TERRA INDÍGENA: APINAYÉ
POVOS: APINAJÉ, KRAHÔ e XERENTE
TIPO DE DANO/CONFLITO: Danos ao meio ambiente
DESCRIÇÃO: Lideranças têm denunciado a invasão de caçadores e madeireiros, que exploram ilegalmente a terra indígena, devastando suas florestas, poluindo suas nascentes e causando severos danos ao meio ambiente e à saúde da população.
Com informações de: Lideranças; Cimi Regional Goiás/Tocantins
TERRA INDÍGENA: XAMBIOÁ
POVO: KARAJÁ
TIPO DE DANO/CONFLITO: Invasão; plantação de eucalipto
DESCRIÇÃO: O território indígena do povo Karajá de Xambioá é constantemente invadido por pescadores e caçadores durante a desova de tartarugas e tracajás. Além disso, as plantações de eucalipto feitas às margens das aldeias causam a morte dos rios e dos animais. Para agravar a situação, foragidos da justiça atravessam o Rio Araguaia e adentram as aldeias, causando confusão e temor entre os indígenas.
Com informações de: Cimi Regional Goiás/Tocantins
TERRA INDÍGENA: MATA ALAGADA
POVO: KRAHÔ-KANELA
TIPO DE DANO/CONFLITO: Desmatamento; poluição dos rios; caça ilegal
DESCRIÇÃO: A TI Mata Alagada foi demarcada com 7,6 mil hectares, sendo que a área reivindicada pelo povo Krahô-Kanela tem em torno de 33 mil hectares. O restante da terra está em poder de dois fazendeiros que plantam arroz, melancia e soja. A intensa aplicação de agrotóxicos nas lavouras se dá através da pulverização por aviões agrícolas, que contaminam a água dos rios e causam a morte de diversos animais. O desmatamento, a caça ilegal e a pesca predatória nos lagos causam um profundo desequilíbrio nesta região, que tem grande importância ambiental. Lideranças denunciaram que os licenciamentos ambientais não cumpriram com a obrigação legal de realizar diversos estudos, assim como as outorgas de águas foram concedidas sem nenhum critério e sem a anuência da Funai e do Ibama.
Com informações de: Cimi Regional Goiás/Tocantins
TERRA INDÍGENA: KRAHOLÂNDIA
POVO: KRAHÔ
TIPO DE DANO/CONFLITO: Contaminação por agrotóxico; tráfico de animais; queimadas
DESCRIÇÃO: A TI Kraholândia, localizada nos municípios de Goatins e Itacajá, tem sido constantemente invadida por traficantes de animais silvestres, que roubam ovos de arara e de outros animais. A comunidade sofre também com a contaminação dos rios por agrotóxicos pulverizados nas lavouras que fazem divisa com o território. Queimadas criminosas realizadas por não-indígenas castigam o solo das áreas limítrofes à terra indígena todos os anos, como uma estratégia para facilitar o roubo de madeira.
Com informações de: Cimi Regional Goiás/Tocantins
TERRA INDÍGENA: XERENTE
POVO: XERENTE
TIPO DE DANO/CONFLITO: Plantação de cana-de–açúcar; contaminação por agrotóxicos
DESCRIÇÃO: São danosos os impactos da construção de uma usina de açúcar e álcool, há 30 km da terra indígena, com o empreendimento denominado projeto Prodecer III, constituído por extensas plantações de soja, melancia e cana-de-açúcar, que abastece a usina. A pulverização aérea de agrotóxicos nas plantações tem atingido os rios, córregos e as roças tradicionais do povo Xerente, causando doenças respiratórias e diarreias nas crianças e nos idosos. Não bastasse isso, a comunidade sofre ainda pressões de autoridades das cidades vizinhas à terra indígena, que demandam o asfaltamento das rodovias TO-010 e TO-245 e a construção da ponte no Rio Sono, agravando os conflitos internos e expondo a comunidade ao alcoolismo e à prostituição.
Com informações de: Cimi Regional Goiás/Tocantins
TERRA INDÍGENA: INAWÉBOHONA
POVOS: JAVAÉ e KARAJÁ
TIPO DE DANO/CONFLITO: Contaminação por agrotóxico; queimadas; arrendamento; caça e pesca ilegais
DESCRIÇÃO: O Parque Nacional do Araguaia e a TI Inawébohona, localizados às margens dos rios Javaé e Araguaia, sofrem com as queimadas durante o período de seca no verão, assim como sofrem impactos do processo de arrendamento do pasto nativo da Ilha do Bananal. Além da pesca predatória nos lagos e rios, é constante a invasão de caçadores clandestinos, pois a região é rica em variedades de animais, tais como: anta, veados, búfalos e aves de diversas espécies. Devido ao uso abusivo de agrotóxicos nas plantações de soja, arroz e melancia, as águas dos rios Javaé, Urubu e Formoso estão contaminadas e impróprias para o uso.
Com informações de: Cimi Regional Goiás/Tocantins
TERRA INDÍGENA: APINAYÉ
POVO: APINAJÉ
TIPO DE DANO/CONFLITO: Caça e pesca ilegais; extração ilegal de madeira
DESCRIÇÃO: Invasões na área indígena para a retirada de madeira; caça e pesca ilegais; expansão do agronegócio; e pressão das prefeituras de Tocantinópolis e do governo de Tocantins para o asfaltamento da rodovia TO-126 são alguns dos problemas enfrentados pelo povo Apinajé. O avanço do agronegócio, financiado pelo Banco da Amazônia, incide em terras já declaradas e com processo demarcatório em andamento pela Funai. Além disso, o licenciamento ambiental realizado pelo Naturantins, órgão público estatal responsável pelo meio ambiente, para um empreendimento em torno da terra indígena, foi concedido sem que qualquer consulta tivesse sido feita à comunidade.
Com informações de: Cimi Regional Goiás/Tocantins
CIMI. CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil: dados de 2018. Brasília, 2019. Disponível em:<https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2019/09/relatorio-violencia-contra-os-povos-indigenas-brasil-2018.pdf>. Acesso em: 15/05/2020.