Grande Sertão: Veredas – resgate e conservação de uma paisagem cultural

Grande Sertão: Veredas - resgate e conservação de uma paisagem cultural

Autor(a):

Guilherme Braga Neves

Resumo:

O estudo em tela buscou avaliar a paisagem cultural existente na obra Grande Sertão: Veredas e estabelecer uma relação com as unidades de conservação existentes na região em que se passa o livro, utilizando técnicas de geoprocessamento. As localidades retiradas do livro tiveram sua paisagem analisada por meio da fotointerpretação, buscando avaliar seus diferentes usos do solo, bem como a situação ambiental da área. Eu consegui apontar algumas localidades da obra, como o Liso do Sussuarão, cidade natal de Riobaldo, próximo a João Pinheiro e dos-Porcos, onde Diadorim passou sua infância. As regiões noroeste de Minas Gerais, sul da Bahia e leste de Goiás, apresentam extensas áreas ligadas a atividades do agronegócio, impulsionando a transformação da paisagem descrita na obra rosiana.

Referência:

NEVES, Guilherme Braga. Grande Sertão: Veredas – resgate e conservação de uma paisagem cultural. 2015. 63 f., il. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

Disponível em:

Composição florística e aspectos fenológicos de um fragmento de mata de galeria com vistas à restauração ecológica no cerrado, Distrito Federal

Composição florística e aspectos fenológicos de um fragmento de mata de galeria com vistas à restauração ecológica no cerrado, Distrito Federal

Autor(a):

Natanna Horstmann

Resumo:

O objetivo desse estudo foi caracterizar a composição florística e os aspectos fenológicos (floração e frutificação) de um fragmento de Mata de Galeria, no Distrito Federal, com vistas à restauração ecológica no bioma Cerrado. A coleta de dados foi mensal e ocorreu em um fragmento de Mata de Galeria (Núcleo Rural Tabatinga, Planaltina, DF, bacia do Rio Preto), durante um período de 18 meses pelo método do caminhamento. As espécies foram enviadas para confirmação e depósito no herbário da Embrapa Cenargen (CEN). As espécies foram classificadas em termos de síndromes de polinização e dispersão de diásporos, conforme literatura específica. O fragmento apresentou 148 espécies, 95 gêneros e 54 famílias, sendo 50% das espécies arbóreas, arbustos (21,9%), lianas (13,7%), ervas (7,5%) e subarbustos (6,8%). A floração e/ou frutificação ocorreu durante os 18 meses, com picos de floração em julho, dezembro e maio; e picos de frutificação em fevereiro, março e agosto. A polinização dependente de animais ocorreu em 93% das espécies: a melitofilia foi a principal (51%), insetos pequenos e pouco especializados (15%), ornitofilia (8%), anemofilia (7%), falenofilia (7%), miiofilia (5%), psicofilia (3%), quiropterofilia (2%) e cantarofilia (1%). Quanto à dispersão de diásporos, as quatro síndromes encontradas foram zoocoria (50% das espécies), anemocoria (43%), autocoria (6%) e barocoria (1%). Há um predomínio de árvores, seguidas pelos arbustos, lianas, ervas e subarbustos. Existem recursos de flores e frutos ao longo do ano e três picos de floração e frutificação. A polinização dependente de animais está em quase a totalidade das espécies (93%) e das quatro síndromes de dispersão de diásporos encontradas, a mais comum foi a zoocórica.

Referência:

HORSTMANN, Natanna. Composição florística e aspectos fenológicos de um fragmento de mata de galeria com vistas à restauração ecológica no cerrado, Distrito Federal. 2015. vi, 44 f., il. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

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Florística e estrutura da vegetação de áreas de cerrado sentido restrito, em diferentes substratos, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros – GO

Ocorrência e representatividade de anuros em unidades de conservação do Estado de Goiás e do Distrito Federal

Autor(a):

Samara Maciel

Resumo:

O bioma Cerrado possui elevada diversidade beta e alta taxa de endemismo de anfíbios. A presença de espécies em Unidades de Conservação, principalmente de proteção integral, é essencial para a sua conservação. Avaliei a representatividade das espécies de anuros do Distrito Federal e Goiás, através da compilação de dados de planos de manejo, estudos científicos e levantamentos de riqueza em Unidades de Conservação. Verifiquei se as informações disponíveis nos planos de manejo condizem com os registros realizados efetivamente nas UC, bem como e capacidade de fornecer informações importantes para a conservação de anuros. Analisei se a riqueza de anuros está relacionada com a riqueza florística e altitudes mínima e máxima das UC. A lista de espécies do Distrito Federal e Goiás totalizaram 56 e 104 espécies, respectivamente, representando 27 e 51% da riqueza de todo o bioma Cerrado. As taxas de endemismo de 27% para ambas as Unidades Federativas. Em média, 35% das espécies não estão representadas em UC e, portanto, não protegidas. O PARNA da Chapada dos Veadeiros mostrou uma grande importância para a conservação de espécies do Cerrado, possuindo 25% da riqueza do bioma. Áreas maiores mantém maior número espécies, mas muitas UC possuem menos espécies que o esperado pela relação espécies x área. A riqueza de anuros não foi explicada pela riqueza florística e altitude. A deficiência de informações e a falta de acurácia dos dados dos planos de manejo mostrou a necessidade de estudos mais aprofundados sobre a composição de riqueza de anuros nas UC do Distrito Federal e Goiás.

Referência:

MACIEL, Samara. Ocorrência e representatividade de anuros em unidades de conservação do Estado de Goiás e do Distrito Federal. 2015. 33 f., il. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

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Análise temporal (1989 a 1999) da ocorrência de incêndios florestais no Distrito Federal utilizando imagens Landsat

Análise temporal (1989 a 1999) da ocorrência de incêndios florestais no Distrito Federal utilizando imagens Landsat

Autor(a):

Menic Sander Pereira da Silva

Resumo:

O presente estudo gerou uma base de dados georreferenciada da localização, tamanho e recorrência de incêndios florestais no Distrito Federal durante os anos de 1989 a 1999, formando uma série histórica de uma década. As áreas dos incêndios foram delimitadas através da classificação supervisionada paralelepípedo. Foram analisadas a ocorrências dos incêndios dentro das unidades de conservação prioritárias para a conservação. Os dados mostraram que em média anualmente 20% da área queimada está localizada dentro de unidades prioritárias para a conservação. O ano de 1991 foi o que apresentou maior região queimada, totalizando 300,7 km² de cicatrizes de fogo, seguido pelo ano de 1994, ano em que 53% da área queimada foi dentro de unidades de conservação.

Referência:

SILVA, Menic Sander Pereira da. Análise temporal (1989 a 1999) da ocorrência de incêndios florestais no Distrito Federal utilizando imagens Landsat. 2014. 43 f., il. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

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Análise de cenário de desmatamento para o estado de Goiás

Análise de cenário de desmatamento para o estado de Goiás

Autor(a):

Maria Luíza Corrêa Brochado

Resumo:

O Cerrado é o segundo maior bioma do País. Ocupa principalmente a região mais central do Brasil e possui aproximadamente 203 milhões de hectares (25% do território) (IBGE). Conta com grande diversidade biológica e presta serviços ambientais essenciais na regulação do ciclo hidrológico. Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros que, juntas, fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade. Se, por um lado, com a antropização desse bioma, o país alcançou um respeitável patamar econômico, sobretudo pela elevada produção de grãos, carnes e derivados (commodities no mercado externo), por outro, hoje já se reconhece que uma significativa parcela de sua biodiversidade foi perdida (ou simplesmente não foi identificada a tempo), com o risco de extinção ainda presente. Muitos são os fatores que contribuem para a devastação do Cerrado. Entre eles pode-se citar: o processo de carvoarias, a preferencia pela agropecuária extensiva, a transformação local em pastagens, o inchaço das áreas urbanas, plantações de soja direcionadas ao mercado externo, bem como o cultivo da cana-de–açúcar (bioenergia), algodão, eucalipto (celulose) e queimadas. A região delimitada para o presente estudo é o estado de Goiás (estando inserido o Distrito Federal), por estar quase inteiramente inserido no cerrado, possuir a terceira maior área de vegetação entre os estados abrangidos pelo bioma, ocupar a nona posição entre as maiores economia do país e possuir perfil produtivo predominante na atividade agropecuária. Frente ao acelerado desmatamento no bioma, o presente estudo tem como objetivo modelar esse fenômeno no período de 2013 a 2040 para o estado de Goiás. Para construção do modelo, foram utilizadas informações de solos, centros urbanos, declividade, altitude, rodovias, desmatamento no período de 2008 a 2010 e unidades de conservação, bem como, Terras Indígenas. Os dados foram preparados em ambiente ArcGis 10.2 e depois as projeções de desmatamento foram geradas no software DINAMICA EGO.A resolução espacial utilizada foi de 120 metros. O modelo foi regionalizado por municípios. Optou-se por esse tipo de regionalização, pois o estado de Goiás vivencia uma grande explosão demográfica e um maior peso foi dado ao componente socioeconômico. A matriz de transição gerada para o modelo sem regionalização indicou que foram desmatados no estado de Goiás 10,4% de vegetação nativa no período de dois anos (2008 a 2010). A matriz de transição anual indica que foram desmatados 5,3% de vegetação nativa ao ano. Na geração de pesos observou-se que as variáveis mais determinantes para o fenômeno foram a distancia de centros urbanos, distancia de Rodovias e distancia do desmatamento. Os mapas de simulação e probabilidade gerados na simulação do modelo retrataram bem o desmatamento em 2010 em relação ao mapa referencia e indicaram as regiões de áreas de proteção integral e terras indígenas como baixas probabilidades de desmatamento e regiões de uso sustentável, em especial APA, com maiores probabilidades de ocorrência de desmatamento. Na validação do modelo as maiores similaridades foram encontradas para as janelas com tamanho de 13 x 13 pixels. Na simulação para o ano de 2040 verificou-se uma área desmatada de 275.064,7 Km². Apesar de as taxas de desmatamento calculadas nas matrizes de transição serem relativamente altas, o resultado final corrobora os estudos de diversas entidades acerca do desaparecimento do bioma até o ano de 2030.

Referência:

BROCHADO, Maria Luíza Corrêa. Análise de cenário de desmatamento para o estado de Goiás. 2014. 58 f., il. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

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Mudanças florísticas na vegetação lenhosa em cerrado sentido restrito de vale na estação ecológica do Jardim Botânico de Brasília (2009-2013)

Mudanças florísticas na vegetação lenhosa em cerrado sentido restrito de vale na estação ecológica do Jardim Botânico de Brasília (2009-2013)

Autor(a):

Matheus do Vale Mendes

Resumo:

O Cerrado no Brasil Central se destaca pela elevada diversidade em espécies e figura entre as savanas mais ricas do mundo. A ampla variedade de fitofisionomias coexiste e se mistura mesmo em condições edáficas semelhantes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a florística do Cerrado sentido restrito de Vale (V) que ocorre sobre solos distróficos na Estação Ecológica no Jardim Botânico de Brasília (EEJBB-DF) no período 2009-2013 quando não foram registrados incêndios. Na área foram estabelecidas dez parcelas permanentes de 20×50 m cada (1.000 m²) com o total de um hectare amostrado. Foram mensurados os diâmetros e estimadas as alturas totais de todos os indivíduos, inclusive os mortos em pé, com Db30cm ≥ 5 cm. Foram calculados parâmetros absolutos e relativos de densidade, frequência, área basal e IVI. A estrutura de tamanhos foi avaliada em intervalos fixos de altura e diâmetro. Foram amostradas, nos inventários de 2009 / 2013, respectivamente: 28 / 34 famílias, 45 / 53 gêneros e 59 / 72 espécies. Outras 15 espécies foram incluídas na amostragem em 2013, principalmente algumas típicas da mata de galeria (*), que se expande sobre as parcelas mais próximas nos limites com o Cerrado sentido restrito. Foram estas: Erythroxylum suberosum, Banisteriopsis sp., Aegiphila lhozkiana, Vochysia tucanorum (*), Symplocos nitens (*), Lamanonia ternata, Ocotea spixiana (*), Miconia leucocarpa, Emmotum nitens (*), Byrsonima laxiflora (*), Myrcia splendens (*), Maprounea guianensis (*), Copaifera langsdorffii (*), Rourea induta e Bacharis sp. Duas espécies, Vernonanthura ferruginea e Eremanthus goyazensis, amostradas em 2009 não foram encontradas em 2013. As mesmas famílias foram as mais representadas em 2009 / 2013 (Fabaceae, Vochysiaceae e Malpighiaceae). As espécies de maior IVI no período foram: Eriotheca pubescens/E. pubescens, Qualea parviflora/Guapira noxia, G. noxia/Q. parviflora, Poliouratea hexasperma/P. hexasperma e Roupala montana/R. montana, pois somaram 29,5 / 29,9% do IVI total. A diversidade (H’) e a equabilidade (J’) foram, respectivamente, de 3,31 nats.ind-1 e 0,81 / 3,49 nats.ind-1 e 0,82. A densidade total foi de 1155 / 1126 ind.ha-1 com área basal de 8,23 / 8,10 m².ha-1. Os indivíduos mortos em pé representaram 23,3% (269 ind. ha-1) / 7,3% (82 ind.ha-1) da densidade relativa total e 18,5% (1,52 m².ha-¹) / 8,9% (0,72 m².ha-¹) da área basal total. A distribuição dos diâmetros na comunidade apresentou curvas de aspecto J-reverso com balanço positivo entre recrutamento e mortalidade em ambos os inventários.

Referência:

MENDES, Matheus do Vale. Mudanças florísticas na vegetação lenhosa em cerrado sentido restrito de vale na estação ecológica do Jardim Botânico de Brasília (2009-2013). 2013. 39 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

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Monitoramento sazonal e recuperação pós-fogo da vegetação do Cerrado usando dados do sensor MODIS

Monitoramento sazonal e recuperação pós-fogo da vegetação do Cerrado usando dados do sensor MODIS

Autor(a):

Greison Moreira de Souza 

Resumo:

O bioma Cerrado no Distrito Federal (DF) tem importantes formações nativas protegidas por unidades de conservação. No entanto, o bioma no DF é altamente ameaçado devido à expansão urbana. O Cerrado brasileiro apresenta forte contraste sazonal entre a estação seca e a estação chuvosa, a marcante sazonalidade climática exerce forte influência na fenologia da vegetação. O fogo no Cerrado é outra variável que exerce também forte influência na dinâmica do Cerrado. Os efeitos do fogo sobre a vegetação do Cerrado é um processo complexo e ainda está em amplo debate no meio científico. O presente estudo tem como objetivo caracterizar o comportamento sazonal das formações savânicas e campestres do Cerrado no Distrito Federal, relação entre os índices de vegetação (NDVI e EVI) e a precipitação pluviométrica e também a recuperação do vigor da vegetação pós-fogo com o uso de sensoriamento remoto. Selecionaram-se áreas dentro de unidades de conservação sem registro de incêndios e com registro de incêndios. Para construção das séries temporais foram utilizados os índices de vegetação NDVI e EVI do MOD13Q1 acoplado ao sensor MODIS/TERRA. As imagens datam do período de 2000 a 2012, de 250 m a cada 16 dias. Os espectros do NDVI e EVI foram obtidos após a confecção do cubo multitemporal 3D. Os dados de precipitação pluvial foram extraídos das estações de Brasília (1547004) e Taquara (1547013) com dados mensais de 2000 a 2012. A análise da sazonalidade com os índices de vegetação foi estudada somente nas áreas de referência, ou seja, sem queimadas. A transformada de Fourier foi empregada para separar os dados em componentes de diferentes frequências, ou seja, identificar os ciclos sazonais completos. Adicionalmente, foram elaborados gráficos de perfis sazonais e anomalias do NDVI e EVI que é a diferença entre a média mensal de cada ano e a média mensal de todo o período em estudo. O monitoramento pós-fogo foi realizado em áreas com registros de queimadas e em áreas de referência. A transformada de Fourier possibilitou verificar que no Cerrado do DF um ciclo sazonal completo é compreendido em um ano, representado pelo período seco e o período chuvoso. Os dados do MODIS delinearam satisfatoriamente o forte contraste sazonal da vegetação do Cerrado. Verificou-se que a correlação entre o NDVI com a precipitação nas áreas de Cerrado sentido restrito e Campos naturas é maior com dois (2) meses de atraso, para o EVI a maior correlação foi no mês corrente até um (1) mês de atraso. Para o NDVI a quantidade de dias pós-fogo necessários para recuperação das áreas de Cerrado sentido restrito foi em média de 100 e 94 dias em áreas de Campos naturais. Para o EVI em Cerrado sentido restrito foi de 105 dias e 102 dias para áreas de Campos naturais. Os dados do MODIS foram adequados para monitorar a recuperação do vigor da vegetação pós-fogo. Os resultados mostraram o potencial da recuperação das taxas fotossintéticas e vigor da vegetação pós-fogo, no entanto, devem-se atentar os danos à fauna, flora e a beleza cênica.

Referência:

SOUZA, Greison Moreira de. Monitoramento sazonal e recuperação pós-fogo da vegetação do Cerrado usando dados do sensor MODIS. 2014. xii, 93 f., il. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

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Comparação de métodos de amostragem na descrição florístico-estrutural da vegetação arbórea em área de cerradão no estado de Tocantins

Comparação de métodos de amostragem na descrição florístico-estrutural da vegetação arbórea em área de cerradão no estado de Tocantins

Autor(a):

Mirella Basileu de Oliveira Lima

Resumo:

O cerradão é uma fitofisionomia florestal do bioma Cerrado que ocorre geralmente sobre solos mais férteis, sem a presença de corpos hídricos ou áreas de intervlúvios. A fim de conhecer a composição florística, a diversidade, a riqueza e a estrutura fitossociológica das populações presentes, destaca-se a realização de inventários florestais. A escolha do melhor método de amostragem torna-se essencial nas estimativas com menor erro de precisão e baixo custo. O presente estudo teve por objetivo analisar a eficiência de diferentes métodos de amostragem em relação ao censo florestal quanto à caracterização florística-estrutural em área de cerradão, localizada no Parque Estadual do Lajeado, Município de Palmas, Tocantins. Realizou-se primeiramente um censo florestal na área (2,16 ha), onde foram levantadas e identificadas todas as árvores vivas em pé, com DAP (diâmetro tomado à 1,30 m do solo) igual ou superior a 5 cm. Sequencialmente, na área inventariada, estabeleceu-se de forma aleatória 27 parcelas de 20 x 20 metros (400 m²), obedecendo ao método de Área Fixa (AF). Em seguida, foi lançado o mesmo número de unidades amostrais (ua) para os métodos de Strand (S), Prodan (P) e Quadrantes (Q) nas mesmas parcelas em que ocorreu a medição dos indivíduos pelo método de AF. Foram estimados os números de espécies, de indivíduos e de área basal por hectare para cada método de amostragem; foi realizado um comparativo com os parâmetros encontrados no censo florestal em forma de percentual e também o teste L&O. A suficiência amostral de cada método foi avaliada traçando curvas de rarefação com diferentes estimadores: Bootstrap, Jacknife 1, Jacknife 2 e Chao 1. A diversidade foi analisada utilizando os índices de Shannon-Weinner e Pielou, e traçando um perfil de diversidade para cada método de amostragem. A dispersão dos indivíduos de cada espécie foi analisada utilizando-se o índice de dispersão de Morisita, e a similaridade entre os métodos foi avaliada por meio do índice de similaridade de Jaccard. Por fim, a caracterização da estrutura horizontal da vegetação foi dada pelos parâmetros de Densidade ou Abundância, Dominância, Frequência, Índice de Valor de Importância (IVI) e Índice de Valor de Cobertura (IVC). Verificou-se que o método de amostragem de AF foi o que mais se aproximou do censo, porém o método de S apresentou-se eficaz, variando em 20% dos valores encontrados no censo. O estimador de riqueza Bootstrap é o que melhor estima a riqueza pelo método de AF; para os outros métodos, o mais adequado foi o Jacknife 2. O método de amostragem de AF não se diferiu quanto à classificação da dispersão dos indivíduos por espécie em relação ao censo. Já os métodos de S, P e Q tendem a categorizar a distribuição dos indivíduos por espécie em aleatória ou agregada. O método mais similar ao censo é o de AF; em seguida, o método de S, e, por fim, os métodos de P e Q, ambos com o mesmo grau de similaridade ao censo. Todos os métodos de amostragem foram eficazes na amostragem das espécies mais representativas da comunidade (maior IVI) e pouco se diferiram quanto à caracterização floristica-estrutural da área estudada. Sugere-se, por fim, aumentar o esforço amostral quando se optar pelos métodos de amostragem de P e Q para a realização de inventários florestais em áreas de cerradão.

Referência:

LIMA, Mirella Basileu de Oliveira. Comparação de métodos de amostragem na descrição florístico-estrutural da vegetação arbórea em área de cerradão no estado de Tocantins. 2015. v, 53 f., il. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

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Uso popular e comércio informal de plantas medicinais no município de Sanclerlândia, Goiás, Brasil

Uso popular e comércio informal de plantas medicinais no município de Sanclerlândia, Goiás, Brasil

Autor(a):

 Anna Carolina Machado Ribeiro, Karlla Beattriz Marques Sousa, Luana Angélica de Paula, Sandra Alves de Sousa

Resumo:

O presente trabalho teve como objetivo principal, avaliar o comércio informal através do trabalho realizado pelo raizeiro de Sanclerlândia-GO, e as principais plantas utilizadas pela população. A metodologia consistiu na realização de entrevistas do tipo descritiva, observacional com o raizeiro da cidade, e com a população acima de 30 anos. Na cidade foi encontrado apenas um “raizeiro”, que atua nessa área há 25 anos e seus conhecimentos são baseados em estudos e de hereditariamente. Através dos resultados obtidos, nota-se que a população adquiriu seus conhecimentos sobre as plantas medicinais pela vivência com parentes (pais, avós) de forma hereditária, sendo que 83,5% dos usuários adquiriram as plantas medicinais por conta própria (quintais, cerrados, entre outros). A gripe foi à doença com maior número de citação de uso, seguido de inflamação, estresse/insônia. Em relação à preparação das plantas, observou-se a predominância dos chás (54%). É importante ressaltar fatores que podem representar riscos para os consumidores dessas preparações populares: conhecimento insuficiente sobre as plantas comercializadas falta de controle de qualidade do material vegetal e o uso de misturas de plantas sem considerar as suas interações.

Referência:

Ribeiro, A.C.M. et al. Uso popular e comércio informal de plantas medicinais no município de Sanclerlândia, Goiás, Brasil. Revista Faculdade Montes Belos (FMB): v. 6, n° 1, p.1-13, 2013

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Etnobotânica e ampliação do conhecimento sobre plantas medicinais em escolas públicas do Distrito Federal

Etnobotânica e ampliação do conhecimento sobre plantas medicinais em escolas públicas do Distrito Federal

Autor(a):

Marcos João da Cunha, Leonardo Barbosa Leal Júnior, Mayron Paes de Almeida, Prof. Gilberto Oliveira Brandão

Resumo:

No Cerrado, estima-se que existam 270 espécies utilizadas na medicina popular. O presente estudo teve por objetivo disponibilizar às escolas públicas do DF um manual contendo informações sobre plantas comumente utilizadas na medicina popular. Além disso, procurou-se encontrar distorções entre o conhecimento popular e o científico, através de questionários que foram aplicados a alguns raizeiros do Tocantins. Foram estudadas dez espécies de plantas do Cerrado e dez plantas cultivadas amplamente utilizadas como fitoterápico. De maneira geral, para as plantas do Cerrado, os caules e as folhas foram às partes das plantas que apresentaram maior utilização medicinal. Enquanto para as plantas cultivadas foram as folhas e flores. 30% das plantas nativas e 90% das cultivadas apresentam certa toxicidade ou restrição ao uso. De todas as informações prestadas pelos raizeiros, 65% delas foram totalmente corretas e 29% parcialmente corretas. Somente 6% das informações foram totalmente incompatíveis com a literatura. Apesar da maioria dos voluntários não possuir conhecimento teórico a respeito das plantas medicinais, o conhecimento prático adquirido através das gerações não pode ser desprezado, pois apresenta alto grau de acerto quando comparados com a literatura. Todas as plantas com potencial tóxico foram mencionadas por pelo menos um dos voluntários pesquisados. Entretanto, apenas um dos sete entrevistados (14,3%) mencionou o potencial tóxico da pata de vaca e da mama cadela. Esses resultados refletem que nem todas as pessoas que indicam fitoterápicos tem conhecimento sobre o potencial toxicológico das plantas.

Referência:

CUNHA, M.J.da et al. Etnobotânica e ampliação do conhecimento sobre plantas medicinais em escolas públicas do Distrito Federal. Anuário da produção de iniciação científica discente da Faculdade Anhanguera de Brasília: v. 13, N. 20, p.65-75, 2010.

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