Desenvolvimento de espécies nativas do cerrado a partir do plantio de mudas e da regeneração natural em uma área em processo de recuperação, Planaltina-DF

Autor(a):

Jackeline Miclos Cortes

Resumo:

O bioma Cerrado é considerado como hot spot para conservação da biodiversidade mundial, por apresentar grande diversidade biológica, alto grau de endemismo e elevada ameaça de degradação. Este cenário tem despertado preocupação com relação a busca de informações para subsidiar projetos de recuperação das áreas degradadas. Este trabalho teve como objetivo avaliar espécies nativas do Cerrado, provenientes do plantio de mudas e da regeneração natural, presentes em uma área em processo de recuperação na Embrapa Cerrados, localizada em Planaltina-DF. Este local refere-se a uma área com histórico de degradação, onde anteriormente, em dezembro de 2006, foram plantadas 720 mudas, distribuídas em 15 espécies nativas do Cerrado, de acordo Modelo nativas do bioma. Desde dezembro de 2007 foram realizadas roçagens para garantir a sobrevivência das mudas plantadas e beneficiar as espécies provenientes da regeneração. Foram realizados três levantamentos (fevereiro de 2010, julho de 2010 e fevereiro de 2011) para avaliar a florística e fitossociologia das espécies regenerantes do local; a sobrevivência e o crescimento (em altura e em diâmetro) das mudas e das espécies regenerantes. As espécies provenientes do plantio de mudas, 50 meses após o plantio, apresentaram de 2,08% a 89,58% de sobrevivência. Dentro deste grupo, as espécies com as maiores porcentagens de sobrevivência foram Hymenaea courbaril, Plathymenia reticulata, Astronium fraxinifolium, Simarouba versicolor, Tapirira guianensis e Genipa americana. Em relação ao crescimento, as espécies Simarouba versicolor e Plathymenia reticulata apresentaram os maiores valores de incremento em altura e em diâmetro significativamente diferentes da maioria das espécies. Foram encontradas na regeneração natural até o último levantamento, 14 famílias, 23 espécies, incluídas em 23 gêneros. As espécies com maior Índice de Valor de Importância (IVI) em fevereiro de 2010 foram: Eugenia dysenterica e Machaerium acutifolium. Todas as espécies da regeneração natural apresentaram alta sobrevivência, entre 66,67% a 100% até o final da avaliação. Os valores de incrementos em altura não foram significativos para as espécies de regeneração natural.

Referência:

CORTES, Jackeline Miclos. Desenvolvimento de espécies nativas do cerrado a partir do plantio de mudas e da regeneração natural em uma área em processo de recuperação, Planaltina-DF. 2012. 89 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

Disponível em:

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