Cachorro-vinagre

Nomes comuns: Cachorro-vinagre, cachorro-do-mato-vinagre.

 

Nome em inglês: Bush dog.

 

Ameaças e conservação: Perda e degradação de habitat causados por desmatamento, exploração madeireira, adensamento humano, perda de base de presas (causada pelos mesmos fatores e pela caça direcionada às presas da espécie), atropelamentos e doenças (raiva, parvovirose, sarna sarcóptica) que podem ser adquiridas de animais domésticos. Não existem medidas de conservação específicas para a espécie, porém, recomenda-se: 1) Garantir a conectividade entre as áreas protegidas; 2) Assegurar a existência de Unidades de Conservação com tamanho suficientemente grande para garantir a sobrevivência de populações; 3) Verificar sua distribuição no Brasil e em países vizinhos; 4) Determinar se as ocorrências em áreas extremamente fragmentadas correspondem a populações estáveis ou a grupos isolados; 5) Criar e garantir a manutenção de corredores em áreas fragmentadas onde ocorra a espécie; 6) Divulgar a existência da espécie para a população em geral; 7) Controlar a caça predatória e conscientizar a população, principalmente a rural, do perigo que cães domésticos, especialmente aqueles treinados para caça, representam à espécie; 8) Promover campanhas de vacinação, controle populacional e posse responsável de cães domésticos em áreas onde a espécie ocorre especialmente nas proximidades de Unidades de Conservação. É classificado pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente, 2014) como espécie VULNERÁVEL.

 

Comprimento total: 80 cm (média).

 

Peso: 4 a 7 Kg.

 

Dieta: Exclusivamente carnívora, tendo como principal presa o tatu-galinha e outros como paca, cutias, roedores menores, aves terrestres e também animais de grande porte como veados e catetos.

 

Número de filhotes: 1 a 6.

 

Gestação: 65 a 80 dias.

 

Longevidade: 14,1 anos (cativeiro).

 

Estrutura social: Vivem em grupos de 2 a 12 indivíduos.

 

Padrão de atividade: Diurno.

 

Distribuição geográfica: Ocorre do Panamá ao sul do Brasil (norte do Paraná), Paraguai e norte da Argentina, oeste da Bolívia, Peru e Equador. No norte do Brasil, nos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Ceará e Tocantins, a espécie é amplamente distribuída, porém suas ocorrências são fragmentadas.

 

Habitat: Predominantemente florestal e de hábitat intacto, possuindo as adaptações para este tipo de ambiente, porém, dados recentes mostram que os animais também podem utilizar ambientes perturbados e podem utilizar áreas preservadas abertas na mesma proporção que as florestais e áreas de interflúvios, distantes de cursos de água.

 

Descrição física: Corpo compacto, pernas curtas e robustas, orelhas arredondadas, cauda curta e amplo repertório vocal. Coloração castanho avermelhada, com o dorso mais claro que o ventre. A cabeça apresenta coloração mais clara, que pode se estender até a metade do dorso. Não apresentam marcações faciais. Possuem membranas interdigitais, sendo mais plantígrados que os demais canídeos. Podem deixar marcas de um quinto dígito.

 

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP/ICMBio, Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cenap/carnivoros-brasileiros.html Acesso em: 31.agosto.2021