Valorização da flora do Cerrado com importância medicinal

Valorização da flora do Cerrado com importância medicinal

Autor(a):

Jeane Aparecida Melo

Resumo:

As plantas medicinais são uma rica fonte de moléculas com grande potencial para extração e produção de diversos produtos. Tratar-se com plantas constitui-se uma tradição milenar e em muitas comunidades o único recurso para a cura de seus males. A flora do Cerrado é riquíssima e apresenta espécies com grande potencial medicinal. O Cerrado tem despertado grande interesse na comunidade científica e ao mesmo tempo uma enorme preocupação, devido ao ritmo acelerado com que tem sido devastado, havendo uma enorme perda da biodiversidade. Considerado o segundo maior Bioma brasileiro, dispõe de diferentes fitofisionomias dotadas de um elevado grau de endemismo. São encontradas espécies vegetais conhecidas e utilizadas popularmente, com propriedades terapêuticas comprovadas. É o caso da arnica, do barbatimão, da cagaita, da copaíba e do pequi, espécies estudadas neste trabalho. Foram compilados dados de pesquisas que demonstram o potencial medicinal destas espécies vegetais do Cerrado, destacando propriedades terapêuticas tais como: Antiinflamatória, antibactericida, triponomissida, cicatrizantes, laxativas, antidiarréicas , dentre outras. Do barbatimão, originou-se o primeiro medicamento fitoterápico feito com extrato de uma planta do Cerrado e do pequi, nasce à esperança de um grande aliado para pacientes com câncer que dependem da quimioterapia. Estes dados corroboram a riqueza da flora deste Bioma, e alerta para criação de políticas públicas, e incentivos às pesquisas que primem pelo desenvolvimento sustentável do Cerrado.

Referência:

MELO, Jeane Aparecida. Valorização da flora do Cerrado com importância medicinal. 2011. 42 f. il. Monografia (Licenciatura em Ciências Biológicas)—Universidade de Brasília, Luziânia, 2011.

Disponível em:

Mapeamento da Reserva da Biosfera do Cerrado, por meio do índice VANUI

Mapeamento da Reserva da Biosfera do Cerrado, por meio do índice VANUI

Autor(a):

Ryan Seiji Takahashi

Resumo:

O Cerrado é um bioma de extrema riqueza natural, o qual ao longo dos anos, tem sido ameaçado e tendo sua área reduzida. A UNESCO, no ano de 1993, deu início à criação da Reserva da Biosfera do Cerrado. As Reservas da Biosfera são áreas relevantes para o desenvolvimento sustentável e conservação da biodiversidade, sendo criadas como uma amostra representativa dos ecossistemas característicos de cada região. A área delimitada possui 296.500 km², presente em cinco estados brasileiros. No domínio do sensoriamento remoto foi utilizado o produto MOD13A3 do sensor MODIS, o qual contém o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e o Índice de Vegetação Melhorado (EVI), possui dados globais, que são distribuídos mensalmente, das condições da vegetação global, contribuindo eficazmente com o monitoramento da atividade fotossintética. Outro produto utilizado foi obtido pelo Programa de Satélite de Defesa Meteorológico (Defense Meteorological Satellite Program – DMSP), um programa Norte-Americano, no qual, está presente o sensor Operational Linescan System (OLS), que adquire imagens globais noturnas e diurnas nas faixas do visível e infravermelho termal. Um dos dados coletados pelo DMPS/OLS é o NTL (Night Time Light), que mede a luz noturna na superfície terrestre e serve para o monitoramento da urbanização em escala global. O índice VANUI (Vegetation Adjusted NTL Urban Index) baseia-se na correlação inversa entre vegetação e superfícies urbanas e envolve a integração dos dados NTL com os dados NDVI. A partir da aplicação do índice VANUI na Reserva da Biosfera do Cerrado foi possível mapear a dinâmica de ocupação antrópica nas áreas vegetadas em detrimento do avanço das áreas urbanas ao longo de um intervalo de 14 anos (2000 – 2013), período que compreende a criação da reserva e a disponibilidade do dado de luz noturna mais recente, permitindo observar uma expansão urbana de 932,63 km² dentro da reserva, um aumento de 179,32%.

Referência:

TAKAHASHI, Ryan Seiji. Mapeamento da Reserva da Biosfera do Cerrado, por meio do índice VANUI. 2017. 66 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Ambientais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

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Estudos sobre os potenciais alelopáticos de exsudatos radiculares de leguminosas (Fabaceae)

Estudos sobre os potenciais alelopáticos de exsudatos radiculares de leguminosas (Fabaceae)

Autor(a):

Luciana Cesário Braga

Resumo:

A destruição do Cerrado brasileiro com o passar dos anos tem se mostrado cada vez maior e com inúmeros efeitos que apenas podem ser observados a longo prazo. O bioma que ocupa boa parte do território nacional, hoje possui pequenas porções sob proteção legal. Várias medidas de proteção a biodiversidade do Cerrado já foram incentivadas, no entanto pouquíssimas mostraram algum sucesso significativo nessa missão. Apesar de apresentar um solo altamente ácido e empobrecido de nutrientes essenciais, um regime de chuvas estacional (seca intensa em um longo período do ano), o bioma virou cenário importante do agronegócio brasileiro, abrigando grandes fazendas de agricultura e a pecuária de extensão. Essas atividades ganharam mais espaço em meados dos anos de 1970 e continuam até os dias de hoje, o que fez com que apesar 20% de matas remanescentes de Cerrado. Com esse cenário em mente, diversas alternativas para recuperação do bioma começaram a ganhar mais relevância. Uma delas são os estudos alelopáticos para recuperação de áreas degradadas. A alelopatia estuda interação das plantas com o solo e com as outras plantas ao seu redor, tanto de maneira a ajudar a outra planta quanto deletéria. O presente trabalho propõe avaliar o potencial alopático de algumas leguminosas nativas do Cerrado. A verificação e comprovação dessa característica alopática pode avançar com as técnicas de restauração ecológica com o mecanismo de cobertura vegetal. As plantas utilizadas no presente trabalho são da família das Fabaceae, conhecidas como leguminosas. A escolha dessa família se deu pelo conhecimento prévio que essas plantas possuem em devolver os solos alguns nutrientes essenciais, elas são capazes de fixar no solo o nitrogênio atmosférico, fornecer matéria orgânica, cobertura vegetal que protege o solo dos processos erosivos e ainda autonomia do solo em relação ao uso de aditivos. Neste contexto, foi realizada a avaliação do potencial alelopático dos exsudatos radiculares de cinco espécies de leguminosas, são elas: Hymenaea stilbocarpa Mart. ex Hayne, nome popular Jatobá do Cerrado; Dipteryx alata,Vogel, nome popular Baru; Plathymenia reticulata Benth, nome popular Vinhático; Enterolobium contortisiliquum (Vell) Morong, nome popular Tamboril; Copaifera L, nome popular Copaíba. Foi analisado o efeito dos exsudatos no crescimento inicial de três espécies-modelo: Lactuca sativa (alface), Raphanus sativa (rabanete) e Sesamum indicum (gergelim). Bioensaios foram montados com 10 sementes de cada espécie-modelo em placas de petri e com 3 concentrações diferentes dos exsudatos (100%, 50% e 25%) e o tratamento controle. O crescimento inicial das plântulas foi fotografado e medido atráves do software ImageJ®. As diferenças no crescimento inicial foram analisadas de acordo com uma fórmula de variação de porcentagem, usando as medidas obtidas no software. As respostas no crescimento de cada planta modelo variou em relação ao exsudado utilizado. As espécies como o Jatobá e o Baru apresentaram maior efeito no crescimentos da parte radicular das espécies-modelo. Em geral, todas apresentaram inibição de crescimento da parte radicular de acordo com a concentração de exsudado ao qual as sementes foram expostas, ou seja, quanto maior a concentração do exsudado, maior a porcentagem de inibição observada. Os resultados obtidos mostram um potencial alelopático significativo nas cinco espécies estudadas, o que justifica a realização de mais estudos para analisar quais são os compostos presentes nos exsudatos e como eles podem vir a ser ferramentas muito úteis na recuperação de áreas degradadas do Cerrado. Além disso, abre portas para uma discussão da alelopatia como recurso viável e eficaz na restauração ecológica e no auxílio ao controle de espécies invasoras.

Referência:

BRAGA, Luciana Cesário. Estudos sobre os potenciais alelopáticos de exsudatos radiculares de leguminosas (Fabaceae). 2016. 48 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Ambientais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

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Sequestro florestal de carbono e avaliação de resiliência: o caso do incêndio no Parque Nacional de Brasília em 2010

Sequestro florestal de carbono e avaliação de resiliência: o caso do incêndio no Parque Nacional de Brasília em 2010

Autor(a):

Débora Teobaldo

Resumo:

O objetivo desse trabalho foi avaliar o grau de severidade da queimada e o sequestro de carbono perdido com a queimada ocorrida na Unidade de Conservação (UC) no Parque Nacional de Brasília – PARNA Brasília, no ano de 2010. Devido à grande área queimada no PARNA, houve o interesse de valorar o dano e o quanto a sociedade perdeu de benefício causado pela queimada. Para a determinação do grau de severidade, utilizaram-se índices de quantificação de biomassa antes e depois da queimada, como o índice de queimada por razão normalizada (NBR), o índice diferenciado de queimada por razão normalizada (dNBR) e o índice relativo diferenciado de queimada por razão normalizada (RdNBR). O RdNBR apresentou-se mais satisfatório em relação ao dNBR, pois levaram-se em consideração as queimadas nas formações arbóreas. O sequestro de carbono perdido pela queimada foi comparado antes, depois da queimada e na rebrota pelo índice CO2flux. A relação entre a severidade e o sequestro de carbono também foram feitos por meio das imagens de pré-fogo, pós-fogo e da rebrota e a comparação temporal do CO2flux. O método de valoração utilizado foi o método de custo reposição. Como resultados o trabalho comprovou a eficiência do índice RdNBR para medir o grau de severidade de queimadas. As relações espaciais dos transectos obtidos sobre as diferentes classes de severidade antes, após a queimada e na rebrota mostraram coerência. As regressões obtidas estiveram dentro do esperado, sendo baixa a relação antes da queimada, alta após, e menor na rebrota. Todas as relações obtidas foram inversas, mostrando que o sequestro é menor nas áreas de maior severidade, o que denota que a biomassa seca do estrato herbáceo, que tem a água como limitante, é a porção mais severamente afetada pela queimada. E em relação à valoração, observou-se que é mais viável economicamente deixar a vegetação se recuperar de forma natural. Novos estudos devem ser incentivados para melhorar a percepção sobre severidade de queimadas, o sequestro de carbono e a rebrota visando monitorar e gerenciar possíveis efeitos do fogo no cerrado e o quanto se perde em termo de benefícios sociais com seus danos.

Referência:

TEOBALDO, Débora. Sequestro florestal de carbono e avaliação de resiliência: o caso do incêndio no Parque Nacional de Brasília em 2010. 2013. 62 f., il. Monografia (Bacharelado em Ciências Ambientais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

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Percepção socioambiental e análise de conflitos de interesse na Reserva Biológica da Contagem, Distrito Federal

Percepção socioambiental e análise de conflitos de interesse na Reserva Biológica da Contagem, Distrito Federal

Autor(a):

Alexsandra Maria de Almeida Soares

Resumo:

A Reserva Biológica da Contagem, situada no Distrito Federal, cujo bioma pertencente é o Cerrado, é uma Unidade de Conservação do tipo Proteção Integral, cuja classificação não permite usos para fins recreativos e restringe sua visitação à pesquisas acadêmicas e científicas. A REBIO da Contagem se depara com diversos conflitos socioambientais que interferem de forma direta na gestão da UC em questão. Conflitos esses que inviabilizam a comunicação entre o órgão gestor e a comunidade que reside no perímetro da área de estudo. O diagnóstico que se tem hoje sobre a gestão é que a área conhecida atualmente como REBIO da Contagem sempre foi utilizada para fins recreativos, e que após sua criação, essa continuou sendo utilizada para os mesmos fins, mesmo considerando que essas atividades não são permitidas em seu interior. Esses diversos usos indevidos passaram a incorporar uma dimensão de perigo no interior da Reserva, devido à falta de fiscalização e controle de fluxo de entrada de pessoas na mesma. Os principais conflitos giram em torno da regularização fundiária e no que tange à criação da UC e classificação como uma Reserva Biológica. Os resultados apontaram que de acordo com a visão de um gestor, um pesquisador e um morador entrevistados, é de comum julgamento a necessidade da reclassificação da REBIO da Contagem, existindo a possibilidade da mesma se tornar um Parque da Contagem, ou de ser incorporada ao Parque Nacional de Brasília.

Referência:

SOARES, Alexsandra Maria de Almeida. Percepção socioambiental e análise de conflitos de interesse na Reserva Biológica da Contagem, Distrito Federal. 2016. 45 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Ambientais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016

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Detecção de foco de incêndio subterrâneo em turfa por câmera portátil termal

Detecção de foco de incêndio subterrâneo em turfa por câmera portátil termal

Autor(a):

André Matos Pinto Cota

Resumo:

Os incêndios subterrâneos em turfa ocorrem na região de campos úmidos no Bioma do cerrado do Distrito Federal na época da estiagem, geralmente se iniciam após um incêndio superficial e apresentam comportamento extremamente devastador para o ecossistema local e principalmente para o solo. Muitas vezes chegam a esterilizar o solo. A sua severidade pode se tornar tão grande, que se não controlado rapidamente pode queimar até que o período da estiagem chegue ao fim e que se apague somente com a chegada da chuva. A detecção dos focos deste tipo incêndio não é simples de visualizar no espectro visível, pois ocorrem no subsolo, além de que andar em um terreno instável, com fogo abaixo dos pés para identificar focos não é seguro. Assim, o objetivo deste trabalho é testar a potencialidade de se utilizar radiômetro que opera no infravermelho termal para observar a sua eficiência na detecção dos focos em incêndios reais, ou seja, não provenientes de queima controlada. A área de estudo foi delimitada por uma ocorrência de incêndio florestal que houve na Área de Proteção Ambiental Gama e Cabeça de Veado no dia 12 de setembro de 2014. Partindo-se de informações realizadas em experimentos anteriores, nos quais se obteve dados do comportamento da queima subterrânea em turfa, foram obtidas imagens no solo após o controle do incêndio superficial e imagens aéreas no dia seguinte à ocorrência, pela manhã, com a finalidade de analisar se os dados obtidos pelo radiômetro infravermelho possuem o mesmo comportamento. Observou-se que é nítida na identificação dos focos os padrões de comportamento de queima igual aos experimentos realizados por outros pesquisadores. As imagens aéreas não permitiram uma análise pontual do foco, porém permitem gerar um rápido reconhecimento para que as equipes de combate em solo possam se orientar quanto a localização e propagação do incêndio. A utilização do sensor termal possibilitou a rápida detecção, assim provendo as equipes de combate rápida ação para a extinção do incêndio.

Referência:

COTA, André Matos Pinto. Detecção de foco de incêndio subterrâneo em turfa por câmera portátil termal. 2014. 38 f., il. Monografia (Bacharelado em Ciências Ambientais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

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Ações de gestão e seus efeitos na época de fogo e área queimada na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins

Ações de gestão e seus efeitos na época de fogo e área queimada na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins

Autor(a):

Camila de Souza Souto

Resumo:

Neste trabalho busca-se mostrar os efeitos das atividades de gestão desenvolvidas na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantis (EESGT), como assinatura de um Termo de Compromisso (TC) com comunidades locais residentes na Unidade e a aplicação de técnicas de Manejo Integrado do Fogo (MIF), sobre a ocorrência de fogo nesta Unidade de Conservação Federal (UC). Especificamente, analisou-se a época e a área queimada em anos anteriores e posteriores à adoção destas práticas de gestão. Foram analisados mapas de áreas queimadas da EESGT entre 2010 e 2015 com queimas classificadas em precoces (16 de outubro a 15 de julho), modais (16 de julho a 15 de agosto) e tardias (16 de agosto a 15 de outrubro). Além das atividades de gestão, a precipitação pode ter influencia direta nos fatores analisados, por isto também foi considerada. O regime de fogo predominante na EESGT é de queimadas bienais de grande extensão especialmente no final da estação seca (incêndios tardios). Em geral, a frequência mínima de queima de uma mesma área queimada é de dois anos, que seria o tempo necessário para a biomassa se recuperar e durante a estação seca e se transformar em combustível disponível para queima. Não se constatou influência de variações na precipitação nos padrões de queima mapeadas. O TC, estabelecido em 2012 na EESGT, foi elaborado para mediar conflitos entre a gestão e os residentes da unidade, dentre eles o uso do fogo. Após a adoção do TC tornou-se permitido o uso do fogo pelos residentes, mas de forma restrita, sendo proibido o uso nos meses de agosto e setembro, com isso espera-se que as queimadas em época tardia na EESGT sejam reduzidas, mas isto não ocorreu nos três anos seguintes à assinatura do TC. As práticas de MIF na EESGT começaram em 2014 e são pioneiras no Brasil, e contribuíram para avanços na gestão da UC, no entanto, como era esperado, estas práticas não resultaram em mudanças visíveis na
época e extensão de área queimada na UC. A gestão de UCs e manejo de fogo são atividades de longo prazo cujos resultados são em geral evidentes em pequena escala nos primeiros anos. As atividades de gestão visando a redução de incêndios descontrolados na EESGT parecem ter tido efeitos na redução de conflitos e especialmente aumento do diálogo entre UC e comunidades locais e é provável que seus resultados possam ser observados em escala de paisagem (mapas de áreas queimadas) nos próximos anos, mesmo que isto não tenha ocorrido de forma imediata.

Referência:

SOUTO, Camila de Souza. Ações de gestão e seus efeitos na época de fogo e área queimada na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins. 2016. 51 f., il. Monografia (Bacharelado em Ciências Ambientais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

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Florística de trepadeiras nativas no bioma Cerrado

Florística de trepadeiras nativas no bioma Cerrado

Autor(a):

Bruno Mesquita de Castro

Resumo:

Esse trabalho objetivou a realização de estudo florístico de trepadeiras nativas no bioma Cerrado com enfoque na elaboração de descrições e registro fotográfico. Para tal, foram consideradas como trepadeiras todos os indivíduos terrestres, herbáceos ou lenhosos, que utilizam suporte para sustentação. Foram coletados apenas indivíduos férteis e o esforço de coleta se concentrou em diferentes fitofisionomias no Distrito Federal e em Goiás, com algumas expedições em Minas Gerais. No total, foram coletadas 95 espécies, distribuídas em 55 gêneros e 26 famílias, das quais 72 espécies identificadas até o nível específico e para essas foram feitas as descrições e disponibilizado o registro fotográfico. O esforço de coleta resultou em novas ocorrências, sendo Merremia tuberosa (L.) Rendle (Convolvulaceae) para o Distrito Federal, Aristolochia eriantha Mart. & Zucc. (Aristolochiaceae) e Bonamia agrostopolis (Vell.) Hallier f. (Convolvulaceae) para o Estado de Goiás. Além disso, foi realizado levantamento de espécies de trepadeiras nativas para o bioma Cerrado e para o Distrito Federal, utilizando a Lista da Flora do Brasil (2015) e comparado quantitativamente com a lista de Mendonça et al. (2008) para o bioma Cerrado e a lista de Ramalho (2003) para o Distrito Federal .

Referência:

CASTRO, Bruno Mesquita de. Florística de trepadeiras nativas no bioma Cerrado. 2015. 65 f., il. Monografia (Bacharelado em Ciências Ambientais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

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Turismo, gastronomia e educação ambiental: uma abordagem a partir das trilhas sensoriais desenvolvidas pelo projeto de extensão “Pitadas de cerrado”

Turismo, gastronomia e educação ambiental: uma abordagem a partir das trilhas sensoriais desenvolvidas pelo projeto de extensão “Pitadas de cerrado”

Autor(a):

Leiliane Ribeiro de Melo

Resumo:

Em meio a um cenário de crise socioambiental, observa-se, por um lado, o turismo sendo criticado por seus impactos negativos e, por outro lado, sendo exaltado por seus benefícios. Visto que o turismo é um fenômeno mundial e que o interesse pelas viagens dificilmente se extinguirá, é de suma importância que a atividade turística, em todos os seus segmentos, seja planejada e gerida em longo prazo visando à sustentabilidade social, ambiental e econômica, a fim de potencializar seus impactos positivos e minimizar os negativos. A gastronomia, enquanto um dos produtos do turismo cultural, ou o turismo gastronômico, por si só motivador de deslocamentos, encontra no desenvolvimento de suas atividades um campo fértil para se trabalhar questões voltadas à educação ambiental, visto que o meio ambiente natural e cultural podem ser considerados insumos essenciais para o desenvolvimento da atividade turística voltada à gastronomia. Dito isto, qual seria a contribuição dos projetos como o “Pitadas de Cerrado”, objeto de estudo desta pesquisa, na construção de um turismo mais consciente? Partindo da máxima “pensar global e agir local” a presente pesquisa objetiva argumentar sobre as relações entre turismo, gastronomia e meio ambiente e o potencial desses elementos para a educação ambiental no bioma Cerrado por meio das vivências proporcionadas pelas trilhas sensoriais desenvolvidas pelo projeto de extensão “Pitadas de Cerrado”, visto que o Cerrado é um bioma de biodiversidade extremamente rica, considerado um dos hotspots mundiais, e ainda assim possui taxas de desmatamento que superam a da Amazônia. Com objetivo de verificar se as práticas do projeto condizem com suas propostas e atestar seu potencial para a educação ambiental, o principal método utilizado na coleta de dados foi a realização de entrevistas não estruturadas com 10 (dez) participantes das trilhas
sensoriais. Por meio dos dados obtidos com as entrevistas foi possível constatar, entre outras questões, que a iniciativa do “Pitadas de Cerrado” por ser lúdica, estimular os diferentes sentidos e abordar os temas de forma multi e interdisciplinar tem um alto grau de eficácia ao transmitir as mensagens pretendidas aos seus interlocutores, além de ser uma proposta com grande potencial de ser incorporada a oferta turística e gastronômica local.

Referência:

MELO, Leiliane Ribeiro de. Turismo, gastronomia e educação ambiental: uma abordagem a partir das trilhas sensoriais desenvolvidas pelo projeto de extensão “Pitadas de cerrado”. 2019. 67 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Turismo)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.

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Leituras e compreensões de cerrado pela comunidade do Assentamento de Rio Bonito, em Cavalcante

Leituras e compreensões de cerrado pela comunidade do Assentamento de Rio Bonito, em Cavalcante

Autor(a):

Angela Valdilena Velasco França

Resumo:

Este trabalho é um mergulho no universo dos moradores do Assentamento Rural Rio Bonito/Órfãos, no Norte de Goiás, para entender as percepções e interrelações deles com o lugar e com o Cerrado. Os conceitos utilizados foram os de Pertencimento, Topofilia e Representação Social. Na pesquisa, foram feitas entrevistas semi-estruturadas, com abordagem direta e coleta de dados por meio de interações e descrições de pessoas e lugares. A técnica para análise do material é a do Discurso do Sujeito Coletivo, que tem como foco captar as representações sociais, com fundamento na teoria da Representação Social. Consiste na sistematização de dados qualitativos por meio da tabulação dos dados. Para isso, foi empregada a ferramenta Qualiquantisoft, que auxilia na identificação das representações sociais. O trabalho identificou de que forma os moradores se apropriam do ambiente e interagem com ele e em que medida sua relação com o lugar lhes é relevante ou indiferente. Viu-se que essa tarefa, ao mesmo tempo em que é facilitada pelo fato de 70% dos entrevistados terem afeição pelo lugar e de 47% se sentirem pertencentes a ele, é dificultada pela precariedade da infraestrutura e pela carência de serviços públicos básicos no assentamento. Mas o senso de pertencimento e as representações sociais que as pessoas têm sobre o Cerrado podem ajudar a impedir a degradação ambiental. Ao mesmo tempo em que 29% demonstram, em suas respostas, manter com o Cerrado uma relação sustentável, e 30%, uma relação de fruição, é expressiva (32%) a parcela dos que não expressam uma compreensão conceitual do Cerrado. Para esses a interação com o bioma se dá puramente pela vivência. Quanto ao significado do Cerrado, as visões dos moradores são muito diversificadas – a maioria o vê como reserva ambiental (22%) ou tem dele uma visão utilitarista (22%). Outras visões são a beleza cênica (12%), o aspecto lúdico (6%). Chega a 13% o total dos moradores que vêem o Cerrado como área a ser desmatada para produção. As múltiplas formas de representação dos moradores com o Cerrado evidenciam que, na maioria, eles estabelecem uma relação de fruição com o ambiente e têm dele uma visão utilitarista, de aproveitamento do solo para agricultura e pecuária e de extração de madeira para construção. Na prática, aceitam que uma parte do Cerrado seja removida para o plantio e para a criação de gado. Outros têm o Cerrado como lugar de coleta de frutas e plantas medicinais. Ou seja, o bioma é de suma relevância para as pessoas, pois podem usufruir dos recursos naturais. Uma parcela mínima da comunidade considera o Cerrado irrelevante para reproduzir modos de vida. E alguns até vendem madeira, retirada da reserva legal, sem se preocupar com o replantio, como forma de conseguir renda para amenizar a situação precária em que vivem.

Referência:

FRANÇA, Angela Valdilena Velasco. Leituras e compreensões de cerrado pela comunidade do Assentamento de Rio Bonito, em Cavalcante, Goiás. 2014. 69 f., il. Monografia (Bacharelado em Gestão Ambiental)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

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