Projeto Caminhos do Planalto Central

Projeto Caminhos do Planalto Central

Percurso vai conectar três patrimônios da humanidade e promove ecoturismo, turismo sustentável e de aventura!!!
Imagine pedalar ou cavalgar pelas belezas intactas do cerrado, se conectar com a natureza e com os animais, conhecer monumentos históricos e se refrescar em uma cachoeira durante uma trilha. O projeto Caminhos do Planalto Central, com inauguração prevista para abril deste ano, oferecerá tudo isso e muito mais. Localizada no Distrito Federal, a trilha possuirá 400 km de percurso para caminhantes, ciclistas e cavaleiros, e partirá de dois pontos de relevante interesse ambiental e histórico: a Floresta Nacional de Brasília e a Pedra Fundamental, marco da construção da capital.

71º Congresso Nacional de Botânica Goiânia/GO

71º Congresso Nacional de Botânica Goiânia/GO

A Botânica e as bases sustentáveis para o desenvolvimento científico, tecnológico e social

Estão abertas as inscrições para o 71º Congresso Nacional de Botânica, que acontecerá de 4 a 9 de outubro de 2020 na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia. 

Promovido pela Sociedade Botânica do Brasil (SBB), essa edição terá como tema “A Botânica e as Bases Sustentáveis de desenvolvimento científico, tecnológico e social”.

Na ocasião será realizado também o 13ª Encontro de Botânicos do Centro-Oeste.

O prazo para submissão de propostas de palestras, simpósios, mesas redondas e minicurso vai até 28 de fevereiro.

Inscrições e outras informações podem ser obtidas no site 👉https://71cnbot.botanica.org.br/

Barycholos ternezi

Barycholos ternetzi

(Miranda-Ribeiro, 1937)

Nome(s) popular(es)

Rãnzinha.

História Natural

Esse anfíbio é de hábitos diurnos e se alimenta de pequenos invertebrados. Os ovos são colocados em espumas terrestres, que ajudam a manter a umidade, além disso os machos podem ficar cuidando dos ovos. Não há estágio larval na espécie.

Fitofisionomia

É encontrado em formações florestais como matas de galeria e matas ciliares, mas também em áreas abertas como campos limpos, campos sujos e campo rupestre. Pode ser encontrado também em ambientes antropizados.

Distribuição

É uma espécie endêmica do Cerrado. É encontrada nos estados brasileiros: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Tocantins, Minas Gerais.

Ameaças e estratégias de conservação

A perda de habitat é a principal ameaça à espécie.

Referências

  • Frost, D. R. 2007. Amphibian Species of the World: an Online Reference. Version 5.0. Electronic database accessible at http://research.amnh.org/vz/herpetology/amphibia/Amphibia/Anura/Brachycephaloidea/Craugastoridae/Holoadeninae/Barycholos/Barycholos-ternetzi. American Museum of Natural History, New York, USA. Acessado em 19 de maio de 2019.
  • Silva, P. L. D. A. (2010). Bioacústica de barycholos ternetzi (Miranda-Ribeiro, 1937) no Brasil Central.
  • Araujo, C., Condez, T., & Haddad, C. (2007). Amphibia, Anura, Barycholos ternetzi, nd Scinax canastrensis: distribution extension, new state record. Check List, 3, 153.
  • Dante Pavan, Ulisses Caramaschi, Débora Silvano 2004. Barycholos ternetzi. The IUCN Red List of Threatened Species 2004: e.T56328A11461298. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2004.RLTS.T56328A11461298.en. Baixao em 19 de maio de 2019.
  • Brandão, R. A., Maciel, S. & Álvares, G. F. R. 2016. Guia dos Anfíbios do Distrito Federal, Brasil. Disponível em www.lafuc.com Acesso em 19 de maio de 2019.

Observatório MATOPIBA

Conheça o Observatório MATOPIBA

Este ano foi realizada a oficina “Lançamento do Observatório dos Conflitos Socioambientais do Matopiba”. Esta é uma iniciativa da Faculdade de Planaltina da Universidade de Brasília e da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC), e tem o apoio do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF, na sigla em inglês para Critical Ecosystem Partnership Fund) e Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) para sua realização por meio do projeto Fronteira Agrícola e Natureza.

A oficina reuniu profissionais ligados à temática para discutir o impacto dos conflitos socioambientais na região do Matopiba. Ela contou com cerca de 50 participantes de 28 instituições entre universidades federais, representantes de movimentos sociais e representantes de ONGs que atuam no bioma Cerrado.

A proposta agora é congregar esforços para criar uma plataforma de discussões e monitoramento dos diversos conflitos existentes entre o agronegócio e as comunidades locais. Sendo o Matopiba a chamada “última fronteira agrícola”, as análises socioeconômicas e ambientais na região requerem uma perspectiva de pesquisa acadêmica engajada na busca de compreender os conflitos e suas respectivas soluções.

Além disso, o Observatório do Matopiba tem como objetivo apoiar as ações de conservação a partir de estudos sobre os conflitos socioambientais na região. Para maiores detalhes, envie um email para: observatoriomatopiba@gmail.com.

Fonte: https://ispn.org.br/conheca-o-observatorio-dos-conflitos-socioambientais-do-matopiba/?fbclid=IwAR1Rctu55HGR2neAqs0fxRqF0f2dqiWwbjrVeVV6jrWca34MxhwrITRVJdk

Projeto ABC Cerrado

PROJETO ABC CERRADO – REPRESENTANTE DO MAPA APRESENTA BALANÇO

O ABC Cerrado foi criado para difundir e incentivar a adoção de práticas sustentáveis nas propriedades rurais visando à redução das emissões de gases de efeito estufa nas atividades agropecuárias. A iniciativa também sensibilizou produtores rurais a investirem nas boas práticas para terem retorno econômico com conservação do meio ambiente.

 

O produtor que participa do Projeto tem benefícios sociais, ambientais e econômicos, que vão desde o aumento da fertilidade do solo até o aumento da produtividade.

 

O Projeto atende sete Estados (Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Bahia, Piauí, Minas Gerais) do Bioma Cerrado e o Distrito Federal com a promoção de quatro processos tecnológicos de baixa emissão de carbono: Recuperação de Pastagens Degradadas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), Sistema Plantio Direto e Florestas Plantadas.

Fonte: https://www.paracaturural.com/projeto-abc-cerrado-representante-do-mapa-apresenta-balanco/?fbclid=IwAR34uo88i-bFj_R4WFBt210GkKDPFUEz1sKJyG9BROrKNsli52RjR4prnvA

Vamos plantar Cerrado?

Vamos plantar Cerrado?

A Adasa convida a todos para participar do plantio de sementes na Orla do Descoberto, que ocorrerá segunda-feira (9/12), às 9h, no Incra 8 em Brazlândia-DF. A ideia é restaurar o cerrado e recuperar de áreas degradadas na região.

Interessados em colaborar deverão enviar confirmação para e-mail miguel.sartori@adasa.df.gov.br até amanhã (6/12), às 16h. A saída será às 7h45, da sede da Adasa (antiga rodoferroviária).

Sem Cerrado, não tem Cagaita

Sem Cerrado, não tem Cagaita!

A cagaita é um fruto típico do Cerrado brasileiro. Os frutos da cagaiteira são fontes de vitaminas do complexo B, vitamina C e niacina, além de glicídios e proteínas.

Seus frutos são muito suculentos e consumidos ao natural ou em forma de geleias, sucos, licores, doces e sorvetes. Com sabor acidulado, merecem certa atenção quanto à quantidade ingerida. Os frutos maduros que caem das árvores e ficam expostos ao sol sofrem fermentação e, se consumidos em excesso, causam efeito laxante, o que justifica o nome popular e o nome científico.
#SemCerradoNãoTemCagaita
#CerradoEmPé #CerradoBerçoDasÁguas  

Seminário Histórias de Luta de Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado: um giro pelo bioma, sob a liderança de seus povos

Seminário Histórias de Luta de Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado: um giro pelo bioma, sob a liderança de seus povos

Local

Auditório Cerrado do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS)

Data e Hora

Data: 05/12/2019

Hora: 09:00 – 18:00

Representantes de povos e comunidades tradicionais do Cerrado se reúnem nesta quinta-feira, 5 de dezembro, no seminário Histórias de Luta de Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado: um giro pelo Cerrado sob a liderança de seus povos no Auditório Cerrado, Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS), UnB – Universidade de Brasília.

O seminário marca o encerramento do curso de extensão Sustentabilidade Socioambiental e Incidência Política, dirigido a 30 lideranças comunitárias do Cerrado. O curso é resultado de uma parceria entre o MESPT e o fundo DGM Brasil, Banco Mundial e Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas Gerais (CAA-NM).

Confira a programação do seminário Histórias de Luta de Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado em: https://bit.ly/2Lj6Wqi.

Como Chegar

Didelphis albiventris

Didelphis albiventris, Lund 1840

Nome(s) popular(es)

Saruê.

História Natural

É uma espécie bastante generalista e pioneira: isso é um comportamento estrategista, pois os animais podem explorar e ocupar novos nichos com facilidade. Também são bem adaptados a ambientes instáveis e de matas secundarias. É um dos poucos mamíferos que consegue viver nas áreas ocupadas pelo homem, sendo muito comum nas propriedades rurais e urbanas.

No Cerrado ocorre em todas as fitofisionomias como florestas ripárias, cerradão, cerrado e campo cerrado. Ocasionalmente entra em moradias humanas pois possui grande potencial de colonizar áreas urbanas onde existem fragmentos florestais pelo seu aspecto generalista. Sua época reprodutiva começa ao fim de julho/inicio de Agosto e pode ir até Novembro (dura aproximadamente 7 meses), a espécie produz aproximadamente duas ninhadas por ano, de 10-15 filhotes por ninhada. O animal é onívoro, consome invertebrados, frutas e vertebrados, nesta ordem decrescente de preferência. Por essa dieta diversa, os indivíduos adultos apresentam elevados índices de obesidade!

As fêmeas adultas medem em média 518mm e os machos 485mm, machos e fêmeas não possuem dimorfismo. Os Saruês pesam em média de 700-2000g, em média fêmeas adultas pesam 1768g e machos 1673g.

Distribuição

Achado na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, Guiana Francesa, Colômbia e Uruguai. Ocorre em regiões subtropicais da América do Sul.

Ameaças e estratégias de conservação

O estado de conservação é pouco preocupante (ícone PP), segundo IUCN 2016 não está ameaçado, mas a destruição das florestas, seu hábitat, ameaça sua sobrevivência. Além disso o Saruê é perseguido e morto de forma impiedosa em propriedades rurais. Na época de reprodução as fêmeas ficam mais lentas e o índice de atropelamento em estradas e áreas urbanas é alto.

Curiosidades

Uma curiosidade legal é sobre a sua anatomia reprodutiva e o seu nome, Didelphis significa ”dois úteros”, ou seja, as fêmes possem dois úteros para terem uma quantidade maior de filhotes em uma única ninhada!

Referências

  • Carmignotto, A. P., Vivo, M. De, & Langguth, A. (2012). Mammals of the Cerrado and Caatinga: distribution patterns of the tropical open biomes of central South America. Bones, Clones and Biomes. The History and Geography of Recent Neotropical Mammals, 307–350. https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004
  • JOHNSON, M. A., SARAIVA, P. M., & COELHO, D. (1999). The role of gallery forests in the distribution of cerrado mammals. Revista Brasileira de Biologia, 59(3), 421–427. https://doi.org/10.1590/s0034-71081999000300006
  • LYRA JORGE M.C.; R.PIVELLO V.;MEIRELLES S.T.;VIVO, M. . (n.d.). Riqueza e abundância de pequenos mamíferos em ambientes de cerrado e floresta, na reserva cerrado de pé-de-gigante, parque estadual de vassununga (santa rita de passa quatro, sp).
  • Mares, M. A., Gettinger, D. D., & Ernest, K. A. (1986). Small mammal community structure and composition in the Cerrado Province of central Brazil. Journal of Tropical Ecology, 2(4), 289–300. https://doi.org/10.1017/S0266467400000948
  • Regidor, H. A., & Gorostiague, M. (1996). Reproduction in the white eared opossum (Didelphis albiventris) under temperate conditions in Argentina. Studies on Neotropical Fauna and Environment, 31(3–4), 133–136. https://doi.org/10.1076/snfe.31.3.133.13338
  • CÁCERES, N. C., & MONTEIRO-FILHO, E. L. A. (1999). Tamanho corporal em populações naturais de Didelphis (Mammalia: Marsupialia) do Sul do Brasil. Revista Brasileira de Biologia, 59(3), 461–469. https://doi.org/10.1590/s0034-71081999000300011
  • Cáceres, N. (2010). Studies on Neotropical Fauna and Environment Food Habits and Seed Dispersal by the White-Eared Food Habits and Seed Dispersal by the White-Eared Opossum , Didelphis albiventris , in Southern Brazil. 0521(September 2012), 37–41.
  • Cáceres, C. N. (2000). Population ecology and reproduction of the white-eared opossum Didelphis albiventris (Mammalia, Marsupialia) in an urban environment of Brazil. Ciência e Cultura Journal of the Brazilian Association for the Advancement of Science, 52(3), 171–174. Retrieved from http://jararaca.ufsm.br/websites/niltoncaceres/download/Pop_ecol_2000.pdf

Tetragonisca angustula

Tetragonisca angustula (Latreille, 1811)

Nome(s) popular(es)

Jataí, angelitas, abelha mosquito.

História Natural

Altamente dócil para o ser humano, a jataí é a abelha sem ferrão (ASF) mais manejável e recomendada para ambientes domésticos ou escolares. Por esse motivo, é a espécie mais recomendada para estabelecimento inicial de Meliponários. Apesar disso, é uma das abelhas mais valentes e defensivas contra outras espécies, não deixando invasores se aproximarem do ninho. A
T. angustula se adaptou muito bem ao meio urbano, conseguindo nidificar-se em ocos artificiais como muros, caixas de energia, postes e qualquer outro lugar escuro e protegido semelhante a um oco de árvore (local de nidificação natural da espécie).
A entrada dos ninhos de jataí apresentam-se em formato de um canudo amarelo claro muito característico, podendo chegar a até 30 cm de comprimento, formando uma estrutura que lembra um gancho. Além disso, é possível observar sentinelas tanto no
canudo como planando estrategicamente em pontos ao redor da entrada. Os discos de cria são formados em lamelas e os potes de mel e própolis são pequenos, chegando a 1 cm. As colônias podem ter de centenas a milhares de indivíduos. As jataí são abelhas extremamente organizadas e asseadas, sempre mantendo a colônia limpa e livre de sujeiras. De vez em quando é possível observar alguns indivíduos carregando rejeitos a serem despejados para fora pela entrada da colméia. Não só são asseadas, mas produzem um mel muito higiênico, valorizado e com potencial medicinal alto (usado em problemas respiratórios e visuais). Com sabor mais ácido e consistência mais líquida, o mel de jataí é dificilmente encontrado em mercados e em grandes quantidades.
Quando a noite chega, as jataí geralmente fecham a entrada do canudo, que possui pequenos furos para permitir a circulação noturna do ar. No geral não trabalham em dias chuvosos e muito frios.

Distribuição

Estados: BA, DF, GO, MA, MG, MS, MT, PR, SP.

Distribuição ampla no Cerrado e Mata Atlântica. Os estados listados acima são regiões com registro da espécie, mas não esgote a ocorrência em outros estados.

Descrição

A jataí é uma das abelhas nativas mais conhecidas e manejadas. Possui cor predominantemente amarela dourada (corpo) e detalhes em preto (patas e cabeça). As operárias apresentam tamanho pequeno (4 a 5 mm), as rainhas possuem o dobro desse
tamanho (10 mm quando fecundadas e em atividade) e os machos possuem um abdômen maior. Dentro das colônias, encontram-se os indivíduos recém nascidos, que apresentam cor
amarelo clara, com tonalidade desbotada/pálida, e que não voam, ajudando em atividades dentro do ninho.
Em voo, as jataí mantém suas pernas posteriores pendentes, posição característica que facilita a identificação a olho nu. Seu nome popular “jataí” tem origem no tupi yata’i.

Plantas do Cerrado visitadas

  • Aroeira vermelha – Schinus terebinthifolius Raddi
  • Cajueiro – Anacardium occidentale L.
  • Ipê amarelo – Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.) Mattos
  • Ipê roxo – Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
  • Murici – Byrsonima basiloba A. Juss.
  • Pequi – Caryocar brasiliense Cambess.
  • Quaresmeira – Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.
  • Urucum – Bixa orellana L

A jataí não concentra seu forrageamento em apenas uma planta. Seu hábito de visitação é disperso. Essa ASF é generalista e consegue coletar material de quase qualquer planta. Apesar disso, possui preferência por flores com néctar abundante. A família botânica das Lamiaceae (manjericão, menta, alecrim, salvia, salsa…) é uma escolha certa das jataí, com destaque para o gênero Hyptis, muito presente no Cerrado.

Referências

  • J. M. F. Camargo & S. R. M. Pedro, 2013. Meliponini Lepeletier, 1836. In Moure, J. S., Urban, D. & Melo, G. A. R. (Orgs). Catalogue of Bees (Hymenoptera, Apoidea) in the Neotropical Region – online version. Available at http://www.moure.cria.org.br/catalogue. Accessed Nov/09/2019