Mulheres camponesas: processos educativos em meio ao trabalho
Autor(a):
Ana Paula de Medeiros
Resumo:
Esta pesquisa buscou compreender como ocorrem os processos educativos relativos às práticas de trabalho de mulheres camponesas que vivem no assentamento Boa Esperança no município de Colinas do Sul (GO). Por meio de suas práticas laborais, essas mulheres vêm resistindo às dificuldades presentes no meio rural no Brasil. Tendo como base teórica a perspectiva histórico-cultural de Vigotski, entendemos a educação como um processo além das instituições escolarizadas. A educação é entendida como uma atividade que permeia todo o desenvolvimento humano, sendo o meio social o principal fator educativo. Por meio da etnografia, durantes dois anos, pudemos conviver com cinco mulheres, suas famílias e suas comunidades, acompanhando os processos educativos engendrados no compartilhamento de conhecimentos. O trabalho está dividido em cinco capítulos, nos quais apresentamos a trajetória de luta das mulheres frente a uma sociedade patriarcal e o processo histórico de organização das camponesas do Brasil na luta por direitos e por igualdade. Os processos educativos presentes no assentamento estudado contribuem para a sobrevivência da comunidade, pois se apoiam em valores como solidariedade e coletividade para a superação das dificuldades. Por meio do compartilhamento de práticas de trabalho, as mulheres e suas comunidades garantem sua sobrevivência e melhoram seus rendimentos. Educação e vida caminham juntas.
Referência:
FERREIRA, Ana Paula de Medeiros. Mulheres camponesas: processos educativos em meio ao trabalho. 2018. 224 f., il. Tese (Doutorado em Educação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.