Exposição Virtual "De mãos limpas e almas lavadas. Os saberes/fazeres das lavadeiras da Cidade de Goiás (GO)"

Autoria: Dr. Gleidson Moreira Colégio Estadual Rui Barbosa, Pirenópolis, GO 

Curadoria: Dra Rosângela Corrêa Universidade de Brasília 

Convidada: Dra Izabela Tamaso Universidade Federal de Goiás 

03 de outubro (quinta-feira) das 16 às 17 

Link de acesso: 

Utilizado por lavadeiras de ganho, o rio Vermelho serviu, desde os tempos do Brasil colônia, como fonte de trabalho. Tornou-se. na contemporaneidade, ambiente de inspiração para a poesia de Cora Coralina que escreveu sobre as lavadeiras:         

Essa Mulher… 

Tosca. Sentada. Alheada… 

Braços cansados 

Descansando nos joelhos… 

olhar parado, vago, 

perdida no seu mundo 

de trouxas e espuma de sabão – é a lavadeira.  Às lavadeiras do Rio Vermelho da minha terra, faço deste pequeno poema meu altar de ofertas. 

CORA CORALINA, 1993, p. 20-208.                          

Afluente do rio Araguaia, o rio Vermelho nasce na Serra Dourada e chega à Cidade de Goiás, dividindo-a. Ao longo dos séculos, desempenhou diversas funções: foi fonte para exploração aurífera, no século XVIII, e, nos séculos XIX e XX abasteceu a cidade; recebeu o lixo urbano, sofreu duas enchentes (1871 e 2001); alguns de seus trechos foram utilizados por famílias como extensão privada na lavação de roupas; até 1970 foi ambiente de trabalho das lavadeiras de ganho. O rio foi ficando mais sujo e as lavadeiras desapareceram …. 

A exposição está disponível no Museu do Cerrado: