Efeito do consumo de Tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) no metabolismo de carboidratos

Efeito do consumo de Tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) no metabolismo de carboidrato

Autor(a):

André Barroso Heibel

Resumo:

Compostos bioativos dietéticos podem melhorar a homeostase de glicose ao passo que a ingestão de ferro pode prejudicar a regulação do metabolismo de glicose e resposas insulinêmicas. Este estudo investigou o efeito do consumo de tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) no metabolismo de carboidratos e a resposta redox em ratos suplementados ou não com ferro dietético. Ratos wistar machos foram tratados com uma das seguintes dietas: CT: dieta controle (AIN-93G); + Fe: dieta enriquecida com ferro; Tuc: dieta controle + 15% de tucumdo-cerrado ou Tuc + Fe: dieta enriquecida com ferro + 15% de tucum-do-cerrado. A suplementação de ferro aumentou a peroxidação lipídica e os níveis de proteínas carboniladas no músculo esquelético. Além disso, a suplementação do metal provocou aumento na atividade hepática de glicoquinase e fosfofrutoquinase. Por outro lado, houve redução de glicose 6fosfatase e nos níveis de diversos transcritos Scl2a2 (intestino), Slc2a4 (músculo) e Prkaa2 α (músculo). A ingestão de tucum-do cerrado aumentou a expressão hepática de Slc2ac, Prkaa1 α e Prkaa2 α, mas reduziu a atividade de G6pase. No intestino, o fruto diminuiu os níveis de Slc5a1 ao passo que causou o mesmo efeito nos genes Slc2a4 e Prkaa2 α no músculo esquelético em relação ao controle. A associação entre ingestão de tucum-do-cerrado e suplementação de ferro aumentou a transcrição de Prkaa1 α e Pck1, comparado aos grupos controle e Fe+, ao passo que os níveis de Slc2a2 foram aumentados em relação ao grupo com ingestão aumentada de ferro. O co-tratamento também reduziu a atividade hepática de G6pase em relação a todos os grupos. Não houveram diferenças estatísticas no peso, ingestão alimentar, eficiência energética, glicemia e insulinemia em jejum. Em conjunto, os resultados sugerem que a ingestão de tucumdo-cerrado pode induzir modulação da expressão de Prkaa1 α e Prkaa2 α, podendo inbir assim enzimas-chave da gliconeogenese como a G6Pase e a PEPCK, além de favorecer a captação de glicose por meio da regulação de GLUT 2 no fígado. Além disso, a suplementação moderada de ferro parece promever estímulo a enzimas relacionadas a glicólise, como a GK e a PFK1, inibindo enzimas gliconeogênicas como a G6Pase e PEPCK.

Referência:

HEIBEL, André Barroso. Efeito do consumo de Tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) no metabolismo de carboidratos. 2017. 96 f., il. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

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Avaliação in vitro do potencial antineoplástico de plantas do cerrado em carcinoma de cabeça e pescoço

Avaliação in vitro do potencial antineoplástico de plantas do cerrado em carcinoma de cabeça e pescoço

Autor(a):

Silvia Taveira Elias

Resumo:

As moléculas antineoplásicas derivadas de plantas têm ganhado atenção frente aos tratamentos convencionais do câncer. Assim, esse trabalho tem como objetivo avaliar a atividade antineoplásica de extratos de plantas derivadas do Bioma Cerrado em linhagens de carcinoma de cabeça e pescoço (HNSCC). Também, objetiva-se averiguar a ação concomitante do tratamento radioterápico associado aos extratos de plantas do Cerrado e o possível sinergismo entre eles, além de identificar vias de ação e substâncias com potencial biológico nas linhagens de HNSCC. Para os experimentos foram usados extratos de folhas das espécies Erythroxylum daphnites, E. suberosum, E. subrotundum, Pouteria ramiflora e P. torta provenientes do bioma Cerrado. Para cada planta foram produzidos três diferentes extratos divididos de acordo com sua solubilidade e polaridade, são eles: aquoso, etanólico e hexânico. Os extratos com maior atividade citotóxica tiveram sua concentração de IC50 definidas e passaram por novos testes a fim de determinar o mecanismo de ação. Dentre os 15 extratos testados, o extrato hexânico de E. daphnites (EDH) foi o que apresentou maior toxicidade para a linhagem SCC-9 (carcinoma de língua) e extrato hexânico de E. suberosum (ESH) para a linhagem FaDu. De maneira geral os extratos induziram efeito citotóxico supraaditivo quando comparado às linhagens que receberam apenas irradiação. O extrato EDH apresentou ainda atividade antiproliferativa, estabilização do ciclo celular na fase G0/G1, diminuição de expressão das ciclinas D e E e aumento de expressão das proteínas p16 e p21, além de ter atividade apoptótica comprovada pela expressão de caspase 3. O extrato ESH, apesar de citotóxico, não possui efeito antiproliferativo para a linhagem FaDu e o perfil de morte descrito foi apenas o de necrose. Os triterpenos foram os principais constituintes encontrados nos extratos com melhor resposta citotóxica. Diante dos resultados obtidos, esse estudo demonstra a relevância biológica das substâncias advindas de plantas do Cerrado e destaca o extrato EDH como uma opção promissora para o tratamento do carcinoma de língua.

Referência:

ELIAS, Silvia Taveira. Avaliação in vitro do potencial antineoplástico de plantas do cerrado em carcinoma de cabeça e pescoço. 2014. 86 f., il. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

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Do Cerrado

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Referências

Do Cerrado. Cerrado no prato, 2020. Disponível em: https://cerradonoprato.com/lista-de-produtores. Acesso em: 18/05/2020.

Do Cerrado. Correio Braziliense, 2020. Disponível em: http://blogs.correiobraziliense.com.br/lianasabo/cajuzinho-colhido-no-cerrado-vai-para-italia/. Acesso em: 18/05/2020.

Do Cerrado. Instagram, 2020. Disponível em:https://www.instagram.com/p/B-s2DUJDZN5/. Acesso em: 18/05/2020.

Ação quimiopreventiva do Tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) no desenvolvimento de criptas aberrantes no cólon de ratos tratados com azoximetano

Ação quimiopreventiva do Tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) no desenvolvimento de criptas aberrantes no cólon de ratos tratados com azoximetano

Autor(a):

Natália Aboudib Campos

Resumo:

Introdução: o câncer de cólon é o segundo e terceiro tipo de câncer mais comum em mulheres e homens, respectivamenteAs respostas oxidativas e inflamatórias desempenham um papel importante no desenvolvimento e na prevenção do câncer, sendo essas respostas passiveis de modulação por compostos fitoquímicos presentes na alimentação. O tucum-do-cerrado, um fruto encontrado no cerrado brasileiro e rico em fitoquímicos, apresenta um alto potencial antioxidante in vivo em ratos, e in vitro. O presente estudo investigou o efeito quimiopreventivo do tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) no desenvolvimento de focos de criptas aberrantes (FCA), em ratos induzidos ao câncer de cólon com azoximetano (AOM). Métodos: Ratos Wistar (n = 28) foram tratados durante 12 semanas com uma das seguintes dietas: dieta controle (CT); dieta controle + injeção de AOM (CT/DR); dieta controle + 15% de tucum do-cerrado (TU); dieta controle + 15% de tucum-do-cerrado + injeção de AOM (TU/DR). Após a eutanásia, foi realizada a contagem de focos de criptas aberrantes no cólon e os níveis de mRNA de interleucina 1-beta (Il1b), interleucina-6 (Il6), fator de necrose tumoral alfa (Tnfa), cicloxigenase-2 (Cox2), proteína X associada a bcl-2 (Bax), proteína linfoma de células B 2 (Bcl2) foram determinados no cólon; os níveis de proteína da COX-2, BAX, Bcl-2, razão Bcl2/BAX, IL-6, IL-1β e TNF-α foram determinados no cólon; marcadores de estresse oxidatido (malonaldeído e carbonil) e a atividade de enzimas antioxidantes (catalase, glutationa peroxidase, glutationa redutase, glutationa_S-transferase, superóxido dismutase) foram determinados no fígado e cólon. Resultados: a associação do tucum do-cerrado com a injeção de AOM (TU/DR) aumentou a atividade hepática de glutationa-S-transferase; diminuiu os níveis de MDA no cólon e no fígado; aumentou os níveis dos biomarcadores pro-inflamatórios COX2 e TNFα no cólon e sangue, respectivamente; e os níveis da proteína pró-apoptótica BAX e a razão Bcl-2/Bax no cólon, em relação ao grupo CT/DR. Conclusão: o presente estudo mostrou que o consumo de tucum-do-cerrado diminuiu o dano oxidativo a lipídeos, induziu um efeito pró-inflamatório e promoveu um “ambiente” pró-apoptótico em ratos tratados com AOM, porém não foram observados alterações na contagem de criptas aberrantes entre os grupos tratados com AOM.

Referência:

CAMPOS, Natália Aboudib. Ação quimiopreventiva do Tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) no desenvolvimento de criptas aberrantes no cólon de ratos tratados com azoximetano. 2017. 135 f., il. Tese (Doutorado em Nutrição Humana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

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Análise da proteção antioxidante promovida por extratos de Tucum-do-cerrado (Bactris setosa)

Análise da proteção antioxidante promovida por extratos de Tucum-do-cerrado (Bactris setosa)

Autor(a):

Viviane Yllena Vieira de Souza

Resumo:

Muitos autores definem “radicais livres” como “espécies que têm um ou mais elétrons desemparelhados”. As Espécies Reativas de Oxigênio (EROs), incluem os radicais livres e outras que, embora não possuam elétrons desemparelhados, são muito reativas em decorrência de sua instabilidade. Os antioxidantes protegem os organismos ao inibirem reações ligadas à ação de EROs e com isso impedem a perda da integridade celular. Os frutos do cerrado são ricos em fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes, o que caracteriza sua potencial função diferenciada no adequado desenvolvimento e funcionamento do organismo. O Tucum-do-cerrado (Bactris setosa) é um fruto produzido por palmeiras de médio porte e quando estão maduros são comestíveis e podem ser consumidos in natura ou em forma de sucos, sorvetes, geleias, vinhos e vinagres. O presente trabalho teve dois objetivos principais: primeiro analisar a proteção antioxidante promovida por extratos de Tucum-do-cerrado em leveduras Saccharomyces cerevisiae; segundo analisar a proteção antioxidante promovida por extratos de Tucum-do-cerrado contra a peroxidação lipídica e o dano oxidativo a proteínas. Extratos aquosos e etanólicos da casca, polpa, e casca mais polpa foram testados. O extrato aquoso da casca do tucum apresentou maior ação antioxidante quando comparado aos demais extratos aquosos. Causou aumento de 42,6%, 45% e 28,4% no crescimento das leveduras quando comparados com o crescimento na presença dos antioxidantes peróxido de hidrogênio (1 mM), hidroperóxido de cumeno (150 μM) ou menadiona 150 μM, respectivamente. Os resultados do ensaio de peroxidação lipídica pela metodologia de TBARS (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico) mostraram que os extratos aquosos da casca e casca mais polpa em diferentes diluições foram capazes de proteger contra a peroxidação lipídica nas reações incubadas por 30 a 120 minutos. Os extratos etanólicos da casca de Tucum protegeram contra a peroxidação lipídica em todas as concentrações e tempos de reação testados. Foi realizado também o ensaio de dano à proteína albumina do soro bovino (BSA) e apenas o extrato aquoso da casca do Tucum foi capaz de proteger o dano oxidativo. Em conclusão, os extratos do tucum-do-cerrado foram capazes de proteger células vivas, lipídios e proteínas contra o insulto oxidativo. Tal proteção antioxidante predominou na casca do fruto.

Referência:

SOUZA, Viviane Yllena Vieira de. Análise da proteção antioxidante promovida por extratos de Tucum-do-cerrado (Bactris setosa). 2013. xiv, 66 f., il. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

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Atividade antioxidante de frutos do cerrado e identificação de compostos em Bactris setosa Mart., Palmae (Tucum-do-Cerrado)

Atividade antioxidante de frutos do cerrado e identificação de compostos em Bactris setosa Mart., Palmae (Tucum-do-Cerrado)

Autor(a):

Fernanda Ribeiro Rosa

Resumo:

Objetivo: O presente estudo avaliou o teor de compostos bioativos e a capacidade antioxidante de 12 frutos do Cerrado em relação a maçã Red Delicious, e identificou e quantificou alguns compostos fenólicos presentes fruto que apresentou maior teor de bioativos e capacidade antioxidante. Materiais e Métodos: A atividade antioxidante (AA) dos extratos aquoso (EAq) e acetato de etila (EAE) dos frutos do Cerrado: araticum (Annona crassiflora Mart.); baru (Dipteryx alata); cagaita (Eugenia dysenterica DC.), cajuzinho (Anacardium humile St. Hil.), guariroba (Syagrus oleracea), ingá (Inga laurina Willd.), jatobá (Hymenaea stigonocarpa Mart.), jenipapo (Genipa americana L.), jurubeba (Solanum paniculatum L.), lobeira (Solanum grandiflorum Ruiz & Pav.), mangaba (Hancornia speciosa), tucum-do-Cerrado (Bactris setosa Mart), foi determinada pelos ensaios da capacidade redutora de ferro (FRAP) e sistema β-caroteno/ácido linoléico, e o teor de antocianinas totais (AT), flavonóides amarelos (FA), flavanóis, carotenóides totais e ácido ascórbico (AAsc) foram determinados por ensaios espectrofotométricos. Nas partes do fruto selecionado (casca e polpa) também foram utilizadas essas metodologias, e ainda o teor de fenólicos totais (FT). A identificação e quantificação dos compostos fenólicos foram realizadas em sistema HPLC-DAD, no extrato aquoso (EAq) e suas frações: acetato de etila e metanol/água, e nos extratos etanólico (EE) e metanólico (EM) acidificados. Resultados: O araticum e o tucum apresentaram teor de flavanóis totais 15 a 19 vezes superior ao da maçã. Em relação ao conteúdo de AT, o tucum apresentou concentração 35 vezes maior que o valor obtido para a maçã, e um alto teor de AT também foi encontrado no cajuzinho, jurubeba e jatobá. Em relação a AA, o EAE do tucum apresentou o maior valor de FRAP, 6 vezes maior que o valor obtido para o EAE da maçã, enquanto os valores de FRAP dos EAE do araticum, cagaita, cajuzinho e lobeira foram 2 vezes superiores ao EAE da maçã. Os EAq do tucum e do araticum obtiveram os maiores valores de FRAP, seguidos da cagaita, cajuzinho, jurubeba e mangaba. No ensaio de oxidação β-caroteno, o EAq do tucum apresentou a segunda maior AA, 6 vezes maior que o da maçã, seguido dos EAq do araticum, cagaita, amêndoa do baru, mangaba e jurubeba. Apenas o tucum e mangaba tiveram valores superiores a maçã pelo sistema β-caroteno no EAE. Em relação ao estudo envolvendo a casca e a polpa do tucum, foi obtido um alto teor de FT, flavonóis, AT e FA na casca do fruto (112, 14, 264 e 64 vezes maior na casca comparados a polpa, respectivamente). Os EAq, EM e EE da casca do tucum apresentaram maior AA comparados aos da polpa. Entre os flavonóides identificados nos extratos da casca do tucum estão: flavanol (catequina); flavonóis (quercetina e rutina); ácidos fenólicos (gálico, ferúlico e caféico), e antocianinas (cianidina). Conclusão: Os resultados sugerem que os fenólicos representam os principais compostos bioativos dos frutos do Cerrado, e que particularmente os frutos araticum, cagaita, lobeira, tucum, cajuzinho, jurubeba e mangaba possuem alto teor de bioativos e alta capacidade antioxidante. A capacidade antioxidante e o conteúdo de compostos bioativos do tucum-do-Cerrado estão associados principalmente a sua casca, sendo a catequina, antocianinas, ácido gálico e a rutina os principais compostos fenólicos identificados.

 

Referência:

ROSA, Fernanda ribeiro. Atividade antioxidante de frutos do cerrado e identificação de compostos em Bactris setosa Mart., Palmae (Tucum-do-Cerrado). 2013. 145 f., il. Tese (Doutorado em Nutrição Humana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

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Bem viver do Cerrado: partejar amor, parir uma bioética local

Bem viver do Cerrado: partejar amor, parir uma bioética local

Autor(a):

Juliana Floriano Toledo Watson

Resumo:

Essa dissertação é uma reflexão gerada a partir da relação de aprendiz da pesquisadora com a parteira e raizeira Dona Flor, moradora da comunidade quilombola do Moinho, Alto Paraíso/GO. Se insere dentro da proposta de Pluralismo Bioético, tendo como principal referencial teórico e político os feminismos descoloniais. O saber é localizado desde uma pequena apresentação do micro: a pesquisadora, a mestra, e o Cerrado da Chapada dos Veadeiros; até o macro: a história da perseguição às sanadoras, também conhecida como caça às bruxas; os efeitos do colonialismo e da colonialidade na diferenciação entre saber dominante e saberes locais. Alguns elementos da ética da cura de raizeiras do cerrado são trabalhados por sua possibilidade de expandir a práxis no campo da Bioética. São eles: a espiritualidade, o amor, as flores, os doces, a música e o tempo da terra. Esses elementos somados a outros constituem o que se propõe chamar de Bem Viver do Cerrado. Conceito que carrega um potencial de reivindicação para os movimentos sociais e povos do Cerrado.

Referência:

WATSON, Juliana Floriano Toledo. Bem viver do Cerrado: partejar amor, parir uma bioética local. 2016. 181 f., il. Dissertação (Mestrado em Bioética)—Universidade de Brasília, Cavalcante, 2016.

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Compostos da casca de tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) com atividade antioxidante

Compostos da casca de tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) com atividade antioxidante

Autor(a):

Marcela Berckmans Dantas

Resumo:

Entre os frutos comestíveis do cerrado brasileiro, o tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart) se destaca devido ao seu alto potencial antioxidante e conteúdo de polifenóis. Nós investigamos o extrato aquoso de tucum-do-cerrado quanto ao seu mecanismo de ação e o potencial antioxidante de suas frações. O extrato aquoso foi fracionado por HPLC e as frações analisadas em termos da sua atividade antioxidante por meio da degradação oxidativa de 2-desoxirribose. Cinco frações foram selecionadas com base na atividade antioxidante observada in vitro e os componentes de três delas foram identificados como cianidina, peonidina e quercetina. No entanto, as amostras de HPLC selecionadas apresentaram um efeito prejudicial sobre o crescimento de células de levedura na presença de H2O2. Assim, nossos resultados avançam na identificação de compostos tucum-do-cerrado com atividade antioxidante. Os resultados mostram ações dicotômicas dos compostos tucum-do-cerrado que devem ser investigadas cuidadosamente para descobrir as reais possibilidades de tucum-do-cerrado em contribuir para a boa saúde humana.

Referência:

DANTAS, Marcela Berckmans Viégas Costa. Compostos da casca de tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) com atividade antioxidante. 2016. 64 f., il. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

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Indicadores microbiológicos e compartimentos da matéria orgânica do solo sob diferentes sistemas de manejo no Cerrado

Indicadores microbiológicos e compartimentos da matéria orgânica do solo sob diferentes sistemas de manejo no Cerrado

Autor(a):

Fabiana Fonseca do Carmo

Resumo:

Estudos relacionados com a sustentabilidade de sistemas de produção agrícola têm enfatizado a importância das práticas de manejo do solo nas propriedades biológicas e bioquímicas do mesmo. Neste sentido, o teor e a dinâmica da matéria orgânica constituem-se indicadores que representam a qualidade do solo, podendo ser então alterados com as práticas de manejo adotadas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes sistemas de manejo nos indicadores bioquímicos e nas frações da matéria orgânica do solo. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Água Limpa, da Universidade de Brasília. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso com três repetições e cinco tratamentos (sistemas de cultivos). Os tratamentos foram os seguintes: Milho solteiro; Brachiaria humidicula; Panicum maximum cv Aruana; Milho + Brachiaria humidicula e Milho + Panicum maximum cv Aruana. Os indicadores microbiológicos (respiração basal, o carbono e nitrogênio da biomassa, nitrogênio total, carbono orgânico, relação Nmic: Ntotal e relação Cmicrobiano e o Corgânico (Cmic: Corg)) do solo foram analisados ao longo de um período de três anos, nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm. Os teores de carbono orgânico total, carbono orgânico particulado e carbono orgânico associado aos minerais do solo foram determinados nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-30 cm, apenas em um período e os acréscimos e reduções desses teores comparando os resultados obtidos com uma área de Cerrado Nativo. Verificou-se que as frações da matéria orgânica nos sistemas com consorciação de culturas e forragens ocasionaram efeitos nos diferentes compartimentos da matéria orgânica. O C da matéria orgânica particulada mostrou-se mais sensível em detectar as mudanças nos sistemas de manejo utilizados. Verificou-se também que o carbono da biomassa microbiana do solo e a respiração basal foram maiores nos consórcios milho e forrageiras. Houve aumento da atividade microbiana do solo nos sistemas de consorciação e na primeira profundidade. A relação Cmic: Corg apresentou maior valor nos sistemas em consórcio e mostrou que no sistema em consorciação a qualidade da matéria orgânica foi melhor.

Referência:

CARMO, Fabiana Fonseca do. Indicadores microbiológicos e compartimentos da matéria orgânica do solo sob diferentes sistemas de manejo no Cerrado 2011. xiv, 89 f., il. Dissertação (Mestrado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2011.

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Efeito da densidade de plantas e doses de nitrogênio sobre a produtividade, fenologia e composição organomineral de amaranto em latossolo de cerrado

Efeito da densidade de plantas e doses de nitrogênio sobre a produtividade, fenologia e composição organomineral de amaranto em latossolo de cerrado

Autor(a):

Clarissa Campos Ferreira

Resumo:

O cultivo de amaranto granífero (Amaranthus cruentus) no cerrado é um evento recente, não havendo informação sobre o manejo da adubação nitrogenada para a produção comercial. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a resposta do amaranto (Amaranthus cruentus cultivar BRS Alegria), a quatro dosagens de N: 0, 50, 100 e 150 kg ha-1, e quatro densidades de plantio, 6, 8, 12 e 25 plantas por metro linear, na Embrapa Cerrados, em Planaltina/DF. O experimento foi conduzido de dezembro de 2010 a abril de 2011, em um delineamento experimental tipo fatorial em blocos ao acaso com quatro repetições. No plantio, foram utilizados 500 kg de 0-20-20 aplicados no sulco. A área do experimento foi dividida em 64 parcelas, cada uma com quatro linhas de 3,0 m de comprimento, espaçadas entre si por 0,40 m, totalizando uma área de 3,6 m². O desbaste, para obter a densidade de plantas desejada, foi realizado manualmente aos 15 dias após a emergência. A adubação com N foi feita aos 25 dias após a emergência, em cobertura. Para as análises, determinaram-se: pesos de matéria seca, de panícula e de grãos, altura de plantas, diâmetro de caule e comprimento e largura de panícula. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os resultados mostraram que, para pesos de matéria seca, panícula e grãos, maiores densidades de plantio, no geral, apresentaram as mesmas tendências e oferecem melhores respostas, enquanto para altura de planta, comprimento e largura de panícula e diâmetro de caule, quanto maior o número de plantas por área, menores são os valores obtidos. Quando observadas as dosagens de N isoladamente, para os pesos de matéria seca, panícula, grãos e altura de planta, a dose máxima aplicada, de 150 kg ha-¹, gerou os melhores resultados. Todos os parâmetros, com exceção da largura de panícula, apresentaram interação significativa entre a densidade de plantio x doses de N. Níveis crescentes de N, até a dose de 150 kg ha-¹, no geral em todas as densidades, produzem resposta linear no rendimento de grãos de amaranto. Houve efeito das doses de N e/ou densidades de plantas nos teores de P, Mg, Cu e Fe na biometria do amaranto.

Referência:

FERREIRA, Clarissa Campos. Efeito da densidade de plantas e doses de nitrogênio sobre a produtividade, fenologia e composição organomineral de amaranto em latossolo de cerrado. 2012. xii, 48 f., il. Dissertação (Mestrado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

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