KaluCast

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KaluCast: https://museucerrado.com.br/podcast/


A herança cultural e as tradições do Território Kalunga carregam um papel fundamental para a preservação e valorização da nossa história, e muito já se fala sobre a diversidade e a riqueza dessas manifestações, que se fazem através de danças, festejos religiosos e culturais. Mas você sabe quem está por trás de toda a manutenção e preservação da cultura quilombola? É por isso que o Podcast Kalucast chegou para trazer debates, histórias e reflexões, o podcast busca fortalecer a voz e as narrativas do maior Quilombo do Brasil.


Mulheres negras e quilombolas são as detentoras dos saberes ancestrais, das rezas e da medicina natural. Foram e são fundamentais na organização social, produtiva e nas estratégias de resistência dentro e fora de seus territórios.


No 1° episódio do KaluCast, Guardiãs do Cerrado, Fiota, Percilia e Vera, três lideranças da Comunidade Quilombola Vão de Almas, compartilham seus saberes e reflexões sobre a relação com a terra, o Cerrado, os ensinamentos ancestrais e as tradições transmitidas de geração em geração. Elas destacam seus sonhos e enfatizam a necessidade de mudar a forma como tratamos nossos recursos naturais, alertando contra a ganância e a exploração desenfreada. Destacam a importância de plantar e cuidar do nosso Cerrado, preservar a oralidade, cuidar bem dos nossos filhos e aprender com tudo o que a terra nos oferece.               


Disponível em:

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No 2º episódio do KaluCast, Saberes Ancestrais, convidamos a Marta Kalunga, que é mãe, artesã, empreendedora, condutora de visitantes e liderança responsável por realizar eventos e filmes culturais que celebram e preservam as nossas tradições. Para seguir os caminhos desse bate-papo, convidamos também a Hozana Francisca, grande mãe, benzedeira e rezadeira. No episódio, elas compartilham suas estratégias de resistência, lutas, sonhos e como os saberes ancestrais moldam suas vidas e comunidades. Marta Kalunga fala sobre sua experiência na preservação cultural através da Casa Memória da Mulher Kalunga, além de abordar a falta de protagonismo e reconhecimento das mulheres quilombolas. Enquanto isso, Hozana Francisca nos conduz por uma conversa de cura e muita fé, destacando a importância das rezas e das benzeduras na manutenção da saúde e bem-estar comunitário. Marta e Hozana revelam como seus conhecimentos e práticas ancestrais continuam a ser um alicerce para a organização e a sobrevivência de nossas comunidades, oferecendo uma visão inspiradora de resiliência e força. Ao ouvir suas histórias, podemos entender melhor a profundidade e a riqueza das tradições quilombolas e o papel crucial das mulheres na perpetuação dessas práticas.        


Disponível em:

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ATENÇÃO!!! SOS BRASIL!

ATENÇÃO!!! SOS BRASIL!

Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), estima-se que estados e União tenham deixado de arrecadar R$ 12,9 bilhões com redução de 60% no ICMS e isenção total de IPI para certos tipos de agrotóxicos, considerando a comercialização de agrotóxicos em 2021. O montante representa, por exemplo, cinco vezes o orçamento destinado pela União em 2024 para a prevenção e combate a desastres naturais (R$ 2,6 bilhões).

Benefício para mercado de commodities
De acordo com as organizações, a isenção fiscal beneficia diretamente o mercado de commodities, voltadas para o mercado externo e não incide no aumento do preço dos alimentos que compõe a cesta básica para os consumidores, como argumenta entidades representativas do agronegócio.  

De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal, 89% da área total com uso de agrotóxicos em 2022 são voltadas para plantio de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar e pastagens. Com menos incentivos e pressão do agronegócio, de produção de alimentos para consumo interno sofre sequentes retrações. Enquanto a área de plantio de soja aumento em 187% de 2000 a 2021, no mesmo período o plantio de arroz diminuiu 54%, e a de feijão, 37%.  

Além da manifestação contrária à isenção pelas organizações, a Procuradoria Geral da República (PGR) na mesma ação, declarou que os incentivos aos agrotóxicos 

não se coadunam com os objetivos do Estado Democrático de Direito Ambiental. Os Conselhos Nacionais de Saúde e de Segurança Alimentar recomendaram aos ministros do STF que “rejeitem quaisquer proposições que resultem ou possibilitem a redução ou a isenção fiscal e tributária a agrotóxicos uma vez que estamos diante de perigos graves de saúde pública devido à exposição a essas substâncias nocivas”.  

É muito dinheiro que o Brasil deixa de arrecadar e poderia ser destinado a políticas essenciais, como educação, saúde e enfrentar a crise climática como a do Rio Grande do Sul.

Nesta quarta-feira (12//2024) o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento da ação que questiona a inconstitucionalidade desse benefício. É imperativo que a sociedade siga este julgamento importante.  

Saiba mais: https://bit.ly/3KJeUHy 

Conheça o novo Monumento Natural Cavernas de São Desidério, Bahia, CERRADO!

Conheça o novo Monumento Natural Cavernas de São Desidério, Bahia, CERRADO!

Mais uma unidade de conservação criada no Dia Mundial do Meio Ambiente através do decreto assinado pelo presidente Lula. A nova unidade abrange 16.619 hectares de Cerrado no município baiano de São Desidério. O território abriga um complexo de cavernas de extrema relevância para a ciência, conservação da biodiversidade e comunidades locais.
O novo Monumento Natural Cavernas de São Desidério busca preservar o Cerrado, sistemas flúvio-cársticos e sítios arqueológicos, além de proteger o Rio João Rodrigues, afluente do Rio São Desidério.
A criação deste monumento marca um avanço na proteção do Cerrado na região, permitindo atividades como turismo sustentável e agricultura familiar.

Entre os atrativos do Monumento Natural Cavernas de São Desidério estão:

Salão Coliseu, o maior salão de caverna conhecido no país, com mais de 25.000 m², localizado na Garganta do Bacupari.

– O maior lago subterrâneo do Brasil, situado no Buraco do Inferno da Lagoa do Cemitério, um  hotspot de diversidade da fauna subterrânea.

– O Sumidouro do João Baio, com variação regular do fluxo de água, um fenômeno raro em nível mundial.

– Outros locais de beleza cênica, como o Lago Azul, a Gruta do Catão, o Buraco da Sucupira e o Buraco da Sopradeira.

Mais informação:

https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/noticias/ultimas-noticias/conheca-o-novo-monumento-natural-cavernas-de-sao-desiderio    

#ecomuseudocerradolaisaderne #MuseuCerrado #turismosustentavel #cerrado #saodesiderio 

Baunilhas

Baunilhas

 

A baunilha é uma planta trepadeira da família das orquídeas (Orchidaceae), pertencente ao gênero Vanilla. É a única orquídea que possui frutos aromáticos; por isso, é utilizada amplamente na indústria de alimentos, cosméticos e gastronomia. Embora o termo botânico que define o tipo de fruto da baunilha seja “cápsula”, ele é comumente chamado de “fava” ou “vagem”. Os frutos somente produzirão aroma quando em plena maturidade, o que pode ocorrer de forma natural ou artificialmente pelo processo de cura. 

Fonte: Cultivo de baunilha : práticas básicas / Luciano de Bem Bianchetti … [et al.]. – Brasília, DF : Embrapa, 2023. 

 

Em todo o mundo, são conhecidas cerca de 110 espécies do gênero. Dessas, apenas de 30 a 40 são aromáticas e ocorrem somente na América tropical e subtropical; deste total de espécies, cerca de 40 ocorrem no Brasil. 

Projeto Ró : uma mitopoética cerratense como objeto de aprendizagem poético para a arte-educação ambiental

Projeto Ró : uma mitopoética cerratense como objeto de aprendizagem poético para a arte-educação ambiental

Autor(a):

Thiago Falleiros Wirth Chaibub  

Resumo:

Por paixão pelo Cerrado e temor por seu desaparecimento, concebi, junto a um coletivo de artistas, um projeto de publicação de arte e poesia intitulado “Ró” (palavra xavante para Mundo/Cerrado), que consiste em um mito inventado sobre o fim e o recomeço do Cerrado, contado por meio de poemas e de imagens inspiradas na arte rupestre. Esse mito inventado representa um desejo de conexão com a natureza através de um retorno à ancestralidade, apresentando uma visão em que o equilíbrio ecológico do bioma é resgatado. Infelizmente, porém, a publicação nunca se consolidou. A partir do resgate do projeto Rö, este trabalho tem como objetivo investigar as possibilidades de sua aplicação como um Objeto de Aprendizagem Poético (OAP) voltado å Arte-Educação Ambiental (AEA). OAP é um conceito derivado do ensino de ciências, porém transformado para sua aplicação na Arte-Educação. A Arte-Educação Ambiental, por sua vez, trata-se de um construto ainda em formação, surgido da relação entre a Arte-Educação e a Educação Ambiental. Realizei uma análise do projeto R6, investigando sua mitopoética, seu conteúdo e sua qualidade como OAP para a AEA. Utilizando a metodologia da A/r/tografia, inserida na Pesquisa Educacional Baseada em Artes (PEBA), realizei também um relato do processo de investigação do projeto. A A/r/tografia coloca o próprio artista/pesquisador/professor e seu processo de pesquisa e produção em foco, em busca de equilíbrio entre poeticidade e ciência. A partir dessa investigação e da análise do projeto R6, espera-se que, futuramente, ele se consolide em um livro digital, que possa ser utilizado em práticas de AEA sobre o Cerrado, e possa ser apropriado, de várias formas, por educadores e pelo público em geral.

Referência:

CHAIBUB, Thiago Falleiros Wirth. Projeto Ró: uma mitopoética cerratense como objeto de aprendizagem poético para a arte-educação ambiental. 2021. 228 f., il. Dissertação (Mestrado em Educação) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.

Disponível em:

Culturas Cerratenses

Culturas Cerratenses

As comunidades tradicionais do Cerrado se autodefinem tradicionalmente/historicamente a partir dos elementos do Cerrado com os quais têm mais convivência e intimidade –  pescadores, ribeirinhos, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu, fundo e fecho de pasto, retireiros do Araguaia, vazanteiros, geraizeiros, barranqueiros, vacarianos, apanhadoras de flores de sempre-viva, veredeiros.

Os povos indígenas que nele vivem há mais de 12 mil anos – muito antes dos europeus pisarem no Brasil, são mais de 80 etnias, dentre Xavantes, Krahô-Kanela, Tapuias, Guarani Kaiowá, Terena, Xacriabas, Apinajé, Xerente, Karajá, Avá Canoeiro, Javaé, Xambioá, entre outros.

Toda a diversidade cultural dos povos indígenas e das comunidades tradicionais é patrimônio imaterial do Cerrado. Viva o Cerrado vivo e em pé!

Desmatamento Crescente no Cerrado aponta sua entrega á devastação agronegócio exportador

Desmatamento crescente no Cerrado aponta sua entrega á devastação pelo agronegócio exportador

No Relatório Anual do Desmatamento (RAD) feito pelo MapBiomas referente ao ano de 2023, apontam que 61% da área desmatada em todo o país estava no Cerrado e 25% na Amazônia; sendo que mais da metade de toda a área desmatada no Brasil em 2023 está no Cerrado: 1.110.326 milhão de hectares foram devastados, um aumento de mais de 67% em relação ao ano anterior; onde foram suprimidos 3.042 hectares de vegetação nativa por dia. A Amazônia foi o segundo bioma mais destruído com 454.271 hectares. Esta foi a primeira vez, desde o início da série histórica do RAD, em 2019, que o Cerrado passou a Amazônia em devastação.

 

O maior alerta de desmatamento do Brasil aconteceu no Cerrado, com área de 6.691 hectares, no município do Alto Parnaíba (MA). A região do Matopiba, formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, está na frente da expansão da destruição do Cerrado, três em cada quatro hectares desmatados no Cerrado em 2023 (74%) foram no Matopiba, devido ao agronegócio, estimulado pelo mercado internacional. Em 2004, Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia respondiam juntos por 4,15% do valor exportado, enquanto que no ano passado, a fatia foi de 9,6%.  Dois terços (33) dos 50 municípios que mais desmataram no Brasil ficam no Cerrado, sendo que os 10 municípios com maior área desmatada no Cerrado estão todos localizados no Matopiba. No ranking dos municípios que mais desmataram no país está São Desidério (BA), cujo principal bioma é o Cerrado, com 40.052 hectares suprimidos.

 

A fraca regulação ambiental no bioma Cerrado é um dos fatores que explica sua devastação, porque o Código Florestal obriga produtores rurais a preservar 80% da vegetação em suas propriedades na Amazônia, enquanto essa taxa é de 20% no Cerrado. A flexibilização de leis que favorecem a grilagem, a ausência de demarcação e titulação de terras indígenas e quilombolas e a violência contra povos e comunidades tradicionais movimentam uma máquina de saquear e escoar commodities – principalmente a soja – para a China, Europa e Estados Unidos.

Assine a petição dirigida ao Governo Federal e Governo do Maranhão contra a pulverização aérea de #agrotóxicos sobre os corpos e plantações camponesas no Maranhão!

Assine a petição dirigida ao Governo Federal e Governo do Maranhão contra a pulverização aérea de #agrotóxicos sobre os corpos e plantações camponesas no Maranhão!


Comunidades camponesas no #Maranhão, estão sendo atacadas por produtores de soja com veneno pulverizado com aviões e drones sobre seus corpos e plantios familiares. E tudo isso com a conivência dos governos do Maranhão e do Brasil, que não têm feito esforços significativos para fiscalizar e proibir esta prática.

Despejado por aviões e drones em janeiro, fevereiro e março, os agrotóxicos estão destruindo toda a produção de milho, macaxeira, feijão, legumes, hortaliças e frutas das comunidades, além dos peixes, que não sobrevivem à contaminação dos rios. Uma arma química usada para expulsar camponeses de seus territórios ancestrais, ocupados há mais de um século.

No Brasil, apenas o Ceará tem uma lei que proíbe a pulverização aérea. Na União Europeia, a prática está banida desde 2009 por conta dos graves e comprovados riscos à saúde humana e ao meio ambiente.

Vamos dizer ao governo do Maranhão e ao governo brasileiro que eles precisam banir a pulverização aérea de veneno urgentemente.

Organizações ambientais e de direitos humanos da Argentina, Bolívia, Brasil, Alemanha e Paraguai também apresentaram uma queixa contra a Bayer AG à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), buscando responsabilizar a empresa pelos graves impactos da agricultura industrial na América do Sul.

Acesse: salveafloresta.org/acoes/1284

Cartilha Coleta e Beneficiamento de Sementes Nativas do Cerrado

Cartilha Coleta e Beneficiamento de Sementes Nativas do Cerrado

 

Beneficiar sementes nativas é semear o futuro da biodiversidade e da sustentabilidade. Por isso, compartilhamos com vocês a nossa cartilha sobre “Beneficiamento de Sementes Nativas”. O material visa orientar coletores no manejo de sementes nativas do Cerrado.

 

Nossa cartilha aborda a importância da restauração ecológica, um manejo para reverter e revitalizar ecossistemas comprometidos, ressaltando que a recomposição da vegetação pode ser realizada por meio do plantio de sementes, através da Muvuca.

 

Junte-se a nós nessa missão de valorizar e preservar nossas espécies nativas.

 

Disponível no nosso site: rsc.org.br (em publicações), essa cartilha faz parte do projeto “Tecendo Redes e Espalhando Sementes”, executado pela RSC, financiada pelo Fundo de Promoção de Paisagens Produtivas Ecossociais (PPP-ECOS) gerido pelo Instituto População Sociedade Natureza (ISPN).