Dia de Luta das Mulheres do Cerrado

Dia de Luta das Mulheres do Cerrado

“O CERRADO BRASILEIRO TEM A FORÇA DAS MULHERES”

No Dia de Luta das Mulheres, a Articulação de Mulheres pelo Cerrado do Oeste da Bahia denuncia as múltiplas ameaças que assolam os povos e comunidades tradicionais da região. Grilagem, pistolagem, especulação imobiliária e expulsão das comunidades de seus territórios seguem avançando, enquanto as águas, o ar e os alimentos são contaminados por agrotóxicos, os rios desaparecem, o desmatamento se intensifica e grandes projetos, como barragens, colocam em risco a fauna, a flora e as culturas do Cerrado.

A ausência de regularização fundiária, aliada à expansão das fronteiras agrícolas e ao latifúndio, tem impulsionado o aumento da violência e as alarmantes taxas de adoecimento por câncer na região. Esses processos impactam diretamente a vida das mulheres e meninas, tornando a luta pela terra e pelo direito à vida ainda mais desafiadora.

No Oeste da Bahia, essa realidade avança muitas vezes com a conivência e até o incentivo do Estado, aprofundando a vulnerabilidade das comunidades e colocando em risco a saúde e o bem-estar das mulheres.

No entanto, somos sementes de resistência. Defendemos um Cerrado em Pé, reafirmando nosso compromisso com a agroecologia, a economia popular solidária, a preservação das águas e a valorização da sociobiodiversidade. Seguiremos lutando, porque nossa existência é resistência!

I Festival dos Povos do Cerrado

I Festival dos Povos do Cerrado

O evento tem como objetivo promover a valorização e o fortalecimento das culturas e saberes dos povos e comunidades tradicionais do Cerrado, integrando iniciativas de fomento à agricultura familiar, incentivo à economia local e participação comunitária.

 

Para isso, será realizado um festival de três dias, com uma programação diversificada que inclui exposição de produtos da agricultura familiar, apresentações culturais de povos indígenas e comunidades tradicionais, capacitações e rodas de conversa, proporcionando um espaço de troca de conhecimentos e fortalecimento das identidades locais.

Caminho dos Veadeiros integrará a RedeTrilhas

Concurso de Fotografia - Festival Cerratense 2025

Uma grande conquista para o Cerrado! O Caminho dos Veadeiros (@caminhodosveadeiros) agora faz parte da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (RedeTrilhas), reforçando o turismo sustentável e a conservação ambiental na região.

Com um percurso de mais de 1.100 km, essa trilha conecta sete municípios goianos, proporcionando uma experiência imersiva na biodiversidade e cultura do Cerrado. Além das paisagens naturais, o Caminho dos Veadeiros atravessa comunidades tradicionais, valorizando o conhecimento ancestral e impulsionando o desenvolvimento local.

Esta é a segunda trilha de Goiás a integrar a RedeTrilhas, juntamente com o Caminho de Cora Coralina (@caminhodecoracoralina), consolidando o estado como um dos principais destinos de ecoturismo no Brasil.

A inclusão na rede amplia oportunidades para novos investimentos, aumenta a visibilidade internacional e fortalece as comunidades locais. Seja a pé ou de bicicleta, percorrer o Caminho dos Veadeiros vai além da aventura: é um compromisso com a preservação e uma conexão com a história e identidade do Cerrado!

Concurso de Fotografia – Festival Cerratense 2025

Concurso de Fotografia - Festival Cerratense 2025

Você tem um olhar único sobre o Cerrado? Então esta é a sua chance de brilhar! O Festival Cerratense abre inscrições para o Concurso de Fotografia, premiando os três primeiros colocados e celebrando a riqueza cultural e natural do nosso bioma.
🔹 Premiação para os 3 primeiros colocados
🔹 Tema: Cultura, identidade e paisagens cerratenses
🔹 Inscrições gratuitas!
Inscrições de 24/02 a 10/03
Mais informações e regulamento, basta acesso o link:

Taxa para visitantes em Alto Paraíso não será cobrada

Taxa para visitantes em Alto Paraíso não será cobrada

Nos últimos meses, municípios turísticos de Goiás, como Alto Paraíso, Cavalcante, Pirenópolis e Caldas Novas, discutiram a possibilidade de instituir a Taxa de Conservação Ambiental (TCA). Em março de 2024, a Prefeitura de Alto Paraíso chegou a anunciar que a cobrança seria de R$ 20 por pessoa a cada sete dias, com pagamento via site oficial ou QR Code.
Para quem não sabe, a Taxa de Conservação Ambiental (TCA) é uma cobrança aplicada por alguns municípios turísticos para arrecadar recursos destinados à preservação do meio ambiente, manutenção de infraestruturas e gestão sustentável do turismo.
No Brasil, diversos destinos já implementaram a Taxa de Preservação Ambiental (TPA), como:
• Fernando de Noronha (PE) – R$ 92,89 por dia;
• Jericoacoara (CE) – R$ 41,50 por visitante, válida por até 10 dias;
• Morro de São Paulo (BA) – R$ 30 por visitante, válida por 30 dias.
No entanto, após repercussões e debates com a população local, a taxa ainda não entrou em vigor nos municípios de Goiás. Em Cavalcante, a possibilidade foi descartada. Isso quer dizer que quem for visitar os municípios mencionados no carnaval não precisará pagar nenhuma taxa além dos custos típicos com hospedagem, alimentação e passeios.
O turismo cresce, mas a estrutura acompanha?
O debate sobre a cobrança levantou um ponto importante: como os municípios turísticos estão investindo no turismo sustentável e na qualidade de vida dos moradores e visitantes?
Muitos defendem que, antes de qualquer taxa ser implementada, é preciso investir mais na infraestrutura das cidades, na manutenção das estradas e na criação de espaços de lazer para a população local. Além disso, há o receio de que a cobrança possa afastar visitantes e impactar negativamente a economia, que depende do turismo.
Enquanto a taxa não é oficializada, o turismo na região segue livre de cobranças adicionais. Mas o debate continua: como equilibrar a preservação ambiental, o turismo sustentável e as necessidades da população local?
Acompanhe a Rede Kalunga Comunicações para mais informações sobre nossa região!

Cerrado: A Caixa-D’Água do Brasil

Cerrado: A Caixa-D’Água do Brasil

Se o Cerrado acaba, a água vai junto! 


O livro “Cerrado: A Caixa d’Água do Brasil” traz um alerta: estamos perdendo a fonte que abastece milhões de vidas. Sem o Cerrado, não há rios, não há biodiversidade, não há futuro.


Data: 12/03 | 17h


Local: Auditório da Biblioteca Nacional de Brasília


Venha entender por que proteger o Cerrado é mais do que preservar um bioma—é salvar nosso amanhã

Ictiofauna, Herpetofauna e Primatas do Cerrado e Pantanal

Ictiofauna, Herpetofauna e Primatas do Cerrado e Pantanal

Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Ictiofauna, Herpetofauna e Primatas do Cerrado, Pantanal e Amazonas (CERPAM). 
A oficina de planejamento do CERPAM foi realizada entre os dias 25 e 29 de novembro com o apoio do Laboratório Mapinguari da UFMS em Campo Grande – MS. O evento reuniu cerca de 50 participantes, entre pesquisadores, representantes de órgãos ambientais estaduais, organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs), setor econômico, ICMBio e diversas instituições de todo o Brasil. 
A reunião centrou-se no trabalho coletivo para elaborar ações prioritárias destinadas a reduzir as principais ameaças às espécies-alvo, como arraia, peixes, anfíbios, répteis e primatas. A iniciativa é coordenada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (ICMBio/RAN), com o apoio de pontos focais de outros Centros Nacionais de Pesquisa do ICMBio, atuando no Cerrado, Pantanal e Amazônia para a conservação de mais de 50 espécies visadas pelo CERPAM. 
O desafio até 2030 será articular a implementação de ações num território extenso e biodiverso marcado por ameaças crescentes e generalizadas como a expansão agrícola, a construção de centrais hidroelétricas e a incidência de incêndios florestais. 
Com a visão de futuro de “manter populações naturais viáveis das espécies-alvo do CERPAM até 2050, com o engajamento participativo de diversos setores da sociedade e considerando os desafios das mudanças ambientais”, o objetivo geral para 2030 foi definido como:

“Promover ações que reduzam os impactos das ameaças e melhorem o estado de conservação das espécies-alvo do CERPAM e de seus habitats, levando em consideração suas particularidades territoriais e biológicas.” Para alcançar essa meta, foram planejadas 48 ações de conservação, distribuídas em cinco objetivos específicos, que nortearão o trabalho coletivo e integrado nos próximos anos. 


Participe dessa estratégia de conservação! Visite a página do PAN em “https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/biodiversidade/pan/pan-cerpan 

Descoberta no Cerrado mineiro, nova espécie de árvore tem frutos brancos e folhas “peludas”

Descoberta no Cerrado mineiro, nova espécie de árvore tem frutos brancos e folhas “peludas”

Batizada de Eriotheca luzensis, árvore foi descoberta no município de Luz (MG), chamando a atenção pela beleza e poliembrionia, sementes que dão origem a mais de um embrião idêntico. 

Luz é um município da unidade federativa Minas Gerais. Seu território é composto 100% pelo bioma Cerrado. 

Ela é encontrada exclusivamente no Cerrado de Minas Gerais, uma área de ocorrência muito restrita em comparação à linhagem pubescens, que ocorre em todo o Cerrado. A distribuição geográfica e esses aspectos únicos em sua morfologia contribuíram para a sua classificação como uma nova espécie. 

Para assegurar a conservação dessa espécie recém-descoberta, é necessário entender melhor suas relações ecológicas e adaptativas, uma vez que ela habita uma área restrita do Cerrado, um bioma que enfrenta grandes pressões devido ao desmatamento e às queimadas, que estão agravando o processo de desertificação. Além das ações diretas para preservação, é fundamental conscientizar a sociedade sobre a importância de proteger espécies nativas e endêmicas, como também entender as variações nessa nova planta do Cerrado mineiro. 

 

Fonte: https://jornal.usp.br/ciencias/descoberta-no-cerrado-mineiro-nova-especie-de-arvore-tem-frutos-brancos-e-folhas-peludas/?fbclid=IwY2xjawHFGO5leHRuA2FlbQIxMQABHV_T2L3cLIUGf6__02VgtEOJXEtoN-sikGTZNRqMvyDy1YsxOOApfjv8uQ_aem_ac-UlptsO54CEXDHRSaPwg 

Foto: Reprodução / Arquivo pessoal Vania Yoshikawa 

 

Com muvuca de sementes, Planaveg é lançado na Floresta Nacional de Brasília

Com muvuca de sementes, Planaveg é lançado na Floresta Nacional de Brasília

Com o objetivo de fortalecer as políticas de restauração de ecossistemas, manejo integrado do fogo e semeadura de espécies nativas, especialmente em áreas protegidas, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) realizou, nesta terça-feira (10), o lançamento nacional do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg 2025-2028). O evento aconteceu na Floresta Nacional de Brasília (Flona), que teve mais da metade de sua área atingida por um grande incêndio em setembro deste ano. 

Revisado seis anos após sua primeira edição, o Planaveg reafirma a meta nacional de restaurar 12 milhões de hectares até 2030, em conformidade com os compromissos firmados no Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal, que estabelece a restauração de 30% das áreas degradadas no mundo. 

Além de consolidar o compromisso brasileiro com a restauração de ecossistemas, o Planaveg 2025-2028 prevê ações para ampliar o fluxo de investimentos no setor, promover pesquisa e inovação e aprimorar o monitoramento das iniciativas de recuperação ambiental. O plano também busca integrar esforços para enfrentar as mudanças climáticas e conservar a biodiversidade, inspirando iniciativas em todo o país. 

Claudomiro Cortes, diretor de Restauração da Associação de Coletores Cerrado de Pé (ACP), pontuou a importância do envolvimento das comunidades locais na conservação e restauração ambiental. Cortes destacou o papel do Cerrado na agenda nacional de recuperação da vegetação nativa, no manejo integrado do fogo e nas técnicas de semeadura de espécies nativas. “É fundamental incluir as comunidades nesse processo. Não dá para falar de preservação ou restauração sem considerar as pessoas que nasceram e cresceram dentro do bioma. Elas conhecem o Cerrado como ninguém. Quando as comunidades participam das decisões, elas se fortalecem, criam lideranças e se tornam guardiãs da biodiversidade. Sem a participação ativa delas, não há como garantir a conservação dos biomas”, ponderou. 

Fonte: https://rsc.org.br/noticias/com-muvuca-de-sementes-planaveg-e-lancado-na-floresta-nacional-de-brasilia 

 

Senado institui política nacional para manejo sustentável do pequi

Senado institui política nacional para manejo sustentável do pequi

O Senado aprovou nesta terça-feira (10) o Projeto de Lei (PL 1970/2019), que estabelece uma política nacional voltada para o manejo sustentável, plantio, extração, consumo, comercialização e transformação do pequi, além de outros frutos nativos do cerrado. A proposta busca, entre outros objetivos, fomentar a preservação das áreas onde ocorrem os pequizeiros e demais espécies nativas do bioma, além de mapear e reconhecer as comunidades tradicionais que dependem da coleta desses frutos.  

De autoria do deputado Rogério Correia (PT-MG) e relatada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), a matéria segue agora para a sanção da Presidência da República. O projeto proíbe a derrubada e o uso predatório de pequizeiros, exceto quando autorizada pelo órgão competente, nos casos em que a árvore estiver morta ou seca, quando estiver dificultando a implantação de projeto agrossilvipastoril ou quando estiver em área destinada a serviço de utilidade pública. 

Conforme a proposta, a política de manejo do pequi tem como objetivos, entre outros, incentivar a preservação de áreas de ocorrência do pequizeiro e de outros produtos nativos do Cerrado; identificar as comunidades tradicionais que vivam da coleta desses frutos; pesquisar o folclore relacionado ao tema e promover eventos culturais a fim de estimular o turismo; incentivar o comércio desses produtos e desenvolver selos de qualidade e de procedência. 

De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a extração nacional do pequi foi de mais de 74 mil toneladas em 2021, sendo Minas Gerais o estado responsável por mais da metade da produção. 

Baseada em publicação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Soraya aponta em seu relatório a importância cultural e socioeconômica do pequi e de outras frutas do Cerrado: “O pequi é um símbolo da Região Centro-Oeste, mas são muitas as espécies vegetais que têm importância cultural, socioeconômica e ambiental. Dentre os citados pela UFMS, estão vários frutos popularmente conhecidos, como araticum, buriti, butiá, cagaita, cajá, jabuticaba, jenipapo, mangaba, marmelo, pitanga e pitomba”. 

 

Emenda 

No final de novembro, a Comissão de Agricultura (CRA) rejeitou uma emenda de Plenário à proposta. Do senador Weverton (PDT-MA), a emenda buscava incentivar o uso da árvore do pequi em projetos de paisagismo, de agricultura urbana e de recuperação de áreas degradadas. Ao opinar pela rejeição, Soraya explicou que a emenda poderia atrasar a aprovação do projeto, já que, se fosse acatada, o texto retornaria para a Câmara dos Deputados. 

Soraya também argumentou que a Política Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana (Lei 14.935, de 2024) já regula a medida proposta por Weverton. “Não obstante concordemos com a importância e viabilidade do uso do pequizeiro como uma das alternativas para paisagismo urbano e recuperação de áreas degradadas, entendemos que tais aplicações devem ser fruto de análise técnica, caso a caso”, complementou. 

 

Fonte: Agência Senado 

https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2024/12/senado-institui-politica-nacional-para-manejo-sustentavel-do-pequi 

#Cerrado #povosecomunidadestradicionais #povosindigenas #quilombolas #sociobidiversidade #pequi #biodiversidade