Gato-do-mato-grande
Nomes comuns: Gato-do-mato-grande, gato-do-mato.
Nome em inglês: Geoffroy’s cat.
Ameaças e conservação: Sabe-se pouco sobre as ameaças no Brasil. Porém, as principais identificadas são: caça para obtenção da pele (internacionalmente, esta espécie é a segunda mais perseguida para comercialização da pele); retaliação por predação de animais domésticos; predação por cachorros domésticos; atropelamento; perda da cobertura vegetal original. Na região central do Rio Grande do Sul foi identificada uma faixa de hibridização com Leopardus tigrinus e, recentemente, a hibridização com gatos domésticos para comercialização dos indivíduos como animal de estimação. As medidas de conservação que podem ser aplicadas são: 1) Utilizar espécies de felinos como “espécies-bandeiras” em atividades de Educação Ambiental, especialmente com crianças e trabalhadores rurais; 2) Manutenção ou restauração da conectividade de fragmentos com vegetação nativa; 3) Criação e ampliação de unidades de conservação no bioma Pampa. É classificado pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014) como espécie VULNERÁVEL.
Comprimento total: 94 cm (média).
Peso: 4,6 kg (média).
Dieta: Constituída em sua grande parte por vertebrados, principalmente mamíferos como pequenos roedores, marsupiais, aves. Presas de porte maior também são consumidas como a viscacha, ratão-do-banhado e lebre.
Número de filhotes: 2 a 3.
Gestação: 76 a 78 dias.
Longevidade: 23 anos (cativeiro).
Estrutura social: Solitário.
Padrão de atividade: Noturno e diurno.
Distribuição geográfica: Ocorre na porção centro-sul da América do Sul, do Uruguai e sul do Brasil até a região andina da Bolívia e norte da Argentina, abrangendo também a região do Chaco no oeste do Paraguai e toda a Argentina até a Patagônia, inclusive no sul chileno.
Habitat: No Brasil, chega a ser encontrado em áreas consideravelmente impactadas por atividades agrícolas de pequena monta. Tolera algum grau de alteração do ambiente, produzido pelo manejo de criações domésticas. No sul do Chile pode ser encontrado nas áreas com vegetação densa, arbustiva e arbórea em altitudes desde o nível do mar até 3.300 m no bioma Pampa.
Descrição física: A pelagem tem coloração que varia do cinza claro ao ocre, recoberta por um grande número de pequenas manchas negras. O dorso e as patas possuem pequenas listras negras e a cauda é anelada.
Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 31.agosto.2021