Análise financeira da semeadura e do plantio de mudas arbóreas na restauração ecológica no Cerrado

Autor(a):

Mariana Rezende de Oliveira e Silva

Resumo:

Pesquisas relacionadas à restauração ecológica têm enfatizado principalmente os aspectos técnicos e biofísicos e deixado uma lacuna sobre os temas econômico financeiros. O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre custo e a efetividade da restauração da vegetação em fragmentos de Cerrado strictu senu degradados para criação de pastagem, por meio de duas estratégias: plantio de mudas e semeadura direta. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os responsáveis pela execução de dois projetos, ambos localizados no Distrito Federal. Para análise de custos foi utilizada o Custeio por Absorção Parcial, considerando um horizonte de planejamento de dois anos, além do Custo Periódico Equivalente com base em uma projeção de
sete anos. Para os casos específicos aqui analisados, a semeadura direta foi mais barata (R$ 13.481,03/ha) do que o plantio de mudas (R$ 44.745,75/ha). O planejamento foi mais caro para semeadura direta enquanto a implantação e o monitoramento foram mais custosos no plantio de mudas Foi realizada análise de custoefetividade, sendo o indicador ecológico selecionado o percentual de cobertura do solo, estimado a partir do método de interceptação de pontos em linha. Para os casos estudados, a semeadura direta apresentou-se mais vantajosa, tanto em termos financeiros, quanto em resultados ecológicos. Na área de semeadura direta, a cobertura de espécies subarbustivas nativas (98,25%), apesar de expressivo, apresentou apenas três espécies de rápido crescimento e o percentual de cobertura de espécies arbóreas e arbustivas foi pouco expressivo. Já na área do plantio de mudas, o percentual de herbáceas nativas (5,44%) foi maior do que de árvores e arbustos, o que representa acréscimo de outras formas de vida.

Referência:

SILVA, Mariana Rezende de Oliveira e. Análise financeira da semeadura e do plantio de mudas arbóreas na restauração ecológica no Cerrado. 2019. [109] f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.

Disponível em:

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