Levantamento etnobotânico de plantas medicinais na cidade de Ipameri - GO

Autor(a):

ZUCCHI, M.R.; OLIVEIRA JÚNIOR, V.F.; GUSSONI, M.A.; SILVA, M.B.; SILVA, F.C.; MARQUES, N.E.

Resumo:

Os objetivos deste trabalho foram: identificar as espécies vegetais utilizadas com fins medicinais pela comunidade de Ipameri (Estado de Goiás); investigar as preferências com relação à produção e comercialização dessas plantas; e diagnosticar o perfil de gênero e as faixas etárias e salariais de seus usuários. Para isso, foram realizadas entrevistas estruturadas com 200 famílias da cidade e coletadas as plantas visando-se a sua correta identificação. O material foi herborizado, identificado e depositado no Herbário da Universidade Estadual de Goiás (HUEG). Das 200 famílias entrevistadas, 75 disseram não fazer uso de plantas com fins medicinais (37,5%), enquanto 125 afirmaram fazê-lo (62,5%). O grupo que utiliza relacionou 35 espécies mais empregadas: hortelã-rasteira (Mentha x villosa L.), boldo-sete-dores (Plectranthus barbatus Andrews.), capim-cidreira (Cymbopogon citratus (DC.) Stapf.), quebra-pedra (Phyllanthus niruri L.), camomila (Chamomilla recutita (L.) Rauschert.), poejo (Mentha pulegium L.), guaco (Mikania glomerata Spreng.), mentrasto (Ageratum conyzoides L.), alfavacão (Ocimum gratissimum L.), losna (Artemisia canphorata Vill.), bálsamo (Eysenhardtia platycarpa Mich.), carqueja (Baccharis trimera (Less.) DC.), funcho (Foeniculum vulgare Mill.), babosa (Aloe vera L.) e malva (Althaea officinalis L.). Todas as famílias consumidoras (100%) afirmaram preferir as plantas cultivadas de forma orgânica, selecionando-as através da boa aparência (68% das famílias) e consumindo-as in natura (sem beneficiamento, 100%). A utilização de plantas medicinais em Ipameri é independente do sexo (54%, mulheres e 46%, homens) e se estende às várias faixas etárias e também sócio-econômicas, configurando-se assim, um bom mercado consumidor.

Referência:

ZUCCHI, M.R et al. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais na cidade de Ipameri – GO. Rev. bras. plantas med. Botucatu, 2013, vol.15, n.2, p.273-279.

);