Mato de Comer
No último semestre da graduação, tive o prazer de conhecer a “agricultura alternativa”, matéria da biologia se não me engano, eu saia de todas as aulas chocada, nosso professor mostrava uma realidade dura do agronegócio difícil de acreditar.
Nesse meio tempo conheci Rodrigo, começamos a namorar e poucos meses depois montamos a empresa. Unimos a vontade dele de empreender com a minha de mostrar pra todo mundo a existência das PANC.
A cada aula eu me convencia de que tinha que fazer algo com aquele conhecimento, e ai vieram as PANC, na minha cabeça eu pensava: O MUNDO PRECISA SABER DISSO! Mas não sabia como. No começo eu queria um espaço pra plantar e nem pensava em vender essas plantas, eu queria doar e ajudar a acabar com a fome.
Em uma conversa com um feirante ele me falou que até tinha PANC, mas raramente levava pras feiras, “as pessoas até perguntam o que é, mas ninguém leva”.
Ali eu percebi que teria que ser mais criativa pra tentar divulgar a existência dessas plantas de forma efetiva! Comecei a pesquisar e surgiram essas pastinhas de ora-pro-nóbis! Dava pros parentes, amigos, servíamos nas confraternizações em casa. Mas ainda não nos agradava.
Um dia dividindo nossa marmita como de costume, Rodrigo levou um frango com molho pesto feito por ele, lembro como se fosse hoje, eu não conhecia, achei uma delícia, logo veio a ideia de enriquecer com ora-pro-nóbis. Dali surgiu nosso primeiro produto.
Menos de uma semana depois a gente se inscreveu com um empurrão da minha irmã pra participar de um evento (picnic), nossos produtos esgotaram na metade do evento, e a gente ficou DE CARA, ela muita felicidade. DEU CERTO!
Com o passar do tempo nossos caminhos se dividiram, mas eu decidi seguir com a empresa sozinha. Continuo com o sonho de fazer com que meu produto comunique cada vez mais em mais estados à existência das PANC alimentícias não convencionais.
Hoje eu uso minha criatividade na cozinha, em cada potinho de geleia e pesto.
Meu nome é Dani, a pessoa por trás da Mato de Comer. Desde pequena sempre tive aptidão para o lado artístico, criativo, mas a vida me conduziu para outros caminhos e acabei cursando Agronomia.
Durante toda a graduação eu tentei me encaixar em várias as áreas, fiz estágios em solos, bovinocultura, melhoramento genético, enfim! Por mais que eu me esforçasse aquilo não me tocava, minhas menções SS (nota 9 a 10) posso contar nos dedos de uma mão.
Minha graduação foi arrastada, não fazia ideia do que aquela escolha me traria, precisei me afastar e isso acabou me custando alguns semestres a mais na faculdade. Ao mesmo tempo em que eu sabia que não era pra mim o orgulho não me permitia enxergar.
Geleias e pestos
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