Parasitoses de roedores do Cerrado: um estudo de caso sobre a leishmaniose

Autor(a):

Juliana dos Santos Batista

Resumo:

A ecologia de hospedeiros e patógenos tem ganho destaque na epidemiologia de doenças com a participação de animais silvestres em seu ciclo. A teoria do efeito de diluição tem despertado interesse ao mostrar que ambientes com menor biodiversidade têm maior prevalência de doenças infecciosas. A leishmaniose no Distrito Federal apresentou aumento no número de casos coincidentes com o período de maior urbanização da região. A Estação Ecológica de Águas Emendadas fica a nordeste do DF e durante os meses de maio e junho de 2012, foram realizadas capturas de roedores por três noites em cada mês. Os animais capturados eram das espécies Necromys lasiurus e Calomys tenner, foi feita coleta de sangue para análises sanguineas e de amostra de fragmento de orelha para imunohistoquímica e extração de DNA (PCR) para identificação de infecção por Leishmania sp. Foram capturados 34 animais, e foram coletadas 9 amostras de sangue e 34 biópsias de orelha. Não houve nenhum resultado positivo nas análises de tecido, o que não exclui a presença da infecção na população amostrada. Devido às características da leishmaniose e das espécies capturadas poderia-se supor que se a doença fosse encontrada em ambas as espécies e que N. lasiurus fosse melhor reservatório para o parasita, em áreas de maior biodiversidade a prevalência da doença no vetor seria menor, por existirem mais opções de animais onde se alimentar. Já em áreas de menor biodiversidade, a prevalência seria maior, já que a principal espécie em que se alimentariam seria o N. lasiurus, a espécie mais abundante nestas condições.

Referência:

BATISTA, Juliana dos Santos. Parasitoses de roedores do Cerrado: um estudo de caso sobre a leishmaniose. 2013. 55 f., il. Monografia (Bacharelado em Medicina Veterinária)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

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