Vegetação arbustivo-arbórea em áreas de cerrado rupestre na Cadeia do Espinhaço

Autor(a):

Sílvia da Luz Lima Mota

Resumo:

O objetivo deste trabalho foi estudar a composição, diversidade e distribuição da vegetação arbustivo-arbórea do Cerrado Rupestre na Cadeia do Espinhaço. O primeiro capítulo é descritivo e nele apresentamos as características do ambiente e a composição florística, no segundo avaliamos a riqueza e diversidade florística e no terceiro investigamos a relação da flora arbustivo-arbórea com os preditores espaço e ambiente. Mostramos que os solos têm pequenas quantidades de nutrientes, são arenosos, ácidos e com elevados teores de alumínio. As quatro áreas ao longo da Cadeia têm relevo irregular, grande porcentagem de rochas expostas, temperaturas baixas no inverno e amenas nas demais estações, precipitação elevada e concentrada no verão. A vegetação arbustivo-arbórea do Cerrado Rupestre na Cadeia do Espinhaço apresenta composição florística típica do bioma Cerrado, com destaque para as espécies das famílias Velloziaceae, Asteraceae, Fabaceae, Vochysiaceae e Melastomataceae. A maior parte das espécies são zoocóricas e a minoria autocóricas; no entanto, considerando o número de indivíduos, as autocóricas apresentam as maiores populações e zoocóricas as menores. Já as espécies anemocóricas têm número intermediário tanto de indivíduos como de espécies. A diversidade e a composição de espécies variam ao longo da Cadeia do Espinhaço, confirmando a grande diversidade beta atribuída à esta região. A heterogeneidade ambiental e a proximidade com o centro do bioma Cerrado favorecem a manutenção de elevada riqueza, ao passo que o isolamento geográfico promove diferenciação na composição florística ao longo da Cadeia. Os preditores espaço e ambiente são significativos na distribuição das espécies, mas o espaço é mais importante, entretanto, é a interação entre eles que parece determinar a composição florístico-estrutural da vegetação. Estes preditores não atuam da mesma forma sobre todas as espécies, portanto, analisamos a comunidade por guildas de dispersão, para que o entendimento da atuação do espaço e do ambiente sobre a vegetação arbustivo-arbórea na Cadeia do Espinhaço seja mais consistente e esclarecedor.

Referência:

MOTA, Sílvia da Luz Lima. Vegetação arbustivo-arbórea em áreas de cerrado rupestre na Cadeia do Espinhaço. 2016. xiv, 74 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

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