Laemolyta fernandezi Myers, 1950.(piau-de-loca)

Laemolyta fernandezi Myers, 1950.

CP 17,4 cm

Nome(s) popular(es):

Piau-de-loca, piau-boca-fina .

Tamanho

Até 25,0 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Principalmente vegetais, algas filamentosas e restos orgânicos.

Nome Xavante:

Pedzató’uwa.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios. As fêmeas atingem maior porte que os machos.

Uso e importância da espécie

Consumida como alimento, elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

Descrição da espécie

Corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides; boca pequena, sub-superior, com quatro dentes assimétricos cuspidados no pré-maxilar e quatro planos no dentário; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 49-58 escamas. Corpo com quatro barras transversais escuras, conspícuas ou não. Espécie pouco freqüente nos riachos e córregos do PESA, mas abundante nos cursos inferiores, principalmente no período de águas altas.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.47.

Abramites hypselonotus (Günther, 1868).(piauzinho)

Abramites hypselonotus (Günther, 1868).

CP 8,9 cm

Nome(s) popular(es):

Piauzinho.

Tamanho

Até 14,0 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Vermes, algas, plantas aquáticas, crustáceos.

Nome Xavante:

Pe’a wa’ rãmire.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios. As fêmeas atingem maior porte que os machos.

Uso e importância da espécie

Espécie muito atraente, não só pelo belo padrão do colorido, mas também pelo hábito de manter seu corpo inclinado, sendo assim bastante interessante para o comércio aquariofilista. Como as demais espécies de pequeno porte, Abramites também representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

Descrição da espécie

Corpo alto e comprimido, recoberto por escamas ciclóides; cabeça afunilada; boca pequena, terminal, com três dentes assimétricos cuspidados no pré-maxilar e três incisiviformes, de borda lisa, no dentário; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 37-40 escamas; corpo atravessado por oito barras inclinadas irregulares – a terceira fundindo-se com a quarta, e continuando-se na base da nadadeira dorsal. Este peixe ocupa sempre posição de 45o, com a cabeça voltada para baixo. Espécie rara nos riachos e córregos do PESA.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.46.

Prochilodus nigricans Agassiz, 1829.(papa-terra)

Prochilodus nigricans Agassiz, 1829.

Nome(s) popular(es):

Papa-terra, curimatã.

Tamanho

Até 37,0 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Iliófagos, i.e., comedores de matéria orgânica finamente particulada.

Nome Xavante:

Petómrã.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios. As fêmeas atingem maior porte que os machos.

Uso e importância da espécie

Bastante consumida como alimento, potencial para aquariofilia; de grande importância nos elos das cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

Descrição da espécie

Corpo relativamente alongado e recoberto por escamas ctenóides; boca terminal, com lábios espessos, móveis e providos de numerosos dentículos, dispostos em uma única série lateralmente e em duas séries medialmente; membranas branquiais unidas entre si e livres de istmo, espinho pré-dorsal presente; nadadeira adiposa presente; linha lateral completa, 44-49 escamas; nadadeira caudal bifurcada. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente nos períodos de  aguas altas.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.45.

Steindachnerina gracilis Vari & Vari, 1989.(branquinha)

Steindachnerina gracilis Vari & Vari, 1989.

CP 10,2 cm

Nome(s) popular(es):

Branquinha.

Tamanho

Até 10,2 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Iliófaga, i.e, semelhante aos demais curimatídios. Alimenta-se de partículas dispersas no substrato, cuja composição é variada desde micro-organismos de origem animal ou vegetal até matéria orgânica em decomposição. Possui aparelho digestivo adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.

Nome Xavante:

Pe’adzarébépré.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios.

Usos e importância da espécie

Pode ser de pequeno porte, essa espécie não desempenha papel importante na pesca. Como as demais forrageiras, S. gracilis representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

Descrição da espécie

Corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca inferior, desprovida de dentes; linha lateral completa, 50-54 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada. Coloração prateada uniforme, sem máculas; nadadeira dorsal com mácula enegrecida na porção mediana basal. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.44

Steindachnerina amazonica (Steindachner, 1911).(branquinha)

Steindachnerina amazonica. (Steindachner, 1911).

CP 9,2 cm

Nome(s) popular(es):

Branquinha.

Tamanho

Até 9,9 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Iliófaga, i.e., semelhante aos demais curimatídeos. Trata-se de peixes que se  alimentam de partículas dispersas no substrato, que podem ser de decomposição variada, desde micro-organismos até matéria orgânica em decomposição. Possuem um aparelho digestivo adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.

Nome Xavante:

Penhãnãrehöi’re.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios.

Usos e importância da espécie

Por ser de pequeno porte, esta espécie não desempenha papel importante na pesca. Como as demais forrageiras, S. amazonica representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontram.

Descrição da espécie

Corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca subinferior, desprovida de dentes; linha lateral completa, 36-41 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, com os raios longos do lobo inferior de coloração mais escura. Coloração prateada uniforme, com indistinta faixa lateral negra na linha lateral e mácula negra na altura da linha lateral e mácula na base da porção mediana dos raios da nadadeira dorsal. Espécie pouco freqüente nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas abundante no inferior, principalmente em períodos de águas altas; comum nas lagoas marginais.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.43.

Psectrogaster amazonica Eigenmann & Eigenmann, 1889.(branquinha)

Psectrogaster amazonica Eigenmann & Eigenmann, 1889.

CP 13,0 cm

Nome(s) popular(es):

Branquinha.

Tamanho

Até 16,7 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Iliófaga, i.e., semelhante aos demais curimatídeos. Trata-se de peixes que se  alimentam de partículas dispersas no substrato, que podem ser de decomposição variada, desde micro-organismos até matéria orgânica em decomposição. Possuem um aparelho digestivo adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.

 

Nome Xavante:

Pe’anhõhi’ware.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios.

Uso e importância da espécie

Atinge porte maior que das espécies Cyphocharax e Steindachnerina, e, portanto, desempenha papel ligeiramente maior na pesca de subsistência. Como as demais forrageiras, P.amazônica representa um importante elo na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

Descrição da espécie

corpo relativamente alto, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal desprovida de dentes; região pós-ventral quilhada com escamas terminando num processo espiniforme; linha lateral completa, 41 a 62 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada; coloração uniforme sem máculas, esverdeada acima da linha lateral, prateada abaixo. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas freqüente no inferior, principalmente em períodos de águas altas.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.42.

Cyphocharax notatus (Steindachner, 1908).(branquinha)

Cyphocharax notatus (Steindachner, 1908).

CP 7,1 cm

Nome(s) popular(es):

Branquinha.

Tamanho

Até 12,3 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Iliófaga, i.e., semelhante aos demais curimatídeos. Trata-se de peixes que se  alimentam de partículas dispersas no substrato, que podem ser de decomposição variada, desde micro-organismos até matéria orgânica em decomposição. Possuem um aparelho digestivo adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.

Nome Xavante:

Pe’adzarébétómrã.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios. Os machos emitem um certo tipo de ronco na época em que se encontram prontos para a eliminação dos gametas.

Uso e importância da espécie

Também representa um importante elo nas cadeias alimentares, uma vez que constitui uma parcela considerável dos peixes forrageiros nos ambientes onde se encontra.

Descrição da espécie

Corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca desprovida de dentes; linha lateral completa, 30-35 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Coloração prateada uniforme. É a única espécie do gênero com pigmentação na porção distal dos raios da nadadeira dorsal, além das máculas na porção distal dos lóbulos da nadadeira caudal, o que facilita seu reconhecimento. Pouco frequente nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas abundante nas lagos marginais ao longo do curso médio dos córregos que fluem em direção ao rio das Mortes.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p. 41.

Cyphocharax gouldingi Vari, 1992.(branquinha)

Cyphocharax gouldingi Vari, 1992

CP 6,7 cm

Nome(s) popular(es):

Branquinha.

Tamanho

Até 8,7 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Iliófaga, i.e.,  alimenta-se de partículas dispersas no substrato, principalmente micro-organismos de origem animal ou vegetal e matéria orgânica em decomposição; por isso muitos autores preferem classificá-la como detritívora. Esses peixes possuem um aparelho digestivo adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.

Nome Xavante:

Penhãnãre. 

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios.

Usos e importância da espécie

Pode ser esporadicamente consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 

Descrição da espécie

Corpo alongado, relativamente alto, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides, relativamente grandes; boca terminal desprovida de dentes; linha lateral completa, 30-33 escamas; nadadeira caudal nua. Coloração prateada uniforme, com mácula negra na base da nadadeira caudal ( o que facilita o reconhecimento da espécie). Espécie pouco frequente nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas abundante no inferior, principalmente em períodos de águas altas; comum nas lagoas marginais.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.40.

Curimatella immaculata (Fernández-Yépez, 1948).(branquinha)

Curimatella immaculata (Fernández-Yépez, 1948).

CP 7,2 cm

Nome(s) popular(es):

Branquinha.

Tamanho

Até 9,3 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Iliófaga, i.e.,  alimenta-se de partículas dispersas no substrato, principalmente micro-organismos de origem animal ou vegetal e matéria orgânica em decomposição; por isso muitos autores preferem classificá-la como detritívora. Esses peixes possuem um aparelho digestivo adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.

Nome Xavante:

Pe’awaipó.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios.

Usos e importância da espécie

Consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

Descrição da espécie

Corpo relativamente alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, desprovida de dentes; linha lateral completa, com menos de 50 escamas; nadadeira caudal bifurcada, com lobos inteiramente recobertos por escamas pequenas. Coloração prateada uniforme, sem máculas. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas freqüente no inferior, principalmente em períodos de águas altas.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.39.

Curimata inornata Vari, 1989.(branquinha)

Curimata inornata Vari, 1989.

CP 13,0 cm

Nome(s) popular(es):

Branquinha

Tamanho

Até 13,6 cm de comprimento padrão.

Alimentação

Iliófaga, i.e., alimenta-se de partículas dispersar no substrato, principalmente micro-organismos de origem animal ou vegetal e matéria orgânica em decomposição; por isso muitos autores preferem classificá-la como detritívora. Esses peixes possuem um aparelho digestivo adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.

Nome Xavante:

Da’watsa.

Dimorfismo sexual secundário

Sem traços óbvios.

Usos e importância da espécie

Os curimatídios, de maneira geral, formam grandes cardumes que migram rio acima, principalmente na época de reprodução. Nessa oportunidade podem ser capturadas em grande quantidade, representando boa parcela na pesca de subsistência. Constituem elo importante nas cadeias alimentares, uma vez que formam parte avultada dos peixes forrageiros. Por esse comportamento podem ser consideradas “espécie-chave” na ciclagem de nutrientes nos ambientes onde são encontrados.

Descrição da espécie

Corpo relativamente alto, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; escamas menores acima da linha lateral e maiores abaixo desta; boca inferior, desprovida de dentes; linha lateral completa, com cerca de 65 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada. Coloração prateada uniforme, sem máculas. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas freqüente no inferior, principalmente em períodos de águas altas.

Referência:

Venere, Paulo Cesar; Garutti, Valdener.Peixes do Cerrado-Parque Estadual da Serra Azul-Rio Araguaia, MT. São Carlos: RiMa Editora, FAPEMAT, 2011.p.38