Terras geraizeiras em disputa: os processos de autoafirmação identitária e retomada territorial de comunidades tradicionais de Rio Pardo de Minas frente à concentração fundiária

Autor(a):

Jonielson Ribeiro de Souza

Resumo:

Este trabalho analisa processos de autorreconhecimento identitário e retomada territorial de comunidades tradicionais geraizeiras a partir da problematização da questão da estrutura fundiária do município de Rio Pardo de Minas. Procura refletir sobre como a monocultura do eucalipto, implantada no norte do Estado de Minas Gerais a partir da década de 1970, impactou essas comunidades em seus aspectos produtivos culturais, sociais e fundiários, com foco nas comunidades Raiz, Moreira e Sobrado, daquele município. A concentração fundiária é uma das características históricas da região que foram intensificadas devido à acumulação de terras por grandes empresas monocultoras, promovida por mecanismos estatais de destinação de terras. Expropriadas de seus espaços de reprodução social e econômica, com a invasão dos monocultivos em suas áreas de uso comum, as chapadas, essas comunidades iniciaram processos de reação a partir dos anos 2.000, em lutas por direitos e meios de sobrevivência cultural e física e contra a invisibilização histórica a qual foram submetidas, utilizando-se de estratégias diversas. A pesquisa se apoia em uma participação observante, propiciada pelo envolvimento e articulação entre vários militantes e instituições, que formam redes de apoiadores à causa geraizeira, e também em entrevistas semiestruturadas, conversas, caminhadas transversais, leitura de bibliografia especializada, para fundamentação teórica, e consulta em documentos diversos, para levantamento de informações.

Referência:

SOUZA, Jonielson Ribeiro de. Terras geraizeiras em disputa: os processos de autoafirmação identitária e retomada territorial de comunidades tradicionais de Rio Pardo de Minas frente à concentração fundiária. 2017. 228 f., il. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

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