobre a atividade da α-glicosidase, os extratos das espécies do gênero Pouteria, S. adstringens e E. dysenterica demonstraram um elevado potencial de inibição. Os extratos que apresentaram potencial de inibição sobre a enzima tirosinase pertencem às espécies Morus nigra, S. Adstringens, E. dysenterica, P. caimito e P. torta. Porém, nenhum extrato testado, foi capaz de influenciar na atividade enzimática da acetilcolinesterase.

Referência:

SOUZA, Paula Monteiro de. Atividade de inibição enzimática por espécies vegetais do bioma cerrado. 2011. 90 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Universidade de Brasília, Brasília, 2011

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Potencial nutritivo de frutos do cerrado: composição em minerais e compnentes não convencional

Potencial nutritivo de frutos do cerrado: composição em minerais e compnentes não convencional

Autor(a):

Alinne Martins Ferreira Marin

Resumo:

O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o potencial nutritivo de 18 frutos do Cerrado brasileiro, através da determinação da composição mineral, do valor calórico e da concentração de taninos e de ácido fítico. As análises foram realizadas nas polpas e amêndoas liofilizadas, e os resultados expresso sem peso fresco. A amêndoa de baru apresentou altas concentrações de zinco, cobre, ferro, fósforo  e magnésio (4.2 ± 0.4; 1.4 ± 0.1; 4.7 ± 0.3; 273.4 ± 8.8; 139.0 ± 6.0 mg/100g). Além da amêndoa de baru, alta concentração de cálcio foi encontrada na macaúba (141.4 ± 7.0; 202.3 ± 134.3 mg/100g, respectivamente). Ambas apresentaram também os maiores valores calóricos (600.1 ± 2.6; 573.2 ± 13.4 Kcal /100g, respectivamente). A amêndoa de baru apresentou as maiores concentrações de ácido fítico e de taninos (1073.6 ± 114.9; 472.2 ± 12.5 mg/100g, respectivamente), os demais frutos não apresentaram diferença significativa na concentração de ácido fítico, exceto jatobá, lobeira, ingá, buriti, murici e marmelinho que apresentaram valores abaixo do limite de detecção. Altos teores de taninos foram também encontrados no jatobá e na lobeira (376.0 ± 38.5; 172.8 ± 9.9 mg/100g, respectivamente). Apenas a amêndoa de baru apresentou razões molares [AF]:[Fe] e [AF]:[Zn] maiores que os valores críticos, 14 e 10, respectivamente, sugerindo baixa biodisponibilidade destes minerais na amêndoa do baru. As razões molares [AF]:[Ca] encontradas para todos os frutos analisados foram inferiores ao valor crítico, 1.56, indicando alta biodisponibilidade de cálcio na polpa ou amêndoas dos frutos. Os resultados sugerem que os 18 frutos estudados, em sua maioria, são boas fontes de cálcio, ferro e zinco. A presença de taninos e ácido fítico sugere um potencial efeito antioxidante dos frutos do Cerrado sendo, entretanto, necessários estudos adicionais, in vivo, que possam testar tanto este potencial antioxidante quanto a biodisponibilidade dos minerais.

Referência:

MARIN, Alinne Martins Ferreira. Pontencial nutritivo de frutos do cerrado: composição em minerais e compnentes não convencional. 2006. 121 f., il. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

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Sistema de duas fases aquosasaPA/PEG aplicado na purificação de proteases produzidas por fungos filamentosos

Sistema de duas fases aquosasaPA/PEG aplicado na purificação de proteases produzidas por fungos filamentosos

Autor(a):

Kleber Vânio Gomes Barros

Resumo:

O desenvolvimento de metologias que permitam a purificação de biomoléculas de interesse industral é alvo de estudo devido sua importância comercial. Foi avaliada a purificação de proteases produzidas pelos fungos isolados do Cerrado, Penicillium fellutanum e Penicillium restrictum por extração líquido-líquido em sistema de duas fases aquosas (ATPS), composto por polietilenoglicol (PEG) e poliacrilato de sódio (NaPA). As duas fases no ATPS NaPA/PEG foram formadas através da mistura dos polímeros com um sal (NaCl) e caldo fermentado de P. fellutanum ou P. restrictum. Para os sistemas formados com o caldo fermentado de P. restrictum foram estudados o efeito da massa molar de PEG (2000, 4000 e 6000 g.mol-1), concentração de PEG (4, 6, 8 e 10% p/p), concentração de NaPA (4, 6, 8, 10, 15 e 20% p/p) e concentração do caldo fermentado (25, 35 e 45% p/p) na partição da enzima a 25 °C. Os valores do coeficiente de partição (K) obtidos variavam de 0,06 a 37,73, mostrando a versatilidade do método para a purificação da biomolécula sob investigação. Na maioria dos sistemas analisados conseguiu-se a partição da biomolécula de interesse para a fase oposta àquela das proteínas totais, proporcionando assim efetiva purificação da enzima. O maior K (partição preferencial na fase rica PEG) foi obtido usando-se: concentração de NaPA igual a 20% p/p, concentração de PEG 2000gmol-1 igual a 4% p/p e concentração de caldo fermentado igual a 45% p/p. Para grande número dos sistemas analisados foram obtidos elevados valores referentes ao balanço de massa (BM) indicando a estabilidade da enzima em relação aos componentes do sistema. Diversos sistemas analisados apresentaram elevados níveis de rendimentos (η) – alguns acima de 90%. Para os sistemas formados com o caldo fermentado de P. fellutanum foram analisados o efeito da massa molar de PEG (2000, 4000 e 6000 g.mol-1), a concentração de PEG (3, 6, 8 e 10 % p/p) e a concentração de NaPA (6, 8, e 10 % p/p) sobre o coeficiente de partição (K) a 25°C. Também foi analisada a influência da concentração de Na2SO4 (5, 10 e 15% p/p) na reextração de enzima. Os valores do coeficiente de partição K obtidos variaram de 1,21 até 77,51. A partição na fase superior foi maior em sistemas com maior concentração de NaPA, maior massa molar de PEG e menor concentração de PEG. Usando a estratégia de reextração foi possível direcionar a partição da protease para a fase oposta às demais proteínas, proporcionando assim uma etapa de prépurificação da biomolécula. Os resultados obtidos através dos APTS NaPA/PEG e posterior reextração com Na2SO4 demonstraram as potencialidades do método no processo de prépurificação de proteases a partir dos caldos fermentados de P. restrictum e P. fellutanum.

Referência:

BARROS, Kleber Vânio Gomes. Sistema de duas fases aquosasaPA/PEG aplicado na purificação de proteases produzidas por fungos filamentosos. 2014. 75 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Farmacêuticas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

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Desenvolvimento, caracterização e avaliação in vitro de nanoemulsões o/a a partir de extratos de Brosimum gaudichaudii (Mama-cadela) como alternativa para o tratamento tópico de vitiligo.

Desenvolvimento, caracterização e avaliação in vitro de nanoemulsões o/a a partir de extratos de Brosimum gaudichaudii (Mama-cadela) como alternativa para o tratamento tópico de vitiligo

Autor(a):

Wanessa de Souza Cardoso Quintão

Resumo:

Brosimum gaudichaudii é uma planta do Cerrado brasileiro que possui furanocumarinas com potencial terapêutico para tratamento do vitiligo, com destaque ao bergapteno e psoraleno. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo desenvolver nanoemulsões,  formulações capazes de incorporar ativos vegetais e modular a permeação através da pele, a partir de extratos de Brosimum gaudichaudii, para tratamento tópico do vitiligo. Os compostos bergapteno e psoraleno foram quantificados por Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência (HPLC). Extratos etanólicos do pó (EXT1) e da casca da raiz (EXT2) de Brosimum gaudichaudii foram preparados e caracterizados por triagem fotoquímica. Apresentaram poucas diferenças na detecção de compostos, mas houve formação de diferentes cristais. Nanoemulsões óleo-em-água (O/A) de cada extrato foram preparadas utilizando Labrasol® e Plurol® para incorporar o EXT1 e o EXT2, obtendo NE1 e NE2. O tamanho de gotícula, o potencial zeta, pH e teor de ativos nas nanoemulsões foram avaliados. Os efeitos dos extratos e padrões sobre a viabilidade, migração e proliferação celular foram analisados em melanócitos e queratinócitos humanos. Além disso, o potencial de irritabilidade das nanoemulsões foi avaliado por ensaio de HET-CAM. No estudo de estabilidade, as nanoemulsões apresentaram pH em torno 4,0. As nanoemulsões apresentaram tamanho de gotícula tamanho ideal, entre 50 e 200 nm. Houve aumento do tamanho de gotícula das nanoemulsões armazenadas em câmara climática, o que pode ser atribuído ao aumento da temperatura. O potencial zeta das nanoemulsões foi negativo, menor que -10 mV. Nos estudos de permeação in vitro, as nanoemulsões reduziram a permeação dos ativos bergapteno e psoraleno. Os extratos demonstraram certa citotoxicidade em melanócitos e queratinócitos, mas estimularam migração celular. As duas nanoemulsões foram classificadas como irritantes leves nos ensaios de HET-CAM e adequadas para uso tópico. As nanoemulsões desenvolvidas nesse trabalho, portanto, apresentaram-se estáveis, com aspectos físicos e características organolépticas adequadas para aplicação tópica, e foram capazes de concentrar os ativos na pele, reduzindo a permeação através da pele, o que poderia causar um impacto negativo na segurança do tratamento do vitiligo.

Referência:

QUINTÃO, Wanessa de Souza Cardoso. Desenvolvimento, caracterização e avaliação in vitro de nanoemulsões o/a a partir de extratos de Brosimum gaudichaudii (Mama-cadela) como alternativa para o tratamento tópico de vitiligo. 2018. xvii, 99 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.

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Propriedades físicas, químicas e bioquímicas de pequi (Caryocar brasiliense camb.) de diferentes regiões do cerrado

Propriedades físicas, químicas e bioquímicas de pequi (Caryocar brasiliense camb.) de diferentes regiões do cerrado

Autor(a):

Débora Melo Ribeiro

Resumo:

O Cerrado possui grande diversidade de frutos, destacando-se o pequi, que parece possuir um bom potencial antioxidante pela presença de compostos bioativos em sua polpa, porém é pouco explorado em pesquisas. Diante da importância do estudo dos compostos bioativos e sua atividade antioxidante, assim como da biodiversidade do bioma Cerrado, é relevante pesquisas que considerem as diferenças físicas, químicas e bioquímicas de frutos oriundos de diferentes regiões do Cerrado. Este estudo envolveu a investigação de compostos bioativos e atividade antioxidante na polpa de frutos de pequi oriundos de oito diferentes regiões do Cerrado de quatro estados (Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins), considerando suas diferenças físicas, químicas e bioquímica. Para análise física, avaliou-se: massas do fruto, mesocarpo e caroço; diâmetros do fruto e caroço; alturas do fruto e caroço; número de caroços, e massa e rendimento da polpa, além da análise de cor. A polpa dos frutos foi analisada quanto à composições centesimal e em ácidos graxos, teores de compostos fenólicos e carotenoides totais e potencial antioxidante, segundo metodologias padronizadas na literatura. As características físicas que apresentaram maiores coeficientes de variação foram: massas da polpa e mesocarpo e número de caroços. Constataram-se menores coeficientes de variação para o diâmetro e a altura do caroço. Os frutos que apresentaram maior rendimento de polpa foram oriundos de Goiás (região 1) e Tocantins (região 2), com rendimento médio de 37%. Em relação à cor, os frutos provenientes de Goiás (regiões 1 e 2) e de Tocantins (região 2) apresentaram maiores valores de luminosidade (L) e menores valores do parâmetro de croma a*, indicando frutos mais claros. Já os frutos de Minas Gerais (região 2) tiveram menores valores de L e maiores valores de a*, sugerindo frutos com maior tonalidade vermelha. Os frutos que apresentaram maiores valores de b* foram oriundos de Tocantins (regiões 1 e 2) e de Minas Gerais (região 1). Os frutos considerados menos amarelos foram os de Goiás (regiões 1 e 2) e de Minas Gerais (região 2). Quanto à composição centesimal, os frutos provenientes de Mato Grosso apresentaram maiores teores de lipídios (média=32 g.100g-1), ao contrário daqueles de Minas Gerais (região 1) e Tocantins (região 2), (média=15 g.100g-1). Na composição em ácidos graxos, houve prevalência de ácidos graxos monoinsaturados, principalmente o ácido oleico, em todos os frutos. Os frutos com maiores teores de fenólicos foram procedentes de Goiás e Minas Gerais (215 a 335 mg GAE.100g-1). As maiores concentrações de carotenoides totais foram constatadas nos frutos oriundos de Minas Gerais e Mato Grosso (15.000 a 20.000 μg.100g-1). Em contrapartida, os pequis provenientes de Tocantins e Goiás (regiões 2) apresentaram menores teores de carotenoides totais (3.707 e 7.209 μg.100g-1, respectivamente). A variável carotenoides se correlacionou positivamente com parâmetro de croma a* e lipídios. Com relação à atividade antioxidante, todos os extratos apresentaram capacidade de sequestrar o radical livre DPPH, porém inferior ao padrão BHT. Os extratos aquosos apresentaram maiores atividades antioxidantes, com valores médios de EC50 de 188,86 μg.mL-1. Pode-se concluir que as características físicas e químicas do pequi são bastante influenciadas pela região de origem dos frutos; a cor dos frutos é influenciada pelos teores de carotenoides, e estes pela concentração de lipídios da polpa dos frutos e a polpa de pequi é rica em compostos fenólicos e carotenoides, possuindo boa capacidade antioxidante.

Referência:

RIBEIRO, Débora Melo. Propriedades físicas, químicas e bioquímicas de pequi (Caryocar brasiliense camb.) de diferentes regiões do cerrado. 2011. 63 f., il. Dissertação(Mestrado em Nutrição Humana)-Universidade de Brasília, Brasília, 2011.

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Caracterização e estabilidade dos compostos bioativos em amêndoas de baru (Dipteryx alata Vog.), submetidas a processo de torrefação

Caracterização e estabilidade dos compostos bioativos em amêndoas de baru (Dipteryx alata Vog.), submetidas a processo de torrefação

Autor(a):

Miriam Rejane Bonilla Lemos

Resumo:

O Consumo de vegetais tem sido associado à prevenção de doenças crônicas relacionadas ao estresse oxidativo. A presença de compostos bioativos, muitos dos quais apresentam ação antioxidante, parecem estar associados neste efeito protetor. O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo, com biomas característicos e potencial medicinal ainda desconhecido, constituindo-se em patrimônios genético, científico, tecnológico, econômico e cultural a serem investigados, para sua devida exploração e preservação. A amêndoa do baru (Dipteryx alata Vog.), fruto nativo do Cerrado brasileiro, apresenta alto teor de taninos e fitatos, compostos com reconhecida ação antioxidantes. Estudos recentes demonstram que o consumo diário de amêndoa do baru [Dipteryx alata Vog.] reduz o estresse oxidativo induzido em ratos. O objetivo do presente estudo foi identificar os compostos bioativos e a atividade antioxidante na amêndoa do baru, além de investigar o efeito do processo de torrefação nos níveis destes compostos e na ação antioxidante da amêndoa. As amêndoas obtidas no comércio local de Brasília-DF, provenientes de três regiões do Cerrado (MT, MG e GO), foram previamente selecionadas e distribuídas aleatoriamente, em dois grupos distintos: amêndoa crua com película e amêndoa crua sem película. Parte das amêndoas destes dois grupos foi acondicionada em embalagens de polietileno transparente e armazenadas a -80ºC. O restante das amêndoas, com e sem películas, foi submetida à torrefação. A torrefação foi realizada em estufa sem circulação de ar a 150ºC/45 minutos. As amêndoas cruas e torradas foram trituradas e analisadas em triplicata. O total de compostos fenólicos foi quantificado espectrofotometricamente utilizando o reagente Folin Ciocalteu. Os compostos fenólicos individuais e tocoferóis foram avaliados por cromatografia líquida (HPLC). Os ácidos graxos foram determinados por cromatografia gasosa. A atividade antioxidante foi determinada utilizando-se o radical 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH). Aproximadamente 50% do conteúdo fenólico e 90% da atividade antioxidante (DPPH) estavam presentes na película das amêndoas de baru. Oito compostos fenólicos foram identificados em concentrações que variaram entre 67,7 e 224,0 mg/100g. O ácido gálico foi o composto predominante, seguido da catequina, ácido ferúlico, epicatequina, ácido p-cumárico, ácido elágico, ácido cafeico e ácido hidroxibenzoico na composição ddas as amostras de amêndoas. O processo de torrefação reduziu o teor de compostos fenólicos totais (p> 0,05), mas não o conteúdo do ácido gálico. Observou-se uma redução em cerca de 50% da atividade antiradicalar nas amêndoas com película, sugerindo que o ácido gálico apesar de predominante, pode não ser o bioativo responsável pela atividade antioxidante das amêndoas de baru. O teor de antocianinas foi de 0,6 mg/100 g em amêndoa crua com película e de 1,2 mg/100g nas demais amostras. O teor de tocoferóis variou de 2,0 a 2,7 mg/100 g em amêndoa torrada com película e na amêndoa crua sem película. Os ácidos oleico (C18:1), linoleico (C18:2), linolênico (C18:3), elaídico (C20:1) e tetracosenóico (C24:1), foram os principais ácidos graxos insaturados, representando cerca de 81% dos ácidos graxos das amêndoas e dentre estes, os ácidos oleico e linoleico foram os majoritários. O tratamento térmico utilizado para a torrefação das amêndoas de baru com e sem película, não ocasionou alteração significativa na composição dos ácidos graxos das amêndoas de baru. Conclui-se que embora o processo de torrefação reduza a atividade antioxidante, a amêndoa do baru torrada mantem propriedades nutricionais e antioxidante.

Referência:

LEMOS, Miriam Rejane Bonilla. Caracterização e estabilidade dos compostos bioativos em
amêndoas de baru (Dipteryx alata Vog.), submetidas a processo de torrefação. 2012. 145 f., il. Tese
(Doutorado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

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Consumo alimentar de frutos do cerrado, fontes de vitamina A, por moradoras de comunidades das cidades satélites do Distrito Federal

Consumo alimentar de frutos do cerrado, fontes de vitamina A, por moradoras de comunidades das cidades satélites do Distrito Federal

Autor(a):

Paula Cristina Rodrigues Pinto 

Resumo:

INTRODUÇÃO – Com base na relevância do estudo sobre frutos do Cerrado como fontes de vitamina A,o trabalho visa uma descrição do consumo alimentar desses frutos, as formas de utilizá-los como fonte alimentar, o acesso a eles e possíveis motivos culturais que impeçam seu consumo por mulheres que participaram de cursos de artesanato oferecidos em Cidades Satélites do Distrito Federal. MÉTODOS – Esta é uma análise descritiva do consumo alimentar das frutas do Cerrado pelas participantes de cursos de artesanato realizados pelo SEBRAE-DF. Foi realizado um estudo piloto para aperfeiçoar os questionários. Utilizou-se um (N = 100) questionário auto-aplicativo sobre assuntos interligados ao tema, para verificar os hábitos alimentares das pesquisadas sobre o consumo desses frutos. RESULTADOS – Dentre os frutos do Cerrado verifica-se que os mais conhecidos em ordem decrescente, são: pequi (85%), ceriguela (78%), buriti e caju (70% cada), jatobá (62%). Por outro lado, os mais desconhecidos são: perinha (94%), mama-cadela (82%), gravatá (79%) e lobeira (76%). Quanto aos motivos que levam ao consumo dos frutos do Cerrado, 61% das participantes informaram que os consomem por gostar; 13% porque fazem bem à saúde, 13% não responderam e, as restantes, pelos dois primeiros motivos. Com relação ao acesso aos frutos do Cerrado, 55% das mulheres os compram em feiras, 24% ganham, 17% adquirem de ambulantes e, apenas 4% informaram que os plantam. Em relação ao modo de consumo, 40% consomem esses frutos ao natural, 14% em forma de sucos e ao natural, 10% apenas como sucos; outras opções de consumo tiveram menor número; só 2% escolheram a opção “em forma de receita salgada”. Apenas 31% das pesquisadas sabem a importância do consumo alimentar dos frutos do Cerrado como fontes de vitamina A. Apesar de parcela considerável (36%) não saberem se sua alimentação é, nutricionalmente, correta para se manter a saúde, há muitas participantes (55%) que se preocupam em saber sobre “Alimentação e Saúde”, informando ser a mídia o recurso mais utilizado para obter informações sobre o assunto. CONCLUSÃO – Os resultados sugerem que o consumo de frutos do Cerrado ainda é muito pequeno por essa população, talvez por fatores sócio-econômicos-culturais. Os dados são sugestivos e indicativos da falta de conhecimento sobre o aproveitamento dos frutos do Cerrado, especialmente daqueles fontes de vitamina A. Isso mostra a necessidade da Educação Nutricional para a população dos Cerrados brasileiros, ensinando-a a conhecer e a aproveitar o potencial nutritivo desses frutos, convertendo os novos conhecimentos em hábitos alimentares saudáveis.

Referência:

PINTO, Paula Cristina Rodrigues. Consumo alimentar de frutos do cerrado, fontes de vitamina A, por moradoras de comunidades das cidades satélites do Distrito Federal. 2006. 108 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

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