Estimativa de biomassa e combustível em diferentes fitofisionomias do Cerrado

Estimativa de biomassa e combustível em diferentes fitofisionomias do Cerrado

Autor(a):

Larissa Moreira Alves Granado

Resumo:

Apesar de toda importância ecológica do Cerrado, o bioma tem sido degradado devido ao desmatamento e as atividades antrópicas que têm alterado significativamente o regime do fogo, sejam elas por meio de prática direta de uso do solo ou indireta a partir de mudanças climáticas. Por contas dessas transformações, o Cerrado é um dos biomas vegetais mais ameaçados da América do Sul e necessita de melhorias na criação de políticas de manejo e conservação. O conhecimento das formações vegetais, juntamente com a quantificação de biomassa e carga de combustível, pode auxiliar no controle e na preservação, pois proporciona insumo para o manejo de áreas no Cerrado. Assim, o objetivo deste trabalho foi estimar a biomassa área da vegetação e a biomassa de combustível, utilizando dados derivados de sensoriamento remoto em diferentes fitofisionomias do Cerrado, a fim de gerar uma equação que capte a variação dessas variáveis dentro das fisionomias do Cerrado. Para isso, foi gerado uma regressão entre a biomassa e os índices de vegetação, em que a biomassa foi estimada a partir de equações alométricas e os índices de vegetação foram estimados a partir dos satélites RapidEye e Landsat 5 TM. A precisão das equações foi avaliada pela correlação entre os valores estimados e os observados (R²), pelo erro-padrão da média (E) e pela distribuição dos gráficos de resíduos. Após essa análise, foi realizada uma nova regressão correlacionando a biomassa com o combustível. A partir das equações geradas, foi possível obter o mapa de cobertura da biomassa aérea e do combustível. Os resultados mostraram que as equações de regressão para a quantificação da biomassa aérea e do combustível apresentaram significativos valores estatísticos. O índice de vegetação melhorado (EVI), com R²= 0,77 e E =51,1%, foi o melhor índice para estimativa de biomassa a partir do satélite Landsat 5 TM e o índice de diferença normalizada red-edge (NDRE), com R² = 0,87 e E= 30,39%, foi o melhor índice para estimativa de biomassa a partir de imagens do RapidEye. Baseado nos valores de biomassa foi gerado uma equação para estimativa da variação de combustível dentro das fitofisionomias. A equação apresentou R² = 0,78 e erro padrão de 18%, portanto os índices de vegetação foram eficazes na estimativa de biomassa e combustível para diferentes fitofisionomias do Cerrado. Com esses dados, foram gerados mapas de distribuição de biomassa aérea e combustível. Tais informações são fundamentais para definição de política de manejo, controle e prevenção de incêndios e até mesmo na mitigação da emissão de gases do efeito estufa.

Referência:

GRANADO, Larissa Moreira Alves. Estimativa de biomassa e combustível em diferentes fitofisionomias do Cerrado. 2019. 71 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.

Disponível em:

Uma abordagem econômica ao marketing verde no Bioma Cerrado

Uma abordagem econômica ao marketing verde no Bioma Cerrado

Autor(a):

Keila Lima Sanches

Resumo:

O estudo foi realizado com o objetivo de analisar a percepção da população do Bioma Cerrado em relação às atividades econômicas florestais com apelo sustentável na região, observando-se aspectos socioeconômicos e, especialmente, o papel do Marketing Verde neste contexto, assim como a sua importância no resultado econômico de empreendimentos. Para isso, foram feitas entrevistas com uma amostra da população local, no intuito de captar a disposição a pagar (DAP) por bens e/ou serviços ecológicos da população, bem como definir os perfis socioeconômicos e também a distribuição espacial dessa demanda. Além disso, selecionou-se um empreendimento dentro do Bioma Cerrado para a aplicação de estratégias de Marketing Verde, no intuito de verificar o resultado financeiro frente a estas ações. A partir de análises estatísticas e econômicas, constatou-se a potencialidade da região do referido Bioma, para aplicação de estratégias de Marketing Verde. Observou-se que quase 90% da população nunca ouviram falar das atividades econômicas relacionadas a Mercado de Crédito de Carbono e Pagamento por Serviços Ambientais, destacando-se apenas o turismo ecológico como uma atividade relativamente conhecida. Observouse também que a classe de DAP=10% teve a maior preferência por parte da população estudada e o gênero feminino é o que se sente mais atraído por esses produtos. As rendas menores apresentaram grande número de indivíduos com DAP=10%, o qual foi predominante para toda a região do Bioma Cerrado. As regiões norte e nordeste apresentaram a menor quantidade de indivíduos com DAP>0, contrapondo-se às regiões sudeste e centro-oeste. Foi demonstrado que as variáveis escolaridade (E), influência do Marketing Verde (M), participação na geração de renda familiar (T) e histórico de utilização de PFNM (H), e as variáveis espaciais das Unidades federativas (MT, MG, MA, PI, BA e TO) contribuem para explicar a reação dos respondentes quanto à disposição a pagar (1) ou não (0) pelos bens ou serviços ecológicos. Com o estudo de caso, observou-se que a aplicação do Marketing Verde contribui para o aumento da lucratividade de empreendimentos. Com este estudo foram geradas importantes informações que podem ser utilizadas pelos gestores, públicos e privados, permitindo que direcionem seus planejamentos estratégicos. Neste sentido, ressaltou-se o papel do Estado como o principal agente norteador para a população, detendo de uma grande responsabilidade nos quesitos de orientação, incentivo e fiscalização do mercado verde. Além da necessidade de informações orientadoras a partir de um marketing verde aplicado, também se constatou a necessidade de melhoria nas condições financeiras de grande parte da população, para que estes se sintam dispostos a usufruir dos bens ou serviços ecológicos. Diante das informações geradas, espera-se que este estudo possa colaborar para a difusão do marketing verde como uma importante ferramenta para conservação do Bioma Cerrado.

Referência:

SANCHES, Keila Lima. Uma abordagem econômica ao marketing verde no Bioma Cerrado. 2014. xvii, 140 f., il. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

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Sucessão secundária em área de cerrado sensu stricto durante um período de 23 anos após intervenções silviculturais

Sucessão secundária em área de cerrado sensu stricto durante um período de 23 anos após intervenções silviculturais

Autor(a):

Lamartine Soares Cardoso de Oliveira

Resumo:

No Brasil, as áreas de Cerrado têm sido amplamente degradadas, sobretudo pela expansão das fronteiras agropecuárias, a intensificação da exploração mineral e o crescimento urbano, associados, principalmente, ao desmatamento. Neste estudo, investigaram-se a dinâmica e a recuperação da florística, da estrutura e da produção em volume e em estoque de carbono de uma comunidade lenhosa de cerrado sensu stricto localizado na Reserva Ecológica e Experimental da Universidade de Brasília – Fazenda Água Limpa (FAL), Distrito Federal, Brasil, no período de 1996 a 2011. Em 1988, foram selecionadas, aleatoriamente, três áreas (blocos) de 192 x 216 m, cobertas por cerrado sensu stricto. Em cada área foi realizada a supressão da vegetação por meio de seis tratamentos silviculturais: T1 – corte com motosserra e retirada da lenha; T2 – corte com motosserra, retirada da lenha e fogo; T3 – remoção com lâmina e retirada da lenha; T4 – remoção com lâmina, retirada da lenha e fogo; T5 – remoção com lâmina, retirada da lenha e duas gradagens e T6 – corte com motosserra, retirada da lenha, fogo, destoca e duas gradagens. Verificou-se, com base nos resultados obtidos ao longo de cada período de monitoramento, uma tendência sucessional clara, com o recrutamento de novas espécies e um aumento das características estruturais nas áreas submetidas aos diferentes tratamentos. Assim, cerca de 23 anos após os distúrbios, foram registradas 73 espécies lenhosas em toda área experimental e o grau de ocupação nas áreas cerrado sensu stricto submetidas aos tratamentos T1, T2, T3, T4, T5 e T6 foi, respectivamente, de 2.727; 2787; 2.900; 2.597; 2.457 e 2.960 indivíduos.ha-1 (densidade) e 12,29; 12,54;12,18; 12,79; 12,40 e 13,37 m².ha- ¹ (área basal). Em termos de mortalidade, recrutamento e crescimento das comunidades lenhosas, em volume e em estoque de carbono, não foi possível definir com clareza as diferenças entre os seis tratamentos analisados. No geral, verificou-se que a dinâmica da vegetação lenhosa de cerrado sensu stricto é mais notável entre os períodos de monitoramentos e que áreasforam capaze de resistir aos diferentes tratamentos silviculturais testados, retomando seu estabelecimento natural e recuperando características típicas dessa fitofisionomia.

Referência:

OLIVEIRA, Lamartine Soares Cardoso de. Sucessão secundária em área de cerrado sensu stricto durante um período de 23 anos após intervenções silviculturais. 2014. xvi, 114 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

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Vegetação arbustivo-árborea em áreas de cerrado típico e cerrado rupestre no estado de Tocantins

Vegetação arbustivo-árborea em áreas de cerrado típico e cerrado rupestre no estado de Tocantins

Autor(a):

Helena Lara Lemos

Resumo:

A heterogeneidade da vegetação do Cerrado é apontada como resultado das mudanças ambientais e espaciais. Nesse sentido nosso objetivo foi descrever e comparar a composição florístico-estrutural, riqueza e diversidade da vegetação arbustivo-arbórea avaliando o efeito do espaço e do ambiente na similaridade de pares adjacentes de Cerrado Típico e Cerrado Rupestre no Estado de Tocantins. Para amostragem da vegetação alocamos dez parcelas de 20 x 50 m e inventariamos os indivíduos arbustivo-arbóreos vivos com diâmetro a 30 cm do solo ≥ 5 cm. As variáveis ambientais foram: altitude, rochosidade, precipitação média anual e propriedades edáficas (teores de areia, pH, soma de bases, capacidade de troca catiônica e matéria orgânica). Analisamos a vegetação através de curvas de rarefação, perfil de diversidade, parâmetros fitossociológicos, distribuição dos indivíduos em classes de diâmetro e altura, TWINSPAN, NMDS e sua relação com o ambiente pela CCA, incluindo filtros espaciais (MEMs) para controlar possível efeito da estrutura espacial dos dados. Realizamos a partição da variância para quantificar quanto o espaço e o ambiente explicam a variação vegetacional. Das 144 espécies inventariadas 19 foram comuns aos quatro sítios e 71 ocorreram em apenas um. Fabaceae foi a família mais representativa seguida por Vochysiaceae e Myrtaceae. Os sítios rupestres apresentaram menores densidades que os típicos, tendência não evidenciada para a área basal. Os quatro sítios tiveram forte separação devido às condições ambientais (altitude e rochosidade) e recursos ambientais (fertilidade do solo), de modo que, tanto áreas adjacentes de diferentes fitofisionomias e áreas de mesma fitofisionomia distantes entre si são menos similares que as áreas sob mesma condição ambiental. As condições e recursos ambientais aliados ao espaço, em escala local, exerceram forte influência sobre a vegetação e explicaram mais de 50% da variação da vegetação. Assim, a heterogeneidade da vegetação nos sítios de Cerrado Rupestre e Cerrado Típico no Estado do Tocantins parece estar relacionada com a heterogeneidade ambiental local, em ação conjunta com a espacial.

Referência:

LEMOS, Helena Lara. Vegetação arbustivo-árborea em áreas de cerrado típico e cerrado rupestre no estado de Tocantins. 2013. xiii, 82 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

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Cerrado com C ou com S?: modelagem de cenários futuros para o bioma

Cerrado com C ou com S?: modelagem de cenários futuros para o bioma

Autor(a):

Yuri Botelho Salmona

Resumo:

O Cerrado vem sendo desmatado a taxas superiores às da Amazônia, já tendo perdido metade de sua área de vegetação nativa, principalmente para agropecuária. Tal situação levanta várias questões, entre elas: qual o futuro do Cerrado? Norteado por essa pergunta, o presente trabalho desenvolveu três cenários paras as próximas cinco décadas: um de Bussines as usual (BAU), um de Intensificação do Desmatamento (ID) e um de Implementação de Políticas Conservacionistas (IPC). Todos os cenários foram elaborados a partir do uso de rede neural de multicamadas subsidiada por cadeia de Markov e pós-validado. Os resultados mostraram paisagens distintas para o ano de 2060. Enquanto o cenário BAU manteve 22,4% da vegetação nativa espalhada em pequenos fragmentos, o cenário IPC reteve a mesma área do BAU, porém com grandes fragmentos agregados ou próximos. Já para o cenário ID, não haverá nenhum fragmento de Cerrado. Independente de qual cenário mais se aproximará da realidade futura, fica evidente a eminente necessidade de implementação de melhores políticas voltadas para a gestão e conservação do bioma, a fim de proporcionar paisagens com uso inteligentes, que mantenham fragmentos de vegetação nativa promotores de serviços ecossistêmicos essências à vida, de maneira compatibilizada com a produção de alimentos e demais atividades humanas.

Referência:

SALMONA, Yuri Botelho. Cerrado com C ou com S?: modelagem de cenários futuros para o bioma. 2013. 75 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

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Biomassa, estoque de carbono e nutrientes no Cerrado

Biomassa, estoque de carbono e nutrientes no Cerrado

Autor(a):

Danielle Aparecida Alves Teodoro

Resumo:

O componente subterrâneo desempenha papel importante no funcionamento de ecossistemas, mas tem recebido menor atenção que a parte aérea em vários ecossistemas, em especial no Cerrado, onde têm ocorrido acelerada modificação no uso da terra e grande perda de habitats naturais. Este estudo teve como objetivo comparar a biomassa aérea (vegetação arbórea e arbustiva) e subterrânea, os estoques de carbono e de nutrientes em diferentes áreas de Cerrado. Foram comparadas três áreas do Jardim Botânico de Brasília: cerradão e cerrado sentido restrito (protegido e não protegido do fogo). Além disso, foram comparadas áreas de cerrado sentido restrito (subtipo cerrado típico) sobre distintas classes de solo, (Latossolo Vermelho Escuro do Jardim Botânico de Brasília e Neossolo Quartzarênico nos municípios de Correntina e São Desidério, Bahia). A vegetação lenhosa de cada uma das áreas foi amostrada em 50 parcelas de 20 x 50 m, onde todos os indivíduos lenhosos com diâmetro basal ≥ 5 cm foram mensurados a 30 cm de altura. A biomassa radicular foi amostrada em monólitos de solo com dimensões de 50 x 50 x 30 cm de profundidade em cada parcela onde a vegetação lenhosa foi amostrada. Depois de coletadas, as raízes foram processadas (lavadas e secas a 60°C por 72 h), e então separadas de acordo com classes de diâmetro em finas (Ø < 5 mm), intermediárias (Ø 5-10 mm), grossas (Ø > 10 mm) e miscelânea (partes como xilopódios, bulbos, rizomas, tubérculos). As raízes foram analisadas para determinar as concentrações de N, P, K, Ca, Mg e S. Adicionalmente, fragmentos de carvão que estavam misturados nas amostras radiculares foram separados para quantificar a massa. Amostras de solo foram coletadas em cada uma das parcelas estudas. Cerrado sentido restrito e cerradão não apresentaram diferenças na biomassa total, carbono e nutrientes nos sistemas radiculares até 30 cm de profundidade. Formações vegetais menos densas apresentam maior razão entre componente subterrâneo e aéreo. Em relação às classes radiculares, foi observado a grande importância de raízes finas no cerradão, em contrapartida, raízes grossas foram mais relevante em áreas de cerrado sentido restrito. Classes de solo, não influenciaram de forma significativa os estoques de biomassa aérea e subterrânea em cerrado típico, mas a classe miscelânea (em sua maioria órgãos de reserva) foi mais importante no Neossolo Quartzarênico, possivelmente por apresentar maior incidência de fogo nas áreas amostradas.

Referência:

TEODORO, Danielle Aparecida Alves. Biomassa, estoque de carbono e nutrientes no Cerrado. 2014. xii, 59 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

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Formicídeos como bioindicadores de conservação e degradação ambiental no bioma cerrado

Formicídeos como bioindicadores de conservação e degradação ambiental no bioma cerrado

Autor(a):

Máira Beatriz Teixeira da Costa

Resumo:

O objetivo desse trabalho foi caracterizar dois fragmentos do Cerrado sentido restrito, um conservado e outro degradado, bem como avaliar o potencial dos formícideos como bioindicadores de conservação e degradação no bioma Cerrado. Para isso, realizou-se inventário florestal, utilizando amostragem aleatória com parcelas de 20 x 50 m. Em cada parcela foi alocada uma sub-parcela de 10 x 10 m para estimar a regeneração natural e cinco pontos de amostragens com armadilhas do tipo pitfall para coleta de formicídeos, e das variáveis ambientais (abertura de dossel, serapilheira, vegetação e características edáficas). Para avaliar a suficiência amostral utilizou-se regressão linear com resposta em platô, foi realizada análise de similaridade (ANOSIM) de espécies (formigas e plantas) entre os ambientes e ordenação pelo Escalonamento Multidimensional Não-Métrico (NMDS). A determinação das espécies bioindicadoras ocorreu pelo Valor Indicador Individual (IndVal) e a relação destas com as variáveis ambientais foi realizada pela Análise de Correspondência Canônica (CCA). A regressão em platô revelou que a intensidade amostral foi suficiente para amostrar as espécies de plantas e formicídeos. O Cerrado conservado foi caracterizado como estruturado e diverso em seus estratos, enquanto o Cerrado degradado demonstrou estrutura desequilibrada em estágio inicial de recuperação e baixa diversidade. Observou-se que a comunidade de formicídeos foi influenciada pelo estado do ambiente. As espécies Solenopsis geminata e Linepithema foram apontadas como bioindicadoras de Cerrado conservado e apresentaram relação com as variáveis matéria orgânica, serapilheira, argila, diversidade do estrato lenhoso e da regeneração. Ectatomma brunneum foi selecionada como bioindicadora do Cerrado degradado e apresentou relação com as variáveis areia, pH, abertura de dossel e CTC. O Cerrado conservado apresentou maior composição, riqueza de espécies de formigas e grupos funcionais que o degradado. Conclui-se que as espécies Solenopsis geminata e Linepithema sp 1. podem ser utilizadas como bioindicadoras de Cerrado conservado e Ectatomma brunneum como bioindicadora do Cerrado degradado, ambas possuem relação com variáveis ambientais que refletem o estado do ambiente, o que potencializa a utilização de formicídeos como ferramenta no monitoramento ambiental.

Referência:

COSTA, Máira Beatriz Teixeira da. Formicídeos como bioindicadores de conservação e degradação ambiental no bioma cerrado. 2019. 88 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.

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Estudo de fragmentos de cerrado strictu sensu em nove empreendimentos agropecuários do noroeste de Minas Gerais

Estudo de fragmentos de cerrado strictu sensu em nove empreendimentos agropecuários do noroeste de Minas Gerais

Autor(a):

Valéria Cristina Veiga Lisita

Resumo:

O presente trabalho avaliou a fragmentação de áreas de Cerrado strictu sensu (CSS) em nove empreendimentos rurais localizados na região Noroeste de Minas Gerais. Para tanto, procedeu-se uma análise de índices para caracterização dos fragmentos, que foram: área total da paisagem, número de manchas ou fragmentos, porcentagem de vegetação nativa na paisagem, tamanho médio de mancha, desvio padrão do tamanho de manchas, coeficiente de variação do tamanho de manchas, índices de circularidade e porcentagem de área nuclear na paisagem. Procedeu-se à análise fitossociológica dos fragmentos para se obter os índices de diversidade de Shanon Wierner (H’) e Simpson (S’), o Índice de Equabilidade de Pieolou (J), o Índice de Valor de Importância das Espécies (IVI), a metodologia de amostragem utilizada foi a do quadrante. Com exceção de uma comunidade, onde havia presença de gado no interior dos fragmentos, os índices de diversidade e equabilidade encontrados correspondem aos dados obtidos por outros autores em áreas de cerrado strictu sensu (H entre 3,052 e 3,777; J entre 0,823 e 0,928). Não foi encontrada relação entre os dados de fragmentação e os índices fitossociológicos, porém, os empreendimentos estudados encontravam-se em ampliação da suas atividades produtivas, o que poderá vir a alterar a composição dos fragmentos.

Referência:

LISITA, Valéria Cristina Veiga. Estudo de fragmentos de cerrado strictu sensu em nove empreendimentos agropecuários do noroeste de Minas Gerais. 2008. 81 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008.

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Caracterização dos padrões temporais da cobertura da terra da bacia do Rio Araguaia

Caracterização dos padrões temporais da cobertura da terra da bacia do Rio Araguaia

Autor(a):

Pedro Ribeiro Martins

Resumo:

A bacia do Rio Araguaia está localizada no Brasil Central e apresenta uma ampla diversidade de paisagens naturais, além de comportar uma importante zona de transição entre os biomas Cerrado e Amazônia. Uma grande planície aluvial se estende por todo o médio Araguaia, onde se forma a maior ilha fluvial do mundo e um conjunto de áreas úmidas que são essenciais na regulação do balanço hídrico e climático, e para a biodiversidade local. No Brasil, essas áreas têm sido constantemente ameaçadas principalmente devido a expansão da fronteira agrícola e do desmatamento, associados a emissões significativas de dióxido de carbono para atmosfera. O monitoramento e a detecção de mudanças ambientais se tornam cada vez mais amplos, no entanto, pouco se sabe sobre a variabilidade espaço-temporal do ciclo do carbono nessas áreas. A produtividade primária da vegetação é um dos processos mais relevantes para avaliar o balanço global de carbono e mudanças climáticas em escala regional e global, podendo ser estimada através de dados de sensoriamento remoto. O objetivo deste estudo foi compreender o papel do relevo e da cobertura da terra sobre a sazonalidade anual da produtividade primária bruta na bacia do Araguaia. Os dados primários corresponderam aos dados topográficos, mapa de cobertura da terra e os dados de produtividade primária bruta (GPP) gerados a partir de uma série temporal de 15 anos do produto MOD17A2HV6 do sensor Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS). Observamos que as pastagens apresentam distribuição ampla e heterogênea em toda a bacia do rio Araguaia, enquanto as áreas agrícolas concentram-se principalmente em topografias relativamente antigas, altas e planas, que podem representar um fator negativo para a conservação da região. Formações campestres e savânicas apresentam menor contribuição para o montante de sequestro de carbono, porém boa parte dos estoques de carbono no bioma Cerrado não se encontra no compartimento aéreo da vegetação, o que poderá ser abordado em estudos futuros. As áreas florestais apresentaram as maiores médias anuais de GPP ao longo do período, provando ser uma componente chave para estimar o sequestro de carbono em escalas regionais e globais.

Referência:

MARTINS, Pedro Ribeiro. Caracterização dos padrões temporais da cobertura da terra da bacia do Rio Araguaia. 2018. 32 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.

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Juventude rural e perspectivas de novas realidades por meio de ações presentes: experiência com jovens do assentamento Silvio Rodrigues

Juventude rural e perspectivas de novas realidades por meio de ações presentes: experiência com jovens do assentamento Silvio Rodrigues

Autor(a):

Sabine Ruth Popov Cardoso

Resumo:

Partindo da problemática da negação à juventude rural na escolha entre permanecer ou viver na cidade, com relação às suas perspectivas em educação, lazer, trabalho, cultura e identidade como elementos que compõem sua territorialidade, esta pesquisa tem como objetivo estudar as perspectivas de continuidade no campo da juventude rural do Assentamento Silvio Rodrigues, para a identificação de resistência e busca por autonomia, com caracterização de novas territorialidades. O recorte espacial escolhido foi o assentamento Silvio Rodrigues, localizado no município de Alto Paraíso de Goiás, noroeste de Goiás, na Chapada dos Veadeiros. Inicialmente, a escolha se deu como opção a partir da dificuldade em encontrar um contexto de juventude rural organizada no Distrito Federal. No entanto, com o cnhecimento sobre o grupo de jovens se reestruturando no assentamento Silvio Rodrigues e suas expectativas em ações e dinâmicas, foi aberta a possibilidade do estudo da juventude a partir da metodologia escolhida e ferramentas estabelecidas em concordância com o estudo a partir do bioma Cerrado, no estado de Goiás, território com histórico de ocupação a partir da Marcha para Oeste. Para que seja possível chegar a resultados que apontem para uma perspectiva de continuidade no campo da juventude rural, por escolha, o trabalho se orientou para uma perspectiva de autonomia e constituição de novas territorialidades. Como metodologia, inicialmente foi realizada busca de dados, como relatórios, projetos e estudos. A partir disso, o grupo focal mostrou-se como técnica e metodologia apropriada para o grupo de jovens analisado, que permitiu além de respostas, a reflexão sobre como a juventude rural pode se compreender como categoria que, é ao mesmo tempo homogênea, mas que apresenta grande diversidade como característica. A formação de grupos representativos da juventude rural é de extrema importância para sua afirmação como categoria social em busca de direitos e autonomia.

Referência:

CARDOSO, Sabine Ruth Popov. Juventude rural e perspectivas de novas realidades por meio de ações presentes: experiência com jovens do assentamento Silvio Rodrigues. 2015. 125 f., il. Dissertação (Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

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