Memória e Resistência: O Quilombo Quartel do Indaiá 

Memória e Resistência: O Quilombo Quartel do Indaiá ✨🎶

 Localizado em Diamantina, Minas Gerais, o Quilombo Quartel do Indaiá é um lugar onde história, cultura e ancestralidade se encontram. Reconhecida pela Fundação Cultural Palmares desde 2011, a comunidade mantém viva sua identidade por meio de patrimônios orais, histórias e cantos passados de geração em geração. 

 

 Entre as expressões culturais preservadas estão a dança da chula e os vissungos, cantos ancestrais de origem africana. Os vissungos, outrora entoados durante o trabalho no garimpo ou em cerimônias fúnebres, carregam temas profundos como saudade, sofrimento e espiritualidade. Hoje, essas canções, conhecidas apenas pelos membros mais velhos da comunidade, estão ameaçadas de desaparecer, o que torna urgente preservar as bases que sustentam essas tradições. 

 

 O filme “Terra Deu, Terra Come”, dirigido por Rodrigo Siqueira, é uma homenagem à cultura do Quartel do Indaiá. A obra, ambientada no quilombo, destaca a importância dos vissungos enquanto acompanhamos o garimpeiro Pedro de Almeida em uma narrativa que entrelaça memória, realidade e ficção. Premiado como melhor documentário nacional no 15º Festival Internacional É Tudo Verdade (2010), o filme é um testemunho poderoso da riqueza cultural quilombola. 

 

 Assista ao filme completo e mergulhe na história do Quartel do Indaiá: 

https://www.youtube.com/live/zxWw9TcpQ70?si=yOHtbLDSGAjgBPoP 

 

Neste Dia da Consciência Negra, celebramos a força e a resiliência das comunidades quilombolas como o Quartel do Indaiá. 

Foto: Elisa Cotta – @elisalicotta 

Fonte: CODECEX 

 

 

Método eficaz para promover a biodiversidade no Cerrado

Método eficaz para promover a biodiversidade no Cerrado

Um recente estudo intitulado “Ten years of directing seeding restoration in the Brazilian savanna: Lessons learned and the way forward”, publicado pela Revista Journal of Environmental Management, revelou avanços e desafios no manejo e reintrodução de espécies nativas do Cerrado. Conduzida em 22 áreas de restauração, incluindo áreas no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO), semeadas a partir de 2012, a pesquisa detalha a trajetória da semeadura direta como um método eficaz para promover a biodiversidade nessa savana tropical.  

 

Entre os principais resultados, destaca-se a sucessão das espécies ao longo do tempo, com uma transição observada de plantas de crescimento rápido para espécies de crescimento lento ao longo dos 10 primeiros anos após a semeadura.  

O estudo, que analisa uma década de projetos de restauração em savanas Neotropicais do Brasil Central, documenta as maiores e mais antigas áreas de savana brasileira restauradas por semeadura direta. A pesquisa visa compreender a resistência estrutural e funcional dessas áreas, verificando se há restauração da vegetação nativa e resistência à invasão de espécies exóticas, além de fornecer habitat para a regeneração natural de espécies locais.  

 

Durante o estudo, observou-se que um dos principais desafios identificados foi a presença de Gramíneas Exóticas Invasoras (GEI), que competem com as espécies nativas e impedem a restauração total da vegetação. O processo de invasão ocorre devido às altas taxas de crescimento e reprodução das GEI, associadas à sua alta capacidade de rebrota após fogo e/ou pastejo, conforme aponta a literatura científica Caramaschi et al., 2016; Gorgone-Barbosa et al., 2016.  

 

O estudo, realizado por diversos pesquisadores brasileiros, revela ainda, que práticas de controle, como a capina após a semeadura e a manutenção de um solo com baixo pH e fertilidade, ajudam a reduzir a dominância das Gramíneas Exóticas Invasoras, favorecendo as espécies nativas. Apesar do sucesso parcial no estabelecimento de vegetação nativa, a pesquisa indicou que o controle contínuo das invasoras é fundamental para evitar o retorno de espécies exóticas e para sustentar a regeneração do Cerrado. Como a restauração de savanas e áreas campestres é em sua maioria recente, as trajetórias de restauração e os motivadores da montagem comunitária ainda são pouco conhecidos (Pilon et al., 2021).  

 

Entender esses processos é imperativo, especialmente na savana brasileira, onde mais de 6 Mha devem ser restaurados em Áreas Protegidas Públicas e terras privadas para cumprir com as leis nacionais (Guidotti et al., 2017; Brasil, 2017).  

Neste contexto, cabe afirmar que a semeadura direta mostrou-se eficaz na introdução de diferentes grupos funcionais de plantas, permitindo a colonização por espécies nativas e uma dinâmica de rotatividade comunitária. Nos primeiros três anos, a vegetação foi dominada por espécies de crescimento rápido e ciclo de vida curto; após esse período, espécies nativas de crescimento lento e vida longa assumiram gradualmente a dominância nas áreas em restauração. Isto, desde que as GEI sejam mantidas sob controle nas áreas em restauração. 

 

Fonte: https://caminhosdasemente.org.br/noticias/estudo-aponta-semeadura-direta-como-um-metodo-eficaz-para-promover-a-biodiversidade-no-cerrado 

 

Artigo: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0301479724015627?casa_token=0ivhTzrQsocAAAAA:mBtUVBAhURjuNLpYTV4GaZtwxhRjTeuDrOejYbCepH-0g72oZ7RuVCFhkjFV2OKPj5DRdoTkCI17 

 

Foto: Matheus Rezende 

Cerrado em Cores: Flores Atrativas para Beija-Flores

Cerrado em Cores: Flores Atrativas para Beija-Flores

O livro Cerrado em Cores: Flores Atrativas para Beija-Flores, de autoria do Botânico Marcelo Kuhlmann, é uma obra que celebra a incrível diversidade do Cerrado, um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta. 

Com mais de uma década de pesquisa e registros encantadores, este livro traz mais de 300 espécies de flores nativas e todas as espécies de beija-flores que habitam o Cerrado. Em uma edição de capa dura, ricamente ilustrada e com conteúdo didático, Cerrado em Cores é um convite para se conectar profundamente com as cores, espécies e ciclos naturais desse bioma único. 

 

Ao adquirir seu exemplar na pré-venda, você apoia diretamente a continuidade de pesquisas essenciais para a conservação do berço das águas do Brasil. E ainda aproveita condições especiais! 

 

Participe desta jornada e leve para sua casa a beleza do Cerrado! 

Esperamos que este livro inspire você tanto quanto nos inspirou a produzi-lo. 

 

Acesse o nosso site e descubra as cores do Cerrado!  

https://biom-fg.myshopify.com/collections/cerradoemcores 

Exposição Nosso Cerrado 2024

Exposição Nosso Cerrado 2024

A Exposição Nosso Cerrado 2024 acontecerá na Galeria Cristina Jucá, na UnB/FAU, de 21 a 28 de novembro. O Cerrado, um dos biomas mais ricos e ameaçados do mundo, é o cenário perfeito para essa exposição que destaca a beleza e a importância desse bioma para o Brasil. Organizada pela Rede Biota Cerrado (RBC), a exposição faz parte do X Encontro Brasileiro de Educomunicação e da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). 
 
O horário da exposição é de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 20h. A abertura será dia 21, às 16h30. 
 

Parceiros na Exposição Nosso Cerrado 2024 
 
@bionaruaunb 
@herbarioparatodos 
@moscandonaunb 
@termobio 
@canalfac 
@unb_oficial 
@fauunb 
@cnpq 
@mcti 
@minc 
@ppbio 
@capes 
@lab.prototipagem 
@abpeducom 
@ibama 

 
Formulário de inscrição de voluntários: 

 

https://forms.office.com/pages/responsepage.aspx?id=DQSIkWdsW0yxEjajBLZtrQAAAAAAAAAAAAMAAKf4nMZURFlDUE5EQzI2RFRMTjBIV1UyQzdQMDhIRC4u&route=shorturl&fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAaZe_ZYOgA69WWzhEvaNwIKTdFhCg7cQkorVbtytB4ABcduV_gOOC3HSdPY_aem_sLbTuYMI3YEYRCm3P0TNVQ   

Circuito Gastronômico Cavalcante

Circuito Gastronômico Cavalcante

Prepare-se para uma experiência gastronômica inesquecível em Cavalcante! 

De 14 a 30 de novembro, embarque no Circuito Gastronômico Senac apresentando inúmeras delícias da cidade e se prepare para Arena Gastronômica que acontece 15 a 17 de novembro, com shows, oficinas gastronômicas e praça de alimentação para completar o seu final de semana. 

Não fique fora dessa! Aproveite para experimentar novos sabores, aprender dicas culinárias e muito mais. 

Não perca! Venha fazer parte desse evento incrível! 

Cura para quase tudo: entre raizeiros e raízes, a ressignificação do conhecimento tradicional no Distrito Federal

Cura para quase tudo : entre raizeiros e raízes, a ressignificação do conhecimento tradicional no Distrito Federal

 

Autor(a): 

Eliana Aparecida Silva Santos Feitosa 

 

Resumo: 

O objetivo da presente tese é identificar e mapear os raizeiros e raizeiras do Distrito Federal, analisando suas relações na dinâmica urbana e seu conhecimento tradicional construído e compartilhado em seus espaços de cura, e as subjetividades que ameaçam a perpetuação de seus saberes através de seu ofício. A Ressignificação do ofício tradicional das raizeiras ocorre através do ingresso na modernidade que se processa de várias maneiras: da rede de produção, comercialização e divulgação dos produtos naturais. Os saberes(conhecimentos adquiridos e experimentados) e fazeres (as experimentações e receitas dos preparados tradicionais) presentes na medicina ancestral não se estabelecem somente pela identificação das plantas, antes retratam o aprimoramento dos usos medicinais a partir dos relatos de cura partilhados entre todos da comunidade.Considerar que o conhecimento tradicional sobre as propriedades terapêuticas das plantas medicinais, ervas e seus usos, expressão do ofício de raizeiros e raizeiras, tem tido grande procura não só pelo baixo custo no tratamento, mas pela tradição.Foram seleciona dos 6 entrevistados, residentes em diferentes regiões administrativas do Distrito Federal, detentores dos saberes ancestrais, notoriamente conhecidos pela comunidade local como erveiros, sujeitos que concordaram em fazer parte da pesquisa e assim contribuir com a ampliação da partilha de seus conhecimentos.O conhecimento tradicional dos raizeiros no Distrito Federal tem sido ressignificado assim como a própria evolução da sociedade, segundo os raizeiros intensificou-se a procura por xaropes, garrafadas de saúde, produtos e especiarias para aumento da imunidade e diversos males característicos da modernidade como a depressão e ansiedade. 

 

Referência: 

FEITOSA, Eliana Aparecida Silva Santos. Cura para quase tudo: entre raizeiros e raízes, a ressignificação do conhecimento tradicional no Distrito Federal. 2023 137 f., il. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade de Brasília, Brasília, 2023. 

Disponível em: 

http://repositorio.unb.br/handle/10482/48217 

Pesto de baru com manjerona e azeite

Pesto de baru com manjerona e azeite

200g de baru torrado e sem casca


200g de queijo parmesão 


100g de folhas de manjerona 


500ml azeite 


sal a gosto 


Pimenta a gosto 


Bata tudo no liquidificador e pronto: agora é só usar a criatividade para servir!  

 

Receita da  chef de cozinha Di Oliveira, proprietária do Brasis Ateliê Gastronômico, restaurante em Brasília que utiliza muitos elementos do Cerrado em seus pratos, como o pequi, o murici, a castanha-de-baru, o cajuzinho-do-cerrado e a framboesa-do-cerrado. 

Bioeconomia

Bioeconomia

A sociobiodiversidade do Cerrado é um patrimônio genético, social e econômico que pode e deve gerar o aproveitamento dos recursos biológicos para inseri-los na produção local em cadeias de valor e incorporar os saberes ancestrais que é central para uma apropriação democrática da bioeconomia. 

No 6 de junho de 2024, o governo publicou o Decreto nº 12.044/2024, instituindo a Estratégia Nacional de Bioeconomia. Este decreto visa coordenar e implementar políticas públicas destinadas ao desenvolvimento do setor da bioeconomia em parceria com a sociedade civil e a iniciativa privada. Um dos eixos do decreto é dedicado exclusivamente à bioeconomia e sistemas agroalimentares. O objetivo principal é fomentar atividades econômicas produtivas sustentáveis, promovendo a descarbonização, a agricultura regenerativa e a bio industrialização. 

O decreto define “bioeconomia” como um modelo de desenvolvimento produtivo e econômico que gera produtos, processos e serviços de maneira eficiente, utilizando a biodiversidade de forma sustentável, regenerativa e conservadora. Esse modelo é guiado por conhecimentos científicos e tradicionais, bem como inovações tecnológicas, visando agregar valor, gerar trabalho e renda, e promover a sustentabilidade e o equilíbrio climático. 

#cerrado #bioeconomia #saberesancestrais #agriculturaregenerativa 

 

Encontro de Comunidades e Povos do Cerrado: DAS RE-EXISTÊNCIAS BROTAM A VIDA

Encontro de Comunidades e Povos do Cerrado: DAS RE-EXISTÊNCIAS BROTAM A VIDA

Entre os dias 28 e 30 de outubro, o Piauí recebe o Encontro de Comunidades e Povos do Cerrado: Das Re-existências brotam a vida. O evento, organizado pela Articulação das CPT’s do Cerrado, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), objetiva promover o diálogo e a troca de saberes e experiências entre comunidades do campo, povos tradicionais e movimentos sociais que lutam pela preservação do Cerrado, em toda sua sociobiodiversidade.

 

A programação conta com rodas de conversa e oficinas com temáticas centrais do Cerrado: Terra e Território, as Águas, as Sementes e os Povos. Ainda, entre outras atividades, será realizada uma Feira de troca de sementes e produtos das comunidades, com tema “Saberes e Fazeres das Re-existências“, promovendo o intercâmbio de sementes crioulas, de produtos beneficiados por frutos do Cerrado e de saberes tradicionais dos povos cerradeiros.

 


O Encontro receberá povos e comunidades camponesas dos estados do Piauí, Tocantins, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Maranhão e Roraima. O momento representa a força coletiva e a organização das comunidades camponesas do Cerrado, que promovem vida frente às diversas violências que enfrentam em defesa dos seus direitos e de seus territórios.

#Cerrado #BerçoDasÁguas #TerraTerritório #PovosDoCerrado