O agronegócio é o setor econômico que mais escraviza no Brasil
Entre 1995 e o começo de outubro de 2023, cerca de 49 mil pessoas haviam sido resgatadas do trabalho escravo em atividades de desmatamento, pecuária, monocultivo de árvores, plantio de cana-de-açúcar e outras lavouras temporárias e permanentes. Mas não é só isso: o agro, quando expulsa as comunidades de sua terra, também promove o trabalho escravo. O trabalho escravo é alimentado pela concentração fundiária, pelo abandono dos assentamentos de reforma agrária e pela invasão de territórios tradicionais. Assim, garantir a essas comunidades o acesso à terra e a permanência em seus territórios, com fartura e vida digna, é a melhor estratégia para se combater a escravidão (Dados compilados pela Campanha De Olho Aberto para não virar escravo/Comissão Pastoral da Terra).
Denúncias de trabalho escravo podem ser feitas de forma remota e sigilosa no Sistema Ipê da Secretaria de Inspeção do Trabalho em parceria com a Organização Internacional do Trabalho. O Sistema Ipê é o único sistema exclusivo para recebimento de denúncias de trabalho análogo à escravidão e integrado a Fluxo Nacional de Atendimento às Vítimas do Trabalho Escravo.