Agronegócio e ecovilas no bioma Cerrado: construindo parâmetros de uma ação coletiva

Agronegócio e ecovilas no bioma Cerrado: construindo parâmetros de uma ação coletiva

Autor(a):

Rafaela Coelho Dyna

Resumo:

O presente estudo analisa o processo de construção coletiva de um novo design social em uma região tradicionalmente adepta à modos de produção agrícola intensiva, que nos últimos anos vêm sendo comprovadamente insustentáveis, no que abrange à biodiversidade, utilização racional e preservação dos recursos naturais do Bioma Cerrado, grandes concentrações de terras, uso de tecnologias poluentes – tanto na produção de alimentos como na obtenção de energias renováveis, e, como consequência, o modelo social que se forma a partir das práticas incorporadas. A partir da consciência dessas práticas, surgem grupos de pessoas com interesses comuns: dar origem à uma nova configuração social no Centro-Oeste brasileiro. Esses grupos se enquadram no que é caracterizado como ação coletiva, segundo a definição de Mancur Olson. A área analisada é a região norte de Goiás, região tradicionalmente utilizada para práticas agrícolas e agropecuárias, mais especificamente nos limites do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Para essa análise, serão utilizados os conceitos destacados pelos autores relacionados ao tema, bem como a interpretação do estatuto social do grupo analisado.

Referência:

DYNA, Rafaela Coelho. Agronegócio e ecovilas no bioma Cerrado: construindo parâmetros de uma ação coletiva. 2013. 49 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão do Agronegócio)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2013.

Disponível em:

Dinâmica populacional de inga alba (sw.) willd. (fabaceae) em mata de galeria perturbada no Distrito Federal

Dinâmica populacional de inga alba (sw.) willd. (fabaceae) em mata de galeria perturbada no Distrito Federal

Autor(a):

Adriana Martins Ongehero

Resumo:

O objetivo do estudo foi analisar a estrutura e dinâmica da população de Inga alba (Fabaceae) no período de onze anos (2002-2013) na Mata de Galeria do Capetinga, perturbada por fogo, Faz. Água Limpa, DF. O estudo foi realizado em 100 parcelas contíguas de 10 x 10 m (1ha) alocadas em quatro linhas perpendiculares ao leito do córrego principal. Indivíduos adultos foram amostrados e marcados quando apresentavam DAP > 5 cm. Dentro dessas, sub-parcelas de 5 x 5 m foram alocadas para amostragem de arvoretas (DAP > 5 cm; altura > 1 m) e de 2 x 2 m para mudas (DAP < 5 cm e altura < 1 m). Para análise do padrão de distribuição espacial foram calculados o coeficiente de dispersão (CD) e o índice de Green (IG). Taxas de recrutamento e mortalidade para adultos foram calculados. Para estrutura de tamanho dados de diâmetro e altura foram distribuídos em intervalos de classe, por meio do cálculo do algoritmo de Sturges. Foram encontrados 48 indivíduos adultos em 2002, 68 em 2007 e 52 em 2013. Os valores de CD e IG > 1 indicaram uma distribuição do tipo agrupada. A estrutura populacional para o diâmetro não apresentou “J” invertido. Resultados sugerem que a população vêm apresentando problemas de recrutamento na área, portanto, necessita de continuação do monitoramento a longo prazo a fim de verificar dinâmica futura da espécie.

Referência:

ONGHERO, Adriana Martins. Dinâmica populacional de inga alba (sw.) willd. (fabaceae) em mata de galeria perturbada no Distrito Federal. 2013. 17 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Naturais)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2013

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Semeadura direta manual de espécies nativas do Cerrado em área de reserva legal na Fazenda Entre Rios, Paranoá-DF

Semeadura direta manual de espécies nativas do Cerrado em área de reserva legal na Fazenda Entre Rios, Paranoá-DF

Autor(a):

Deisy Radel

Resumo:

Este estudo objetivou avaliar a emergência, sobrevivência e o desenvolvimento de dez espécies nativas plantadas via semeadura direta manual em área perturbada de Cerrado Ralo inserido na Reserva Legal da Fazenda Entre Rios, Distrito Federal. O experimento foi observado pelo período de dez meses. Após 90 dias da semeadura, se destacaram quanto ao percentual de emergência A. fraxinifolium (15,4%) e C. langsdorffii (15,4%), enquanto S. oleracea (3,2%), C. brasiliense (2,8%) e A. niopoides (1,4%) apresentaram as menores taxas e G. ulmifolia não apresentou emergência. Aos 260 dias da semeadura, obtiveram maior porcentagem de sobrevivência D. alata (75,0%), C. langsdorffii (59,7%), M. urundeuva (51,2%) e S. oleracea (50,0%). A. fraxinifolium obteve a menor taxa de sobrevivência, 13,0%. As espécies com maior crescimento médio foram S. oleracea (17,04 cm), D. alata (10,27 cm), A. macrocarpa (8,45 cm) e T. guianensis (7,47 cm). A menor média em altura foi verificada para a espécie C. langsdorffii. Em termos gerais, a emergência e sobrevivência apresentada pelas espécies semeadas foi baixa mas, no entanto, significativa, se considerarmos o solo do tipo Cambisolo, pobre e raso do local, ambiente tipicamente característico de baixa capacidade suporte.

Referência:

RADEL, Deisy. Semeadura direta manual de espécies nativas do Cerrado em área de reserva legal na Fazenda Entre Rios, Paranoá-DF. 2013. 24 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Naturais)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2013

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Teor de carbono orgânico do solo e aspectos biofísicos da cobertura vegetal da bacia do Córrego Sarandi, Planaltina-DF

Teor de carbono orgânico do solo e aspectos biofísicos da cobertura vegetal da bacia do Córrego Sarandi, Planaltina-DF

Autor(a):

Fábio Luís de Souza Santos

Resumo:

As mudanças no uso e cobertura da terra têm alterado a dinâmica de carbono nos ecossistemas e podem ser identificadas através do uso de geotecnologias aplicadas à análise da cobertura vegetal. No Cerrado, essas modificações ocorrem especialmente pelo avanço da agropecuária, influenciando diretamente os estoques de carbono, a produção primária e a decomposição da matéria orgânica do solo. Além disso, as diferentes classes de solo podem se comportar de maneiras distintas em relação a tais mudanças. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a relação entre o teor de carbono orgânico encontrado no solo e os aspectos biofísicos da cobertura vegetal referentes à bacia experimental do Sarandi em Planaltina-DF. Em todas as áreas estudadas os maiores valores de carbono orgânico no solo foram encontrados nos intervalos de profundidades superficiais (até 20 cm), decrescendo com a profundidade. A pastagem em uso apresentou uma maior concentração de carbono quando comparada com a pastagem degradada, superando inclusive os valores encontrados na Mata de Galeria entre 5 e 60 cm. Houve uma alta correlação entre os índices de vegetação utilizados (NDVI, SAVI e NDWI) com o carbono presente no solo. A análise de correlação múltipla possibilitou a geração de uma equação para estimar a concentração de carbono no solo da bacia do córrego Sarandi: C = -29,6474655 – 145,6187519*NDVI + 412,2212394*SAVI – 82,3615325*NDWI. 2 2 Onde se obteve um R = 0,76 e um R ajustado = 0,70. Logo, essa relação pode servir de base para estimar o padrão da dinâmica de carbono no solo relacionando com o tipo de cobertura vegetal, bem como, com as classes de solos, além de subsidiar o manejo de ecossistemas.

Referência:

SANTOS, Fábio Luís de Souza. Teor de carbono orgânico do solo e aspectos biofísicos da cobertura vegetal da bacia do Córrego Sarandi, Planaltina-DF. 2013. xii, 48 f., il. Monografia (Bacharelado em Gestão Ambiental)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2013.

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Cálculo da dimensão fractal do sistema vascular de folhas do cerrado

Cálculo da dimensão fractal do sistema vascular de folhas do cerrado

Autor(a):

Jéssica de Ornelis Borges

Resumo:

A geometria fractal vem sendo utilizada como uma poderosa ferramenta para estudar estruturas complexas semelhantes às presentes na natureza, possibilitando uma análise mais rica de informações. Ramificação de árvores, raízes e sistemas vasculares são alguns exemplos de padrões que estão sendo amplamente estudados com o uso dessa geometria. Já a dimensão fractal tem quantificado e medido aspectos da complexidade dessas estruturas. Para calcular a complexidade de uma determinada espécie encontrada no cerrado (Pouteria Ramiflora), foi feita uma análise a partir do seu sistema vascular para calcular o valor de sua dimensão fractal, utilizando o método box-counting, onde para várias amostras, esse valor se manteve próximo a 1,97. A edição de imagem e o cálculo foram realizados, respectivamente, pelos softwares GIMP e MATLAB, sendo que para este último toda a análise se deu em um sistema em 2D.

Referência:

BORGES, Jéssica de Ornelis. Cálculo da dimensão fractal do sistema vascular de folhas do cerrado. 2017. 55 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Naturais)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2017.

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Levantamento etnobotânico de plantas medicinais na cidade de Ipameri – GO

Levantamento etnobotânico de plantas medicinais na cidade de Ipameri - GO

Autor(a):

ZUCCHI, M.R.; OLIVEIRA JÚNIOR, V.F.; GUSSONI, M.A.; SILVA, M.B.; SILVA, F.C.; MARQUES, N.E.

Resumo:

Os objetivos deste trabalho foram: identificar as espécies vegetais utilizadas com fins medicinais pela comunidade de Ipameri (Estado de Goiás); investigar as preferências com relação à produção e comercialização dessas plantas; e diagnosticar o perfil de gênero e as faixas etárias e salariais de seus usuários. Para isso, foram realizadas entrevistas estruturadas com 200 famílias da cidade e coletadas as plantas visando-se a sua correta identificação. O material foi herborizado, identificado e depositado no Herbário da Universidade Estadual de Goiás (HUEG). Das 200 famílias entrevistadas, 75 disseram não fazer uso de plantas com fins medicinais (37,5%), enquanto 125 afirmaram fazê-lo (62,5%). O grupo que utiliza relacionou 35 espécies mais empregadas: hortelã-rasteira (Mentha x villosa L.), boldo-sete-dores (Plectranthus barbatus Andrews.), capim-cidreira (Cymbopogon citratus (DC.) Stapf.), quebra-pedra (Phyllanthus niruri L.), camomila (Chamomilla recutita (L.) Rauschert.), poejo (Mentha pulegium L.), guaco (Mikania glomerata Spreng.), mentrasto (Ageratum conyzoides L.), alfavacão (Ocimum gratissimum L.), losna (Artemisia canphorata Vill.), bálsamo (Eysenhardtia platycarpa Mich.), carqueja (Baccharis trimera (Less.) DC.), funcho (Foeniculum vulgare Mill.), babosa (Aloe vera L.) e malva (Althaea officinalis L.). Todas as famílias consumidoras (100%) afirmaram preferir as plantas cultivadas de forma orgânica, selecionando-as através da boa aparência (68% das famílias) e consumindo-as in natura (sem beneficiamento, 100%). A utilização de plantas medicinais em Ipameri é independente do sexo (54%, mulheres e 46%, homens) e se estende às várias faixas etárias e também sócio-econômicas, configurando-se assim, um bom mercado consumidor.

Referência:

ZUCCHI, M.R et al. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais na cidade de Ipameri – GO. Rev. bras. plantas med. Botucatu, 2013, vol.15, n.2, p.273-279.

Levantamento das Plantas Medicinais do Cerrado sensu stricto da Fazenda Paraíso – Dourados, MS

Levantamento das Plantas Medicinais do Cerrado sensu stricto da Fazenda Paraíso – Dourados, MS

Autor(a):

Zefa Valdivina Pereira, Cezesmundo Ferreira Gomes, Gilberto Lobtchenko, Maria Elizabete Soares Gomes, Paulo Diniz de Almeida Simões, Ruam Pedro Shoity Saruwatari, Vagner Freitas Rigo e Weverton do Prado Cordeiro

Resumo:

O interesse acadêmico a respeito do conhecimento que as populações detêm sobre plantas e seus usos têm crescido após a constatação de que a base empírica desenvolvida por elas ao longo de séculos pode, em muitos casos, ter uma comprovação científica, que habilitaria a extensão destes usos à sociedade industrializada.

O cerrado é bastante rico em espécies utilizadas na medicina popular, em função de características morfológicas, como xilopódios e cascas, que acumulam reservas e, com freqüência, possuem substâncias farmacologicamente ativas. Além disso, este bioma apresenta grande diversidade de como ordem, famílias e gêneros e quanto maior for a diversidade taxonômica em níveis superiores, maior é o distanciamento filogenético entre as espécies e maior é a diferença e diversidade química entre elas, demonstrando assim, sua importância para pesquisas com plantas medicinais.

Estudos com a flora medicinal no Mato Grosso do Sul restringem-se a poucos trabalhos e algumas monografias, as quais ficam pouco disponíveis para a comunidade científica e quando disponíveis, as plantas medicinais do cerrado são discutidas junto com espécies de outros ambientes e por isso não se tem um número exato de quantas são ocorrentes no cerrado Sul-mato-grossense. Nesse sentido, este trabalho teve por objetivo conhecer as plantas nativas comercializadas por ervateiros no cerrado da região de Dourados, MS, fornecendo dados sobre o número de espécies medicinais e contribuindo para a preservação, o manejo e o uso sustentável da vegetação da região.

Referência:

PEREIRA, Z.V.; GOMES, C.F.; LOBTCHENKO, G.; GOMES, M.E.S.; SIMÕES, P.D.A.; SARUWATARI, R.P.S.; RIGO, V.F.; CORDEIRO, W.P. Levantamento das

Plantas Medicinais do Cerrado sensu stricto da Fazenda Paraíso – Dourados, MS. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre. v. 5, supl. 1, jun., p. 249-251, 2007.

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Relações entre uso e cobertura da terra e unidades geomorfológicas na bacia hidrográfica do ribeirão Mestre D’armas (DF)

Relações entre uso e cobertura da terra e unidades geomorfológicas na bacia hidrográfica do ribeirão Mestre D’armas (DF)

Autor(a):

Pedro Ribeiro Martins

Resumo:

Nas últimas décadas, mais da metade da extensão original do bioma Cerrado foi transformada em pastagens, culturas anuais e outros tipos de uso. Apesar dessa intensificação, nos últimos vinte anos observou-se uma estabilização em relação à abertura de novas áreas antropizadas, principalmente, devido às características do meio físico desse bioma. O monitoramento dessas alterações pode ser feito por meio de dados de sensores orbitais, que possibilitam o mapeamento das dinâmicas das coberturas da terra e seus padrões de distribuição espacial. O objetivo deste trabalho foi avaliar a dinâmica da paisagem da bacia do ribeirão Mestre D’armas, por meio do levantamento do uso e cobertura da terra entre os anos de 1985 e 2014, e suas relações com o relevo. A partir dos dados adquiridos pelo projeto Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), foi delimitada automaticamente a área de drenagem desta bacia. Foram mapeados os usos e coberturas da terra no intervalo estudado, tendo sido utilizados dados dos sensores Thematic Mapper (TM) e Operational Land Imager (OLI) a bordo dos satélites Landsat 5 e 8, repectivamente. Esses resultados foram avaliados em função do mapeamento geomorfológico realizado por Sena-Souza et al. (2014). A partir dos mapeamentos de cobertura da terra, constatou-se que as ocupações agropastoris são as principais responsáveis dentre as classes de uso da terra pela conversão de áreas naturais, padrão observado desde o início da ocupação do Cerrado. Com a sobreposição do mapeamento de cobertura ao de geomorfologia, observou-se que a unidade geomorfológica Rampa de Colúvio Proximal apresentou, em um período de 29 anos, uma perda de 10,68 km² de áreas naturais, sendo 7,25 km² por atividades agropastoris. Na unidade Rampa de Colúvio Distal, verificou-se uma conversão de 11,89 km² das áreas naturais, em sua maior parte, causada pelo adensamento urbano (8,35 km²). De 1985 a 2014, as áreas naturais da unidade Rebordo apresentaram uma perda de 9,86 km², com um aumento de 29,37% de áreas antrópicas neste período. Por fim, na unidade Frente de Recuo Erosivo, as áreas naturais, apresentando uma perda de 10,67% de sua área total em 29 anos, devido ao padrão de relevo acidentado que não favorece atividades humanas. As atividades antrópicas ficaram concentradas nas áreas das Rampas de Colúvio e também nas Chapadas. Esse padrão de ocupação pode influenciar futuros problemas relacionados à erosão nessa bacia. Dessa forma, é importante o desenvolvimento de estudos de quantificação dos processos erosivos da bacia, como subsídio para o ordenamento territorial.

Referência:

MARTINS, Pedro Ribeiro. Relações entre uso e cobertura da terra e unidades geomorfológicas na bacia hidrográfica do ribeirão Mestre D’armas (DF). 2015. 39 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Naturais)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2015.

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Parâmetros físicos e químicos, resistividade e relação carbono e nitrogênio em solo de sistema agroflorestal mecanizado em região de Cerrado do Brasil Central

Parâmetros físicos e químicos, resistividade e relação carbono e nitrogênio em solo de sistema agroflorestal mecanizado em região de Cerrado do Brasil Central

Autor(a):

Mábia Kelly de Abreu Serpe

Resumo:

Com a intensificação na mudança de uso e cobertura do solo, cerca da metade do bioma Cerrado vem sofrendo conversão de paisagem nativa em pastagens e áreas agrícolas com influência direta na qualidade do solo. Os Sistemas Agroflorestais (SAF) têm se apresentado como uma alternativa conservacionista, visto que seu arranjo e forma de manejo tendem a melhorar a qualidade do solo. O objetivo deste trabalho foi determinar os parâmetros físicos e químicos, a resistividade e a relação carbono e nitrogênio em solo de um SAF mecanizado e comparar com uma área de pousio adjacente, a fim de realizar o diagnóstico sobre o estado de conservação do solo. A área estudada está localizada na subbacia do Ribeirão Santa Rita, Planaltina, DF, sendo uma área de pousio com histórico de plantio convencional e posteriormente manejo de braquiária com leguminosas e um SAF mecanizado adjacentes. Amostras de solo no intervalo de 0-15 cm de profundidade foram coletadas e a resistividade elétrica do solo foi obtida em campo pelo método de corrente contínua. No laboratório, determinou-se o pH em H2O e KCl, o teor gravimétrico de água no solo, a textura e composição química do solo, e a razão carbono e nitrogênio total do solo. A textura da área se classificou como muito argilosa, o teor gravimétrico variou entre 24,3 (±3,7) e 27,1 (±4,6) % no período de seca, e entre 43.2 (±4,06) e 47,5 (±6,4) % no período chuvoso. A resistividade ficou entre 4.292 (±933) e 1.896 (±1.036) Ohm.m no período de seca, e entre 1.048 (±155) e 666 (±125) Ohm.m no período chuvoso. A resistividade elétrica se mostrou como uma alternativa para caracterização do solo, visto que os dados encontrados foram condizentes com as análises de teor gravimétrico e textura do solo. Em relação aos parâmetros químicos, a análise de Cluster apresentou formação de dois grandes grupos, definidos pelo manejo adotado na área. A implementação do SAF proporcionou uma redução na razão C/N do solo. Mesmo o manejo implantado na área de pousio, se mostra benéfico para o solo, podendo assim, se apresentar como alternativa inicial de implantação para recuperação da qualidade do solo.

Referência:

SERPE, Mábia Kelly de Abreu. Parâmetros físicos e químicos, resistividade e relação carbono e nitrogênio em solo de sistema agroflorestal mecanizado em região de Cerrado do Brasil Central. 2015. 51 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão Ambiental)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2015.

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Estrutura populacional do carvoeiro-da-mata na transição Mata de Galeria/ Ecótono/ Campo Sujo no Distrito Federal

Estrutura populacional do carvoeiro-da-mata na transição Mata de Galeria/ Ecótono/ Campo Sujo no Distrito Federal

Autor(a):

Simone Souto de Oliveira Santos

Resumo:

Estrutura Populacional do carvoeiro da mata na Transição Mata de Galeria / Ecótono / Campo Sujo. O presente trabalho tem como objetivo descrever a estrutura de tamanho e a distribuição espacial da população de Tachigali rubiginosa (Mart. ex Tul) Oliveira-Filho na transição Mata de Galeria do Capetinga/ Ecótono / Campo Sujo localizados na Fazenda Água Limpa no Distrito Federal. A área delimitada para estudo compreende o local onde há indícios de avanço da Mata de Galeria sobre o Campo Sujo, detectados pela presença de indivíduos jovens de T. rubiginosa. Foi realizado o censo da espécie no mês de junho de 2014 nos 20 transectos de 5 x 155 m, dispostos perpendicularmente ao córrego Capetinga e alocados no gradiente de borda que vai da Mata de Galeria para o Campo Sujo que circunda a mata. Foram realizadas medidas da altura e diâmetro dos indivíduos considerados adultos (DAP ≥ 5 cm) e somente altura para os indivíduos considerados arvoretas (altura > 1 m e DAP < 5 cm) e mudas (altura ≤ 1 m e DAP < 5 cm). Na área de estudo (1,55 ha) foram encontrados um total de 391 indivíduos, o que equivale a uma densidade de 252,25 ind.ha-1. Dos 391 indivíduos, 90 (23,01%) estão situados na área de Mata de Galeria; 141 (36,06%) em área de Ecótono e 160 (40,92%) no Campo Sujo. Dos 272 indivíduos regenerantes, o maior número foi encontrado na área de Campo Sujo e Ecótono, com 114 e 103 indivíduos, consecutivamente. A análise do coeficiente de dispersão com valor de 5,3 indicou uma distribuição espacial da população do tipo agregada, corroborando com o índice de Green de 16,84. A distribuição diamétrica indicou uma população com maior número de indivíduos concentrados na primeira (< 5 cm) e segunda classe (5,10 – 9,16 cm) contendo 69,56% e 13,81%, respectivamente. Nas demais classes observou-se um decréscimo do número de indivíduos, caracterizando assim uma população que segue distribuição em forma de “J” invertido. Há indícios de avanço de indivíduos da espécie T. rubiginosa da Mata de Galeria para o Campo Sujo, porém é importante à continuação desse monitoramento ao longo do tempo.

Referência:

SANTOS, Simone Souto de Olivera. Estrutura populacional do carvoeiro-da-mata na transição Mata de Galeria/ Ecótono/ Campo Sujo no Distrito Federal. 2015. 27 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Gestão Ambiental)—Universidade de Brasília, Planaltina-DF, 2015.

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