Ofício das Parteiras Tradicionais como Patrimônio Cultural Nacional

Ofício das Parteiras Tradicionais como Patrimônio Cultural Nacional

 

No dia 09 de maio de 2024, durante a sua 104a Reunião, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), reconheceu o Ofício, os Saberes e as Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil como Patrimônio Cultural nacional, com sua inscrição no Livro dos Saberes. O Registro, instrumento de reconhecimento de bens de natureza imaterial, visa o reconhecimento, a promoção, a valorização e a salvaguarda de bens intangíveis que compõem a pluralidade da constituição da sociedade brasileira.

O que é Paleontologia?

O que é Paleontologia?

Os museus de história natural são instituições que podem auxiliar no entendimento da ciência como parte da cultura das sociedades através de suas coleções, exposições e a difusão dos resultados de pesquisas recentes. Os museus guardam um patrimônio inestimável do país e sua manutenção é responsabilidade do Estado e dos cidadãos, especialmente como educadores. 

 

A definição atual dos museus admite que, além de suas funções de preservar, conservar, pesquisar, comunicar e expor, são instituições a serviço da sociedade, voltadas para o estudo, o deleite e a educação (ICOM, 2001).                                              

 

Conheça a Paleontologia no Cerrado: 

 

https://museucerrado.com.br/paleontologia/

Aumento de temperatura compromete fotossíntese de plantas do Cerrado

Aumento de temperatura compromete fotossíntese de plantas do Cerrado

Cerrado, um dos biomas mais importantes do Brasil, pode enfrentar mudanças na composição da sua flora pelo aquecimento global. É o que revelam pesquisadores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, que identificaram como o calor afeta a performance da fotossíntese das plantas da região.

 

Orientador do estudo, o professor Tomas Domingues é responsável pelo Laboratório de Ecologia de Comunidades e Funcionamento de Ecossistemas (Ecoferp) da FFCLRP e adianta que os resultados acendem alertas sobre o Cerrado, que tem enfrentado aumento de temperaturas mais intenso em comparação com outros biomas brasileiros. A tendência, avalia o professor, é que “a situação deva se agravar ainda mais nos próximos 50 anos”, tornando a fotossíntese nos períodos mais quentes do dia “menos eficiente.”

No rastro do fogo: agronegócio e a destruição do Cerrado

No rastro do fogo: agronegócio e a destruição do Cerrado

Ao longo de quatro episódios analisaremos as diferentes dimensões da devastação ambiental e dos conflitos por terra que se dão no rastro do uso do fogo pelo agronegócio, de forma ilegal.

Nesta estreia, a pauta é apresentar a relação entre o fogo e o agronegócio, e as consequências do uso criminoso do fogo contra povos e comunidades tradicionais. Para isso, entrevistamos Valéria Santos, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da articulação Agro é Fogo; Socorro Alves, da comunidade quilombola de Cocalinho (MA), e Rosineide Xerente, da Terra Indígena Xerente (TO).

O próximo episódio vai ao ar em 22 de maio de 2024.

FICHA TÉCNICA

Produção, apresentação e roteiro: Luís Brasilino e Bianca Pyl

Edição e desenho de som: Beatriz Pasqualino (Rádio Tertúlia)

Apoio de produção: Ludmila Pereira e Tarcilo Santana

Sonorização: André Paroche (Rádio Tertúlia)

Apoio técnico: Rádio Tertúlia

 

 

Merenda escolar de Caseara terá inclusão de frutos do cerrado

Merenda escolar de Caseara terá inclusão de frutos do cerrado

A Câmara Municipal de Caseara do Tocantins aprovou, no dia 26 de abril, o projeto de Lei nº 001, de 25 de março de 2024, que estabelece a inclusão dos frutos do Cerrado na merenda escolar das escolas da rede de ensino público municipal. O projeto foi proposto pela vereadora Maria Ângela Gomes de Oliveira Silva, componente da Associação de Mulheres Agroextrativistas da APA Cantão (AMA Cantão), integrante do projeto Coalizão Vozes do Tocantins.

 

A iniciativa visa valorizar o potencial econômico dos frutos do Cerrado da região, evidenciando a diversidade e a importância dos recursos naturais do Tocantins. Além disso, busca incentivar hábitos alimentares saudáveis, uma vez que os frutos do Cerrado são ricos em nutrientes, vitaminas, minerais e antioxidantes, conferindo inúmeros benefícios para a saúde. A medida também valoriza as tradições alimentares locais, proporcionando uma fonte adicional de renda para agricultores familiares e extrativistas. Ademais, fomenta práticas de gestão ambiental e promove um modelo de produção e consumo de alimentos com bases sustentáveis.

Patrimônio Cultural Imaterial

Patrimônio Cultural Imaterial

 

Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).  O património cultural imaterial representa não apenas as tradições herdadas do passado, mas também as práticas rurais e urbanas contemporâneas em que participam diversos grupos culturais.

Distrito Federal

Em sua trajetória, Brasília propiciou uma fusão de manifestações populares, aliando correntes migratórias de vários estados do País, que para cá afluíram desde o início da construção da cidade. Assim, expressões culturais oriundas de regiões diversas do Brasil têm representatividade no DF, seguindo tradições e/ou sofrendo reinterpretações e releituras, além daquelas que começam a se firmar como expressões próprias das muitas culturas locais.

 

Boi de Seu Teodoro

O Distrito Federal é considerado um verdadeiro caldeirão cultural, reconhecido pela diversidade trazida pelas tradições regionais dos povos que vieram na época da construção e inauguração. Ao longo dos 60 anos de vida da capital, várias histórias e costumes de outros estados se enraizaram, tornando-se característica marcante da cultura local. Um dos fenômenos radicados na cidade é “Boi de Seu Teodoro”, idealizado pelo maranhense Teodoro Freire.

Natural do município de São Vicente de Férrer, Teodoro se dizia um apaixonado pelo Bumba-Meu-Boi desde criança, quando aos oito anos teve seu primeiro contato com a manifestação folclórica nordestina. Conta-se que, ainda menino, Seu Teodoro pulava a janela de casa para assistir a apresentações de bois no Maranhão, apaixonando-se a ponto de sonhar com o próprio grupo. Este encanto pelo “Boi” cresceu junto com o menino e desembarcou com o jovem recém-chegado à Brasília recém-inaugurada, em 1962, quando começou a trabalhar como contínuo na Universidade de Brasília.

No ano seguinte à sua chegada ao DF, em 1963, Teodoro criou, em Sobradinho, a Fundação da Sociedade Brasiliense de Folclore, que mais tarde passou a se chamar “Centro de Tradições Populares”. O sonho do jovem apaixonado pelo folclore brasileiro começou a crescer em um local dedicado à difusão das danças e festas regionais, em especial o “Auto do Boi”, que se passa desde o desaparecimento até a morte e ressurreição do animal descrito no conto.

 

Há 57 anos contando e festejando a lenda do bicho ressuscitado, seu Teodoro construiu um legado artístico, tecendo uma fervorosa rede ancestral. Dançando em louvor, também por meio do Tambor de Crioula, o mestre contou a história do escravo Francisco, que matou o boi de estimação do seu senhor para suprir o desejo da esposa grávida de comer a língua do mamífero. Furioso com o desaparecimento do bicho, o senhor obriga Francisco a ressuscitar o boi. O milagre descrito no mito ocorreu com a ajuda de pajés e curandeiros, salvando o escravo e saudando a volta do animal à vida.

A lenda brasileira contada de modo alegre e irreverente por seu Teodoro ganhou o devido reconhecimento.

O boi cultuado no DF foi declarado Patrimônio Cultural de natureza imaterial, mediante registro no Livro de Celebrações do Distrito Federal em 2004. Posteriormente, em 2006, Teodoro Freire foi premiado com a Ordem do Mérito Cultural pelos festejos e a tradição do Bumba Meu Boi pelo governo federal. Falecido em janeiro de 2012, aos 91 anos, seu legado permanece vivo e latente no Bumba Meu Boi, organizado pelo filho caçula, Guarapiranga Freire.

 

 Você sabe o que são os povos e comunidades tradicionais?

Você sabe o que são os povos e comunidades tradicionais?

O dicionário político da Articulação Agro é Fogo debate esse e outros termos que atravessam a luta pela terra e território no Brasil. São 18 verbetes que buscam apontar como o avanço do agro afeta a vida no chão dos territórios de povos e comunidades do campo, gerando violência, exploração e degradação ambiental.


No Brasil temos cerca de 28 povos e comunidades tradicionais, entre eles: indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu, raizeiras, apanhadoras de flores, ribeirinhas ou beiradeiras, de fundo e fecho de pasto, pescadoras, vazanteiras, retireiras, seringueiras, geraizeiras, pantaneiras… Isso sem falar nos acampamentos e assentamentos da reforma agrária.


Saiba mais sobre isso! Baixe e compartilhe agora, gratuitamente, o Dicionário Político da Articulação Agro é Fogo: www.agroefogo.org.br

7 de abril é celebrado o Dia Mundial da Anta          

7 de abril é celebrado o Dia Mundial da Anta

No mundo, há quatro espécies de anta: além da anta-brasileira (Tapirus terrestris), temos a anta-da-montanha (que vive nos Andes), a anta-centro-americana (encontrada na América Central) e a anta-asiática (Indonésia, Malásia, Mianmar e Tailândia).

                                    Jardineira das florestas e savanas

Por conta da ingestão desses frutos, em geral com grandes sementes, e por um trato digestivo capaz de otimizar a germinação, a anta é reconhecida pelos cientistas como jardineira da floresta, pela contribuição expressiva com o próprio ambiente em que vive, ou seja, onde tem semente que passou pelo trato digestivo do animal, tem semente pronta para germinar!!! 

Outra característica da espécie é o fato de percorrer longas distâncias. A anta vive em áreas de em média 800 hectares (cerca de 800 campos de futebol) e percorre entre 3 e 9 km/dia, levando sementes de uma área para outra. Uma floresta sem antas é uma floresta que corre grande perigo de extinção. Isso não é nenhum exagero!

No Cerrado, as antas lidam com muitas rodovias e colisões constantes, caça ilegal e um risco elevado de contaminação por agrotóxicos, em função da expansão da agropecuária em larga escala.  Estudos científicos realizados a partir de amostras biológicas de anta, tais como sangue, tecido, entre outras, têm identificado elevados níveis de agrotóxicos no Cerrado do Mato Grosso do Sul.                                                                                                                                                                                             #antaÉelogio #cerrado #museucerrado                                                                                                                       Fonte: https://ipe.org.br/noticias/27-de-abril-e-celebrado-o-dia-mundial-da-anta-o-maior-mamifero-terrestre-da-america-do-sul-2/

Curso MATOPIBA e as mudanças climáticas.

Curso MATOPIBA e as mudanças climáticas.

Ministrado por Horácio Antunes, coordenador do @gedmma_oficial e Professor do Departamento de Sociologia e Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFMA. A atividade será realizada na próxima terça-feira (30/04), a partir das 9h30, com transmissão pelo Youtube da Rede de Agroecologia do Maranhão.  

Para receber certificação de participação, preencha o formulário de inscrição no link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfVoBK6pdKT02G08ZiI1zskx95UF1UqJQ712eSPWA_FsMycmg/viewform

 Para assistir acesse: https://youtube.com/live/an7l7_t06tA?feature=share

 

Esse minicurso faz parte de uma série de atividades pensadas pela coalizão Agroecologia para a Proteção das Florestas da Amazônia. São cinco organizações que juntas têm discutido estratégias pela justiça climática, contra o racismo ambiental, a injustiça ambiental e esse modelo de desenvolvimento predatório. 

Desmatamento no Cerrado 2023-2024 

Desmatamento no Cerrado 2023-2024

De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que elabora o relatório SAD Cerrado, municípios do Oeste da Bahia estão entre os dez que lideram a destruição do Cerrado. Dentre eles estão os municípios de:

1. São Desidério, com 37,4 mil hectares;

4. Cocos, com 25 mil hectares;

6. Correntina, com 19,2 mil hectares;

7. Jaborandi* com 18,4 mil hectares;

10. Formosa do Rio Preto, com 14,5 mil hectares.

Só essa região concentra um total de 114,5 mil hectares de desmatamentos, tornando o centro do desmatamento, provocado pelo avanço das fazendas do agronegócio. Acontece que o avanço da destruição no Cerrado aponta problemas graves para toda a sociedade, pois os desmatamentos ocorrem nas poucas áreas que ainda restam de recarga do Aquífero Urucuia e onde ficam localizadas nascentes responsáveis por contribuir com grande parte da vazão dos rios do Oeste da Bahia, até o Rio São Francisco.

Acontece que a região não lidera apenas desmatamentos, vêm se tornando centro de conflitos agrários, perseguição e violência contra povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares, que clamam ao Governo do Estado pela agilidade nas ações discriminatórias de seus territórios.

No município de Correntina, o Estado da Bahia, através do Inema, autorizou a Supressão de Vegetação Nativa – ASV, de 2.226,9138 hectares, dentro da área do Território Tradicional de Fecho de Pasto Vereda da Felicidade, este já reconhecido como Área de Fecho de Pasto pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial – SEPROMI, que emitiu certificado de reconhecimento de comunidade tradicional e pelo órgão gestor das terras públicas na Bahia a SDA – Superintendência de Desenvolvimento Agrário, que inclusive já havia deflagrado Ação Discriminatória Rural para mesma área. O que não se sabe é se a SDA foi consultada pelo INEMA, antes de autorizar a supressão da vegetação nativa, em Áreas de Preservação Permanente (APP), com veredas e nascentes, que abastecem inclusive o Rio Correntina.

O que deixa transparecer é que o Estado da Bahia não possui o controle da situação, enquanto isso as comunidades tradicionais buscam órgãos competentes fora da Bahia, na tentativa de frear os ataques e garantir que o Cerrado continue de pé, produzindo água e sociobiodiversidade para todos.

 

Matéria completa:

 

https://cptba.org.br/municipios-do-oeste-da-bahia-estao-entre-os-dez-que-mais-desmataram-o-cerrado-entre-janeiro-de-2023-e-fevereiro-de-2024/?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTAAAR3sx075dsKNtw1NiKRwvl1QIKLfG42EPgAaBClPzOL68gfP-oVPSiL0bU8_aem_AR36Ya982HbSeFseiyYw0xQGKtUw-PLTx3afpsY3fkXwBlft08S_4rCiXbDc0dEzxc36nVJiRR_-4–tDA3QWvXR