Lychnophora ericoides
Nomes populares
Arnica-campestre, arnica-de-Goiás, arnica-do-campo, candeia,
candieiro, pau-de-candeia e veludinho
Partes utilizadas
Folhas, a casca e a raiz
Descrição
É uma árvore com até 3 m de altura. Suas flores se dão em agrupamentos de
3 a 5 flores em capitólios (MELO, CIAMPI E VIEIRA, 2009). A arnica-campestre
ocorre no Nordeste (Bahia), no Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás) e no Sudeste (Minas Gerais, São Paulo).
Uso medicinal
É descrita como anti-inflamatória de uso interno e externo, cicatrizante, antisséptica, tônica geral, anti-hemorrágica e sedativa (raiz). Em outra categoria de efeitos, é útil para retirar manchas da pele, para recuperar a elasticidade dos tecidos, para reduzir cicatrizes e rugas e para atenuar ptoses, reestruturando todos os tecidos ósseos e conectivos (AMERICANO, 2015).
O óleo essencial apresenta propriedades antibióticas, sendo um potente bactericida e antifúngico mediano. Além disso, possui propriedades psicoativas, trabalhando como um tônico que revigora a confiança das pessoas e o seu sentimento de poder pessoal. Em função disso, é muito útil em todos os quadros psíquicos relativos à perda de assertividade (AMERICANO).
Quando analisado quimicamente, o complexo princípio ativo da arnica-do-campo revela concentrações de goiasensolido e centraterina, dois agentes fitoquímicos potencialmente irritantes, mas inibidores do mecanismo da inflamação. Além disso, especificamente nas raízes ocorre a presença de cubebina, uma lignana analgésica encontrada em algumas plantas do cerrado que têm de se proteger de altos níveis de insolação e de queimadas periódicas (AMERICANO, 2015).
Formas de uso
A arnica geralmente é aproveitada integralmente, mas suas estruturas de maior interesse são as folhas, a casca e a raiz. Por outro lado, como tem um potencial tóxico para o uso interno e/ou o uso externo continuado por mais de 90 dias, aconselha-se utilizar também o lenho do caule como elemento seco diluente e suavizante do princípio ativo. Dessa forma, a confecção de tinturas alcoólicas e oleosas, ou mesmo aquosas, torna-se perfeitamente segura (AMERICANO, 2015).
Cuidados
Por ser utilizada de modo amplo desde tempos imemoriais, essa é uma das plantas consideradas em franca extinção no cerrado brasileiro. Portanto, sua extração deve seguir os melhores critérios de poda, e a utilização da raiz deve ser rara ou, pelo menos, não incentivada, pois implica a terminação do indivíduo vegetal (AMERICANO, 2015).
Referências Bibliográficas
AMERICANO, Túlio. Fitoterapia Brasileira: uma abordagem energética. Brasília: Cidade Gráfica Editora, 2015. 420 p.
LOEUILLE, B. 2015 Lychnophora in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB25233>.
MELO, Luciana Queiroz; CIAMPI, Ana Yamagushi; VIEIRA,
Roberto Fontes. Análise da variabilidade genética de arnica (Lychnophora
ericoides Less. – Asteraceae) usando marcadores RAPDs. Acta Bot. Bras., São
Paulo , v. 23, n. 1, p. 259-266, Mar. 2009.