Etnobotânica e ampliação do conhecimento sobre plantas medicinais em escolas públicas do Distrito Federal

Autor(a):

Marcos João da Cunha, Leonardo Barbosa Leal Júnior, Mayron Paes de Almeida, Prof. Gilberto Oliveira Brandão

Resumo:

No Cerrado, estima-se que existam 270 espécies utilizadas na medicina popular. O presente estudo teve por objetivo disponibilizar às escolas públicas do DF um manual contendo informações sobre plantas comumente utilizadas na medicina popular. Além disso, procurou-se encontrar distorções entre o conhecimento popular e o científico, através de questionários que foram aplicados a alguns raizeiros do Tocantins. Foram estudadas dez espécies de plantas do Cerrado e dez plantas cultivadas amplamente utilizadas como fitoterápico. De maneira geral, para as plantas do Cerrado, os caules e as folhas foram às partes das plantas que apresentaram maior utilização medicinal. Enquanto para as plantas cultivadas foram as folhas e flores. 30% das plantas nativas e 90% das cultivadas apresentam certa toxicidade ou restrição ao uso. De todas as informações prestadas pelos raizeiros, 65% delas foram totalmente corretas e 29% parcialmente corretas. Somente 6% das informações foram totalmente incompatíveis com a literatura. Apesar da maioria dos voluntários não possuir conhecimento teórico a respeito das plantas medicinais, o conhecimento prático adquirido através das gerações não pode ser desprezado, pois apresenta alto grau de acerto quando comparados com a literatura. Todas as plantas com potencial tóxico foram mencionadas por pelo menos um dos voluntários pesquisados. Entretanto, apenas um dos sete entrevistados (14,3%) mencionou o potencial tóxico da pata de vaca e da mama cadela. Esses resultados refletem que nem todas as pessoas que indicam fitoterápicos tem conhecimento sobre o potencial toxicológico das plantas.

Referência:

CUNHA, M.J.da et al. Etnobotânica e ampliação do conhecimento sobre plantas medicinais em escolas públicas do Distrito Federal. Anuário da produção de iniciação científica discente da Faculdade Anhanguera de Brasília: v. 13, N. 20, p.65-75, 2010.

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