Dia Nacional do Cerrado

Evento em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, a savana brasileira com maior biodiversidade no mundo, que exerce a função de berço das águas, nascentes do Brasil.

O Dia Nacional do Cerrado, 11 de setembro, ocorrerá no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados – Anexo II, com a intenção de demonstrar a importância do Cerrado para o Brasil e para o mundo, destacando os temas: recursos hídricos, biodiversidade, importância do bioma nas mudanças climáticas e produção consciente, outro ponto abordado é a grande riqueza natural e cultural, além das ameaças e desafios do bioma brasileiro.
O evento contará com apresentações culturais, palestras, debates, exposições, degustações de alimentos do Cerrado, entre outros.

O evento é gratuito e aberto ao público.

Instituto começa projeto para atualizar mapa dos biomas brasileiros

 

Última Atualização: 03/07/2018 17:10:27

Instituto começa projeto para atualizar mapa dos biomas brasileiros

Editoria: Geociências | Subeditoria: IBGE em campo

A partir desta semana, o IBGE está em campo para atualizar o mapeamento dos biomas brasileiros, com atenção especial às áreas em que eles se encontram. O projeto visa à criação de um mapa dos biomas na escala cartográfica de 1:250.000 (1cm = 2,5 km). O mapa atual, publicado em 2004, tem escala de 1:5.000.000 (1 cm = 50 km). O Brasil tem seis biomas: a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal.

Mapa dos biomas. As áreas marcadas serão visitadas no trabalho de campo

Serão cinco meses de viagens a diferentes regiões do país, percorrendo distâncias que variam de 2.000 km na Mata Atlântica (área de contato do Cerrado com a Floresta), em Goiás, até 5.000 km na Mata Seca (encontro do Cerrado com a Caatinga), na Bahia. O projeto apresenta alguns desafios, como o tricontato, região de Minas Gerais próxima da fronteira com a Bahia, onde se encontram os limites entre Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. 

Detalhe do mapa dos biomas mostrando o limite do tricontato

Este mês, a equipe está no Pantanal. “Apesar de ter vegetação típica de Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, o Bioma Pantanal tem limites mais precisos, definidos pelas áreas sujeitas a inundações”, explicou o gerente do Mapeamento de Recursos Naturais do IBGE, Therence de Sarti, acrescentando: “os limites entre os outros biomas apresentam áreas de transição cuja vegetação tem características comuns a ambos”.

O projeto está previsto para terminar em agosto. Durante esse período, a equipe compartilhará fotos e vídeos pelo perfil do IBGE no Facebook, no Instagram e no Twitter.

Repórter: Eduardo Peret
Imagem: Rosângela Botelho
Arte: Helena Pontes

Fonte: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20784-instituto-comeca-projeto-para-atualizar-mapa-dos-biomas-brasileiros.html

Mosaico Sertão Veredas Peruaçu é ampliado e passa a ser um dos maiores do Cerrado

 

Mosaico Sertão Veredas Peruaçu é ampliado e passa a ser um dos maiores do Cerrado

10 Julho 2018   

Por Letícia Campos

O Mosaico Sertão Veredas Peruaçu, localizado no norte de Minas Gerais e sudoeste da Bahia, foi ampliado de 1.8 milhão de hectares para mais de 3 milhões de hectares. A inclusão de dez unidades de conservação no Mosaico, que agora passam a integrar às 15 UCs já existentes, somando um total de 25 áreas protegidas, ocorreu na última quinta-feira (05), três meses após a proposta ser apresentada para a Câmara Técnica de Gestão Integrada das unidades do MSVP, em que o WWF-Brasil faz parte da coordenação.

O conselho consultivo do MSVP aprovou, por unanimidade, o pedido de ampliação do mosaico. Esse é um grande passo para o planejamento e execução de ações conjuntas na prevenção ao desmatamento e maior desempenho das ações de conservação de um dos maiores remanescentes de Cerrado.

De acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), os mosaicos de áreas protegidas são instrumentos de gestão e ordenamento territorial que têm por finalidade a conservação da biodiversidade por meio da integração entre as unidades de conservação e demais áreas protegidas de um determinado território.

Roberto Marcine, gestor da Reserva Biológica do Jaíba, acredita que a entrada das seis unidades do Sistema de Áreas Protegidas do Jaíba no Mosaico “possibilitará um trabalho conjunto dos gestores, sociedade civil e órgãos públicos do território para alcançar uma maior efetividade na gestão dessas UCs e promoção da sustentabilidade numa região com grande importância biológica e sociocultural”.

O território faz parte da região dos Gerais, imortalizada por Guimarães Rosa, em que a diversidade ambiental, que abriga espécies endêmicas da fauna e flora do Cerrado, convive com a riqueza cultural dos povos tradicionais, mas tem sido alvo de desmatamento, queimadas e devastação.

Um forte alerta foi dado em 2017 pelo mapeamento do uso do solo, que apontou que a região do Mosaico está ocupada com 37% de atividade agropecuária, o que retoma o debate sobre a importância da abordagem regional na gestão de unidades de conservação. 

Kolbe Soares, analista de conservação do Programa Cerrado Pantanal do WWF-Brasil, conta que o Mosaico Sertão Veredas Peruaçu foi um dos primeiros a ser criado no bioma Cerrado e que inclui praticamente todas as modalidades de unidades de conservação previstas no SNUC, além de Terras Indígenas e quilombolas.

“É uma realidade complexa.  E as estratégias de gestão considerando mosaicos de áreas protegidas se mostram atuais e efetivas para uma ação integrada para a proteção de áreas naturais. Estou otimista por ver as instâncias ligadas à governança e gestão dessas unidades de conservação – no caso o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Prefeituras Municipais de Uruana de Minas e de Mambaí, em Goiás, – atuando junto ao Mosaico, pois poderá refletir em um ganho ainda maior na troca de experiências e gestão integrada e participativa”, declarou.

Relevância Ecológica e Social

Nesse cenário, palco do Grande Sertão: Veredas, a marcante paisagem de buritizais e águas são habitat para grandes mamíferos, répteis, anfíbios, variadas espécies de avifauna e mais de 150 tipos diferentes de árvores típicas dos três importantes biomas presentes na área do Mosaico – o Cerrado, a Caatinga e a floresta estacional ou Mata Seca –, muitas delas ameaçadas de extinção. Nessa região também estão localizadas as cavernas do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu e sob a qual encontra-se o aquífero Urucuia, um dos maiores reservatórios de água subterrânea do país. A região abriga vária nascentes e recebe as águas do Rio Peruaçu e do Rio Carinhanha, que contribui com 20% da vazão do Rio São Francisco.

Esse mosaico de ecossistemas representa uma área chave para conservação não somente dos recursos naturais, mas da integridade de uma cultura tradicional, em que comunidades tracionais e indígenas dedicam sua vida para o extrativismo sustentável das árvores frutíferas. Todos trabalhando de forma organizada em três cooperativas, com o apoio do WWF-Brasil e parceiros, com um único objetivo comum: manter as matas e rios, fartos e produtivos, para que possam continuar a viver ali, na mesma terra e da mesma forma que aprenderam com os seus antepassados.

Veja a lista das UCs que entraram no Mosaico:
 

Unidade de ConservaçãoÁrea em hectaresEstados
 
Refúgio Federal de Vida Silvestre do Oeste Baiano128.048,99BA
APA Federal das Nascentes do Rio Vermelho173.324,33GO
Parque Natural Municipal do Pequi2.200,00GO
APA Municipal de Uruana de Minas30.158,00MG
Reserva Biológica Estadual Serra Azul7.285,00MG
Reserva Biológica Estadual do Jaíba6.358,00MG
APA Estadual Lajedão12.000,00MG
APA Estadual Serra do Sabonetal82.500,00MG
Parque Estadual Verde Grande25.570,00MG
Parque Estadual Lagoa do Cajueiro20.500,00MG

WWF-Brasil no Mosaico
 

O WWF-Brasil atua na região do Mosaico Sertão Veredas Peruaçu por meio do Projeto Sertões, desde 2010, e mais recentemente, com apoio do Fundo CEPF (Critical Ecosystem Partnership Fund) nas ações focadas no incentivo à implementação e gestão integrada das unidades de conservação; fortalecimento da cadeia produtiva dos frutos do Cerrado; à comunicação, visando a valorização e o resgate do Cerrado e o planejamento territorial, que visa o planejamento sistemático da conservação no bioma Cerrado.

https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/cerrado/noticias/?66542/Mosaico-Serto-Veredas-Peruau–ampliado-e-passa-a-ser-um-dos-maiores-do-Cerrado

Edital de Seleção Pública nº 2018/010 – Recupera Cerrado

A Fundação Banco do Brasil lançou edital para apoiar projetos de recomposição da vegetação nativa em áreas degradadas no Distrito Federal. Os projetos devem ter como objetivo beneficiar proprietários de imóveis rurais, preferencialmente agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais e indígenas; e suas organizações.

Entidades sem fins lucrativos, legalmente constituídas a pelo menos 2 (dois) anos são elegíveis para submeter propostas na chamada e candidatar-se ao apoio de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Os projetos deverão ser executados nas bacias do rio São Bartolomeu e/ou do rio Descoberto.

Para se inscrever é preciso apresentar o projeto conforme modelo de proposta anexado no edital e enviar toda a documentação para o endereço da Comissão de Seleção em Brasília.

Site: https://fbb.org.br/pt-br/recuperacerrado

Edital de Seleção Pública nº 2018/010 – Recupera Cerrado

Anexo I Apresentação da Documentação

Anexo II Modelo de Proposta e Apêndices

Anexo III Critérios de Seleção

Anexo IV Minuta Padrão COM Adiantamento

Anexo IV Minuta Padrão SEM Adiantamento

Anexo V Modelo de Relatório Parcial de Execução

Petição pede transformação do Cerrado e da Caatinga em Patrimônio Nacional

No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, organizada por mais de 50 instituições de todo o Brasil, lança o abaixo-assinado pela aprovação da PEC 504/2010. Atualmente, segundo a Constituição, são patrimônios nacionais a Amazônia, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal e a Zona Costeira.

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                                                                                                                  Foto: Eaneas Silva / Coletivo de Comunicadores do Cerrado

O Cerrado ocupa um quarto do território nacional e está localizado no coração do Brasil, abrangendo 13 estados. Apesar de sua importância para o equilíbrio ambiental, o Cerrado tem sido destruído nas últimas décadas para a expansão do agronegócio e grandes empreendimentos e mais de 50% da sua vegetação já foi desmatada. A Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, abriga uma diversidade de espécies ainda pouco conhecida por grande parte da população. Atualmente 46% de vegetação nativa da Caatinga foi devastada.

A legislação brasileira não garante plena proteção ao Cerrado, que possui a menor porcentagem de áreas sobre proteção integral (3%). Já a Caatinga possui somente 7% de seu território em áreas de proteção integral. Para fins de comparação, a Amazônia tem 50% do seu território protegido. Na semana passada aconteceu uma audiência pública sobre o tema na Câmara dos Deputados para discutir o impacto dessa realidade nas áreas urbanas.

A destruição desses biomas, em especial do Cerrado, impacta diretamente na questão hídrica. Diferentes estudos da Universidade de Goiás, da Universidade de Brasília, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e da Brown University (publicada na revista científica Global Change Biology, em 2016) apontam que o desmatamento no Cerrado é uma das causas para a crise de abastecimento de água potável que assolou diferentes estados do país. Isso porque o bioma é considerado o berço das águas: é no Cerrado onde estão localizados os três grandes aquíferos que abastecem boa parte do país: Guarani, Urucuia e Bambuí. A água que vai para a torneira dos brasileiros tem grande chance de ser do Cerrado.

Para a matéria completa, clique aqui.

Junte-se aos povos do Cerrado e da Caatinga na defesa da água e da vida! Assine a petição pública que exige que o Cerrado e a Caatinga sejam Patrimônio Nacional!

https://www.change.org/p/junte-se-a-mim-na-defesa-do-cerrado-e-da-caatinga