Viabilidade econômica no uso de polímero hidroabsorvente em mudas de espécies nativas do Cerrado

Viabilidade econômica no uso de polímero hidroabsorvente em mudas de espécies nativas do Cerrado

Autor(a):

Lauriane Monteiro da Fonseca

Resumo:

No Distrito Federal, para cada hectare urbanizado, outro é alterado pelos impactos indiretos das atividades humanas. A recuperação de uma área degradada é necessária para mitigar a interferência antrópica no ambiente. Uma das principais causas de mortalidade e do baixo desenvolvimento de mudas em plantios nas áreas degradadas em ambientes estacionais como o Cerrado, é o estresse hídrico. Polímeros hidroretentores estão sendo usados como condicionadores hídricos do solo. Embora pesquisas sobre a utilização de polímeros hidroretentores aplicados à recuperação de áreas degradadas esteja em crescimento, ainda não há consenso quanto à sua efetividade. Sendo assim, faz-se necessário determinar o custo e a eficiência do uso do polímero hidroretentor no plantio de mudas de espécies nativas de Cerrado, visando a recuperação de áreas degradadas. O estudo foi desenvolvido em uma área de cerrado sensu stricto degradada, no Setor de Chácaras Santos Drummond, próximo ao Vale do Amanhecer, em Planaltina, Distrito Federal. Foi realizado um experimento fatorial com dois fatores (época de plantio e uso do polímero hidroretentor), em dois níveis; antes e depois da estação chuvosa, com e sem o uso do polímero, respectivamente, divididos em quatro tratamentos. Para determinar a diferença estatística na análise da mortandade entre tratamentos, foi utilizado análise de variância (ANOVA) e teste de comparação de médias com teste “T” de Tukey. Foi determinado o custo adicional do uso do hidrogel na execução do plano de recuperação. Este valor foi comparado ao custo de substituição de mudas mortas. A sobrevivência no tratamento com o polímero hidroretentor na estação seca foi significativamente maior que no tratamento sem o polímero, na mesma estação. O custo total (incluindo a substituição de mudas) do plantio sem o hidrogel foi maior quando comparado ao plantio com hidrogel, ambos na estação seca. O plantio no final da estação seca com o uso
do polímero hidroretentor pode ser uma opção viável para minimizar os efeitos do estresse hídrico causado nesse período.

Referência:

FONSECA, Lauriane Monteiro da. Viabilidade econômica no uso de polímero hidroabsorvente em mudas de espécies nativas do Cerrado. 2014. xii, 47 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão Ambiental)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2014.

Disponível em:

Disponibilidade de serviços ecossistêmicos de um sistema agroflorestal na região de Cerrado no Brasil Central

Disponibilidade de serviços ecossistêmicos de um sistema agroflorestal na região de Cerrado no Brasil Central

Autor(a):

Jéssica Airisse Guimarães Sampaio

Resumo:

Diante do cenário de mudanças do uso da terra das áreas nativas de Cerrado com destinação para atividades agropecuárias tradicionais, as quais são sustentadas pelo emprego de alta tecnologia, uso de agroquímicos e pesada mecanização, esses e outros mecanismos utilizados modificam o fluxo das funções ecossistêmicas e, assim a provisão dos serviços ecossistêmicos. Em contrapartida ao modelo de produção rural vigente, os Sistemas Agroflorestais (SAFs) têm sido apresentados como alternativa de uso sustentável dos recursos naturais, uma vez que consistem na promoção da agricultura alternativa e são baseados na relação biodiversidade e funcionamento dos serviços ecossistêmicos. Nos Serviços Ecossistêmicos são considerados os benefícios diretos e indiretos obtidos pelo homem a partir do funcionamento dos ecossistemas. Diante disso, o objetivo do trabalho foi identificar os serviços ecossistêmicos de um Sistema Agroflorestal Sucessional Biodiverso localizado na região de Cerrado do Brasil Central (Região Administrativa de Planaltina-DF). As funções ecossistêmicas foram identificadas por meio de trabalhos científicos desenvolvidos no SAF em questão, de pesquisas na literatura, entrevista com o proprietário do SAF e visitas a propriedade. Para o mapeamento das funções avaliou-se os aspectos do SAF: características físico-químicas do solo, dinâmica de nitrogênio, qualidade e estimativa da taxa de decomposição da serapilheira, mineralização de nitrogênio, carbono orgânico do solo, retranslocação de nitrogênio, estoque de carbono na biomassa e no solo, evapotranspiração e produção de alimentos e de matéria prima. Dessa forma, a partir da análise dos dados da entrevista, da literatura e dos estudos foi possível mapear as funções ecossistêmicas do SAF com a intenção de compreender a disponibilidade dos serviços ecossistêmicos. A função identificada conversão de energia solar em biomassa pode ser associada a dois serviços: provisão de alimento e provisão de matéria prima. A função mapeada regulação de gases promove o serviço de sequestro e armazenamento de carbono. A função de refúgio é responsável pela geração do serviço de habitat para as espécies do SAF. A função de regulação da água foi associada a dois serviços: manutenção da água no sistema e regulação do clima local. Identificou-se a função de retenção do solo, a qual gera o serviço de controle a erosão do solo. A função de informação foi relacionada ao serviço de uso dos ecossistemas para conhecimento tradicional e científico. Constatou-se um grupo de funções compartilhando a geração de um serviço no caso da disponibilidade de nitrogênio, formado pelas funções regulação e uso dos nutrientes pelas espécies do SAF, conservação de nutrientes no sistema e ciclagem de nutrientes e no caso do serviço fertilidade do solo, que é gerado pelas funções ecossistêmicas ciclagem de nutrientes, formação de solo fértil e retenção do solo. O manejo de sistemas agroflorestais pode proporcionar bom funcionamento dos ecossistemas e prover serviços ecossistêmicos para o bem-estar humano. O sistema agroflorestal estudado tem capacidade de fornecer serviços ecossistêmicos de todas as categorias e tem potencial para a implementação da política de pagamentos por serviços ambientais (PSA).

Referência:

SAMPAIO, Jéssica Airisse Guimarães. Disponibilidade de serviços ecossistêmicos de um sistema agroflorestal na região de Cerrado no Brasil Central. 2013. xiv, 59 f., il. Monografia (Bacharelado em Gestão Ambiental)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2013.

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Densidade de indivíduos de Xylopia aromatica (pimenta de macaco) em uma área da comunidade Kalunga Engenho II, Cavalcante, Goiás

Densidade de indivíduos de Xylopia aromatica (pimenta de macaco) em uma área da comunidade Kalunga Engenho II, Cavalcante, Goiás

Autor(a):

Joelice Francisco Maia

Resumo:

Xylopia aromatica, conhecida popularmente como “Pimenta de Macaco”, é uma espécie lenhosa do Cerrado com grande potencial no uso doméstico. Na comunidade Kalunga Engenho II é usada desde a medicina até a culinária. A presente pesquisa, realizada nessa comunidade, pautou-se no levantamento dessa espécie, na análise da densidade de uma população X. aromatica, com a intenção de averiguar a altura, o diâmetro do caule, a área basal e avaliar a densidade das árvores amostradas. Foram utilizados os seguintes instrumentos à realização deste estudo: fita métrica, vareta de um metro, garrafa pet de dois litros, caneta fixadora e tesoura. Recorreu-se também ao uso dos programas Excel e Google Earth. Esta pesquisa subsidia a geração dados úteis ao manejo e conservação da região, pois X. aromatica é uma espécie amplamente usada nessa comunidade.

Referência:

MAIA, Joelice Francisco. Densidade de indivíduos de Xylopia aromatica (pimenta de macaco) em uma área da comunidade Kalunga Engenho II, Cavalcante, Goiás. 2013. 36 f. Monografia (Licenciatura em Educação do Campo)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2013.

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Conhecimentos tradicionais do Cerrado : sobre a memória de Dona Flor, raizeira e parteira

Conhecimentos tradicionais do Cerrado : sobre a memória de Dona Flor, raizeira e parteira

Autor(a):

Conhecimentos tradicionais do Cerrado : sobre a memória de Dona Flor, raizeira e parteira

Resumo:

O estudo trata dos conhecimentos de povos tradicionais associados à biodiversidade do Cerrado brasileiro e das relações interculturais que se estabelecem entre seus detentores e membros da sociedade envolvente. A autora analisa os saberes de Dona Flor, raizeira e parteira, integrante do Povoado do Moinho, comunidade negra localizada no município de Alto Paraíso, Goiás. Trabalhos antropológicos sobre a memória coletiva são aqui utilizados como estratégia metodológica para abordar o saber da raizeira. O s olhares que médicos e enfermeiros das instituições públicas de saúde municipal têm sobre especialistas de saúde deste tipo são também foco desta pesquisa com o objetivo de trazer à luz visões de intermedicalidade.

Referência:

ATTUCH, I.M. Conhecimentos tradicionais do Cerrado: sobre a memória de Dona Flor, raizeira e parteira. 2006. Dissertação de Mestrado apresentada no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, Universidade de Brasília. Brasília – DF.

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Utilização de dados orbitais para avaliação da integridade das Áreas de Preservação Permanentes (APP) da região administrativa de Planaltina (DF)

Utilização de dados orbitais para avaliação da integridade das Áreas de Preservação Permanentes (APP) da região administrativa de Planaltina (DF)

Autor(a):

Pryscila Nunes de Otanásio

Resumo:

A região Administrativa de Planaltina abrange uma área de 1.534,69 km², tem como característica possui nascentes das três maiores bacias hidrográficas do Distrito Federal (Tocantins, São Francisco e Paraná), portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a integridades das Áreas de Proteção Permanente (APP) da região. Os procedimentos metodológicos foram divididos em três etapas, onde a primeira etapa foi voltada para a realização do mapeamento da cobertura da terra da região. Para esta etapa, foram utilizados dados do sensor Thematic Mapper (TM) a bordo do satélite Landsat 5. Foi realizada vetorização digital em tela para a delimitação das classes de cobertura da terra em dois níveis categóricos. A segunda foi referente à determinação das APP a partir de um buffer de 30 m gerado em torno da drenagem da área de estudo e 50 metros ao redor das nascentes. Por fim, na terceira etapa foi realizada a sobreposição dos produtos gerados nas duas primeiras etapas, com intuito de obter valores quantitativos referentes à cobertura da terra dentro das áreas delimitadas como APP. A análise possibilitou observar que a área total das APP é de 42,40 km2, onde cerca de 27,39 km2 das áreas estão em conformidade com a lei, ou seja, estão com cobertura natural. Em contrapartida, 14,40 km2 são utilizados por atividades agropastoris, o que torna necessário uma melhor aplicabilidade das diretrizes definidas pela legislação. A metodologia mostrou-se como uma importante ferramenta para o auxílio na identificação de áreas em desconformidade com a lei e um instrumento de subsídio para formulação de planos de gestão dos recursos naturais.

Referência:

OTANÁSIO, Pryscila Nunes de. Utilização de dados orbitais para avaliação da integridade das Áreas de Preservação Permanentes (APP) da região administrativa de Planaltina (DF). 2014. 45 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão Ambiental)—Universidade de Brasília, Planaltina, 2014.

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Uso das plantas medicinais do cerrado na Comunidade Kalunga, Ribeirao dos Bois, Teresina – GO

Uso das plantas medicinais do cerrado na Comunidade Kalunga, Ribeirao dos Bois, Teresina – GO

Autor(a):

Aneli Soares da Silva

Resumo:

Este trabalho registra a importância do uso das plantas medicinais do Cerrado e o que está levando à perda desses saberes e fazeres na comunidade Kalunga Ribeirão dos Bois, Teresina – GO. Foi feita uma abordagem da variedade popular do uso das plantas mais usadas pela comunidade para o tratamento de enfermidades. Este trabalho foi realizado por meio de entrevistas, tendo como referencial teórico -metodológico a história oral. As entrevistas foram realizadas com moradores de duas gerações da comunidade. A pesquisa traz uma variedade de plantas medicinais utilizadas, principalmente pelas pessoas mais velhas de Ribeirão dos Bois e revela que esse conhecimento está se fragmentando entre os moradores, especialmente os mais jovens, pois a necessidade desses sujeitos do campo terem que deixar suas localidades permite que o conhecimento tradicional do uso das plantas não seja reproduzido entre as gerações mais novas.

Referência:

SILVA, Aneli Soares da. Uso das plantas medicinais do cerrado na Comunidade Kalunga, Ribeirao dos Bois, Teresina – GO. 2013. 46 f., il. Monografia (Licenciatura em Educação do Campo)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2013.

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Proposta de intervenção no ensino integral: bioma Cerrado

Proposta de intervenção no ensino integral: bioma Cerrado

Autor(a):

Guilherme Caldas de Mesquita

Resumo:

O trabalho realizado propõe alternativas para o ensino de conceitos do Bioma Cerrado e da Educação Ambiental aos docentes que atuam no Ensino Integral. A atividade proposta foi realizada no CEF 02 de Planaltina, com 28 alunos do Ensino Integral, no formato de minicurso, com duração de 20h e buscou a complementação de conceitos não trabalhados nos livros didáticos. Após a atividade de minicurso foi aplicado um questionário aos alunos objetivando avaliar atividades desenvolvidas no ensino integral, a validade do minicurso e o aprendizado adquirido. A proposta também visa auxiliar o professor com atividades de reforço e aprofundar conceitos com os alunos sobre a importância do Bioma Cerrado.

Referência:

MESQUITA, Guilherme Caldas de. Proposta de intervenção no ensino integral: bioma Cerrado. 2014. 27 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Naturais)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2014.

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Avaliação da paisagem da sub-bacia do alto São Bartolomeu pelo modelo Pressão-Estado-Resposta

Avaliação da paisagem da sub-bacia do alto São Bartolomeu pelo modelo Pressão-Estado-Resposta

Autor(a):

Fernando Ramos de Oliveira

Resumo:

Os múltiplos tipos de atividades realizadas pela sociedade humana na busca da satisfação de suas demandas econômicas, culturais e sociais causam alterações ambientais cada vez mais perceptíveis em curtas escalas de tempo. No Cerrado, essas transformações trouxeram grandes danos ambientais: fragmentação de habitats, extinção da biodiversidade, invasão de espécies exóticas, erosão dos solos, poluição de aquíferos, degradação de ecossistemas, alterações nos regimes de queimadas, desequilíbrios no ciclo do carbono e possivelmente modificações climáticas regionais. Para minimizar todos esses efeitos, tem sido proposto cada vez mais o estudo e planejamento da paisagem. Nesse contexto, este estudo realizou, através da interpretação de métricas de paisagem, a avaliação da paisagem da sub-bacia do alto curso do rio São Bartolomeu. Partindo-se da interpretação das métricas resultantes do uso de sensoriamento remoto foi possível identificar o estado atual dessa paisagem e, através do histórico de uso e ocupação dessa área, averiguar os fatores de pressão. Essas informações posteriormente deram base ao desenvolvimento de um modelo Pressão-Estado-Resposta (PER), na qual a “resposta” foi considerada como sendo as contribuições de um gestor ambiental dentro de um contexto de planejamento e monitoramento ambiental de curto, médio e longo prazo. As métricas indicaram que os fragmentos remanescentes de vegetação nativa da área em estudo encontram-se em dimensões reduzidas e possivelmente sob efeito de borda, principalmente os da formação florestal, essencial para a provisão de serviços ecossistêmicos e manutenção da biodiversidade. Além disso, mesmo os maiores fragmentos como as Unidades de Conservação PNB e ESEC-AE apresentam-se extremamente pressionadas pela matriz em função do acelerado processo de ocupação do solo em seu entorno, nem sempre planejado e organizado. Através do uso do modelo PER foi possível identificar o estado atual da paisagem investigada, bem como os seus principais fatores de pressão antrópica e estabelecer uma resposta para corrigir ou atenuar o quadro de dilapidação dos recursos naturais.

Referência:

OLIVEIRA, Fernando Ramos de. Avaliação da paisagem da sub-bacia do alto São Bartolomeu pelo modelo Pressão-Estado-Resposta. 2013. xi, 41 f., il. Monografia (Bacharelado em Gestão Ambiental)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2013

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Teores de mercúrio em plantas do cerrado senso restrito da estação ecológica Águas Emendadas, Distrito Federal

Teores de mercúrio em plantas do cerrado senso restrito da estação ecológica Águas Emendadas, Distrito Federal

Autor(a):

Luciana Frota Madeira

Resumo:

O presente trabalho teve por objetivo avaliar as concentrações de mercúrio total (Hg) no estrato arbóreo e herbáceo (gramíneas) da vegetação de cerrado sensu stricto da Estação Ecológica Águas Emendadas, Planaltina – DF, Brasil. A concentração do Hg foi determinada por espectrometria de absorção atômica. Os teores médios encontrados no estrato arbóreo e herbáceo foram de 36 ng/g (5,32-80,9 ng/g) e 15ng/g (4,54-48,5 ng/g), respectivamente. As famílias Annonaceae, Vochysiaceae e Fabaceae apresentaram as maiores concentrações médias (> 40 ng/g de Hg). O estudo revelou que as espécies do cerrado estudadas bioacumularam nos seus tecidos foliares concentrações de Hg abaixo dos valores de fitotoxicidade e por isso convivem naturalmente com este metal sem apresentar quaisquer efeitos deletérios. Entretanto, são necessários estudos mais específicos da origem e dinâmica do mercúrio nesses ambientes e da resposta fisiológica das plantas.

Referência:

MADEIRA, Luciana Frota. Teores de mercúrio em plantas do cerrado senso restrito da estação ecológica Águas Emendadas, Distrito Federal. 2013. 17 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Naturais)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2013.

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Avaliação da cobertura da terra do Parque Recreativo Sucupira e de sua zona influencia direta

Avaliação da cobertura da terra do Parque Recreativo Sucupira e de sua zona influencia direta

Autor(a):

Mabby Camarda Bernardes

Resumo:

O Brasil é considerado megadiverso por abrigar cerca de 20% das espécies do planeta. No entanto, estudos indicam que asatividades antrópicas apresentam-se como ameaça para essa biodiversidade. No intuito depromover a conservação da diversidade biológica, foi regulamentada a Lei 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), estabelecendo critérios e normas para a gestão de unidades de conservação. Uma das principais demandas para essa gestão é o monitoramento da cobertura da terra da unidade de conservação e seus entorno para a tomada de decisão dos gestores. Dentre as formas de obtenção dessas informações, destacam-se os sensoresorbitais, que proporcionam a geração sistemática de dados referentes à superfície terrestre. Além da geração de dados sistemáticos, também é importante salientar seu potencial de obter dados de diferentes datas, permitindo a avaliação da dinâmica da ocupação antrópica. Nesse contexto, O objetivo desse trabalho foi avaliar a cobertura da terra do Parque Recreativo Sucupira (PRS) e de sua Zona de Influência Direta (ZID) entre os anos de 1996 e 2010 por meio de análise multitemporal de dados orbitais. O PRS possui uma área de 124,44 hectares, estando localizado dentro da Região Administrativa VI de Planaltina. Considerando os limites desse parque estabelecidos pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a ZID foi gerada abrangendo 500 metros em seu entorno. A primeira etapa foi a geração do mapa de cobertura da terra referente ao ano de 2010, gerado em função no mosaico de fotografia aéreas, fornecido pela Companhia Imobiliária de Brasília (TERRACAP) e vetorização digital em tela. Para a análise multitemporal, foram organizadas imagens do sensor Landsat 5-TM, de 1996, 1999, 2003 e 2007, que foram registradas em função do mosaico de fotografia aéreas. A partir do mapa gerado para 2010 foi realizada a análise multitemporal por meio de retro análise dos dados. Foi empregado um sistema de classificação híbrido, adaptado para o Cerrado e dividido em 3 níveis categóricos. Os resultados indicaram que a área interna do PRS apresentou cerca de 50 % de área vegetal plantada em 2010, sendo que 36,58 % foi caracterizado por pastagem. Observou-se um crescimento de 18,83 % dessa classe nos 14 anos avaliados. A ZID possuiu uma área de 337,16 hectares, dos quais cerca de 42 % estavam cobertos por áreas construídas em 2010. Na ZID o loteamento e a pastagem apresentaram os maiores variações ao longo do período estudado, com incremento de 7,26 % e 6,03 %, respectivamente. Em ambas as áreas (PRS e ZID) foram observadas reduções da vegetação perturbada, fato que indica que a ocupação antrópica dessa área de estudo tem sido iniciada com a alteração da cobertura vegetal natural, especialmente da camada arbórea. Essa abordagem favoreceu a compreensão da dinâmica da ocupação antrópica no Cerrado, servindo como subsídio para o ordenamento territorial, tanto para atividades agropastoris, quanto para áreas urbanas.

Referência:

BERNARDES, Mabby Camarda. Avaliação da cobertura da terra do Parque Recreativo Sucupira e de sua zona influencia direta. 2013. xi, 35 f., il. Monografia (Bacharelado em Gestão Ambiental)—Universidade de Brasília, Planaltina, 2013.

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