Do megalitismo às gravuras rupestres: contribuições para a arqueologia da Região do Jalapão, Tocantins, Brasil

Do megalitismo às gravuras rupestres: contribuições para a arqueologia da Região do Jalapão, Tocantins, Brasil

“O Jalapão é uma região tocantinense ainda praticamente desconhecida para a arqueologia brasileira.  Se em um primeiro momento parece um ambiente quase desértico, na verdade é farto em água e apresenta grande diversidade biológica, constituindo-se verdadeiro celeiro para as populações indígenas pretéritas.”

Velame

Croton campestris

Nomes populares

Velame, velame-do-campo

Partes utilizadas

Folhas, ramas, flores, raízes

Descrição

É uma planta que cresce em moitas e possui de 1 a 2 metros de altura. Suas folhas são verde-acinzentadas e quando maduras adquirem a cor vermelho-alaranjada. As flores dessa planta se estruturam numa espiga e são pequenas e brancas. O velame ocorre no Norte (Tocantins), no Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí), no Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul) e no Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro).

Uso medicinal

O uso interno da garrafada do velame, em pequenas quantidades, é usado para o tratamento de derrame e má circulação do sangue. No caso de derrame, o líquido da garrafada preparada com cachaça também pode ser usado para massagear os membros que ficaram sem movimento, como pernas e braços. O chá da raiz também serve para tratar o derrame, podendo ser ingerido em pequenas quantidades ou usado para dar banhos na pessoa doente. 

 

O chá da raiz ou folhas é usado para reumatismo e o seu emplasto é usado para dor nas juntas. 

 

A garrafada da raiz curtida na cachaça auxilia no tratamento e prevenção da epilepsia.

 

O chá da raiz em pequenas quantidades é usado para tratar febre e gripe. Quando a febre é em criança, o indicado é dar um banho com o chá da planta toda, ou colocar um travesseiro de folhas e flores debaixo da cabeça da criança. 

 

O xarope da raiz é bom para tratar gripe, pneumonia, asma, falta de ar e tosse.

 

O chá das raízes ou folhas é bom para constipação, isto é, o mal provocado quando a pessoa sai ao vento com o corpo quente, ficando rouco e com febre. 

 

O velame é muito usado como purgante e vermífugo na forma de chá das raízes e, o uso da tapioca misturada à comida é usado como purgante. Para esses usos, durante o tratamento, é necessário fazer dieta alimentar e evitar exposição ao sol. 

 

A tapioca é usada para tratamento de hemorroidas. 

 

O chá das folhas é usado para banhar os olhos no tratamento da vilidra. 

 

O chá das folhas é usado na forma de banho para tratar a pira ou sarna. 

 

A garrafada é usada como depurativo do sangue, para tratar má digestão e menstruação descontrolada. 

 

O velame também é usado para tratar animais de criação. Para o mal de galinha, isto é, quando a ave apresenta tonteira e fica com o pescoço duro, é indicado socar a raiz do velame na água e dar para as galinhas beberem (FARMACOPEIA POPULAR DO CERRADO, 2009).

 

Formas de uso

O velame pode ser preparado nas formas de chá, garrafada, xarope, banho, emplasto, travesseiro e tapioca.

 

A raiz do velame deve ser usada sempre seca; já as folhas maduras podem ser usadas verdes ou secas.


A garrafada é feita com as folhas e raízes do velame colocadas para curtir na cachaça ou no vinho branco. A garrafada deve ser ingerida em quantidades pequenas e quando for feita na cachaça, a dose deve ser bem menor e medida em gotas.


O chá pode ser feito da raiz ou das folhas e deve ser usado em pequenas quantidades. Recomenda-se usar as folhas mais amareladas, pois as mais novas podem causar intoxicação.


O chá e a garrafada da raiz têm a cor escura e o gosto amargo.

 

O banho se faz com o chá da planta toda. O emplasto se faz com o chá das folhas ou raiz seca. O travesseiro de velame é feito de suas folhas e flores. O xarope se faz com a raiz seca.


A tapioca tem uso interno e é usada misturada na comida ou na água (FARMACOPEIA POPULAR DO CERRADO, 2009).

Contraindicações

O uso desta planta não é indicado para mulheres grávidas.


Os remédios caseiros preparados com álcool não devem ser ingeridos por hipertensos ou por pessoas que estejam utilizando medicamentos. Os remédios caseiros preparados com açúcar não devem ser ingeridos por diabéticos (FARMACOPEIA POPULAR DO CERRADO, 2009). 

Cuidados

O velame é uma planta forte e tem que ser usada em pequenas quantidades. Se a dose for acima da recomendada, pode provocar intoxicação, com os sintomas de vômito e tonteira (FARMACOPEIA POPULAR DO CERRADO, 2009). 

Referências Bibliográficas

DIAS, J.E.; LAUREANO, L.C. (Coord.) Farmacopeia Popular do Cerrado. 1 ed. Goiás: Articulação Pacari, 2009.

 

CORDEIRO, I.; SECCO R.; CARNEIRO-TORRES, D.S.; LIMA, L.R. de; CARUZO, M.B.R.; BERRY, P.; RIINA, R.; SILVA, O.L.M.; SILVA, M.J.da; Sodré, R.C. 2015 Croton in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB17507>.

Semana do Cerrado

Semana do Cerrado

O Museu do Cerrado irá participar da Semana do Cerrado da Universidade de Brasília que é um evento que ocorre anualmente na semana do dia 11 de setembro (Dia Nacional do Cerrado), sendo composto por palestras, mesas redondas, minicursos e rodas de conversa que buscam um maior esclarecimento de temas sobre o Cerrado e tem como objetivo principal promover e divulgar o Bioma, estimulando a sua valorização e conservação.
O evento será on line e as inscrições são gratuitas:
 
 
As inscrições abriram ontem às 19 horas e já contam com mais de 780 inscritos!  
Espero que vocês participem, vale a pena!
 
Profa Rosângela
 

O Cerrado é um Pedaço de Mim

O Cerrado é um Pedaço de Mim

A produção e a coleta dos frutos nativos do Cerrado permitem a conservação do bioma –que já perdeu 50% da área original-, pois mantém as árvores nativas em pé e freiam o desmatamento da área. Desde 2010, o WWF-Brasil incentiva o agroextrativismo e a formação de cooperativas como uma alternativa de proteger o Cerrado. O extrativismo vegetal sustentável gera renda e qualidade de vida para as comunidades locais, favorecendo a permanência dos povos tradicionais na zona rural e diminuindo a migração campo-cidade. Assista ao documentário “O Cerrado é um Pedaço de Mim” e conheça histórias de pessoas que fazem isso acontecer e homenageia esse bioma exclusivamente brasileiro. 

A fábrica é dos mehin: desenvolvimento sustentável e povos indígenas vistos a partir do caso da FrutaSã

Título da monografia/tese/etc

Autor(a):

Nome dos autores em formato direto.

Resumo:

Resumo do trabalho.

Referência:

ABNT

Disponível em:

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A fábrica é dos mehin: desenvolvimento sustentável e povos indígenas vistos a partir do caso da FrutaSã

Autor(a):

Juliana Almeida Noleto

Resumo:

Esta pesquisa tem como objetivo analisar a questão do desenvolvimento sustentável envolvendo sociedades indígenas. Os povos indígenas em questão são os Timbira, representados nessa análise pela Associação Wyty Catë das Comunidades Timbira do Maranhão e Tocantins. Mais especificamente, trata-se de um estudo de caso sobre a FrutaSã, uma pequena empresa que produz polpas de frutas do Cerrado por meio do extrativismo realizado em sua maioria por produtores rurais e por comunidades indígenas em menor escala. A fábrica, localizada em Carolina/MA, tem como principais objetivos colaborar para a manutenção de uma associação indígena e suas ações de cunho cultural nas aldeias, oferecer uma alternativa de renda aos pequenos produtores da região e manter o Cerrado em pé. Seus proprietários são uma organização indígena e outra indigenista. Fezse uma análise da trajetória do empreendimento ao longo dos últimos anos, das questões de fundo que o mantém como uma possibilidade de autonomia para os povos indígenas da região, e das estratégias utilizadas por estes povos para conciliar interesses relacionados à conservação da biodiversidade e de sua organização social e cultural. O referencial teórico abordado parte de uma revisão mais ampla da temática do desenvolvimento sustentável e etnodesenvolvimento com relação aos povos indígenas em sinergia com os conceitos de conservação da biodiversidade, autonomia e emancipação social.

Referência:

NOLETO, Juliana Almeida. A fábrica é dos mehin: desenvolvimento sustentável e povos indígenas
vistos a partir do caso da FrutaSã. 2009. 145 f., il. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento
Sustentável)-Universidade de Brasília, Brasília, 2009.

Disponível em:

Desenvolvimento agrícola, gestão do território e efeitos sobre a sustentabilidade na região Centro-Oeste, Brasil

Desenvolvimento agrícola, gestão do território e efeitos sobre a sustentabilidade na região Centro-Oeste, Brasil

Autor(a):

Heliton Leal Silva

Resumo:

No contexto da integração internacional de mercados das últimas décadas, a modernização da agricultura e a incorporação de áreas até então voltadas para outros usos modificou o território de diferentes regiões do mundo. Nesse processo, o território brasileiro também ganhou novos conteúdos técnicos, científicos e informacionais. A partir da década de 1970, o Estado, por meio de políticas de investimentos para o campo, articulou os interesses entre o setor agrário e o industrial. O crescimento de redes territoriais deu suporte à constituição de complexos agroindustriais e ao alargamento das fronteiras agrícolas. Entre os efeitos ambientais desse processo verificou-se uma incipiente ocupação de alguns dos mais importantes biomas do país. Nas décadas recentes, com a expansão dos complexos grãos-carne e a integração da agricultura à matriz energética nacional, a agricultura brasileira, em particular a do Centro-Oeste, tem sido ainda mais potencializada. Em contraste, os investimentos públicos em equipamento do território têm sido limitados. Além disso, a expansão da agricultura, particularmente sobre o Cerrado, tem resultado em um aumento significativo da degradação ambiental. Tendo em vista as ameaças reais e potenciais, a busca pelo desenvolvimento sustentável da região torna-se uma necessidade. Como uma forma de sistematizar as reflexões, este artigo analisa o desenvolvimento agrícola, a gestão do território e seus efeitos sobre a sustentabilidade na região Centro-Oeste, no período 1956-2007.

Referência:

SILVA, Heliton Leal. Desenvolvimento agrícola, gestão do território e efeitos sobre a sustentabilidade na região Centro-Oeste, Brasil. 2008. 348 f., il. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008

Disponível em:

Crise hídrica na irrigação : o caso do Ribeirão Entre-Ribeiros (MG)

Crise hídrica na irrigação : o caso do Ribeirão Entre-Ribeiros (MG)

Autor(a):

Régis Ricci dos Santos

Resumo:

As atividades agrícolas se desenvolveram tecnicamente objetivando a maximização da produtividade. Entre os fatores que contribuíram para a evolução no ritmo de produção destacam-se a utilização da irrigação e o manejo do solo, a fim de tornar mais produtivas áreas anteriormente tidas como pouco adequadas para a atividade agrícola. Nesse contexto situa-se o Cerrado brasileiro. A discussão nesta dissertação trata da expansão da implantação de sistemas de irrigação na sub-bacia do ribeirão Entre-Ribeiros, tributário do rio Paracatu – que, por sua vez, é o principal afluente, em volume hídrico, da margem esquerda do rio São Francisco – em Minas Gerais. Tal processo produziu escassez de água na área, especialmente em função das captações sem os devidos cuidados técnicos. Ocorreu, então, a intervenção do Ministério Público, exigindo a readequação das práticas irrigantes. Esta readequação tem sido estruturada a partir de iniciativas dos próprios produtores, limitando-se os órgãos públicos às ações punitivas. Os objetivos do trabalho foram identificar as relações entre oferta e demanda hídrica na bacia, estudar as formas de atuação do poder público e os conflitos entre produtores e, por fim, sugerir possibilidades de desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada na bacia do Entre-Ribeiros. A metodologia adotada compreende, além da revisão bibliográfica, registro fotográfico, entrevistas, coleta de dados acerca da oferta e demanda de água na bacia, da área irrigada, das outorgas concedidas e sobre o volume de precipitação na região. Também houve análise de dois documentos que abordam o caso: o Inquérito Civil n.1/2002 e o Diagnóstico Ambiental da Bacia.

Referência:

SANTOS, Régis Ricci dos. Crise hídrica na irrigação : o caso do Ribeirão Entre-Ribeiros (MG). 2007. 116 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável)-Universidade de Brasília, Brasília, 2007.

Disponível em: