Araticum

A Araticum constituiu-se como uma rede colaborativa e multisetorial, que visa atuar como uma coalizão para promover a restauração ecológica em larga escala do Cerrado. Entre seus objetivos estão alavancar restauração das diferentes fitofisionomias deste bioma, em especial savanas e campos; bem como fortalecer organizações locais (inclusive governos estaduais) com apoio técnico, metodológico e político, e integrar os diferentes setores da sociedade (inclusive setores produtivos). Organiza-se em três Grupos de Trabalho: Inteligência Territorial; Políticas Públicas; Conhecimento e Capacitação.

Entre ações já realizadas pela Araticum para gerar conhecimento técnico e apoiar o monitoramento, aconteceu em agosto o evento virtual “Governança de dados e plataformas para restauração do Cerrado”, em parceria com a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura – através do Observatório da Restauração e Reflorestamento – e a Plataforma Restor. Foi um encontro para compartilhar informações sobre as plataformas de dados espaciais disponíveis hoje e avaliar estratégias de integração, com uma governança de gestão desses dados. Lançada em 2020, Araticum tem cerca de 100 participantes, entre organizações governamentais e não-governamentais, sendo que a Agroicone coordena sua Secretaria Executiva. 

 

Com intuito de celebrar o Dia Nacional do Cerrado e reunir especialistas em restauração ecológica para compartilhar experiências de recuperação e conservação desse importante bioma, a Articulação pela Restauração do Cerrado (Araticum) realizou, no dia 12 de setembro, o webinar “Dia Nacional do Cerrado – Restauração para o futuro do bioma”. A atividade aconteceu das 15h às 17h e foi transmitida pelo YouTube da Agroicone pelo link: https://bit.ly/cerrado2022

 

Contatos:

rede.araticum@gmail.com 

https://www.instagram.com/rede.araticum/

Conheça a Araticum - Articulação pela Restauração do Cerrado

Araticum

Nome científico: Annona crassiflora

 

Nome popular: Araticum

 

Família: Annonaceae

 

Forma de vida: Árvore

 

Frutificação no Cerrado: janeiro-abril

 

Dispersão: mamíferos

 

Polonização: besouros

 

Habitat e distribuição: Savânico e florestal, em Cerrado Típico e Cerradão. 

 

Domínios: Cerrado, Amazônia e Pantanal.

 

Características da espécie: Árvore de 4 a 8m de altura, com tronco geralmente tortuoso revestido por casca áspera e corticosa. Folhas simples, alternas e coriáceas.  A floração ocorre entre setembro e novembro, com pequenas variações, dependendo da região.

 

Características dos frutos: Seus frutos são do tipo baga, com grande número de sementes por fruto e casca grossa, verde-amarelado e com odor forte quando maduro. Globosos e irregulares, carnosos e com polpa suculenta. O crescimento dos frutos inicia em novembro e a maturação ocorre na estação chuvosa, de janeiro a abril.

Aproveitamento

Seus frutos com sabor marcante são muito apreciados pela sua polpa doce que pode ser consumida ao natural ou sob a forma de doces, geleias, sucos, licores, tortas, iogurtes, bombons, chutney ou sorvetes. Na medicina popular, a infusão das folhas e das sementes pulverizadas é usada no combate à diarreia (Almeida et al., 1998), além de terem propriedades inseticida. Possui betacarotenos, assim como vitamina C, B1, B2 e ferro e possui prevalência de ácidos graxos insaturados.

Referências

ALMEIDA, S. P. de; PROENÇA, C. E. B.; SANO, S. M.; RIBEIRO, J. F. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1998. 464 p.

 

KUHLMANN, Marcelo. Frutos e sementes do Cerrado: espécies atrativas para a fauna. 2ª ed., Brasília, 2018.

 

VIEIRA, Roberto Fontes et al. Frutas nativas da região Centro-Oeste. Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2006. 320 p.

 

LULKIN, Claudia Isabel. Do cerrado para a mesa: articulando agricultura familiar com alimentação escolar pelas frutas nativas. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Sociobiodiversidade e Sustentabilidade no Cerrado) —Universidade de Brasília, Alto Paraíso de Goiás – GO, 2018. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/22281/1/2018_ClaudiaIsabelLulkin_tcc.pdf

Annona crassiflora

Nome popular

Araticum

Características do fruto

Essa espécie apresenta altura de 4 a 8 metros, tronco geralmente tortuoso, revestido por casca áspera e corticosa que resiste a ação do fogo (Lorenzi, 2002). Seus frutos são do tipo baga, com grande número de sementes por fruto e casca grossa, verde-amarelado e com odor forte quando maduro. Carnoso e com polpa suculenta.

Habitat e distribuição

Savânico e florestal, em Cerrado Típico e Cerradão. Domínios: Cerrado, Amazônia e Pantanal.

Relação animal/planta

A coevolução de plantas frutíferas e mamíferos pode estar relacionada às características que essas plantas possuem para atraírem esses animais como: casca resistente, odor forte e tamanho grande. Os mamíferos que se alimentam dessa espécie possuem características e hábitos que propiciam o consumo e dispersão, além de defecarem em locais que favorecem a germinação, gerando adultos dispersos da planta-mãe, o que contribui para perpetuação e evolução das espécies (Fragoso & Huffman, 2000). Ademais, as sementes de araticum possuem dormência e embrião indiferenciado. Nesse sentido, a anta se destaca pela quantidade de frutos que consome e a eliminação de sementes intactas em locais de terreno seco (provavelmente propícios à germinação), sendo assim, considerada importante dispersora de sementes de A. crassiflora em área de cerrado sentido restrito (Golin, 2008).

Conheça as espécies de animais que consomem seus frutos

 

Família

Espécie

Nome popular

          Mamíferos

Tapiridae

Tapirus terrestris

Anta

Canidae

Chrysocyon brachyurus

Lobo guará

Referências

Fragoso, J. M. V. & Huffman, J. M. Seed-dispersal and seedling recruitment patterns by the last Neotropical megafauna element in Amazonia, the Tapir. Journal of Tropical Ecology, Cambridge, v. 16, p. 369-385, 2000.

 

GOLIN, Vanessa. Frugivoria e dispersão de sementes de Araticum Annona crassiflora Mart. por animais em área de Cerrado Matogrossense. 2008. 62 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) – Universidade do Estado de Mato Grosso, Cáceres, 2008.

 

KUHLMANN, Marcelo. Frutos e sementes do Cerrado: espécies atrativas para a fauna. Volumes I e II, Brasília, 2018.

 

Lorenzi, V. 2002. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 368 p.

 

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