Bororo
Origem do nome
Os Bororo se autodenominam Boe. O termo “Bororo” significa “pátio da aldeia” e atualmente é a denominação oficial.
Ao longo da história, outros nomes foram usados para identificar esse povo, tais como: Coxiponé, Araripoconé, Araés, Cuiabá, Coroados, Porrudos, Bororos da Campanha (referente aos que habitavam a região próxima a Cáceres), Bororos Cabaçais (aqueles da região da Bacia do Rio Guaporé), Bororos Orientais e Bororos Ocidentais (divisão arbitrária feita pelo governo do Mato Grosso, no período minerador, que tem o rio Cuiabá como ponto de referência).
Entre suas autodenominações, destacam-se aquelas vinculadas à ocupação territorial: Bóku Mógorége (“habitantes do cerrado”) são os Bororo das aldeias de Meruri, Sangradouro e Garças; Itúra Mogorége (“habitantes das matas”) correspondem aos Bororo das aldeias de Jarudori, Pobori e Tadarimana; Orari Mógo Dóge (“habitantes das plagas do peixe pintado”) remetem aos Bororo das aldeias de Córrego Grande e Piebaga; Tóri ókua Mogorége (“habitantes dos sopés da Serra de São Jerônimo”) era o nome dado a um grupo atualmente sem aldeia remanescente; Útugo Kúri Dóge (“os que usam longas flechas”) ou Kado Mogorége (“habitantes dos taquarais”) são os Bororo da aldeia de Perigara, no Pantanal.
Localização do povo
Mato Grosso
O território tradicional de ocupação Bororo atingia a Bolívia, a oeste; o centro sul de Goiás, ao leste; as margens da região dos formadores do Rio Xingu, ao norte; e, ao sul, chegava até as proximidades do Rio Miranda (Ribeiro, 1970:77). Estima-se que esse povo tenha habitado essa região durante pelo menos sete mil anos (Wüst & Vierter, 1982).
Referências bibliográficas
Paulo Serpa. Povos Indígenas no Brasil. Disponível em: <https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Bororo>. Acesso em: 07 de ago. de 2020.
RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. Línguas indígenas brasileiras. Brasília, DF: Laboratório de Línguas Indígenas da UnB, 2013. 29p. Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br/lali/PDF/L%C3%ADnguas_indigenas_brasiliras_RODRIGUES,Aryon_Dall%C2%B4Igna.pdf>. Acesso em: 16 de ago. de 2020.