Lontra

Nomes comuns: Lontra, lontra neotropical, lobinho de rio, lontrinha.

 

Nome em inglês: Neotropical otter, long-tailed otter, neotropical river otter, south american river otter.

 

Ameaças e conservação: Comercialização da pele, conflitos de piscicultores e pesque-pagues (resultando na perseguição e morte de indivíduos como forma de minimizar os problemas), fragmentação de habitat, poluição da água e redução dos estoques pesqueiros, retirada de filhotes da natureza para serem usados como animais domésticos, transmissão de doenças por cães domésticos e atropelamentos. A construção de usinas hidrelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) são ameaças potenciais. Bioacumulação de mercúrio e outros metais pesados na cadeia alimentar da espécie, em virtude da poluição no ambiente aquático, também é uma ameaça. O PAN Ariranha, apesar de ter ênfase em Pteronura brasiliensis, abrange metas para a conservação de lontra, tendo como objetivo geral conservar as populações de lontra nas suas áreas de distribuição atual. Em 1990 a IUCN (International Union for Conservation of Nature) publicou um Plano de Ação para Conservação para todas as espécies de lontras e nesse documento foram levantados pontos prioritários para conservação como: 1) Estudar a distribuição atual das espécies; 2) Estudar a biologia e ecologia com fins de conservação; 3) Monitorar as populações existentes em áreas protegidas; 4) Estabelecer novas áreas protegidas para as espécies e planejar meios para reduzir os conflitos entre lontras e piscicultores; 5) Recuperação e preservação de matas ciliares e habitats ribeirinhos e dos corpos d’água utilizados; 6) Desenvolvimento de pesquisas que contemplem estudos sobre parâmetros populacionais em diferentes biomas; 7) Avaliação de conflitos com pescadores e criadores comerciais; 8) Estudos sobre os potenciais impactos de empreendimentos hidrelétricos na ecologia e comportamento; 9) Desenvolvimento de estratégias de educação ambiental e sensibilização em áreas de conflitos e da definição de corredores ecológicos entre Unidades de Conservação. A espécie não foi incluída na lista oficial de espécies ameaçadas do MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014).

 

Comprimento total: 111 cm (média).

 

Peso: 5 a 15 Kg.

 

Dieta: Peixes e crustáceos, podendo incluir outros grupos de vertebrados, invertebrados e até frutos.

 

Número de filhotes: 1 a 5.

 

Gestação: 56 a 86 dias.

 

Longevidade: 27 anos (cativeiro).

 

Estrutura social: Hábitos solitários, embora possam ser observados pequenos grupos compostos de fêmeas e filhotes.

 

Padrão de atividade: Diurno, podendo apresentar um regime de vida crepuscular e noturno, diante de distúrbios antrópicos no ambiente.

 

Distribuição geográfica: Do México até o norte da Província de Buenos Aires na Argentina, passando por todos os países das Américas do Sul e Central, com exceção do Chile. Pode ocorrer em ambientes aquáticos continentais e marinhos a até 3.000 m de altitude. No Brasil pode habitar os biomas Amazônico, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Campos Sulinos.

 

Habitat: Vive em locais próximos a corpos d’água, estando presente em rios, córregos, lagos, igarapés, igapós, estuários, manguezais e enseadas marinhas. Prefere ambientes de águas claras, com fluxo de água intenso e parece estar associada à presença de corredeiras. Podem viver em áreas de florestas úmidas e decíduas, com boas condições de vegetação ribeirinha e com abundância de locais potenciais para tocas e áreas de descanso.

 

Descrição física: Possui orelhas pequenas e as narinas podem fechar enquanto mergulha. A coloração é marrom com pelagem curta e densa. A cauda é flexível, musculosa e serve como leme durante o deslocamento na água. As pernas são curtas e os pés possuem membranas entre os dedos, para auxiliar na natação.

 

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 06.setembro.2021

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