Quando um viveiro florestal torna-se um viveiro educador: estudo de caso em uma Escola Classe do Distrito Federal

Quando um viveiro florestal torna-se um viveiro educador: estudo de caso em uma Escola Classe do Distrito Federal

Autor(a):

Thiago Vinicius Pereira Leite

Resumo:

Realizar projetos de Educação Ambiental é um processo delicado e que deve ser feito de forma participativa, clara e objetiva; levando em consideração todo o contexto em que a comunidade onde o projeto será desenvolvido está inserida. Assim sendo, este trabalho visa utilizar a estrutura de um viveiro florestal como forma de educação ambiental para crianças do ensino fundamental da Escola Classe número 50, na EQNL 02/04, Setor L- Norte, em Taguatinga Norte, DF. O trabalho foi executado em duas etapas: a primeira foi a de reuniões, palestras e discussões com a comunidade da escola; e a segunda foi a execução propriamente dita do viveiro (de estrutura simples e econômica, de caráter permanente), contemplando práticas de germinação de sementes e produção de mudas de espécies nativas do Cerrado. Em seguida, foram efetuadas avaliações das atividades de educação realizadas, bem como documentação e feira cultural. A utilização da estrutura de um viveiro florestal como forma de educação ambiental para crianças, mostrou-se eficiente e cumpriu os objetivos propostos para este trabalho. O material produzido como: o vídeo, as fotos das atividades, os trabalhos desenvolvidos em sala de aula, o estande na feira cultural, demonstrou que o viveiro estimulou as atividades ambientais, que antes ocupava somente um bimestre do ano letivo e que passaram a ser tema nos quatro bimestres.

Referência:

LEITE, Thiago Vinicius Pereira. Quando um viveiro florestal torna-se um viveiro educador: estudo de caso em uma Escola Classe do Distrito Federal. 2008. 78 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008.

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Análise financeira da semeadura e do plantio de mudas arbóreas na restauração ecológica no Cerrado

Análise financeira da semeadura e do plantio de mudas arbóreas na restauração ecológica no Cerrado

Autor(a):

Mariana Rezende de Oliveira e Silva

Resumo:

Pesquisas relacionadas à restauração ecológica têm enfatizado principalmente os aspectos técnicos e biofísicos e deixado uma lacuna sobre os temas econômico financeiros. O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre custo e a efetividade da restauração da vegetação em fragmentos de Cerrado strictu senu degradados para criação de pastagem, por meio de duas estratégias: plantio de mudas e semeadura direta. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os responsáveis pela execução de dois projetos, ambos localizados no Distrito Federal. Para análise de custos foi utilizada o Custeio por Absorção Parcial, considerando um horizonte de planejamento de dois anos, além do Custo Periódico Equivalente com base em uma projeção de
sete anos. Para os casos específicos aqui analisados, a semeadura direta foi mais barata (R$ 13.481,03/ha) do que o plantio de mudas (R$ 44.745,75/ha). O planejamento foi mais caro para semeadura direta enquanto a implantação e o monitoramento foram mais custosos no plantio de mudas Foi realizada análise de custoefetividade, sendo o indicador ecológico selecionado o percentual de cobertura do solo, estimado a partir do método de interceptação de pontos em linha. Para os casos estudados, a semeadura direta apresentou-se mais vantajosa, tanto em termos financeiros, quanto em resultados ecológicos. Na área de semeadura direta, a cobertura de espécies subarbustivas nativas (98,25%), apesar de expressivo, apresentou apenas três espécies de rápido crescimento e o percentual de cobertura de espécies arbóreas e arbustivas foi pouco expressivo. Já na área do plantio de mudas, o percentual de herbáceas nativas (5,44%) foi maior do que de árvores e arbustos, o que representa acréscimo de outras formas de vida.

Referência:

SILVA, Mariana Rezende de Oliveira e. Análise financeira da semeadura e do plantio de mudas arbóreas na restauração ecológica no Cerrado. 2019. [109] f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.

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Inteligência artificial associada à dados de satélite na predição do potêncial energético em área de cerradão

Inteligência artificial associada à dados de satélite na predição do potêncial energético em área de cerradão

Autor(a):

João Victor Carrijo

Resumo:

Os estudos sobre a capacidade produtiva florestal do Cerrado vêm ganhando atenção nos últimos anos, utilizando de inteligência artificial na estimativa de variáveis produtivas da floresta e demonstrando o poder dessa tecnologia para esse fim. Entretanto, maiores esforços de pesquisa devem ser feitos quanto a capacidade energética do mesmo, possibilitando assim a geração de informações importantes para a gestão e o manejo sustentável dessas áreas. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia de redes neurais artificiais associadas à dados de satélites para a estimativa do potencial energético em áreas de cerradão. O estudo foi conduzido em parcelas instaladas em uma área de cerradão em Tocantins, Brasil, onde foi realizado inventário florestal para obtenção de dados dendrométricos e amostras de material lenhoso e casca. O poder calorífico superior do material amostrado foi determinado segundo a norma brasileira NBR 8633 e a biomassa seca a 0% de umidade foi determinada com uso de modelos matemáticos. O produto desses dois valores definiu o potencial energético de cada indivíduo amostrado, posteriormente extrapolada por unidade de área. Seis índices de vegetação foram calculados para cada parcela a partir de uma imagem RapidEye e um teste de correlação foi realizado para determinar o índice a ser utilizado na modelagem do potencial energético. A modelagem foi realizada por meio da ferramenta Intelligent Problem Solver do software Statistica 7, utilizando a área basal e o Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI) como variáveis preditoras. A seleção da rede neural mais adequada foi feita segundo os critérios da análise gráfica, do erro médio da estimativa e do coeficiente de correlação. Por fim, a validação da rede selecionada foi realizada por meio do teste de t de Student e da diferença agregada. Em termos médios, o poder calorífico superior da madeira das espécies do cerradão foi de 19,234 ± 0,411 GJ.ton-1, enquanto para a casca foi de 19,878 ± 1,090 GJ.ton-1. Os resultados da modelagem revelaram que o potencial energético médio do cerradão é de 1.022,66 GJ.ha-1 ± 560,89 GJ.ha-1. A rede neural mais adequada apresentou erro de 11,27% e uma estrutura com dois neurônios na camada de entrada, oito na camada oculta e um na camada de saída, com funções de ativação dos tipos tangencial e sigmoidal. Os testes de validação demonstraram que não há diferença significativa entre os valores observados e os valores preditos pela rede neural.

Referência:

CARRIJO, João Victor. Inteligência artificial associada à dados de satélite na predição do potêncial energético em área de cerradão. 2019. 63 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.

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Efeito do fogo sobre a vegetação arbórea e herbácea em campo de murundus no Parque Estadual do Araguaia – MT

Efeito do fogo sobre a vegetação arbórea e herbácea em campo de murundus no Parque Estadual do Araguaia - MT

Autor(a):

Halina Soares Jancoski

Resumo:

Os campos de murundus (CMs) são formados por área plana ocupada pelo estrato herbáceo, inundável no período chuvoso, onde estão inseridos microrelevos ou murundus de terra cobertos por vegetação lenhosa típica do Cerrado. São encontrados principalmente no Brasil Central e ainda são pouco estudados. O estudo foi realizado em área amostral de 1 ha de CM no Parque Estadual do Araguaia (PEA), em Mo Grosso, com ocorrência de duas queimadas (2006 e 2007). Dois levantamentos foram realizados: antes da queimada (2005) e pós queimada (2008), com o intuito de analisar as mudanças florísticas e estruturais da vegetação herbácea e arbórea durante o período de três anos. Para avaliar o componente herbáceo-subarbustivo, a área de 1 ha foi dividida em 16 parcelas de 25 X 25 m cada. Para quantificar a vegetação herbáceo-subarbustiva utilizou-se um quadro de madeira (1 m X 1 m) lançado aleatoriamente duas vezes em cada parcela. Foram amostradas 35 espécies, 25 gêneros e 15 famílias. A diversidade foi de H’ = 2,38 nats. ind.-1em 2005 e H’ = 1,91 nats.ind. -1 em 2008. Os valores de H’ diferiram entre si entre os levantamentos (t = 4,86; p = 0,05). Para ambos o índice J’ foi de 0,91. As famílias com maior riqueza foram Poaceae (9 espécies) e Cyperaceae (5). Houve mudança na composição florística, na cobertura e na frequência da comunidade e das populações. A família que se destacou em cobertura e frequência foi Poaceae. Aristida pendula e Trachypogon plumosus foram as espécies que mais alteraram em cobertura e frequência relativa entre os levantamentos. Com relação ao componente arbustivo-arbóreo foi realizado o inventário da área de 1 ha, medindo-se todos os indivíduos com CAS ≥ 9 cm e suas alturas. Em 2008, foram avaliados todos os indivíduos sobreviventes de 2005, os indivíduos recrutas e também foram medidos CAS de todas as rebrotas ≤ 9 cm que apresentaram morte da parte aérea (top kill). Ocorreu mudança na estrutura e a composição florística do componente arbóreo se manteve, exceto para Protium unifoliolatum que não foi registrado na amostragem em 2008. Ao todo, foram amostrados 40 espécies, 34 gêneros e 23 famílias. A densidade diminuiu e a área basal aumentou no segundo levantamento. A frequência relativa foi o parâmetro que mais influenciou o IVI das espécies, seguida pela densidade relativa e dominância relativa. As dez espécies mais importantes em IVI mantiveram entre os levantamentos, mas em posições diferentes. Curatella americana e Andira cuyabensis foram as espécies com maior IVI, devido principalmente a dominância na área. As distribuições de diâmetros e de alturas apresentaram diferenças entre os dois levantamentos. Em 2008, surgiu uma nova classe de diâmetros (0 a 2,8 cm), devido ao decréscimo dos indivíduos que desenvolveram rebrotas com menores diâmetros após top kill. A taxa média anual de recrutamento (1,16%.ano-1 ) foi menor do que a taxa de mortalidade (2,95.ano-1), confirmando a diminuição da densidade. A mortalidade total foi de 9,3% e a taxa de caules destruídos foi de 33%. 70% dos indivíduos mortos apresentavam diâmetros entre 4,2 a 7,3 cm e 52% com altura entre 2 a 3 m. 35% dos indivíduos na área sofreram dano parcial com rebrota. Em 2008, foram quantificados 429 rebrotas contra 156 em 2005. 95% dos diâmetros das rebrotas em 2008 não ultrapassaram 2,22 cm. A interferência de queimadas na área durante os anos de estudo contribuiu para as mudanças na vegetação do CM.

Referência:

JANCOSKI, Halina Soares. Efeito do fogo sobre a vegetação arbórea e herbácea em campo de murundus no Parque Estadual do Araguaia – MT. 2010. xvi, 96 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010.

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Estimativas de volume, biomassa e carbono para o carvoeiro: (sclerolobium paniculatum Vog. var. subvelutinum Benth)

Estimativas de volume, biomassa e carbono para o carvoeiro: (sclerolobium paniculatum Vog. var. subvelutinum Benth)

Autor(a):

Robert Morais Thompson

Resumo:

Este trabalho foi desenvolvido em uma área de cerrado sensu stricto da Fazenda Água Limpa, UnB, Brasília, DF com o objetivo de avaliar o potencial de produção de Sclerolobium paniculatum Vog. var. subvelutinum Benth, visando subsidiar a elaboração de técnicas para o uso sustentável da espécie em áreas naturais do cerrado sensu stricto. O carvoeiro (Sclerolobium paniculatum Vog. var. subvelutinum Benth.) é uma espécie típica do Cerrado, que se destaca por apresentar grande potencial econômico e social, principalmente para as comunidades rurais. Para atender este estudo indivíduos da espécie com diâmetro da base igual ou superior a 5 cm, foram demarcados em uma área experimental e, posteriormente derrubadas e cubados rigorosamente. Foram avaliadas as relações dendrométricas da espécie e testados modelos estatísticos para estimar volume, biomassa seca e estoque de carbono por árvore. Quanto as relações dendrométricas, o estudo mostrou que, em média, o volume dos galhos grossos de uma árvore representa cerca de 53% do volume de fuste mais galhos grossos de uma árvore. Verificou-se também a existência de uma tendência das menores classes de diâmetro possuírem menor porcentagem de casca. O modelo de Schumacher e Hall foi escolhido para estimar o volume, biomassa seca e o carbono do fuste. Além disso, o modelo de Schumacher e Hall também se destacou para estimar o volume da árvore considerando fuste mais galhos grossos e também a biomassa seca e carbono para fuste mais galhos e folhas. O modelo de Honner foi o que melhor estimou a biomassa seca do fuste e galhos em geral. O modelo de Meyer foi o que melhor estimou a biomassa seca e o carbono de fuste mais galhos grossos, e o carbono do fuste mais galhos em geral. A espécie apresentou potencial de interesse para uso sustentável em áreas de cerrado sensu stricto. Recomendou-se que sejam realizados outros estudos com a espécie, relacionados à silvicultura e a outros produtos potenciais que esta possa oferecer.

Referência:

THOMPSON, Robert Morais. Estimativas de volume, biomassa e carbono para o carvoeiro: (sclerolobium paniculatum Vog. var. subvelutinum Benth). 2009. 64 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2009.

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Avaliação da recuperação da cascalheira do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek: aspectos edáficos, florísticos e ecológicos

Avaliação da recuperação da cascalheira do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek: aspectos edáficos, florísticos e ecológicos

Autor(a):

Cristiane de Queiroz Pinheiro

Resumo:

O bioma Cerrado vem sendo reduzido por consequência de atividades antrópicas, restando atualmente cerca de 20% da sua extensão original nativa. No Distrito Federal, a mineração foi responsável pela degradação de 0,6% da extensão do território. O desmatamento e a remoção da camada superficial do solo são necessariamente anteriores a atividade de mineração, procedimentos que causam profundos impactos no meio ambiente. Setenta e dois hectares de cascalho foram explotados da cascalheira próxima ao Aeroporto Internacional de BrasÌlia – Juscelino Kubitschek em 1960, sendo revegetada em 2005. Durante a fase de recuperação foram aplicados fertilizantes químicos e matéria orgânica no substrato exposto, e introduzidas cerca de sessenta espécies arbóreas nativas na área. Este estudo teve como objetivo avaliar os aspectos edáficos, florísticos e ecológicos da cascalheira após as obras de recuperação. Sendo assim, foram coletadas amostras de solo para realização de análises químicas e físicas do substrato, e um levantamento florístico das espécies arbóreas introduzidas no local. Os resultados indicam que a condição do substrato È adequada para o crescimento de espécies arbóreas nativas. A maioria das espécies introduzidas no local são pioneiras, possuem dispersão anemocórica e ampla ocorrência no bioma Cerrado. A estrutura da comunidade em termos de frequência, dominância, riqueza florística, diversidade e equabilidade apresentam valores semelhantes aos medidos em áreas naturais de Cerrado. Espécies invasoras foram constatadas no local, tais como Brachyaria spp. e Melinis spp., que podem comprometer a sucessão das espécies. Entretanto, o tratamento do substrato e as espécies introduzidas na área foram considerados adequados.

Referência:

PINHEIRO, Cristiane de Queiroz. Avaliação da recuperação da cascalheira do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek: aspectos edáficos, florísticos e ecológicos. 2008. 95 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)-Universidade de Brasília, Brasília.

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Análise de atributos da vegetação e do solo em cerrado sensu stricto, 20 anos após distúrbios antrópicos

Análise de atributos da vegetação e do solo em cerrado sensu stricto, 20 anos após distúrbios antrópicos

Autor(a):

Fernanda Monteiro de Morais

Resumo:

Avaliaram-se as respostas do solo e da vegetação lenhosa arbórea-arbustiva em cerrado sensu stricto na Fazenda Água Limpa-UnB, quanto à estrutura da vegetação, produção volumétrica e atributos físicos do solo, cerca de 20 anos após ter sido submetida a corte raso e enriquecimento. Em 1988, dezoito parcelas de 20 x 50 m foram submetidas a seis tratamentos: desmatamento com lâmina e retirada da lenha; desmatamento com lâmina, retirada da lenha e duas gradagens; desmatamento com lâmina, retirada da lenha e fogo; corte com motosserra e retirada da lenha; corte com motosserra, retirada da lenha e fogo; e corte com motosserra, retirada da lenha, fogo, destoca com lâmina e duas gradagens. Em 1990 as parcelas foram submetidas a novos tratamentos com plantios de enriquecimento, envolvendo as espécies: Aspidosperma olivaceum M. Arg., Calophyllum brasiliense Camb., Copaifera langsdorffii Desf., Cordia sp. L., Cryptocarya aschersoniana Mez e Dalbergia nigra Fr. Allem. As parcelas foram avaliadas quanto à florística, à estrutura, à produção volumétrica para fins energéticos e aos atributos físicos do solo. Os tratamentos foram similares entre si e apresentaram alta diversidade florística. As espécies introduzidas com o plantio de enriquecimento não apresentaram bom desenvolvimento, não se destacando na estrutura da vegetação. Entretanto, os tratamentos submetidos ao plantio de enriquecimento apresentaram alta produção volumétrica. Não foram observadas diferenças significativas quanto aos parâmetros físicos do solo entre as profundidades de 0-20 cm e de 20-40 cm e entre os seis tratamentos avaliados. O solo na área foi classificado como muito argiloso e argiloso laterítico, pelos métodos do triângulo textural e MCT (Miniatura Compactada Tropical), respectivamente. A resistência à penetração do solo variou de forma irregular ao longo do perfil, não sendo possível associar este parâmetro com a produção em volume. As propriedades físicas do solo não foram responsáveis pelas diferenças encontradas no volume e nos parâmetros florísticos e fitossociológicos.

Referência:

MORAIS, Fernanda Monteiro de. Análise de atributos da vegetação e do solo em cerrado sensu stricto, 20 anos após distúrbios antrópicos. 2009. 99 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2009.

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O custo social da depredação do cerrado brasileiro: o caso do pequi (Caryocar brasiliense Camb.)

O custo social da depredação do cerrado brasileiro: o caso do pequi (Caryocar brasiliense Camb.)

Autor(a):

Maria Cristina Magalhães Viana

Resumo:

Neste trabalho analisou-se a depredação do Bioma Cerrado, enfocando os custos sociais impostos pela redução e perda dos recursos naturais, em especial o pequi (Caryocar brasiliense Camb.), no período de 1990 a 2008. O custo social da depredação dos recursos naturais pode ser
representado pelo custo de oportunidade desses recursos para a sociedade, caso esses recursos não tivessem sido degradados. Foi considerado aqui o custo social da depredação do pequi para a sociedade – esta representada pelos consumidores e produtores do pequi. Os custos foram quantificados com base no conceito de excedente econômico de Marshall. Utilizou-se o modelo teórico desenvolvido por Lindner e Rose (1978), e aperfeiçoado por Rose (1980) e Norton e Davis (1981). Foram necessários três parâmetros para quantificar estes custos: elasticidade preço da demanda, elasticidade-preço da oferta e fator de deslocamento da curva de oferta (K). O custo social médio foi estimado em R$ 922 mil reais de 2008, no período de 1990 a 2008. Os produtores regionais arcaram com 54% do custo social total e os consumidores com os 46% restantes. O custo social total representou uma média de 48% do valor comercializado da produção do pequi durante o período estudado.

Referência:

VIANA, Maria Cristina Magalhães. O custo social da depredação do cerrado brasileiro: o caso do pequi (Caryocar brasiliense Camb.). 2010. 65 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010.

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Desenvolvimento inicial de espécies lenhosas, nativas e de uso múltiplo na recuperação de áreas degradadas de cerrado sentido restrito no Distrito Federal

Desenvolvimento inicial de espécies lenhosas, nativas e de uso múltiplo na recuperação de áreas degradadas de cerrado sentido restrito no Distrito Federal

Autor(a):

Júlio César Sampaio Silva

Resumo:

Um dos maiores desafios enfrentados na atualidade refere-se a utilização racional dos recursos naturais. A degradação ambiental, motivada, principalmente, pelos avanços das fronteiras comerciais dificulta ainda mais a racionalização e sustentabilidade desses recursos. A recuperação
de áreas degradadas é portanto, fundamental para a diminuição dos impactos nocivos causados pelo homem aos ecossistemas naturais. Com o objetivo de contribuir para o conhecimento relacionado ao desenvolvimento de espécies nativas em plantios de recuperação de áreas degradadas no Cerrado neste trabalho foram analisados o estabelecimento e desenvolvimento inicial de 19 espécies nativas do bioma, sendo 6 de cerrado sentido restrito, 6 de mata de galeria e 7 de mata estacional, em um plantio de recuperação em área degradada de cerrado sentido restrito localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama e Cabeça de Veado, no Distrito Federal. O monitoramento do plantio ocorreu entre os meses de dezembro de 2004 a outubro de 2005. Ao longo desse tempo (22 meses), em intervalos periódicos e acompanhando o regime das chuvas foram realizadas 5 avaliações, sendo a primeira 30 dias após o plantio e as demais a cada 6 meses. Os parâmetros avaliados foram a sobrevivência, a altura e o diâmetro do ramo a altura do solo. Para a análise dos dados foram utilizadas as taxas de sobrevivência e os valores medianos de incremento em altura e diâmetro para as espécies agrupadas por fitofisionomia de origem. Vinte e dois meses após o plantio a sobrevivência total das mudas foi de 60%. Para o grupo das espécies de cerrado sentido restrito a sobrevivência ao final dos 22 meses foi igual  a 58%, onde as espécies de mata de galeria e mata estacional alcançaram respectivamente 55 e 67%. O incremento mediano total em altura ao final do monitoramento foi igual a 9,00 cm onde o valor máximo registrado foi igual a 190,52 cm. Para o diâmetro mediano, o incremento foi igual a 4,49 mm com máximo igual a 38,62 mm. Entre as espécies de cerrado sentido restrito o maior incremento mediano em altura foi Plathymenia reticulata com 21,00 (máx.= 117,50) cm, com relação ao diâmetro, Tabebuia caraiba apresentou o melhor resultado com mediana igual a 10,71 (máx.= 33,54) mm. Para os grupos mata de galeria e mata estacional as espécies Anadenanthera macrocarpa e Inga cylindrica apresentaram os maiores valores de mediana para o incremento em altura, com valores máximos iguais a 126,90 e 140,00 cm, respectivamente. O maior valor mediano de diâmetro para o grupo de mata de galeria foi alcançado por Tibouchina stenocarpa com 10,23 (máx.= 21,89) mm. (máx.= 21,89) mm.

Referência:

SILVA, Júlio César Sampaio. Desenvolvimento inicial de espécies lenhosas, nativas e de uso múltiplo na recuperação de áreas degradadas de cerrado sentido restrito no Distrito Federal. 2007. 120 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2007.

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Recuperação de uma área degradada do cerrado através de modelos de nucleação, galharias e transposição de banco de sementes

OLIVEIRA, Anderson José Ferreira de. Recuperação de uma área degradada do cerrado através de modelos de nucleação, galharias e transposição de banco de sementes. 2013. xi, 116 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013

Autor(a):

Anderson José Ferreira de Oliveira

Resumo:

Nas últimas décadas, a degradação ambiental no Brasil vem se intensificando em virtude da maior demanda social, acompanhando o processo de ocupação no território nacional. A idealização e construção da capital federal no centro do país demandou grande consumo de material de construção, intensificando elevado desmatamento, deixando muitas áreas degradadas com solos expostos e compactados, e sem vegetação, até os dias atuais. As técnicas de nucleação vêm se tornando uma realidade cada vez mais promissora dentro das novas propostas para a recuperação de áreas degradadas, por apresentar uma visão mais holística, visando o manejo da recuperação da integridade ecológica dos ecossistemas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o grau de eficácia do plantio de mudas e cada uma das técnicas alternativas de restauração, que se fundamentam em processos sucessionais naturais, tendo como base o princípio da nucleação em cerrado sensu stricto, uma área degradada por extração de solo. Em uma área de 3,3 hectares foram implementados junto ao plantio de mudas em linhas de 3 m x 3 m, o plantio de 150 grupos espaçados de Anderson (1953) com distribuição fatorial de 3 x 5. Para a determinação das propriedades químicas e densidade do solo, foram criadas, três parcelas de 100 m x 100 m na área degradada e em uma no cerrado sensu stricto adjacente à área. Para a análise química foram coletadas 20 amostras em cada uma das parcelas, as quais foram homogeneizadas, formando uma amostra composta. Para a densidade do solo, foram coletadas oito amostras em cada parcela, com repetições nas profundidades de 0 a 10 cm e de 10 a 20 cm e, posteriormente, secas em estufa a 105°C, para pesagem do material seco. A transposição das galharias e banco de sementes foram instalados aleatoriamente em 25 parcelas. Todos os tratamentos foram instalados com Delineamento em Inteiramente Casualizados (DIC). A densidade dos indivíduos de todos os tratamentos e a riqueza das galharias e banco de sementes de formas de vida foram avaliados por 12 meses. A densidade do solo obtida para o cerrado adjacente foi de 1,58 g/dm3. Para a área degradada do Parque Ecológico do Córrego da Onça, a densidade do solo obtida foi de 2,26 g/dm3. O valor médio de pH da área foi de 5,3. A concentração média de Ca2+ foi aproximadamente 1,5 mmol/dm3, do K+ igual a 10 mg/dm3 e do P igual a 0,4 mg/dm3. Para H+Al, 17,5 mmol/dm3 (Capítulo 1). A mortalidade total dos indivíduos plantados foi de 6,86%. Através dos grupamentos espaçados de Anderson, ocorreu um incremento em altura da espécie central Erythrina speciosa na presença de Tapirira guianensis (Tukey = 58,711) e da espécie Mabea fistulifera em relação a Cedrela fissilis (Tukey = 52,16). Para incremento em diâmetro das espécies centrais, ocorreu incremento entre os blocos das espécies Mabea fistulifera e Cedrela fissilis (Tukey = 0.02366) e para o tratamento composto pela Hymenaea coubaril e Tapirira guianensis (Tukey = 0.01550) (Capítulo 2). Foram amostradas 44 espécies nas galharias, para uma diversidade de H’ = 2, 246, Ds = 0,7921 e J = 0,6008. No banco de sementes, foram 30 espécies, H’ = 2,43, Ds = 0,8552 e J = 0,7293, considerando todas as formas de vida. Em ambos os tratamentos, as herbáceas foram dominantes com mais de 50% dos indivíduos amostrados. No banco de sementes as outras formas de vida foram equivalentes, o que não ocorreu nas galharias (Capítulo 3). Nos grupos espaçados, parece ocorrer a facilitação entre alguns dos pares de espécies, mas não se pode descartar ainda a questão individual e/ou da espécie em relação a processo de tolerância as condições ambientais. As técnicas de transposição do banco de sementes e das galharias, comprovaram ser eficientes técnicas para o estabelecimento plântulas, na recuperação de áreas degradadas por mineração.

Referência:

OLIVEIRA, Anderson José Ferreira de. Recuperação de uma área degradada do cerrado através de modelos de nucleação, galharias e transposição de banco de sementes. 2013. xi, 116 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013

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