Ariranha

Nomes comuns: Ariranha, lontra gigante, onça-d’água.

 

Nome em inglês: Giant otter, giant brazilian otter.

 

Ameaças e conservação: Destruição do habitat, superexploração da pesca, contaminação dos corpos d’água (com mercúrio, agrotóxicos e outros compostos poluentes), caça ilegal, zoonoses possivelmente transmitidas por animais domésticos, roubo de filhotes para comercialização ilegal como animais de estimação, conflitos com pescadores (abate de indivíduos por retaliação) e atividades de turismo realizadas de maneira irregular podendo alterar o padrão de atividade e o comportamento da espécie, levando os grupos a abandonarem seus territórios. Construção de usinas hidrelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) também é uma ameaça potencial. O Plano de Ação Nacional para Conservação da Ariranha (PAN Ariranha) tem como objetivo geral conservar as populações de Ariranha nas suas áreas de distribuição atual e iniciar a recuperação da espécie em sua área de distribuição histórica. As metas estabelecidas no plano são: 1) Minimizar conflitos entre populações humanas e ariranhas; 2) Aumentar o conhecimento sobre a biologia e a ecologia da espécie; 3) Estabelecer um programa de conservação em cativeiro; 4) Regulamentar as atividades turísticas nas áreas onde ariranhas ocorrem; 5) Favorecer a proteção e conectividade das populações; 6) Avaliar a viabilidade de recolonização em parte de sua distribuição histórica. É classificado pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014) como espécie VULNERÁVEL.

 

Comprimento total: 180 cm (média).

 

Peso: 26 Kg.

 

Dieta: Peixes, podendo consumir pequenos mamíferos, aves, répteis e eventualmente invertebrados.

 

Número de filhotes: 1 a 6.

 

Gestação: 52 a 70 dias.

 

Longevidade: 20 anos (cativeiro) e 15 anos (vida livre).

 

Estrutura social: Grupos familiares de até 17 indivíduos.

 

Padrão de atividade: Diurno.

 

Distribuição geográfica: Endêmica da América do Sul. No Brasil, apresentava ampla distribuição, desde o Rio Grande do Sul até a Amazônia, com exceção da região semi-árida da Caatinga, estando presente na Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica.

 

Habitat: Semi-aquático, habita diversos tipos de rios, córregos, lagos, várzeas de rios e florestas inundadas na época de cheia em regiões sazonalmente alagáveis. Constroem locas, latrinas e campsites ao longo de seus territórios. As locas são construídas nos barrancos dos corpos d’água, protegidas por raízes ou árvores caídas. Latrinas comunitárias são utilizadas para a deposição de fezes e urina, exercendo um importante papel na marcação territorial, podendo estar localizadas nos campsites ou próximas às entradas das locas. Os campsites são áreas ao longo dos barrancos, construídos geralmente em regiões sombreadas, utilizados regularmente para marcação territorial e descanso diurno. Cada grupo familiar mantém geralmente de um a oito campsites, que normalmente estão agrupados em áreas de alimentação.

 

Descrição física: Maior lontra do mundo. Apresenta marcações brancas na garganta individualizando os indivíduos. A cauda é achatada em forma de remo, para auxiliar na natação. Pelos curtos com coloração marrom ou castanho e pés largos e com membranas unindo os dedos.

 

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 06.setembro.2021

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