Festival dos Povos do Cerrado

Festival dos Povos do Cerrado

O Dia Nacional do #Cerrado está se aproximando e não podemos celebrar a data sem enaltecer a existência e resistência dos diversos povos indígenas e comunidades tradicionais que fazem parte desta região. Portanto, vem aí o Festival dos Povos do Cerrado, uma realização da Campanha Em Defesa do Cerrado junto à Articulação das CPT’s do Cerrado, que acontece no dia 11 de setembro, às 19h.

 

O Festival dos Povos do Cerrado pretende ser um espaço de manifestações artísticas e culturais de camponeses, indígenas, quilombolas, geraizeiros, fechos de pasto, apanhadores de flores sempre vivas, vazanteiros, quebradeiras de coco, raizeiras, pescadores artesanais e tantos outros povos cerradeiros.

 

Um dia após o lançamento do Tribunal Permanente do Povos em Defesa dos Territórios do Cerrado, em meio ao som de vozes, cantos e tambores, o Festival também irá ecoar ações importantes para a manutenção do Cerrado e dos seus modos de vidas, entre elas a Campanha Salve Uma Nascente , iniciativa de financiamento coletivo das CPT’s do Cerrado que será lançada na oportunidade.

 

Devido à impossibilidade de nos reunirmos em grandes rodas, de corpo presente, o festival acontece de maneira virtual, por meio de uma live. Você poderá acompanhar a transmissão pelos canais da Campanha em Defesa do Cerrado e da CPT no Facebook e Youtube.

 

Anota na agenda, prepara o coração e venha comemorar junto com a gente a beleza e a potência dos #PovosDoCerrado.

2021_09_02_Notícia_Festival-dos-povos-do-Cerrado

Mão-pelada

Mão-pelada

Nomes comuns: Mão-pelada, guaxinim, cachorrinho-guaxinim, jaracambeva, cachorrodo-mato-guaxinim, meia-noite.

 

Nome em inglês: Crab-eating raccoon.

 

Ameaças e conservação: Infecção (Leishmania, raiva, cinomose, parvovirose e leptospirose), atropelamentos em rodovias, perda de hábitat, caça para obtenção de peles, uso para prática de tiro e tráfico de animais. Não existem ações de conservação direcionadas a esta espécie, porém, são necessárias pesquisas sobre: 1) Ocorrência e dinâmica populacional na Amazônia e extremo sul de sua suposta distribuição; 2) Possibilidade de flutuações populacionais extremas; 3) O impacto de doenças transmitidas de animais domésticos; 4) Ecologia espacial; 5) O papel da espécie nos ciclos de doenças às quais está exposta; 6) Ocorrência de contato entre ela e espécies domésticas e exóticas; 7)  Medidas mitigatórias relativas às estradas e atropelamentos. A espécie não foi incluída na lista oficial de espécies ameaçadas do MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014).

 

Comprimento total: 99 (média).

 

Peso: 2,5 a 10 Kg.

 

Dieta: Moluscos, anfíbios, artrópodes, peixes, répteis, pequenos mamíferos e aves.

 

Número de filhotes: 2 a 4.

 

Gestação: 64 dias.

 

Longevidade: 19 anos (cativeiro).

 

Estrutura social: Solitário.

 

Padrão de atividade: Noturno.

 

Distribuição geográfica: Desde a América Central, (onde ocorre em simpatria com o Procyon lotor na Costa Rica e em uma estreita faixa do Panamá), e na América do Sul, a leste dos Andes, seguindo até o Uruguai. No Brasil, ocorre em todos os biomas.

 

Habitat: Vivem de preferência perto de fontes de água, como banhados, rios, manguezais, praias, baías, lagoas e também em habitats não-aquáticos em determinadas épocas do ano. Ocorrem em florestas ombrófilas densas, semideciduais, deciduais e mistas. Podem utilizar paisagens modificadas, como mosaicos de Eucalyptus e vegetação natural, canaviais, pastos e fragmentos de mata, manguezais com grandes níveis de poluição e lagos de rejeitos em minerações.

 

Descrição física: Geralmente os machos são maiores que as fêmeas. A pelagem é densa e curta e a coloração do corpo varia do marrom escuro ao grisalho. Possui uma máscara preta que desce dos olhos até a base da mandíbula. Cauda anelada de cor preta e membros posteriores mais altos que os anteriores. As patas anteriores são desprovidas de pelos e o tato é muito desenvolvido.

 

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 01.setembro.2021

Quati

Quati

Nomes comuns: Quati, coati, mundé, quatimundé.

 

Nome em inglês: South american coati.

 

Ameaças e conservação: Caça por retaliação e conflitos, doenças contraídas de animais domésticos (cinomose), atropelamentos, uso de partes de seu corpo como remédio afrodisíaco e capturas para servir como animais de estimação. Não existem ações de conservação específicas para esta espécie. Embora a espécie seja comum e de ampla distribuição, sua estrutura social, ecologia e comportamento ainda precisam ser melhor estudados, principalmente em grandes áreas de habitat preservado pois, a maioria dos estudos concentra-se em áreas antropizadas e grupos de animais habituados à presença de turistas e ao consumo de alimento de origem humana. Em suma, estudos sobre resolução de conflitos, impacto das doenças oriundas de animais domésticos em populações e filogeografia são prioritários para esta espécie. A espécie não foi incluída na lista oficial de espécies ameaçadas do MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014).

 

Comprimento total: 101 cm (média).

 

Peso: 2,7 a 10 Kg.

 

Dieta: Frutos, bromélias, invertebrados e pequenos vertebrados.

 

Número de filhotes: 1 a 7.

 

Gestação: 74 a 77 dias.

 

Longevidade: 23,7 anos (cativeiro).

 

Estrutura social: Podem viver em grupos com mais de 30 indivíduos. Machos a partir de dois anos são solitários e juntam-se em grupos na época do acasalamento.

 

Padrão de atividade: Diurno.

 

Distribuição geográfica: A espécie possui uma ampla distribuição geográfica na América do Sul, indo da Colômbia, Venezuela, Guiana, Surimane, Peru, Bolívia, Argentina, Paraguai, Uruguai e no Brasil onde é presente nos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Campos Sulinos.

 

Habitat: Utiliza uma ampla variedade de hábitats com cobertura florestal, incluindo florestas decíduas, semi-decíduas e ombrófilas, florestas nebulares e de galeria, chaco xérico, cerrado e florestas secas.

 

Descrição física: Possui cabeça alargada que termina em um estreito e prolongado focinho, pontiagudo e móvel. A coloração varia conforme sua distribuição passando do alaranjado e avermelhado ao marrom escuro com amarelo. A cauda é anelada com coloração marrom escuro intercalada com amarelo ou marrom claro.

 

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 01.setembro.2021

Graxaim-do-campo

Graxaim-do-campo

Nomes comuns: Graxaim-do-campo, raposa-do-campo.

 

Nome em inglês: Pampas fox, azara’s fox, azara’s zorro, renard d’azara.

 

Ameaças e conservação: Transformação do hábitat em áreas agrícolas, predação por cães domésticos, são suscetíveis à parvovirose, cinomose, coronavírus, brucelose e outras doenças, atropelamentos e caça em retaliação à predação suposta de animais domésticos. Não possui nenhuma ação concreta de conservação, mas há necessidade de obtenção de informação sobre: 1) Sobreposição da distribuição, área de vida e dieta com Lycalopex vetulus; 2) Potencial hibridização com Lycalopex vetulus; 3) Impacto da perda de indivíduos por retaliação e atropelamento; 4) Análise quantitativa e qualitativa sobre a predação sobre ovinos; 5) Área de vida, período reprodutivo e uso de habitat; 6) Interações interespecíficas com Cerdocyon thous. A espécie não foi incluída na lista oficial de espécies ameaçadas do MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014).

 

Comprimento total: 95 cm (média).

 

Peso: 3 a 6,5 Kg.

 

Dieta: Onívoro. Alimenta-se de espécies exóticas como a lebre (Lepus europaeus); de pequenos roedores até roedores do porte de preás (Cavia spp.), aves das ordens Tinamiformes, Passeriformes e Columbiformes, frutas nativas e exóticas, insetos, carniça, tatus, gambás, lagartos, peixes, moluscos, caranguejos e escorpiões.

 

Número de filhotes: 1 a 8.

 

Gestação: 55 a 60 dias.

 

Longevidade: 14 anos (cativeiro).

 

Estrutura social: Solitário.

 

Padrão de atividade: Crepuscular e noturno.

 

Distribuição geográfica: Leste da Bolívia, oeste e centro do Paraguai, Uruguai, norte e centro da Argentina, e sul do Brasil. No Brasil, ocorre nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

 

Habitat: Áreas abertas, como as planícies dos Pampas e habitats sub-úmidos a secos, mas utilizam também a Puna, campos limpos, florestas tropicais andinas, floresta semidecídua baixo montana, Monte Argentino, floresta de Chaco, bosques secos, bosques abertos, brejos, pantanais, dunas costeiras, pastos e terras de agricultura.

 

Descrição física:  Canídeo de tamanho médio com pelagem acinzentada. No alto da cabeça e pernas a coloração é marrom ferrugínea e as orelhas triangulares são largas erelativamente grandes, com focinho preto e afilado. O pelo é curto e a cauda é longa e espessa e tem dois pontos negros, um no lado superior na base e outro na ponta.

 

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 01.setembro.2021

Raposa-do-campo

Raposa-do-campo

Nomes comuns: Raposa-do-campo, raposinha, raposinha-do-campo.

 

Nome em inglês: Hoary fox, hoary zorro, small-toothed dog.

 

Ameaças e conservação: Destruição de hábitat, ações antrópicas, expansão da fronteira agropastoril, supressão de habitats, crescimento dos centros urbanos, crescente exploração da madeira para fornecimento de carvão, expansão da malha viária e ferroviária, atropelamentos, ataques por cães domésticos, transmissão de patógenos (pela proximidade com animais domésticos) como cinomose, parvovirose canina. Não há ações de conservação específicas. Ações necessárias incluem: 1) Priorizar a proteção dos habitats adequados à sobrevivência, específicos do bioma Cerrado; 2) Realização de um Plano de Ação Nacional (PAN) para a conservação da raposa-do-campo. É classificado pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014) como espécie VULNERÁVEL.

 

Comprimento total: 90 cm (média).

 

Peso: 2 a 4 Kg.

 

Dieta: Carnívoro insetívoro-onívoro, que utiliza cupins como a base de sua alimentação. Também consome besouros, gafanhotos, pequenos mamíferos, lagartos, serpentes, anuros, aves, frutos silvestres e exóticos (pode ser considerado um dispersor de sementes devido à alta diversidade de frutos consumidos e à elevada presença de sementes intactas nas fezes).

 

Número de filhotes: 2 a 5.

 

Gestação: 50 dias.

 

Longevidade: 12,6 anos (cativeiro).

 

Estrutura social: Solitário.

 

Padrão de atividade: Crepuscular e noturno.

 

Distribuição geográfica: Endêmica do Brasil. Estende-se do centro-nordeste e oeste do estado de São Paulo ao norte do Piauí e médio-leste do Maranhão, incluindo os estados do Mato Grosso (centro-sul) e Mato Grosso do Sul, sul de Rondônia, Goiás, Tocantins, Distrito Federal, sudoeste da Bahia, e centro-oeste de Minas Gerais.

 

Habitat: Áreas de vegetação savânica do Cerrado com planícies e chapadões bem drenados, preferindo fisionomias de campos ou com vegetação mais rala e espaçada como os campos limpos, campos sujos e campos cerrados. Pode ser encontrada em zonas de transição, incluindo hábitats abertos no Pantanal.

 

Descrição física: Canídeo de porte pequeno, com focinho curto e dentes pequenos. Pelo é curto e de coloração acinzentada tendo a parte inferior clara e as orelhas e pernas são avermelhadas.

 

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 01.setembro.2021

Cachorro-do-mato

Cachorro-do-mato

Nomes comuns: Cachorro-do-mato, mata-virgem, raposa, lobinho, graxaim, graxaim-do-mato, lobete, rabofofo, guancito, fusquinho.

 

Nome em inglês: Crab-eating fox, crab-eating zorro, common zorro, savannah zorro.

 

Ameaças e conservação: Retaliação/prevenção à predação de animais domésticos (frequentemente é vítima de envenenamento e tiros), confrontos com cachorros domésticos, doenças adquiridas de animais domésticos (sarna sarcóptica, cinomose, raiva, parvovirus, Leishmania spp. e Leptospira interrogans), atropelamentos. Na caatinga, sua gordura é considerada, pelo conhecimento tradicional, útil no tratamento de prolapso uterino de animais de criação, o que representa mais uma razão de mortalidade da espécie. Não há ações de conservação específicas. Ações necessárias incluem: 1) Medidas de prevenção de atropelamentos ao longo de toda a malha viária asfaltada nacional (lombadas, valetas, passagens de fauna, lombadas eletrônicas, radares, placas sinalizadoras e aumento da fiscalização); 2) Estudos e campanhas preventivas contra o efeito de doenças adquiridas de animais domésticos; 3) Ações de fiscalização, prevenção e educação que reduzam sua mortalidade em função de conflitos com animais domésticos e retaliação à predação de criações domésticas. A espécie não foi incluída na lista oficial de espécies ameaçadas do MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014).

 

Comprimento total: 97 cm (média).

 

Peso: 6,5 Kg (média).

 

Dieta: São onívoros e oportunistas. Alimentam-se de frutos, insetos, crustáceos, pequenos mamíferos, aves, répteis, anfíbios e ovos de diversas espécies; podem atuar como dispersores de sementes, tanto de frutas nativas como cultivadas e alimentar-se de carcaças de animais domésticos, como bovinos e espécie silvestres, como o tamanduá-bandeira e o gato-mourisco.

 

Número de filhotes: 3 a 6.

 

Gestação: 52 a 59 dias.

 

Longevidade: 12,7 anos (cativeiro).

 

Estrutura social: São monogâmicos, vivendo em casais ou grupos familiares estendidos.

 

Padrão de atividade: Predominantemente crepuscular e noturno.

 

Distribuição geográfica: Norte da Colômbia, Venezuela, na maior parte do Brasil com exceção de parte da Amazônia, em todo o Paraguai, no norte da Argentina, em todo o Uruguai, e na Bolívia nas encostas a leste dos Andes com poucos registros no Suriname e na Guiana. Recentemente a espécie foi registrada pela primeira vez no Panamá.

 

Habitat: É generalista e flexível. Prefere bordas e ambientes mais abertos a matas densas. Utiliza florestas ombrófilas, decíduas e semidecíduas, florestas de galeria, várzeas, encraves de áreas abertas na Amazônia, florestas de altitude até 3.000 m e restinga, ocorrendo nos biomas Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampas, Pantanal e na Floresta Amazônica Oriental. Tolera perturbações antrópicas, como canaviais, plantações de eucaliptos, cultivos de frutas, pastagens, hábitats em regeneração e paisagens suburbanas.

 

Descrição física: Canídeo brasileiro mais conhecido, de coloração marrom acinzentado com tons amarelados, metade das pernas pretas. Cauda média, com pelos longos e coloração preta. As orelhas são curtas e avermelhadas.

 

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 01.setembro.2021

CAMINHADA – 18/9/2021 – ROTA DO CAVALO – SOBRADINHO/DF (ARCO UNIÃO)

CAMINHADA - 18/9/2021 - ROTA DO CAVALO - SOBRADINHO/DF (ARCO UNIÃO)

Programamos caminhadas, giros de bike, corridas, cavalgadas e muito mais pelas trilhas do Planalto Central, para mostrar e celebrar os encantos do Cerrado e de nossos arredores.

 

Você pode participar de quantas atividades quiser. Veja a programação na página do CPC: www.caminhosdoplanaltocentral.gov.br

 

A Semana do Cerrado no DF é uma iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente do DF, da Área de Proteção Ambiental do Planalto Central e do Projeto Caminhos do Planalto Central (CPC), com o apoio de grupos de trilheiros; profissionais e estabelecimentos de serviços de turismo; organizações não governamentais e outros movimentos. Confira abaixo nossos parceiros:

 

Agência de ecoturismo Andarilhos/DF

Batom Bikers Brasília

Bora Correr Meninas

Bora Ser Feliz

Caminhantes Livres

Canicross Bsb

Canomama

Carcará Eventos Esportivos

Centro de Treinamento Santa Paulina

Clube de Orientação Tiradentes (COTi)

Coletivo Boca da Mata/IFB

ContemplaTrilhas

Fazenda Roncador

Grupo de Caminhadas Brasília

Grupo Parque Distrital Recanto das Emas

Grupo Qual o Destino?

Insanos Running BSB

Instituto Oca do Sol

Jornal Mangueiral

Rebas do Cerrado

Rede de Voluntários do CPC

Trilha das Meninas

Trilhando Caminhos

Trilheiras de Brasília

Vila das Cabras

CAMINHADA – ROTA DO CAVALO – SOBRADINHO/DF (ARCO UNIÃO)

Tipo: caminhada
Local: Rota do Cavalo (Sobradinho/DF) – Arco União
Data e horário: 18/9/2021, às 8h
Descrição: percurso de 12km por trecho preservado de cerrado, na região bucólica da Rota do Cavalo. O Trecho Rota do Cavalo faz parte do Arco União.
Número máximo de participantes: 10
Responsável pela atividade: João Carlos Machado, Grupo de Caminhadas Brasília – GCB

Cachorro-do-mato-de-orelha-curta

Cachorro-do-mato-de-orelha-curta

Nomes comuns: Cachorro-do-mato-de-orelha-curta, cachorro-do-mato.

 

Nome em inglês: Short-eared dog.

 

Ameaças e conservação: Perda de habitat; retaliação por poder predar aves domésticas; também ocorre caça não motivada por retaliação; atropelamento; parvovirose e cinomose, presentes em cães domésticos, representam risco de contaminação. Não existem medidas específicas de proteção para esta espécie havendo necessidade de desenvolver estudos de densidade populacional e área de vida da espécie no Brasil. É classificado pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014) como espécie VULNERÁVEL.

 

Comprimento total: 1,15 m (média).

 

Peso: 9 e 10 Kg.

 

Dieta: Carnívoro generalista. Frutos, insetos, mamíferos pequenos e médios, aves, répteis, anfíbios, caranguejos, peixes e carniça.

 

Número de filhotes: 2 a 3.

 

Gestação: Desconhecido.

 

Longevidade: 11,9 anos (cativeiro)

 

Estrutura social: Solitário.

 

Padrão de atividade: Diurno e noturno.

 

Distribuição geográfica: Ainda não é perfeitamente conhecida. Registrado em locais dispersos na Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil até o norte do Mato Grosso.

 

Habitat: Ocorre em florestas não perturbadas de terras baixas na Amazônia, incluindo florestas de terra firme, florestas alagadas, florestas com predominância de bambus e florestas pioneiras ao longo dos rios, parecendo preferir habitats ripários. Existem poucos registros em habitats marginais à Floresta Amazônica de terras baixas, não sendo possível definir se a espécie é capaz de ocupar estes ambientes. Na região de Alta Floresta, no arco do desmatamento do Mato Grosso, foram obtidos sete registros independentes da espécie, mas somente em áreas de floresta contínua.

 

Descrição física: É um canídeo de médio porte, com focinho longo e afilado, orelhas relativamente curtas e arredondadas, cabeça grande, pernas longas e a cauda longa e grossa. Pelagem grossa que pode ser preta, castanha e cinza arruivada, apresentando variações individuais. Há membranas interdigitais e avistamentos em rios sugerem uma intensa associação com corpos d’água.

 

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 31.agosto.2021

Cachorro-vinagre

Cachorro-vinagre

Nomes comuns: Cachorro-vinagre, cachorro-do-mato-vinagre.

 

Nome em inglês: Bush dog.

 

Ameaças e conservação: Perda e degradação de habitat causados por desmatamento, exploração madeireira, adensamento humano, perda de base de presas (causada pelos mesmos fatores e pela caça direcionada às presas da espécie), atropelamentos e doenças (raiva, parvovirose, sarna sarcóptica) que podem ser adquiridas de animais domésticos. Não existem medidas de conservação específicas para a espécie, porém, recomenda-se: 1) Garantir a conectividade entre as áreas protegidas; 2) Assegurar a existência de Unidades de Conservação com tamanho suficientemente grande para garantir a sobrevivência de populações; 3) Verificar sua distribuição no Brasil e em países vizinhos; 4) Determinar se as ocorrências em áreas extremamente fragmentadas correspondem a populações estáveis ou a grupos isolados; 5) Criar e garantir a manutenção de corredores em áreas fragmentadas onde ocorra a espécie; 6) Divulgar a existência da espécie para a população em geral; 7) Controlar a caça predatória e conscientizar a população, principalmente a rural, do perigo que cães domésticos, especialmente aqueles treinados para caça, representam à espécie; 8) Promover campanhas de vacinação, controle populacional e posse responsável de cães domésticos em áreas onde a espécie ocorre especialmente nas proximidades de Unidades de Conservação. É classificado pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014) como espécie VULNERÁVEL.

 

Comprimento total: 80 cm (média).

 

Peso: 4 a 7 Kg.

 

Dieta: Exclusivamente carnívora, tendo como principal presa o tatu-galinha e outros como paca, cutias, roedores menores, aves terrestres e também animais de grande porte como veados e catetos.

 

Número de filhotes: 1 a 6.

 

Gestação: 65 a 80 dias.

 

Longevidade: 14,1 anos (cativeiro).

 

Estrutura social: Vivem em grupos de 2 a 12 indivíduos.

 

Padrão de atividade: Diurno.

 

Distribuição geográfica: Ocorre do Panamá ao sul do Brasil (norte do Paraná), Paraguai e norte da Argentina, oeste da Bolívia, Peru e Equador. No norte do Brasil, nos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Ceará e Tocantins, a espécie é amplamente distribuída, porém suas ocorrências são fragmentadas.

 

Habitat: Predominantemente florestal e de hábitat intacto, possuindo as adaptações para este tipo de ambiente, porém, dados recentes mostram que os animais também podem utilizar ambientes perturbados e podem utilizar áreas preservadas abertas na mesma proporção que as florestais e áreas de interflúvios, distantes de cursos de água.

 

Descrição física: Corpo compacto, pernas curtas e robustas, orelhas arredondadas, cauda curta e amplo repertório vocal. Coloração castanho avermelhada, com o dorso mais claro que o ventre. A cabeça apresenta coloração mais clara, que pode se estender até a metade do dorso. Não apresentam marcações faciais. Possuem membranas interdigitais, sendo mais plantígrados que os demais canídeos. Podem deixar marcas de um quinto dígito.

 

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 31.agosto.2021

Lobo-guará

Lobo-guará

Nomes comuns: Lobo-guará, lobo-de-crina, lobo-de-juba, lobo-vermelho, lobo.

 

Nome em inglês: Maned wolf.

 

Ameaças e conservação: Mortalidade devido a atropelamento, perda do hábitat, perseguição devido a conflitos com produtores rurais e possíveis doenças transmitidas por cães domésticos.  Como medidas para a conservação, o Plano de Ação Nacional para a Conservação do Lobo-Guará, tem o objetivo: 1) Promover a integração entre instituições de pesquisa, agências de fomento e de financiamento, poder público, organizações da sociedade civil e instituições mantenedoras; 2) Caracterizar, avaliar e gerir o impacto de alterações ambientais sobre as populações de lobo-guará; 3) Aumentar a efetividade da educação para a conservação do lobo-guará; 4) Reduzir conflitos entre as comunidades e o lobo-guará. É classificado pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014) como espécie VULNERÁVEL.

 

Comprimento total: 1,49 m (média).

 

Peso: 34 Kg.

 

Dieta: É uma espécie onívora generalista e oportunista com variação sazonal na alimentação. Consome uma grande diversidade de frutos, como a lobeira (Solanum lycocarpum), a qual dispersa as sementes pelas fezes, e pequenos vertebrados, como roedores, marsupiais, tatus, aves, répteis, bem como artrópodes. Podem incluir em sua alimentação presas de maior porte como veado-campeiro, raposa-do-campo, cachorro-do-mato, tamanduás-bandeira e porcos-do-mato.

 

Número de filhotes: 1 a 5.

 

Gestação: 60 a 65 dias.

 

Longevidade: 10 a 12 anos (vida livre) e 22 anos (cativeiro).

 

Estrutura social: Solitário.

 

Padrão de atividade: Crepuscular e noturno.

 

Distribuição geográfica: Se distribuíam amplamente pelas áreas de campos e Cerrados da região central da América do Sul, indo dos limites do nordeste brasileiro, sudoeste Peruano, norte e leste da Bolívia e Chaco paraguaio. No Brasil, ocorre principalmente no Cerrado, até a região de transição com a Caatinga, mas também ocorre na porção leste do Pantanal e nos campos gerais no sul do país.

 

Habitat: Ocorre em áreas abertas de campos e matas de capoeira podendo habitar áreas de campos e planícies onduladas, bem como regiões de brejo e baixadas alagadas. Devido ao desmatamento da floresta atlântica, vem ampliando seu território uma vez que áreas abertas e capoeiras vão surgindo.

 

Descrição física: Caracterizado pela pelagem dourada-avermelhada, porém negra nas patas, focinho e nos pelos da nuca, formando uma densa crina. A garganta, interior das orelhas e cauda são brancas. As orelhas são grandes e eretas e os membros alongados.

 

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 31.agosto.2021