Educação Ambiental e Ecologia Humana: Contribuições para um debate

Educação Ambiental e Ecologia Humana: Contribuições para um debate

“Compreende-se a ecologia humana como um campo multirreferencial em que todas as ciências trazem contribuições, que resultam na compreensão de como podemos ser conhecedores de nós mesmos e do mundo, e como isto pode nos ajudar a transformar nosso estar no mundo e alimentar a transformação pessoal e sócioambiental. A ecologia humana como um campo aberto, interdisciplinar e pluriparadigmático, nos ajuda a exercitar nossa compreensão-ação do homem no mundo numa perspectiva de construir um processo educativo que possibilite ao sujeito individual ou coletivo re-fazer o seu fazer, a partir da ampliação do seu próprio ponto de vista de uma forma mais complexa, criativa, integral e dialógica.”

 

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Legislação da Educação Ambiental no DF

Legislação da Educação Ambiental no Distrito Federal

  • Lei Distrital nº 3.833/2006– Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política de Educação Ambiental do Distrito Federal, cria o Programa de Educação Ambiental do Distrito Federal, complementa a Lei Federal nº 9.795/ 99 no âmbito do Distrito Federal, e dá outras providências.
  • Lei Distrital nº 4.920/2012– Dispõe sobre o acesso dos estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal ao patrimônio artístico, cultural, histórico e natural do Distrito Federal, como estratégia de educação patrimonial e ambiental.
  • Decreto Distrital nº 31.129/2009– Regulamenta a Lei nº 3.833, de 27 de março de 2006, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política de Educação Ambiental do Distrito Federal, cria o Programa de Educação Ambiental do Distrito Federal, complementa a Lei Federal nº 9.795/99, no âmbito do Distrito Federal, e dá outras providências.
  • Resolução Conama nº 422/2010– Estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de Educação Ambiental, conforme Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, e dá outras providências.

Plano Distrital de Educação Ambiental

Plano Distrital de Educação Ambiental

“O Plano Distrital de Educação Ambiental (PDEA) foi desenvolvido com base na Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA (Lei n° 9.9795/1999), no Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA (2014) e na Política de Educação Ambiental no Distrito Federal (Lei Distrital n°3.833/2006). Esse Plano foi elaborado pela Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Distrito Federal (CIEA-DF), instância consultiva e deliberativa do DF.

O PDEA institucionaliza os princípios e diretrizes para assegurar a interação e a integração equilibrada das múltiplas dimensões de sustentabilidade ambiental ao desenvolvimento do Distrito Federal e seu entorno, buscando o envolvimento e a participação social na proteção, recuperação e melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida.”

 

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Política Nacional de Educação Ambiental

Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA

A Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA foi instituída pela Lei nº 9.795/99, e tem a coordenação a cargo do Órgão Gestor, Ministérios do Meio Ambiente e da Educação. São atribuições do Órgão Gestor:

I – definição de diretrizes para implementação em âmbito nacional;

II – articulação, coordenação e supervisão de planos, programas e projetos na área de educação ambiental, em âmbito nacional;

III – participação na negociação de financiamentos a planos, programas e projetos na área de educação ambiental.

Nas escolas, a Educação Ambiental deverá estar presente em todos os níveis de ensino, como tema transversal, sem constituir disciplina específica, como uma prática educativa integrada, envolvendo todos os professores, que deverão ser treinados para incluir o tema nos diversos assuntos tratados em sala de aula.
Política Nacional de Educação – PDF

Dinâmica de transição e interações entre fitofisionomias florestais e formações vegetacionais abertas do bioma cerrado

Dinâmica de transição e interações entre fitofisionomias florestais e formações vegetacionais abertas do bioma cerrado

Autor(a):

Lucas de Carvalho Ramos Silva

Resumo:

Apesar da aparente estabilidade e das relações de interdependência que existem entre solos e vegetação, a distribuição de ecossistemas pode ser dinâmica e estar em constante evolução. No bioma Cerrado onde se destaca a complexidade da paisagem, que engloba diversas fitofisionomias florestais e formações vegetacionais abertas, essa possível dinâmica de ecossistemas torna-se ainda mais relevante, dado o contexto atual de mudanças climáticas e a contínua transformação dos ambientes naturais pela atividade humana. No presente estudo foram investigados, em áreas preservadas no Distrito Federal, aspectos relacionados a mudanças na cobertura vegetacional, adaptabilidade de espécies lenhosas e interações entre solos e vegetação, utilizando-se três diferentes abordagens. Na primeira delas, o objetivo foi testar a hipótese de que pode ocorrer expansão florestal sobre áreas de vegetação aberta. Para tanto, foram avaliados transectos estabelecidos em zonas de interface entre o cerrado e as fitofisionomias florestais: cerradão, mata semidecídua e matas de galeria. A análise do índice de área foliar de plantas arbóreas e gramíneas mostrou em todas as transições, mudanças bruscas na estrutura da vegetação, dentro de faixas de 20 m, que tiveram alta correlação com a composição isotópica de carbono, ?13C, da matéria orgânica do solo superficial, que nas fisionomias abertas apresentou assinatura isotópica significativamente mais enriquecida em 13C do que os solos das florestas. Analisando-se essa composição de isótopos em diferentes profundidades dos perfis dos solos, foi demonstrada a expansão das matas de galeria sobre áreas antes ocupadas por vegetação aberta. A datação com 14C indica que essa expansão das matas de galeria teve início há aproximadamente 3000 anos e continuou ocorrendo até pelo menos 390 anos atrás. Por outro lado, a área florestal da mata semidecídua apresentou sinais de redução de sua área, enquanto entre cerradão e cerrado a transição permaneceu estável. Em uma segunda abordagem, as características de espécies florestais, estabelecidas em áreas de cerrado, foram comparadas às de espécies de cerrado do mesmo gênero. Foram avaliados 18 pares congenéricos, amostrados em áreas naturais de vegetação aberta, para testar as hipóteses de que as espécies florestais possuem maior área foliar específica, menor eficiência no uso de água e maior concentração de nutrientes nos tecidos. A área foliar específica foi maior nas espécies florestais e a análise da composição isotópica, ?13C de troncos e folhas, mostrou que não há diferenças significativas na eficiência do uso de água entre gêneros ou entre espécies florestais e de cerrado. Os nutrientes foliares, N, P e K, foram mais elevados nas espécies florestais, enquanto no tronco houve diferença significativa apenas no teor de N, mais elevado nas espécies de cerrado. Foram também verificadas diferenças significativas no teor de nutrientes entre os gêneros estudados e não houve correlação entre nutrientes nas plantas e no solo, apesar dos solos sob as espécies florestais terem apresentado maiores teores de C orgânico e N total, além de uma maior disponibilidade de P e Ca. Na terceira abordagem utilizada foram avaliadas características de espécies lenhosas nativas estabelecidas naturalmente no cerrado e nas fitofisionomias florestais: cerradão, mata semidecídua e matas de galeria. Foram amostradas, ao todo 17 espécies arbóreas, todas encontradas no cerrado e em pelo menos uma das fisionomias florestais, com no mínimo três indivíduos em cada fisionomia. O objetivo desta amostragem foi testar a hipótese de que o teor de nutrientes nos tecidos e a área foliar específica são mais elevados, enquanto a eficiência no uso de água é menor, nos indivíduos estabelecidos em ambientes florestais em comparação com o cerrado. As maiores concentrações de N, P, K, Ca e Mg nos solos foram verificadas na mata semidecídua e as menores no cerradão e no cerrado que não diferiram entre si. As plantas estabelecidas nas fisionomias florestais, inclusive no cerradão, apresentaram maiores concentrações de nutrientes foliares do que as estabelecidas no cerrado. Apenas o Ca teve concentrações correlacionadas nos solos e nas folhas, sendo as plantas da mata semidecídua as que apresentaram os maiores teores. Os menores valores de área foliar específica e a maior eficiência no uso de água foram verificados na comunidade de cerrado. Entre as fisionomias florestais, os maiores valores de área foliar específica e os menores valores de ?13C foram registrados nas matas de galeria, onde as plantas foram menos eficientes no uso de água em comparação à mata semidecídua e ao cerradão. Os nutrientes do tronco e a densidade da madeira não responderam às variações entre ambientes, mas apresentaram diferenças significativas entre as espécies avaliadas.

Referência:

SILVA, Lucas de Carvalho Ramos. Dinâmica de transição e interações entre fitofisionomias florestais e formações vegetacionais abertas do bioma cerrado. 2007. 168 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2007.

Disponível em:

Diversidade beta na vegetação da bacia do Rio Paracatu – MG

Diversidade beta na vegetação da bacia do Rio Paracatu - MG

Autor(a):

Fernanda Gomes Ferreira

Resumo:

A grande importância ecológica do Cerrado o torna conhecido dentre os principais biomas em termos de riqueza e biodiversidade. Desta forma, para que a vegetação do Cerrado seja efetivamente protegida, são necessários estudos que reconheçam os arranjos nas comunidades e seu grau de heterogeneidade florística, que podem ser estudados por meio de parâmetros de diversidade em escalas regionais e locais. Conhecer as diversidades alfa e beta, bem como obter informações a respeito da estrutura de áreas no Cerrado, é de fundamental importância para delinear estratégias de recomposição de ambientes degradados, selecionar áreas para conservação com base em critérios ecológicos, descrever padrões fitogeográficos em escala regional, bem como os processos biológicos nesta vegetação. Este trabalho testa a hipótese de que na bacia do Rio Paracatu a sobreposição de espécies na flora é alta, por isso a diversidade beta naquela região é baixa. Para tanto, os principais objetivos deste trabalho foram: estudar a estrutura na comunidade do cerrado sentido restrito associado à Neossolo Flúvico localizado na bacia do Rio Paracatu (Capítulo: Diversidade e estrutura no cerrado sentido restrito em Neossolo Flúvico nas margens do rio Paracatu, Paracatu (MG)) e investigar a florística e a sobreposição de espécies na Bacia do Rio Paracatu (Capítulo: Diversidade alfa e beta entre quatro comunidades florestais na bacia do Rio Paracatu-MG, Brasil). Para atingir os objetivos propostos foram realizados levantamentos fitossociológicos em quatro fitofisionomias: cerrado sentido restrito, cerradão, mata seca decídua e mata ciliar, todos localizados na bacia do Rio Paracatu – MG. Cada fitofisionomia foi amostrada conforme metodologia descrita no Manual para o Monitoramento de Parcelas.
Permanentes nos Biomas Cerrado e Pantanal.

Referência:

FERREIRA, Fernanda Gomes. Diversidade beta na vegetação da bacia do Rio Paracatu – MG. 2010. 99 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010.

Disponível em:

Caracterização de trocas de energia e evolução da camada limite atmosférica no cerrado

Caracterização de trocas de energia e evolução da camada limite atmosférica no cerrado.

Autor(a):

Luis Aramis dos Reis Pinheiro

Resumo:

O bioma Cerrado ocupa toda a região do Brasil Central e é o ecossistema do tipo savana mais rico do mundo em biodiversidade. Consiste de um mosaico de habitats variados, compreendendo campos abertos, florestas densas e florestas secas. Entretanto, o processo de ocupação humana também o transformou em um dos biomas mais ameaçados com crescentes taxas anuais de desmatamento da ordem de 0,7 % ao ano de 2002 a 2008. Dentre as perturbações ao cerrado destaca-se a cultura do Eucalyptus para fins energéticos e demais usos como aplicações na construção civil, que vem crescendo nos últimos anos, inclusive com incentivos governamentais. No entanto, esses usos causam impactos sobre os fluxos hídricos e de calor dos ambientes alterados. Este trabalho tem por objetivo a caracterização dos fluxos de energia e da evolução da Camada Limite Atmosférica (CLA) para capturar feedbacks entre solo-vegetação-atmosfera. A metodologia se baseou na implementação de estudos de laboratório e campo para estudar os efeitos da substituição da floresta de cerrado por Eucalyptus na dinâmica de trocas de energia entre biosfera e atmosfera a partir da medição de fluxos turbulentos de calor sensível e latente. Foram utilizados para estudos de correlações da resistência estomática, estimada pela equação combinada para cálculo de fluxo de calor latente, com o déficit de vapor de pressão (VPD). Modelos de camadas foram utilizados pra estudar o desencadeamento de chuvas convectivas com análise do cruzamento da altura da CLA (hBL) e do nível de condensação de vapor (hLCL), e da evolução da CLA sobre as florestas. No que concerne a regulação estomática da transpiração notou-se forte correlação entre resistência estomática e VPD nas estações seca e úmida estudadas, especialmente nesta última. Para estação seca, foram observados os maiores valores de resistência ao fluxo devido a estresse hídrico. Observou-se que a evolução e o cruzamentos de hBL e hLCL seguidas de precipitação, caracterizando precipitação do tipo convectiva (com maior influência das condições da superfície), ocorreram nos períodos de transição entre estações de maneira mais consistente que nas estações bem estabelecidas. Sendo assim, fases de transição são mais suscetíveis a serem afetadas a alterações do uso da terra de cerrado para Eucalyptus. Resultados preliminares do modelo indicam que a implantação de Eucalyptus tem efeito na redução da temperatura e altura da CLA e um aumento da razão de mistura de vapor de água na mesma. De modo geral, os modelos apresentaram-se promissores no estudo da evolução da CLA e nos fluxos de calor. Os resultados dos modelos sugerem que a mudança do uso da terra na região com a substituição de cerrado nativo por silviculturas, no caso por Eucalyptus, pode ter influência relevante no comportamento da Camada Limite Atmosférica e na micro-meteorologia local, alterações estas que devem ser consideradas na elaboração de políticas públicas a respeito do tema.

Referência:

PINHEIRO, Luis Aramis dos Reis. Caracterização de trocas de energia e evolução da camada limite atmosférica no cerrado. 2013. xvi, 85 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Mecânicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

Disponível em:

Estratégias de revegetação de pastagem degradada em Patos de Minas – MG

Estratégias de revegetação de pastagem degradada em Patos de Minas – MG

Autor(a):

Vinícius de Morais Machado

Resumo:

Os estudos de recuperação de áreas degradadas evoluíram quanto às técnicas utilizadas ao longo dos anos e ainda há uma lacuna a ser preenchida por técnicas que visam o reestabelecimento das áreas degradadas do bioma Cerrado. Tais estudos ganharam notória importância visto que minimizam os impactos ambientais ao passo que readéquam áreas abandonadas ou com funções físicas, químicas, biológicas, e até mesmo econômicas, limitadas. O trabalho está estruturado em quatro capítulos que se diferenciam quanto as técnicas de recuperação utilizadas. Foi realizado uma investigação do banco de sementes do solo, que compreende as sementes em estado de dormência ou associadas à serapilheira, que em condições favoráveis, germinam e estabelece uma vegetação condizente com a composição potencial pós-degradação, chegando-se a conclusão de que o banco é caracterizado principalmente pela presença de espécies alóctones. Foi proposto o plantio de mudas em linhas utilizando diferentes condicionantes do solo para melhor desenvolvimento das mesmas, bem como, o plantio adensado em grupos de Anderson, na tentativa de promover o controle cultural das plantas infestantes no local de estudo. Nessas áreas em que se predominam as plantas infestantes o controle químico, por meio de herbicidas, principalmente à base de glyphosate torna-se mais eficiente e menos oneroso. Os herbicidas quando não aplicados com os equipamentos e recomendações adequadas podem gerar um efeito deriva resvalando nas mudas utilizadas no plantio de recuperação, causando danos às mesmas, logo, há a necessidade de encontrar espécies florestais que podem ser utilizadas na recuperação de áreas degradadas e que sejam menos sensíveis ao efeito da deriva do glyphosate, já que muitas áreas destinadas à recuperação são também limítrofes a campos agrícolas, de forma que torne possível facilitar o manejo das plantas infestantes promovendo o rápido desenvolvimento da espécie de interesse. Assim, o presente estudo tem por objetivo avaliar a composição e vigor do banco de sementes de solo, o desempenho das espécies sob diferentes condicionantes de solo, os grupos de Anderson e a sensibilidade de espécies nativas ao herbicida glyphosate no intuito de subsidiar programas de recuperação de áreas degradadas.

Referência:

MACHADO, Vinícius de Morais. Estratégias de revegetação de pastagem degradada em Patos de Minas – MG. 2018. 88 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.

Disponível em:

Dinâmica de comunidades vegetais em Cerrado típico com histórico de fogo no Distrito Federal

Dinâmica de comunidades vegetais em Cerrado típico com histórico de fogo no Distrito Federal

Autor(a):

Mary Naves da Silva Rios

Resumo:

O monitoramento da vegetação arbóreo-arbustiva e herbácea foi realizado em duas áreas de Cerrado sentido restrito em Planaltina (DF), de 1988 a 1994 e em 2012. Na Área 1 foram aplicadas queimadas bienais, em agosto de 1988 a 1992; já a Área 2 foi protegida do fogo de 1988 a julho de 1994. Em agosto de 1994 um fogo acidental atingiu as duas áreas, havendo proteção contra o fogo de 1995 a 2012. No monitoramento da vegetação arbóreo-arbustiva foram demarcadas 20 parcelas de 10mx10m em cada área de 1,25ha; em 1988 eram 10 parcelas de 20mx10m. Foram medidos o diâmetro e a altura de todos os indivíduos arbóreo-arbustivos que atingiam um metro ou mais de altura. A dinâmica da comunidade arbóreo-arbustiva foi analisada de 1991 a 1994. A biomassa aérea da vegetação arbóreo-arbustiva foi estimada de 1990 a 1994 e em 2012. A formação de rebrotas foi avaliada para espécies arbóreo-arbustivas que rebrotaram da base do caule e de estruturas subterrâneas, nas duas áreas. A formação de grupos funcionais foi avaliada de acordo com atributos funcionais das espécies arbóreo-arbustivas em 1994 e em 2012. No monitoramento da vegetação do estrato herbáceo foi empregado o método de interceptação na linha, onde foram anotadas as espécies até a altura de um metro. Análises florísticas e fitossociológicas foram feitas para o período de 1988 a 2012. Os resultados do levantamento das espécies arbóreo-arbustivas no período de 1988 a 2012 evidenciaram mudanças relacionadas à composição florística e à estrutura da comunidade. A riqueza de espécies se manteve, mas houve diferenças na diversidade entre a Área 1 e a Área 2. As duas áreas apresentaram similaridade florística em 2012. As queimadas bienais reduziram a densidade e a área basal, porém, a proteção contra o fogo, por 18 anos, aumentou a densidade e a área basal, nas duas áreas. A distribuição dos indivíduos vivos em classes de altura e de diâmetro, nas duas áreas, foi similar em todo período do estudo, no entanto, o fogo afetou, principalmente, os indivíduos nas menores classes de altura e de diâmetro. Os resultados de dinâmica mostraram que a incidência de queimadas aumentou a mortalidade e reduziu o recrutamento de indivíduos, e a proteção contra o fogo proporcionou maiores taxas de recrutamento e menores de mortalidade. A Área 1 foi mais dinâmica que a Área 2, com menores valores de tempo de meia vida e de substituição. A incidência de queimadas bienais diminuiu a biomassa aérea estimada no período de 1990 a 1994; a proteção contra o fogo por 18 anos favoreceu o aumento da biomassa aérea nas duas áreas. A incidência de queimadas bienais favoreceu a reprodução assexuada, com rebrotas basais ou subterrâneas na Área 1. Houve diferenças nos grupos funcionais formados nas duas áreas. A maior frequência do fogo, na Área 1, em 1994, reuniu espécies funcionalmente semelhantes, com menor diversidade de atributos. Por outro lado, o tempo de exclusão do fogo favoreceu algumas espécies e a maior diversidade de atributos em 2012. Quanto ao estrato herbáceo os resultados mostraram que as queimadas bienais não modificaram a riqueza e a diversidade no período de 1988 a 1994, e em 2012. A menor diversidade foi observada em 1988 e a maior em 1994, nas duas áreas; em 2012 a diversidade foi menor do que em 1994.

Referência:

RIOS, Mary Naves da Silva. Dinâmica de comunidades vegetais em Cerrado típico com histórico de fogo no Distrito Federal. 2016. xiv, 160 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

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Modelagem da propagação radiomóvel no ambiente Cerrado nas faixas denominadas VHF/UHF

Modelagem da propagação radiomóvel no ambiente Cerrado nas faixas denominadas VHF/UHF

Autor(a):

Giovanni César Ganime Alves

Resumo:

O cerrado é um bioma que demanda, no seu entorno urbanizado, a conjugação de atividades produtivas e práticas restritivas para conservação do núcleo das reservas de proteção ambiental. Se por um lado, as áreas suburbanas precisam cada vez mais de um avançado sistema de comunicações móveis, por outro lado, as unidades de conservação circunvizinhas destas áreas habitadas precisam dessas facilidades, porém com mínima equipagem invasiva em seus ricos ecossistemas. A modelagem da propagação do canal móvel com ênfase no cerrado será abordada neste estudo com o objetivo de viabilizar o projeto de sistemas de comunicações móveis que atendam a esses segmentos. A faixa do espectro eletromagnético denominada de VHF/UHF, atualmente licenciada para transmissão de televisão, é altamente propícia a este cenário em termos do alcance e da adaptabilidade. O estudo da propagação no canal móvel baseado em modelos matemáticos determinísticos, empíricos, semi-empíricos e estatísticos foi realizado nas frequências de 144 MHz e 435 MHz, com ênfase na caracterização dos fenômenos genericamente denominados de desvanecimentos. Os dados experimentais advindos das campanhas de medição realizadas na Fazenda Água Limpa (FAL), sítio de permanente preservação ambiental e de desenvolvimento de estudos técnico-científicos da Universidade de Brasília (UnB), permitiram traçar perfis úteis à operação de comunicações móveis de última geração, validando assim o enfoque teórico da pesquisa. A FAL é um ambiente caracterizado pela predominância da matriz arbórea do tipo cerrado. Os dados experimentais foram compilados para o processamento e o pós-processamento utilizando-se de algoritmos computacionais especialmente desenvolvidas para este trabalho no âmbito do Laboratório de Estruturas de Micro-Ondas e Ondas Milimétricas (LEMOM), do Departamento de Engenharia Elétrica (ENE), da Faculdade de Tecnologia (FT), Universidade de Brasília. Algumas das contribuições da pesquisa podem ser elencadas no seguinte: inédita modelagem analítica dos parâmetros de propagação do bioma cerrado contrastando os resultados das estações chuvosa e seca; adaptação de um transceptor comercial para funcionar como gerador estável de sinal ajustável; e procedimentos para realização de campanhas de medição em ambientes desprovidos de infraestrutura.

Referência:

ALVES, Giovanni César Ganime. Modelagem da propagação radiomóvel no ambiente Cerrado nas faixas denominadas VHF/UHF. 2015. xv, 118 f., il. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

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