Efeito da densidade de plantas e doses de nitrogênio sobre a produtividade, fenologia e composição organomineral de amaranto em latossolo de cerrado

Autor(a):

Clarissa Campos Ferreira

Resumo:

O cultivo de amaranto granífero (Amaranthus cruentus) no cerrado é um evento recente, não havendo informação sobre o manejo da adubação nitrogenada para a produção comercial. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a resposta do amaranto (Amaranthus cruentus cultivar BRS Alegria), a quatro dosagens de N: 0, 50, 100 e 150 kg ha-1, e quatro densidades de plantio, 6, 8, 12 e 25 plantas por metro linear, na Embrapa Cerrados, em Planaltina/DF. O experimento foi conduzido de dezembro de 2010 a abril de 2011, em um delineamento experimental tipo fatorial em blocos ao acaso com quatro repetições. No plantio, foram utilizados 500 kg de 0-20-20 aplicados no sulco. A área do experimento foi dividida em 64 parcelas, cada uma com quatro linhas de 3,0 m de comprimento, espaçadas entre si por 0,40 m, totalizando uma área de 3,6 m². O desbaste, para obter a densidade de plantas desejada, foi realizado manualmente aos 15 dias após a emergência. A adubação com N foi feita aos 25 dias após a emergência, em cobertura. Para as análises, determinaram-se: pesos de matéria seca, de panícula e de grãos, altura de plantas, diâmetro de caule e comprimento e largura de panícula. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os resultados mostraram que, para pesos de matéria seca, panícula e grãos, maiores densidades de plantio, no geral, apresentaram as mesmas tendências e oferecem melhores respostas, enquanto para altura de planta, comprimento e largura de panícula e diâmetro de caule, quanto maior o número de plantas por área, menores são os valores obtidos. Quando observadas as dosagens de N isoladamente, para os pesos de matéria seca, panícula, grãos e altura de planta, a dose máxima aplicada, de 150 kg ha-¹, gerou os melhores resultados. Todos os parâmetros, com exceção da largura de panícula, apresentaram interação significativa entre a densidade de plantio x doses de N. Níveis crescentes de N, até a dose de 150 kg ha-¹, no geral em todas as densidades, produzem resposta linear no rendimento de grãos de amaranto. Houve efeito das doses de N e/ou densidades de plantas nos teores de P, Mg, Cu e Fe na biometria do amaranto.

Referência:

FERREIRA, Clarissa Campos. Efeito da densidade de plantas e doses de nitrogênio sobre a produtividade, fenologia e composição organomineral de amaranto em latossolo de cerrado. 2012. xii, 48 f., il. Dissertação (Mestrado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

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